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ALAUÍTA

ONU pede fim do 'sofrimento' da população no oeste da Síria

O porta-voz do Alto Comissariado confirmou o número de 111 mortes de civis, mas reconheceu que o número real deve ser "significativamente maior"

Um homem marcha com uma placa representando uma colagem de fotos de vítimas de uma recente onda de violência contra a minoria alauíta da SíriaUm homem marcha com uma placa representando uma colagem de fotos de vítimas de uma recente onda de violência contra a minoria alauíta da Síria - Foto: Delil SOULEIMAN / AFP

A ONU pediu, nesta terça-feira (11), o fim do "sofrimento" da população no oeste da Síria, onde mais de 1.000 civis, a maioria da comunidade alauíta, morreram nos últimos dias, de acordo com uma ONG.

"As pessoas nas áreas costeiras da Síria continuam sofrendo e isso precisa acabar", disse Thameen Al Kheetan, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, durante o briefing regular da ONU em Genebra.
 

O alto comissário confirmou o número de 111 mortes de civis, mas reconheceu que o número real deve ser "significativamente maior", disse Al Kheetan, que se recusou a comentar os números fornecidos por outras organizações.

Essas diferenças são comuns já que o Alto Comissariado segue um procedimento de verificação muito rigoroso que exige tempo.

A violência começou em 6 de março com um ataque sangrento de apoiadores do regime deposto contra forças de segurança na região costeira de Latakia, onde se concentra a comunidade alauíta, de onde vem o clã do presidente deposto Bashar al-Assad.

Esta é a pior violência desde que uma coalizão liderada por islamistas radicais chegou ao poder em 8 de dezembro.

O alto comissário também denunciou os saques que se seguiram e destacou o papel do discurso de ódio tanto na Internet quanto fora dela, assim como a disseminação "significativa" de desinformação.

A comissão de investigação criada pela Presidência síria para investigar a violência mortal no oeste do país está "determinada" a garantir justiça e "evitar represálias extrajudiciais", disse seu porta-voz nesta terça-feira.

"A Nova Síria está determinada a garantir justiça, defender o Estado de direito, proteger os direitos e liberdades de seus cidadãos, impedir todas as represálias extrajudiciais e garantir a ausência de impunidade", disse o porta-voz da comissão, Yasser al-Farhan, em uma entrevista coletiva em Damasco.

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