DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA
PROF FRANCILIA NOGUEIRA ALBINO CALLAND
BIOELETROGNESE
2 AULA
BIOELETROGNESE
CONCEITO:
o estudo dos mecanismos de transporte dos
eletrlitos e de outras substncias nos lquidos intra e
extracelular atravs das membranas celulares dos
organismos vivos.
BIOELETROGNESE
ORGANELAS CITOPLASMTICAS
GYITON,1993
BIOELETROGNESE
FUNES DA ORGANELAS
CITOPLSMATICAS:
Utilizar alimentos para extrair energia e sintetizar
compostos qumicos especiais;
Estas substncias formadas so usadas para:
O crescimento de novas estruturas intracelulares;
A formao de novas clulas;
Quando expelidas para o exterior da clula, formam
elementos estruturais nos espaos entre as clulas;
BIOELETROGNESE
ESTRUTURA CELULAR
MEMBRANA CELULAR:
Estrutura elstica muito delgada que
circunda toda a clula;
Formada por uma bicamada lipdica e
molculas de protenas;
Funo: servir de barreira
passagem de gua e solutos
hidrossolveis entre o lquido
extracelular e intracelular.
BIOELETROGNESE
TRANSPORTE ATRAVS DA MEMBRANA:
DIFUSO: movimento aleatrio e contnuo das molculas, umas contra
as outras, nos lquidos ou nos gases;
Energia cintica;
DIFUSO SIMPLES
DIFUSO FACILITADA
TRANSPORTE ATIVO: movimento de ons ou de outras substncias,
atravs da membrana em combinao com uma protena transportadora,
que faz com que a substncia se mova em direo oposta de um
gradiente de energia;
Fonte adicional de energia.
BIOELETROGNESE
DIFUSO:
SUBSTNCIAS LIPOSSOLVEIS: se
dissolvem diretamente na bicamada lipdica e
se difunde atravs da membrana celular;
Oxignio, nitrognio, dixido de carbono e
lcool
SUBSTNCIAS HIDROSSOLVEIS: passam
pelos canais dos poros das protenas;
Protenas canais: possuem permeabilidade
seletiva;
gua se difunde pelos canais e atravs de toda
membrana rapidamente.
BIOELETROGNESE
DIFUSO:
DIFUSO SIMPLES: movimento cintico
das molculas ou dos ons ocorre atravs
de uma abertura na membrana, sem
qualquer interao com protenas
transportadoras;
DIFUSO FACILITADA: requer a
interao com uma protena
transportadora especfica, que ajuda a
passagem das molculas e dos ons;
Movimento de vaivm na membrana,
atravs de um receptor de ligao na
parte interna da protena transportadora;
Ligao do receptor com a molcula
fraca fazendo com que ela se separe do
receptor e seja liberada no lado oposto da
membrana.
BIOELETROGNESE
FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DA DIFUSO:
EFEITO DA DIFERENA DE CONCENTRAO: a velocidade com que uma
substncia vai difundir para o lado interno proporcional concentrao das
molculas do lado externo e vice-versa;
EFEITO DO POTENCIAL ELTRICO SOBRE A DIFUSO DE ONS (POTENCIAL
DE NERNST): se um potencial eltrico for aplicado na membrana, a carga eltrica
dos ons faz com que eles se movam atravs da membrana mesmo que no exista
diferena de concentrao para provocar o movimento;
EFEITO DA DIFERENA DE PRESSO ATRAVS DA MEMBRANA:
Soma de todas foras das diferentes molculas que se chocam com uma determinada
rea de superfcie em um certo instante;
Quando a presso maior em um lado da membrana do que no outro lado, significa
que a fora de choque contra o canal em um lado da membrana maior que do outro
lado.
BIOELETROGNESE
OSMOSE:
Processo efetivo de movimento da gua
causado por sua diferena de concentrao;
Nas condies normais, a quantidade que se
difunde nas duas direes to equilibrada
que o movimento efetivo da gua que ocorre
zero;
PRESSO OSMTICA: diferena efetiva de
concentrao da gua atravs da membrana;
Fazendo com que a clula encolha ou inche,
dependendo da direo do movimento da gua;
BIOELETROGNESE
TRANSPORTE ATIVO:
Quando a membrana celular transporta as molculas ou ons contra um gradiente de concentrao, atravs de
protenas transportadoras;
Sdio, potssio, clcio, ferro, hidrognio, cloreto, etc;
TIPOS:
PRIMRIO: degradao do ATP (trifosfato de adenosina);
Bomba de sdio-potssio
SECUNDRIO: a energia derivada da energia gerada pelo transporte ativo primrio;
Co-transporte
Contra-transporte
BIOELETROGNESE
TRANSPORTE ATIVO:
Sdio e potssio: Bomba de sdio-potssio (Na +K+)
Clcio: Bomba de clcio
Hidrognio: clulas do estmago e dos rins
Bomba de sdio-potssio (Na+K+): processo de transporte que bombeia
ons sdio para fora e potssio para dentro;
responsvel pela manuteno das diferenas de concentrao entre o
sdio e o potssio atravs da membrana celular, bem como pelo
estabelecimento da voltagem eltrica negativa dentro da clula;
Importncia:
Controlar o volume de cada clula
BIOELETROGNESE
TRANSPORTE ATIVO:
PRIMRIO
Bomba de sdio-potssio(Na+K+)
Mecanismo:
Quando dois ons potssio se ligam parte externa da protena
transportadora e trs ons sdio se ligam na parte interna, a enzima
ATPase da protena ativada,ela quebra a molcula de ATP em ADP,
liberando uma ligao fosfato de alta energia;
Esta energia produz alterao qumica e estrutural na molcula da
protena transportadora, expulsando os trs ons sdio para fora e
colocando os dois ons potssio para dentro
BIOELETROGNESE
TRANSPORTE ATIVO:
SECUNDRIO: a energia derivada da
energia gerada pelo transporte ativo
primrio;
Co-transporte: a energia de difuso do
sdio pode empurrar outras substncias,
junto com o sdio, atravs da membrana
celular;
Sdio e glicose: a protena transportada
tem dois locais de ligao e so
transportadas ao mesmo tempo;
Contratransporte: transporte na direo
oposta do on primrio;
Os ons sdio se movem para o interior e
os ons clcio para o exterior, ambos
ligados pela mesma protena
transportadora;
Sdio e hidrognio
Sdio e clcio
BIOELETROGNESE
POTENCIAL DE MEMBRANA: impulsos eletroqumicos
que so gerados nas membranas de todas as clulas do
corpo;
Esses impulsos so usados para transmitir sinais por toda
membrana dos nervos e msculos;
BIOELETROGNESE
POTENCIAL DE AO DOS NERVOS:
CONCEITO: rpidas alteraes do potencial de
membrana que se propagam com grande
velocidade por toda a membrana da fibra
nervosa;
Cada potencial de ao comea por uma
alterao sbita do potencial de membrana
normal negativo para um potencial positivo,
terminando, ento com um retorno quase to
rpido para o potencial negativo;
Transmitem os sinais nervosos, se deslocando
ao longo da fibra nervosa at sua extremidade;
BIOELETROGNESE
POTENCIAL DE AO DOS NERVOS:
ESTGIOS:
ESTGIO DE REPOUSO
ESTGIO DE DESPOLARIZAO
ESTGIO DE REPOLARIZAO
Os estgios de despolarizao e repolarizao gerados durante o
potencial de ao so produzidos pelos canais de sdio regulados
pela voltagem;
De uma forma adicional, os canais de potssio e a bomba de
sdio-potssio contribuem tambm.
BIOELETROGNESE
POTENCIAL DE AO DOS
NERVOS:
ESTGIOS:
ESTGIO DE REPOUSO
o potencial de repouso da
membrana, antes do nicio do
potencial de ao;
A membrana est polarizada, por
seu potencial de membrana de
90 milivolts;
BIOELETROGNESE
POTENCIAL DE AO DOS
NERVOS:
ESTGIOS:
ESTGIO DE DESPOLARIZAO
A membrana fica muito permevel
aos ons sdio, permitindo que
grande nmero de ons sdio,
positivamente carregados, se
difunda para o interior do axnio;
O estado de polarizao de 90
milivolts neutralizado pela entrada
de ons sdio com carga positiva;
Com o potencial de ao aumentando,
rapidamente para um valor positivo (
at + 35 milivolts);
BIOELETROGNESE
POTENCIAL DE AO DOS
NERVOS:
ESTGIOS:
ESTGIO DE REPOLARIZAO
Alguns dcimos de milsimos de
segundo aps a membrana ter ficado
muito permevel aos ons sdio, os
canais de sdio comeam a se fechar e
os canais de potssio abrem mais do
que o normal;
A rpida difuso dos ons potssio para
o exterior restabelece o potencial de
repouso negativo da membrana;
BIOELETROGNESE
INCIO DO POTENCIAL DE AO:
CIRCULO VICIOSO DE FEEDBACK POSITIVO:
Deve ocorrer qualquer evento que provoque o aumento inicial do
potencial de membrana de 90 milivolts para o nvel zero, causando a
abertura dos canais de sdio, permitindo a entrada rpida de ons sdio,
resultando em maior aumento do potencial de membrana e
consequentemente abrindo mais canais e permitindo fluxo mais intenso
de ons sdio para o interior da fibra;
Limiar de estimulao: - 65 milivots;
Esse processo continua at que todos os canais de sdio regulados pela
voltagem sejam abertos;
Em outra frao de milissegundos, o aumento do potencial de membrana
causa o fechamento dos canais de sdio e a abertura dos canais de
potssio, e o potencial de ao termina;
BIOELETROGNESE
PROPAGAO DO POTENCIAL
DE AO:
Um potencial de ao provocado em
qualquer parte de uma membrana
excitvel excita as pores
adjacentes da membrana, resultando
na propagao do potencial de ao
por toda a membrana;
Impulso nervoso ou muscular:
Transmisso do processo de
despolarizao por uma fibra nervosa
ou muscular;
O potencial de ao trafega em
todas as direes para longe do
estmulo, at que toda a membrana
tenha sido despolarizada;
Princpio do tudo ou nada
BIOELETROGNESE
RESTABELECIMENTO DOS GRADIENTES INICOS DO
SDIO E DO POTSSIO APS O TRMINO DO
POTENCIAL DE AO A IMPORTNCIA DO
METABOLISMO ENERGTICO:
realizado pela Bomba de sdio-potssio;
Os ons sdio que difundiram para o interior da clula
durante o potencial de ao e os ons potssio que
difundiram para o exterior devem retornar aos seus
estados originais pela bomba de sdio-potssio;
Requer energia para o seu funcionamento;
A energia do ATP usada para recarregar a fibra
nervosa;
BIOELETROGNESE
PLAT:
Quando a membrana estimulada no se repolariza imediatamente
aps a despolarizao;
Permanece em um plat perto do pico do potencial em ponta, por
vrios milissegundos, e somente ento que inicia repolarizao;
Ocorre nas fibras do corao (0,2 a 0,3 segundo);
Causas do plat:
Dois tipos de canais participam do processo de despolarizao: os
canais rpidos (sdio) e os canais lentos (clcio-sdio);
Os canais de potssio s abrem de forma completa depois do
trmino do plat, retardando o retorno do potencial de
membrana ao repouso;
BIOELETROGNESE
RITMICIDADE DE ALGUNS TECIDOS EXCITVEIS-
DESCARGA REPETITIVA:
Ocorre nas fibras do corao e na maior parte dos msculos lisos
e em muitos neurnios do SNC;
Causam:
Batimento rtmico do corao;
Peristaltismo dos intestinos;
Alguns eventos neuronais como o controle rtmico da respirao;
Quase todos os tecidos excitveis podem descarregar
repetitivamente se o limiar de excitabilidade for
suficientemente reduzido;
Pode ser causado por uma diminuio brusca do clcio.
BIOELETROGNESE
RITMICIDADE DE ALGUNS TECIDOS EXCITVEIS- DESCARGA
REPETITIVA:
MECANISMO DE EXCITAO AUTO-INDUZIDA:
O potencial de repouso da membrana no centro de controle do ritmo
cardaco de somente -60 a -70 milivolts;
Essa voltagem no suficiente negativa para manter os canais de sdio
e clcio totalmente fechados;
Alguns ons sdio e clcio fluem para dentro, aumentando a voltagem da
membrana em direo positiva, o que aumenta ainda mais a
permeabilidade;
Ainda mais ons fluem para dentro, a permeabilidade aumenta mais e
mais, at que o potencial de ao seja gerado;
Ao final do potencial de ao, a membrana despolariza;
Aps outro retardo de alguns milissegundos, a excitabilidade espontnea
causa nova despolarizao;
Novo potencial de ao ocorre espontaneamente;
Perto do trmino de cada potencial de ao, a membrana se torna
permevel aos ons potssio que transfere cargas positivas para fora
quando sai pela membrana, deixando o interior da membrana muito
negativo (hiperpolarizao);
Este estado desaparece gradativamente e outro potencial de ao inicia.
BIOELETROGNESE
CARACTERSTICAS ESPECIAIS DA TRANSMISSO DOS
SINAIS NOS TRONCOS NERVOSOS:
MIELINA: Camadas concntricas de membrana fosfolipdica que
envolvem parte do axnio de um nervo;
Produzida pelas clulas de Schwann;
Excelente isolante eltrico, reduzindo o fluxo inico atravs da
membrana em cerca de 5.000 vezes;
FIBRAS NERVOSAS MIELINIZADAS: fibras mais calibrosas;
FIBRAS NERVOSAS AMIELINIZADAS: Fibras mais delgadas;
BIOELETROGNESE
CARACTERSTICAS ESPECIAIS DA TRANSMISSO DOS SINAIS NOS
TRONCOS NERVOSOS:
FIBRAS NERVOSAS MIELINIZADAS:
Axnio: parte central da fibra;
Membrana do axnio: conduz o potencial de ao;
Axoplasma:lquido
Axoplasma:lquido intracelular viscoso;
Bainha de mielina:
mielina: envolve o axnio;
Nodo de Ranvier:
Ranvier: rea no isolada, por os ons podem passar facilmente atravs da
membrana do axnio, do lquido extracelular par o intracelular, dentro do axnio;
BIOELETROGNESE
CARACTERSTICAS ESPECIAIS DA
TRANSMISSO DOS SINAIS NOS
TRONCOS NERVOSOS:
CONDUO SALTATRIA DE NODO A
NODO NAS FIBRAS MIELINIZADAS:
Mesmo que nenhum on possa fluir
atravs das bainhas de mielina das
fibras;
Passam com facilidade atravs dos nodos
de Ranvier;
Os potenciais de ao s ocorrem nos
nodos de Ranvier;
Os impulsos nervosos saltam ao longo da
fibra nervosa, de nodo para nodo;
IMPORTNCIA:
Aumenta a velocidade de transmisso
nervosa em cinco a 50 vezes;
Conserva energia do axnio;