Ministro da Agricutura minimiza fala de Lula sobre atitudes drásticas para conter alta dos alimentos
Em entrevista à GloboNews, o ministro assegurou que não serão tomadas medidas pirotécnicas, como uma intervenção artificial nos preços, por exemplo
Após o presidente Lula afirmar que o governo tomará "atitudes drásticas" caso o preço dos alimentos não caiam, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, descartou a adoção do que chamou de "medidas ortodoxas" para conter alta da inflação.
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Em entrevista à GloboNews, o ministro assegurou que não serão tomadas medidas pirotécnicas para reduzir a inflação dos alimentos, como uma intervenção artificial nos preços, por exemplo.
Em viagem a Minas Gerais, Lula se referia ao preço do café e do ovo, que segundo ele, estão muito caros. Ao discursar em um evento do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), o presidente disse que o governo tem tentado buscar uma solução "pacífica", mas se não for possível, tomará "atitudes mais drásticas porque o que interessa é levar a comida barata para o prato do povo brasileiro".
Pouco depois, na entrevista à GloboNews, Fávaro minimizou a declaração do presidente e disse que isso não será necessário.
— Nós editamos as medidas sem nenhum tipo de piroctenia. Eu quero crer que não será preciso nenhum tipo de medidas ortodoxas, em hipótese alguma. Mas é bom dizer que governos em geral estão tomando medidas ortodoxas, um governo progressista como o do presidente Lula preferiu e prefere medidas normais, que podem ser tomadas — disse o ministro, acrescentando que com a colheita de uma grande safra, medidas adotadas, como reduzir a zero impostos de importação sobre nove itens da cesta básica e esforço conjunto os preços vão cair nas gôndolas dos supermercados.
Segundo o Fávaro, se Lula tivesse o mesmo perfil do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, talvez estivesse tomado medidas, como corte de cotas e taxação e "não o fez porque sabe que não vai dar certo". Ele afirmou que o governo optou por ouvir todos os elos da cadeia produtiva.
Fávaro reiterou que os governadores que ainda cobram ICMS sobre os produtos da cesta básica serão chamados para seguirem o exemplo do governo federal, que zerou os tributos para esses produtos.
— Haverá um chamamento. Tenho certeza de que os governadores que ainda cobram terão sensibilidade — disse o ministro.