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Olfg 4003 C

O estudo avaliou a produção do maxixe-do-reino em Montes Claros-MG, utilizando nove acessos diferentes. Não houve variação significativa no comprimento dos frutos e teor de sólidos solúveis, mas acessos como IHB3, IHB1 e IHB9 apresentaram maior peso fresco por planta. Os resultados indicam que esses acessos têm potencial promissor para cultivo na região, sugerindo a necessidade de mais experimentos para avaliar sua adaptabilidade.

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O estudo avaliou a produção do maxixe-do-reino em Montes Claros-MG, utilizando nove acessos diferentes. Não houve variação significativa no comprimento dos frutos e teor de sólidos solúveis, mas acessos como IHB3, IHB1 e IHB9 apresentaram maior peso fresco por planta. Os resultados indicam que esses acessos têm potencial promissor para cultivo na região, sugerindo a necessidade de mais experimentos para avaliar sua adaptabilidade.

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Produção de Maxixe-do-reino [Cyclanthera pedata (L.) Schrad.

)] em Montes
Claros – MG

Cândido Alves da Costa; Ernane Ronie Martins; Luiz Arnaldo Fernandes; Germano
Leão Demolin Leite; Reginaldo Lamberti Napoleão; Ana Carolina Ribeiro de Castro.
UFMG-Núcleo de Ciências Agrárias, C. Postal 135, 39.404-006 Montes Claros -MG. [email protected].

RESUMO

Foram avaliados as características produtivas de acessos do Maxixe-do-reino


[Cyclanthera pedata (L.) Schrad.)] em Montes Claros-MG. O experimento foi cond uzido na
UFMG-Núcleo de Ciências Agrárias, sendo utilizado o delineamento de blocos casualizados,
quatro repetições. Os tratamentos consistiram de nove acessos do maxixe -do-reino - oito
cedidos pela EMBRAPA-CPAA (origem entre parênteses): IHB1 (Olivença, SP), IHB3 (Iquitos,
Peru), IHB4 (Letícia, Colômbia), IHB5 (Pucalpa, Peru), IHB6 (Tonantins, AM), IHB7 (Santo
Antônio Doiçâ, AM), IHB9 (Atalaia do Norte, AM), IHB10 (Benjamin Constant, AM); e um
coletado no município de Montes Claros – MG (MOC). Os frutos dos diferentes acessos não
tiveram variação significativa de comprimento e teor de sólidos solúveis sendo que o
comprimento médio variou entre 134 e 112 mm e o teor de sólidos solúveis entre 1,25 e
0,6%. Os acessos IHB4, IHB6, IHB10 e MOC produziram frutos de maior diâmetro, porém, o
maior nº de frutos e o maior peso fresco por planta foram observados nos acessos IHB3,
IHB1 e IHB9, sendo que o acesso IHB4 embora não diferisse significativamente destes,
apresentou menor número médio de frutos, indicando a ocorrência de frutos mais pesados.
Tais acessos se mostraram promissores nas condições do Norte de Minas, sendo que,
visando conhecer a adaptabilidade e estabilidade dos mesmos, ensaios subsequentes
deverão ser conduzidos em vários locais e épocas de plantio.

Palavras-chave: Hortaliça não-convencional, produção.

ABSTRACT
Yield of Achocha [Cyclanthera pedata (L.) Schrad.)] em Montes Claros – MG in
Montes Claros, Brazil.

A field experiment was carried out to evaluated the yield of Achocha in UFMG-NCA,
Montes Claros, Brazil. The experiment design was randomized blocks, four replications, with
nine treatment: eight achocha-acess from EMBRAPA-CNPAA (IHB1 (Olivença, SP), IHB3
(Iquitos, Peru), IHB4 (Letícia, Colômbia), IHB5 (Pucalpa, Peru), IHB6 (Tonantins, AM), IHB7
(Santo Antônio Doiçâ, AM), IHB9 (Atalaia do Norte, AM), IHB10 (Benjamin Constant, AM) and
one from Montes Claros (MOC). Was not significant difference on the fruit length and % Brix,
which ranged from 112 up to 134 mm and 0,60 up to 1,25, respectively. IHB4, IHB6, IHB10 e
MOC access produced fruit with higher diameter. However, IHB3, IHB1 e IHB9 access
produced fruit with higher fresh weigth. These access presented great potential to growth and
yield in Montes Claros. More experiment must be carried out in local and season different.

Keywords: Regional vegetable, yield.

O maxixe-do-reino, Cyclanthera pedata (L.) Schrad., é uma planta trepadeira da família


Cucurbitaceae originária da região centro-americana (TOMMASI et al., 1996). É encontrada no
México, Bolívia, Argentina, Colômbia, Chile, Peru e Brasil, na forma cultivada ou em condição
subespontânea (KLEIN et al., 1991). É também chamado de maxixe-peruano, provavelmente
pelo fato de ser o Peru o local onde há cultivo mais intenso desta espécie. No Brasil, é
também conhecido como boga-boga (Tabatinga-AM), cayo (Acre) e na literatura, às vezes, é
citado com o nome de taiuá-de-comer, sendo o cultivo realizado em hortas domésticas e por
pequenos agricultores (CARDOSO, 1997).
Embora seja tradicionalmente cultivada no Norte de Minas, poucas informações
existem a respeito desta espécie, principalmente as características agronômicas. O objetivo
do presente trabalho foi o de avaliar as características produtivas do maxixe-de-reino
cultivados em Montes Claros-MG.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na área do Núcleo de Ciências Agrárias da Universidade


Federal de Minas Gerais, em Montes Claros, no período de fevereiro a julho de 2001 no
delineamento de blocos casualizados com nove tratamentos, constituídos pelos acessos de
maxixe-do-reino, e quatro repetições. Os acessos IHB foram cedidos pela EMBRAPA (origem
entre parênteses): IHB1 (Olivença, SP), IHB3 (Iquitos, Peru), IHB4 (Letícia, Colômbia), IHB5
(Pucalpa, Peru), IHB6 (Tonantins, AM), IHB7 (Santo Antônio Doiçâ, AM), IHB9 (Atalaia do
Norte, AM), IHB10 (Benjamin Constant, AM). O acesso MOC1 foi coletado no município de
Montes Claros – MG.
A semeadura foi feita em copinhos de jornal, usando solo + húmus de minhoca como
substrato. As mudas foram transplantadas 23 dias após a semeadura, sendo utilizada
somente adubação com esterco bovino no plantio. O espaçamento empregado foi de 1m x
1m, sendo utilizado tutoramento em cerca cruzada. A irrigação foi realizada sempre que
necessário, sendo utilizada a microaspersão.

2
Após cada colheita foram avaliadas as seguintes características: teor de sólidos solúveis,
determinado em refratômetro manual, peso fresco médio por planta, comprimento e diâmetro
dos frutos: pelo fato dos frutos serem achatados, foram feitas duas determinações. Os
resultados foram submetidos à análise de variância e teste de agrupamento de Scott-Knott
(RIBEIRO JÚNIOR, 2001).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A produção foi iniciada cerca de três meses após o transplantio, conforme observado por
Klein et al. (1991). O pico da produção foi atingido por volta de 13/07/01, 119 dias após o
transplantio, conforme mostrado na figura 1.
Os frutos dos diferentes acessos não tiveram variação significativa de comprimento e
teor de sólidos solúveis (Quadro 1), sendo que o comprimento médio variou entre 134 e 112
mm e o teor de sólidos solúveis entre 1,25 e 0,6%. Os acessos IHB4, IHB6, IHB10 e MOC1
produziram frutos de maior diâmetro, porém, o maior nº de frutos e o maior peso fresco por
planta foram observados nos acessos IHB3, IHB1 e IHB9, sendo que o acesso IHB4 embora
não diferisse significativamente destes, apresentou menor número médio de frutos, indicando
a ocorrência de frutos mais pesados. Tais acessos se mostraram promissores nas condições
do Norte de Minas, sendo que, visando conhecer a adaptabilidade e estabilidade dos
mesmos, ensaios subseqüentes deverão ser conduzidos em vários locais e épocas de
plantio.

950,0
peso fresco de fruto/planta(g)

850,0

750,0

650,0

550,0

450,0

350,0

250,0
21/6/2001 28/6/2001 5/7/2001 12/7/2001 19/7/2001 26/7/2001
Data de colheita

FIGURA 1 – Produção de frutos de maxixe-do-reino (Cyclanthera pedata) em seis épocas de


colheita em Montes Claros.

3
QUADRO 1 – Valores médios para comprimento por planta (C), diâmetro maior do fruto (D1), diâmetro
menor do fruto (D2), teor de sólidos solúveis (SS), número de frutos médio por planta
(NF), peso fresco médio por planta (PF), em nove acessos de maxixe-do-reino
(Cyclanthera pedata) cultivado em Montes Claros – MG

Acessos Médias
C D1 D2 SS NF PF
IHB3 134.0889 a 37.37778 b 43.77778 a 1.016667 a 40.00000 a 1836.600 a
IHB7 127.0000 a 36.51111 b 43.86222 a 0.800000 a 14.00000 b 623.7333 b
MOC1 126.4750 a 40.88417 a 40.63334 b 0.650000 a 13.00000 b 574.2999 b
IHB5 123.2667 a 38.15833 b 37.34166 b 0.512500 a 15.50000 b 568.4500 b
IHB4 122.1111 a 45.65556 a 47.75555 a 1.250000 a 22.66667 b 1188.800 a
IHB6 121.8889 a 44.08889 a 37.54445 b 0.750000 a 27.66667 a 925.0999 b
IHB9 120.7167 a 38.50000 b 39.37500 b 1.062500 a 24.50000 b 1102.550 a
IHB1 115.5075 a 38.53333 b 37.29167 b 0.600000 a 34.50000 a 1473.025 a
IHB10 112.1167 a 42.59167 a 40.30833 b 0.862500 a 12.25000 b 721.4500 b

As médias seguidas de pelo menos uma mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo
teste de agrupamento de Scott-Knott, a 5% de probabilidade.

LITERATURA CITADA

CARDOSO, M.O. Maxixe-peruano (Cyclanthera pedata (L.) Schrad.). In: CARDOSO, M.O.
(Coord.). Hortaliças não convencionais da Amazônia. Brasília: EMBRAPA – CPAA, 1997. p.
105-111.
RIBEIRO JÚNIOR, J.I. Análises estatísticas no SAEG. Viçosa:UFV, 2001. 301p.
KLEIN, V.L.G., BRANDÃO, M., LACA-BUENDIA, J.P. Cyclanthera pedata var. Edulis (Naud.)
Cogn. Uma Cucurbitaceae pouco conhecida na alimentação humana. Daphne, v.1., n.2, p.8-
13, 1991.
TOMMASI, N. et al. Studies on the constituents of Cyclanthera pedata (Caigua) seeds:
isolation and characterization of six new cucurbitacin glycosides. Journal of Agricultural and
Food Chemistry. V.4, n.8, p. 2020-2025. 1996.

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