CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO-UNIFSA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA:GERENCIAMENTO DE OBRAS
PROF: ENG Ma.ANNAMARIA LOUREIRO
INTRODUÇÃO AO GERENCIAMENTO DE OBRAS
INTRODUÇÃO
A indústria da construção civil vem sofrendo grandes mudanças nas
ultimas décadas.
Em detrimento do crescimento da concorrência, os processos construtivos
necessitam cada vez mais de mão de obra especializada e capacitada
para atender a demanda do mercado, principalmente no que diz respeito
ao planejamento, gerenciamento e controle de processos de modo que a
execução de serviços alcance índices adequados de qualidade e
produtividade.
Sendo assim, o processo de planejamento e controle da produção torna-
se indispensável em empresas e inclui o gerenciamento de obras como
um melhor sistema produtivo, investindo em tecnologias para ampliar a
produção e qualificar os lucros.
Gerenciamento de obras é atividade que se responsabiliza pela efetivação da obra ou
projeto. Isto é, cabe ao gerenciamento de obras administrar uma série de fatores que
estão relacionados à obra para que essa se efetive, ou seja, se materialize, no tempo
proposto e dentro do que foi planejado.
Gerenciar uma obra significa administrar, simultaneamente, o cumprimento do
cronograma e a previsão financeira, gerindo profissionais que têm formações e práticas
diversas. Caso isso não ocorra, poderá haver inúmeras perdas, tanto no aspecto
financeiro quanto no emocional, comprometendo a qualidade e o tempo da obra.
Quem assume essa função deve dominar custos, contratos, prazos, ser organizado e um
bom gestor de pessoas.
A construção civil é uma atividade que envolve grande quantidade de variáveis e se
desenvolve em um ambiente particularmente dinâmico e mutável.
Gerenciar uma obra adequadamente não é um dos trabalhos mais fáceis e, no entanto,
muito de improvisação ainda tem ligação nos canteiros de obras.
O planejamento da obra é um dos principais aspectos do gerenciamento, conjunto de
amplas atividades, que envolve também orçamento, compras, gestão de pessoas,
comunicações, dentre outros.
Ao planejar, o gerente fornece à obra uma ferramenta importante para priorizar suas
ações, acompanhar o andamento dos serviços, comparar o estágio da obra com linha
de base referencial e tomar providências em tempo hábil quando algum desvio é
detectado.
A deficiência no planejamento pode trazer consequências desastrosas para uma obra e,
por extensão, para a empresa executora. Pode-se colocar em risco o sucesso do
empreendimento com atrasos e escalada de custos, reduzindo qualidade.
Muitas obras ainda são conduzidas sem qualquer tipo de planejamento, valendo-se o
engenheiro apenas de sua capacidade de administrar os assuntos concomitantemente
com o desenrolar da obra. Essa forma não é aconselhável de se proceder, pois planejar
é: pensar, aplicar, controlar e corrigir. O planejamento envolve diversas etapas que não
podem ser rejeitadas por tempo escasso ou por excesso de confiança.
Nos dias de hoje, planejar é garantir de certa maneira a perpetuidade da empresa pela
capacidade que seus gestores ganham para respostas ágeis e certas mediante o
monitoramento da evolução do empreendimento e eventual redirecionamento
estratégico.
Imagens da falta de Gerenciamento
TIPOS DE PLANEJAMENTO
O planejamento pode ser dividido em três tipos:
Planejamento estratégico ou de longo prazo,
Planejamento tático ou de médio prazo e
Planejamento operacional ou de curto prazo.
O planejamento estratégico ou de logo prazo, considera o período de tempo de
obra como uma variante de maior incerteza associada ao empreendimento.
Geralmente, utiliza-se o diagrama de Grantt para ilustrar os avanços nas etapas
de um projeto, tal gráfico é utilizado como ferramenta de controle de produção
e possibilita a visualização das tarefas imputadas a cada membro de uma
equipe, além de demonstrar o tempo necessário para cumpri-la.
Associado a esta ideia, está à forma de representação gráfica, das atividades
de um projeto, admitindo a avaliação dos seus custos, resultante do consumo
dos meios precisos para a conclusão de cada uma das tarefas do mesmo.
O desempenho do projeto é referido por medição relativa entre o tempo
decorrido e o grau atual de conclusão da tarefa, perante o previsto, e a partir
do diagrama de Gantt, deixa claras as conclusões sobre a sua realização em
termos de custo e prazo.
O planejamento tático ou de médio prazo requer um tempo menor,
geralmente por volta de três semanas, e tem como principal função ligar o
planejamento estratégico com o operacional.
tem como objetivo: atualizar o revisar o plano de longo prazo da obra;
criar meios para a execução do trabalho; transformar o plano anterior em
pacotes de trabalho; promover um fluxo de trabalho adequado,
facilitando o alcance de objetivos do empreendimento; além de
identificar a quantidade de trabalho e recursos para atender ao fluxo de
trabalho.
baseia-se no plano de longo prazo para obter resultados, pormenorizando
as atividades programada no plano anterior para dispor de pacotes de
trabalho. Para tanto, o plano de longo prazo não deve ser muito
detalhado, pois no decorrer do plano de médio prazo este será renovado
com datas aproximadas de execução dos serviços, caso contrário, o
plano de longo prazo rapidamente ficará desatualizado frente ao atraso
no ritmo de execução de atividades.
O planejamento operacional ou de curto prazo é o mais avançado, tendo
em vista que as incertezas neste tipo de planejamento são bem menores,
este por sua vez trata de metas a serem executadas em até duas
semanas.
permite ordenar equipes de trabalho para a execução de serviços de
pacotes de trabalho do plano de médio prazo semanalmente.
torna-se viável elaborar planos para a execução de todas as atividades
da obra, para tanto, é necessário uma programação da sequencia de
equipes dos diferentes serviços envolvidos no empreendimento, bem
como uma avaliação quantificando os recursos disponíveis, tais como:
materiais, mão de obra e equipamento.
ETAPAS DO PROJETO
Na construção de um empreendimento, independentemente do porte de
obra, há prazos a serem cumpridos, desde o inicio ao término, sendo este
ultimo o momento em que os objetivos do empreendimento foram
alcançados. Em uma construção é necessário o estabelecimento de
prazos de inicio e fim, bem como pontos intermediários que definem o
ciclo de execução do projeto.
um empreendimento de engenharia deve respeitar uma sequencia lógica
de evento até o produto final, o nível de esforço pode ser percebido em
uma escala de, iniciada em zero que corresponde ao nível de esforço
inicial, a partir daí seu crescimento é ascendente, conforme as etapas
programadas de execução vão sendo alcançadas, para então, próximo
ao fim da atividades planejadas começar a reduzir bruscamente,
voltando ao ponto inicial.
COMPONENTES DO GERENCIAMENTO
Independentemente do modelo adotado, fazem parte do escopo do gerenciamento:
- a elaboração do planejamento físico-financeiro da obra;
- a programação de aquisição de materiais e contratação de serviços, incluindo
cronograma de suprimentos;
- o planejamento operacional e logístico da obra, incluindo o planejamento do canteiro;
- o controle e o acompanhamento das atividades executadas (gestão de mão de obra e
de segurança);
- a retroalimentação do planejamento físico-financeiro.
Cronograma físico-financeiro
MS Project
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO
NO GERENCIAMENTO DE OBRAS
o uso do planejamento em uma obra pode ser aplicado em qualquer trabalho, seja ele de
grande ou baixa complexidade ou de alto ou baixo orçamento. A aplicação de um
planejamento bem estruturado em um empreendimento propicia um que um projeto seja
executado dentro dos prazos estipulados, evitando atrasos desnecessários, tendo em vista
que este permite a previsão de problemas, de modo que possam ser tomadas medidas
preventivas e corretivas.
há benefícios tanto para o cliente, quanto para a construtora: a finalização do projeto
dentro das datas previstas, o controle de gastos, levando em consideração que os gastos
foram orçados corretamente, benefícios técnicos como a entrega do projeto de acordo
com as especificações projetadas, além da satisfação do cliente devido ao cumprimento
do prazo, dos custos e da qualidade possibilitadas pelo planejamento adequado do
processo de construção.
Ao engenheiro, planejamento possibilita informações sobre a produtividade dos setores de
orçamento e planejamento, a duração das tarefas e as sequencias de atividades previstas.
Outra vantagem do planejamento, conforme já elucidado anteriormente, é a previsão de
pontos críticos, desta maneira, o gestor pode prever falas ou problemas no processo de
construção e tomar as medidas cabíveis para evitar tal situação ou amenizar possíveis
contratempos.
DEFICÊNCIA DO PLANEJAMENTO
Dentre as principais causas de baixa produtividade no setor de construção
estão a deficiências no planejamento e controle de uma obra, isto se dá
devido às elevadas perdas e da baixa qualidade dos produtos utilizados.
quando a empresa trabalha com improvisação e pouco planejamento de
suas atividades, acreditando apenas na experiência dos profissionais que
possui para cumprir as exigências das obras, tais como prazos e
orçamentos os índices de qualidade e confiabilidade no processo de
construção podem declinar.
A principal deficiência do planejamento de obras é a segregação dos
setores de planejamento e controle da empresa, fazendo com que
relatórios e cronogramas, por exemplo, sejam feitas isoladamente para
aplicação técnica, desta maneira, as informações ficam contidas em
poucos setores, não sendo compartilhadas com os demais,
impossibilitando um sistema de repasse de informação.
Um grande desafio no gerenciamento de obra é a compatibilização dos prazos
definidos pelo contratante com os de fornecedores e prestadores de serviços.
De um lado, somos pressionados por clientes que querem as obras concluídas em
períodos cada vez mais exíguos. Do outro, temos prestadores de serviços que nem
sempre se comprometem com os prazos.
A gestão das equipes e das interfaces entre as diferentes atividades que compõem a
obra também costuma ser especialmente desafiadora. Nesse ponto, é importante que o
gestor conquiste a confiança e o respeito das pessoas envolvidas. "O profissional precisa
dispor de sólidos conhecimentos técnicos e administrativos. Do contrário, não terá a
liderança necessária muito menos o apoio das equipes para fazer o seu trabalho.
O sucesso na gestão de obras passa por um planejamento que garanta o sincronismo
das equipes que atuam na execução.
O cronograma físico-financeiro deve ser realista, produzido com total compreensão do
projeto, das etapas, dos processos construtivos e dos recursos do cliente, formando um
conjunto indissociável.
Na hora de preparar esse planejamento, é preciso dar atenção especial a tudo que
pode impactar significativamente no cronograma, o que inclui desde feriados e férias de
profissionais até o tempo necessário para a validação de tomadas de decisão junto ao
cliente. O planejamento deve, ainda, considerar todos os riscos existentes, como atrasos,
falta de material, chuvas etc.
HABILIDADES DO GERENCIADOR
Para desempenhar bem sua função e obter os resultados almejados, o profissional
dedicado à gestão de obras deve dispor de algumas habilidades específicas:
- um ponto primordial é ter boa compreensão e leitura do projeto arquitetônico e dos
projetos de engenharia, bem como conhecimento dos processos construtivos que
envolvem uma obra, em todas as suas etapas.
-também é fundamental que o gerenciador tenha conhecimentos administrativos, de
legislações e de normas técnicas
-para quem pensa em atuar como gestor de obras, buscar uma formação complementar
específica é imprescindível. Para quem está começando, uma dica é iniciar por obras
pequenas com equipes reduzidas e crescer proporcionalmente à sua experiência.
RESPONSABILIDADES DO GERENCIADOR
Infelizmente, não é raro deparar com obras mal-acabadas, ou ainda encerradas antes
do término justamente por falta de verba.
O gerenciador é o técnico responsável pela execução da obra, ou seja, é aquele
profissional que concretizará as ideias concebidas em projetos.
Desta forma, será responsável por:
a - Contratar mão de obra especializada;
b - Coordenar cada profissional individualmente, em todas as etapas;
c - Escolher materiais e acabamentos, e acompanhar sua utilização, evitando
desperdícios;
d - Respeitar e cumprir o orçamento e o cronograma;
e - Zelar pela fiel execução dos projetos.
DEZ VERBOS INDISPENSÁVEIS AO
GERENCIADOR
1) Observar:
2) Orientar:
3) Acompanhar:
4) Comunicar:
5) Motivar:
6) Compreender:.
7) Aprender:
8) Ouvir:
9) Equilibrar:
10) Liderar:
GERENCIAMENTO DE EDIFICAÇÕES
O gerenciamento das construções é composto por planejamento, programação,
acompanhamento e controle.
No planejamento é definido o que fazer, em que seqüência e quando.
A programação determina onde, quanto fazer e com que recursos.
O acompanhamento trata da execução propriamente dita e o controle é utilizado para
conferir contra um padrão e verificar ou não a ocorrência de desvios a serem corrigidos,
preferencialmente durante a execução do empreendimento.
1) Definição
Planejamento pode ser definido como “um futuro desejado e os meios eficazes para
alcançá-lo”. Ou seja, trata de documentar o que foi decidido para todo o
empreendimento, de modo a permitir a tomada de decisão apropriada para cada
situação.
Ainda, planejamento é “o processo de tomada de decisão que envolve o
estabelecimento de metas e dos procedimentos necessários para atingí-las, sendo
efetivo quando seguido de um controle”.
OBJETIVOS DE SUCESSO DO PROJETO
Para se alcançar os objetivos pretendidos é preciso desenvolver mecanismos no sentido
de:
-treinar uma equipe para gerenciar as atividades;
-delegar responsabilidades;
-estabelecer um canal aberto de informações;
-criar um plano de implementação do projeto;
-controla e avaliar o andamento do projeto;
-criar frentes para as tomadas de decisões;
-criar banco de dados de tudo que foi executado;
-garantir a manutenção de equipes motivadoras e focadas com os objetivos do projeto.
Vantagens em se utilizar o
gerenciamento
1. Ajuda a reduzir os custos
Vários são os itens que podem deixar a construção mais cara. Porém, o gerenciamento
de obras é um bom aliado para gerar economia. Entre os itens que podem encarecer
estão os atrasos, bitributação e riscos na contratação. Para que haja economia, o
gerenciamento é crucial por criar a possibilidade de atuação no momento de
contratação. Assim, eliminam-se serviços do contrato com construtoras, pois podem ser
adquiridos de forma direta com o empreendedor. Vale lembrar que a construtora
permanece com a responsabilidade sobre os prazos, qualidade, controle, logística, entre
outros.
2. Estratégia produtiva
Quem cuida do gerenciamento de obras também ajuda para que a execução de
atividades atendam todos os requisitos. É o caso do custo e qualidade de acordo com o
cronograma planejado. Por isso, o gerenciamento de obras é diretamente ligado à
estratégia produtiva da construtora. Gerenciar obras passa pelos campos arquitetônico,
de estruturas, de instalações elétricas e coordena cada uma dessas partes para que elas
sejam cumpridas seguindo uma sequência lógica.
3. O gerenciamento de obras antecipa problemas
Por cuidar de toda a organização do cronograma de uma obra, o gerenciamento
também é uma excelente ferramenta! Com ela, é possível prever problemas e possíveis
imprevistos e, por isso, resolvê-los de forma eficaz. O gerenciamento permite que a
maioria desses possíveis problemas possam ser resolvidos ainda antes do início da
construção. Deste modo, é possível aumentar a produtividade, fazendo com que o
cronograma possa ser realizado dentro do previsto.
4. Total controle do estoque de materiais
Pouca gente sabe que o gerenciamento de obras também auxilia a ter um maior
controle sobre o estoque de material para a construção. Isso se traduz rapidamente em
economia. Afinal, evita o desperdício e ajuda a manter toda a obra com os gastos
dentro do orçamento. Um bom gerenciamento ajuda por conter uma lista com todos os
produtos comprados e um acompanhamento do uso dos materiais. Deixando assim,
claro quando é necessário comprar mais algum item. Indiretamente, esse benefício
ajuda a controlar melhor a mão de obra contratada e o quanto de material vem sendo
utilizado.
5. Ajuda na fiel execução dos projetos
O gerenciamento de obras auxilia a contratar mão de obra especializada e coordenar
os contratados nas diferentes etapas da construção. Além disso, apoia no cumprimento
das etapas dentro do cronograma e do orçamento. Tudo isso se traduz na execução fiel
dos projetos. Claro, durante o percurso podem ter de haver alterações. Contudo, um
bom gerenciamento de obras a alteração poderá ser feita sem comprometer a essência
do projeto aprovado.
CONCLUSÃO
Embora seja cada vez mais rara uma obra sem planejamento nos grandes centros
urbanos, quanto mais tempo se investe nas etapas de planejamento e projeto, menores
os custos e os prazos de execução da obra. Tudo isso evita que ocorram dúvidas e
improvisações durante a construção, reduzindo o retrabalho, diminuindo desperdícios e
a geração de entulho, tornando a obra mais sustentável do ponto de vista do meio
ambiente, além de reduzir problemas com segurança do trabalho no canteiro e
aumentar a qualidade das construções.
Os grandes empreendedores e as construtoras mais importantes do País já entenderam
que com o planejamento e o gerenciamento de projetos e obras os resultados para seus
negócios são melhores, na medida em que há racionalização na execução, resultando
em um produto final de melhor qualidade.
Dessa maneira a função da gerenciadora é planejar e coordenar todas as diferentes
atividades e operações que fazem parte de uma construção. Tudo começa pelo
gerenciamento e coordenação dos vários projetos, tais como o arquitetônico, o de
estruturas, o de instalações elétricas e hidráulicas, entre outros. As interfaces entre esses
projetos precisam ser estudadas para que na hora da execução não haja dúvidas sobre
o que e como fazer, evitando improvisações, erros e retrabalho.
OBRIGADA!!!
Planejar é traçar objetivos e metas, visando o
sucesso do projeto, ou seja, é o futuro
planejado. Gerenciar é realizar os objetivos e
as metas, alcançando o sucesso planejado, ou
seja, é o presente gerenciado a cada dia.