Melvi Saúde reposted this
Reflexões da jornada de uma empreendedora em pleno Setembro Amarelo Confesso que eu sou uma pessoa mais privada, mas resolvi escrever abertamente já que estamos em Setembro, mês da saúde mental. Quando eu decidi fundar minha segunda startup estando grávida de 7 meses do meu terceiro filho, eu achei que eu teria mais tempo e que a jornada seria mentalmente mais fácil. Spoiler: não foi mais fácil. : ) Muitas pessoas me perguntam: por que você acha que há poucas mulheres fundadoras? Minha resposta honesta: porque é muito difícil! Requer muita resiliência e uma habilidade incrível de tomar decisões difíceis em cenários incertos. E isso é muito difícil para homens e mulheres, mas, em nosso caso, o acúmulo de papéis é ainda mais intenso. Ao ser empreendedora e mãe, de partida você já está testando romper com padrões e expectativas da nossa sociedade. Não são poucas as vezes que preciso negar um encontro dos meus filhos com outros amigos ou uma reunião com a professora, uma festa de aniversário no horário comercial… Invisto em tempo de qualidade com os meus filhos e isto já demanda todo o tempo que eu tenho disponível. Mas, nunca parece o suficiente. E mesmo que nosso companheiro/companheira seja a favor das nossas ambições, eles também estão aprendendo como eles se encaixam nestas responsabilidades. Tenho muitas amigas empreendedoras e vejo repetir-se a exaustão mental. Mas, por mais clichê que pareça, conversar abertamente sobre isso, me ajuda muito! Imagino que ajude a elas também. E parte de ser bem sucedida nesta jornada é entender que é diferente e difícil mesmo. Uma amiga, que é empreendedora e minha investidora, me mandou este artigo e foi um alívio perceber que eu não sou a única que se sente uma decatleta nesta jornada. Treino para triathlons, tenho três crianças, tenho uma startup, sou esposa, filha, amiga e sou para mim mesma também. E, a cada conversa, percebo que esta combinação pode sim ser bem sucedida! Vai requerer uma certa criatividade, mas nada que o próprio empreendedorismo não nos ensine no seu dia a dia. Vamos continuar conversando, treinando e nos fortalecendo. Vamos ser eficientes com o nosso tempo, mas sem culpa. Vamos ser gentis conosco. Vamos continuar sonhando e ajudando umas às outras, a caminhada não precisa ser solitária. Vamos pedir ajuda profissional se necessário (e, do mesmo modo, sem culpa)! Deixo aqui o artigo que ela me enviou; pode ser um alívio mental para você também: https://lnkd.in/dh2P82vH