Eficácia do Tratamento Cognitivo Comportamental em Grupo para TAG
Um relato de experiência
Effectiveness of Group Cognitive Behavioral Treatment for GAD
An experience report
Efectividad del Tratamiento Cognitivo Conductual Grupal para el TAG
Un informe de experiência
Resumo
Objetivo: Este estudo tem como foco principal avaliar a eficácia do protocolo de
tratamento cognitivo comportamental em grupo para o TAG em jovens adultos. Métodos: Foi
realizado um estudo clínico randomizado com três grupos: experimental, lista de espera e
grupo comparação. As escalas: Inventário de ansiedade de Beck, Transtorno Geral de
ansiedade, Inventário de depressão de Beck e Questionário de Preocupação do Estado da
Pensilvânia para avaliar os sintomas antes e após a intervenção. Resultados mostraram que o
grupo experimental apresentou melhora significativa em todas variáveis observadas, enquanto
grupo de lista de espera não apresentou mudança nos sintomas avaliados antes e após a
intervenção. O grupo comparação, que não tinha indicativo de transtorno mentais, também
não apresentou diferença nos escores encontrados. Acredita-se que, apesar das limitações do
presente estudo, ele contribui de forma positiva para a literatura da área uma vez que
apresenta um protocolo de tratamento em grupo inédito.
Palavras-chave: Transtorno de ansiedade generalizada; Terapia em grupo; Estudo
clínico randomizado.
Abstract
Aim: This study focuses evaluate the efficacy of the protocol for cognitive-behavioral
treatment in groups of young adults with GAD. Methods: A randomized clinical trial
composed of three groups (experimental, wait list control group and comparison group) was
conducted. The rating scales: Beck Anxiety Inventory, Generalized Anxiety Disorder
Assessment, Beck Depression Inventory and Penn State Worry Questionnaire to assess the
symptoms prior and after the intervention. Results: The experimental group has shown
significant improvement in all the observed variables, while the wait list control group has not
shown any change in the symptoms assessed before and after the intervention. The
comparison group, which had no indications of mental disorders, has not presented a
difference in the scores either. It is believed that, despite its limitations, this study contributes
positively for the literature in this field since it presents a protocol for treatment in an
unprecedented group.
Key words: Generalized anxiety disorder; Group therapy; Randomized clinical trial.
Resumen
Efectividad del Tratamiento Cognitivo Conductual Grupal para el TAG
Objetivo: Este estudio se centra evaluar la eficacia del protocolo de tratamiento cognitivo-
conductual en grupo para el TAG en adultos jóvenes. Métodos: Se llevó a cabo un estudio
clínico aleatorizado con tres grupos: experimental, lista de espera y grupo de comparación. Se
utilizaron las escalas: Inventario de ansiedad de Beck, Trastorno de ansiedad generalizada,
Inventario de depresión de Beck y Cuestionario de Preocupación del Estado de Pensilvania
para evaluar los síntomas antes y después de la intervención. Los resultados mostraron que el
grupo experimental experimentó una mejora significativa en todas las variables observadas,
mientras que el grupo de lista de espera no mostró cambios en los síntomas evaluados antes y
después de la intervención. El grupo de comparación, que no tenía indicadores de trastornos
mentales, tampoco mostró diferencias en los puntajes encontrados. Se cree que, a pesar de las
limitaciones del presente estudio, contribuye de manera positiva a la literatura del área al
presentar un protocolo de tratamiento en grupo innovador.
Palabras clave: Trastorno de ansiedad generalizada; Terapia en grupo; Estudio clínico
aleatorizado.
A ansiedade é tida como uma emoção natural, um sentimento que cerca o homem em
sua vida e tem como papel central ser um sinal de alerta, permitindo que o indivíduo
permaneça atento a perigos e ameaças existente em sua realidade externa (Pitta, 2011). No
entanto, ao atingir graus elevados e contínuos ela é considera patológica, pois causa um
desequilíbrio emocional no indivíduo, fazendo com que permaneça em um estado de alerta
constante, representando assim o que denominamos como transtornos de ansiedade (Obelar,
2016).
A ansiedade patológica se configura a partir de sua intensidade, pelo padrão repetitivo,
anacrônico e desproporcional frente a realidade, sendo caracterizada como um sentimento
desagradável de preocupação recorrente e negativa em relação ao futuro (Reyes & Fermann,
2017).
Em relação a prevalência, os transtornos mentais são os mais presentes no mundo
(12,6% ao ano) (Brentini et al., 2018). A Organização Mundial da Saúde organizou uma
pesquisa, nos quais indicou que a proporção da população global com transtornos de
ansiedade em 2015 era estimada em 3,6% (264 milhões de pessoas), significando um aumento
de 14,9% em relação aos anos anteriores, tendo como relação o envelhecimento e aumento da
população mundial. Uma variável importante diz respeito ao gênero, uma vez que maior parte
das pesquisas aponta que os transtornos de ansiedade são mais comuns em mulheres (4,6%)
do que homens (2,6%) se observado em um nível global. O Brasil se apresenta como um dos
países com maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade, tendo uma média de 9,3%
dos brasileiros sofrendo com algum tipo de transtorno de ansiedade (Andrade et al., 2019).
Os principais transtornos de ansiedade são o Transtorno Obsessivo-Compulsivo,
Transtorno do Pânico, Fobias Específicas, Ansiedade Generalizada, Ansiedade Social, e
Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Eles se diferenciam a partir de suas características,
como sentimentos envolvidos e a situação desencadeadora de ansiedade ou medo. Dentre os
Transtornos de Ansiedade, descritos na décima edição da Classificação Internacional de
Doenças (CID-10) e conforme os critérios da American Psychiatric Association (DSM-5), o
Transtorno de Ansiedade Generaliza (TAG).
O TAG se caracteriza pela recorrente ansiedade e preocupação excessivas acerca de
eventos, atividades e estímulos, os quais causam no indivíduo um estado de nervosismo
persistente, causando tremores, tensão muscular, transpiração, sensação de vazio na cabeça,
palpitações, tonturas e desconforto epigástrico. Segundo a o DSM-5, os critérios diagnósticos
desse transtorno se referem ao tempo e presença de alguns sintomas. É necessário que o
indivíduo apresente preocupação excessiva por pelo menos 6 meses, a qual deve ser
acompanhada por pelo menos três dos seguintes sintomas: irritabilidade, fatigabilidade,
inquietação, perturbação do sono, tensão muscular ou dificuldade de concentração (APA,
2014). O citado transtorno está entre um dos transtornos mentais mais encontrados na prática
clínica e, historicamente foi considerado como um transtorno leve, entretanto, atualmente é
avaliado como uma doença crônica, associada à comorbidades potencialmente graves, além
de causar altos custos sociais e individuais (Reyes & Fermann, 2017).
Menezes et al., (2017) apontam uma problemática em torno do processo diagnóstico
do TAG. Por apresentar sintomas físicos como dor no peito, tremores, enjoos e dor de
estômago, os pacientes acabam recorrendo a clínicos gerais ou gastroenterologistas, causando
assim um sub diagnóstico, pois a possibilidade de transtorno mental dificilmente é
considerada. Os sintomas do TAG podem causar prejuízo significativo no dia a dia do
indivíduo, levando a incapacitação na realização de tarefas. Além desses prejuízos, o TAG
também pode se associar a complicações como o abuso de drogas e os quadros depressivos
com risco de suicídio além das dificuldades sociais e econômicas (Andrade et al., 2019).
Diversas hipóteses são encontradas ao tentar identificar uma explicação etiológica do
transtorno de ansiedade generalizada (TAG). Entre essas hipóteses estão a contribuição
genética, que se entende pelo fato de que a presença de transtorno mentais podem ser
desencadeadas pelo fato de ter familiares portadores de transtornos mentais. Também se inclui
a eventos traumáticos, exposição a eventos altamente estressores e presença de outros
transtornos mentais (Brentini et al., 2018).
Essas teorias, entretanto, ainda não conseguem responder à questão da crescente
prevalência de transtornos mentais, incluindo a acentuada prevalência do TAG. Muitas
questões podem ser apontadas como contribuições para a progressão de ansiedade fisiológica
para patológica como: pressões sociais, políticas, econômicas e avanço tecnológico, uma vez
que a velocidade das mudanças atuais acaba gerando um estresse, que pode ser transformado
em raiva extrínseca, medo e ansiedade, em raiva intrínseca, como depressão (Brentini et al.,
2018).
Diante do diagnóstico de TAG, os dois principais tratamentos indicados são as
psicoterapias e os medicamentos, sendo normalmente indicado a combinação das duas
terapêuticas. A principal classe de medicamentos usados no tratamento dos transtornos de
ansiedade são os antidepressivos, que podem, em sua maioria tratar com eficiência sintomas
ansiosos, diminuindo a reação física e patológica dos fóbicos sociais em situação de
exposição social, inibir ataques de pânicos. Outro grupo de fármacos importantes são os
benzodiazepínicos, conhecidos popularmente como calmantes, indutores de sono e
ansiolíticos (Brentini et al., 2018).
A Psicoterapia é apontada como a base principal do tratamento dos transtornos
mentais, tendo a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) apresentado os melhores
resultados científicos em relação a eficácia no tratamento (Brentini et al., 2018). A TCC tem
como principal objetivo a conscientização dos pacientes de que existem pensamentos,
expectativas, atitudes e crenças negativas automáticas que contribuem para o
desencadeamento de sentimentos negativos e ansiedade. A partir disso, é possível identificar
padrões de pensamento, facilitando na identificação de padrões ansiosos e que fazer para
alterá-los afim de reduzir o sofrimento gerado pela ansiedade (Saaed et al., 2019).
Dentre os formatos terapêuticos possíveis estão o individual e a terapia em grupo. A
TCC em grupo tem como objetivo a reestruturação cognitiva dos pensamentos negativos e
disfuncionais que o indivíduo apresenta diante das situações vividas, e com isso proporcionar
o alívio de sintomas, por meio de técnicas comportamentais como exposições autoguiadas e
in-vivo (Beck, 2007).
Diversos autores como Borkovec e Roemer (1995) cunharam modelos visando
explicar o funcionamento do TAG. Dentre os modelos propostos pode-se destacar o modelo
cognitivo de intolerância à incerteza dos autores Dugas et al., (1998), em que propõem que
os pacientes com TAG experimentam sintomas de ansiedade quando confrontados com
situações incertas ou ambíguas. Diante da incerteza, o indivíduo acredita que a preocupação é
um fator de prevenção e utiliza-se desse recurso como estratégia, impedindo formas mais
saudáveis de enfrentamento.
Pereira (2005) em uma proposta de protocolo cognitivo comportamental para
TAG, no formato individual, indicou que é necessário dar maior foco aos problemas
interpessoais no tratamento do transtorno.
Alguns ensaios clínicos randomizados foram avaliados no tratamento para o TAG em
ambos os formatos: individuais (Dugas & Robichaud, 2006; Gosselin et al., 2006; Ladouceur
et al., 2000), bem como em grupos (Dugas et al., 2003), com resultados que apoiam a eficácia
de ambas as formas de tratamento quando comparado com grupos de listas de espera,
entretanto nenhum desses estudos citados foram realizados no Brasil.
Diante de tais achados, o presente trabalho se propôs a desenvolver um protocolo de
tratamento cognitivo comportamental em grupo para o transtorno de ansiedade generalizada.
Tal protocolo se fundamentou no modelo cognitivo de intolerância à incerteza dos autores
Dugas et al., (1998) e dos problemas interpessoais proposto por Pereira (2005) e para avaliar
a eficácia do protocolo proposto, foi realizado um estudo clínico randomizado.
Método
A presente pesquisa se dividiu em dois momentos, sendo o primeiro deles a criação de
um protocolo de tratamento cognitivo comportamental em grupo para o transtorno de
ansiedade generalizada. O protocolo teve como foco diminuir a intolerância a incerteza e
trabalhar questões interpessoais no TAG, que tem sido um dos aspectos mais observados
como fatores de manutenção do transtorno segundo Pereira (2005). O protocolo contou com
10 sessões semanais, com duração de 2 horas e estruturado para 6 participantes por grupo.
Para avaliação da efetividade do protocolo, foi desenvolvido um ensaio clínico randomizado
estruturado em dois eixos: um em relação aos participantes com TAG que receberam a
intervenção em grupo e outro com participantes com TAG que não receberam nenhum tipo de
intervenção no primeiro momento (grupo de lista de espera). A pesquisa também contou com
um um grupo de comparação, com participantes que não apresentaram indicativos de
transtornos mentais comuns durante o processo de triagem. Esses participantes foram
convidados a permanecer na pesquisa nas etapas de avaliação pré e pós tratamento, estando
cientes que não receberiam tratamento em nenhuma fase desse estudo.
Tabela 1. Resumo do protocolo
O grupo experimental foi dividido em A e B pois o protocolo construído nessa
pesquisa foi estruturado para aplicação em grupo de 6 pessoas. O grupo lista de espera foi
inicialmente planejado para ter 12 participantes e também seria dividido em grupo A e B,
entretanto o número de inscritos na pesquisa não alcançou o número desejado. Por esse
motivo, o grupo contou com 9 participantes, tendo sido finalizado com 7 participantes em
decorrência de desistências. Também houveram três desistências no grupo comparação, tendo
sido finalizado com 5 participantes.
Participantes
A pesquisa contou inicialmente com 30 participantes, sendo 12 participantes no grupo
experimental, 9 no grupo de lista de espera e 9 no grupo comparação. Ao longo da pesquisa
houveram 2 desistências no grupo de lista de espera e 4 desistências no grupo comparação,
totalizando assim 26 participantes ao fim da pesquisa. Dentre esses participantes, 9 eram do
gênero masculino e 17 do gênero feminino, em sua maioria brancos (88%) e com ensino
superior completo, tendo uma média de idade de 25,7 anos (DP = 3,12).
Procedimentos
A proposta de intervenção do grupo terapêutico foi divulgada digitalmente com o
título “Transtorno de ansiedade generalizada: grupo de tratamento” e os interessados
realizaram suas inscrições em formulário online, onde foram solicitadas informações como
nome, idade, telefone e disponibilidade de horário para as reuniões semanais. Em seguida a
pesquisadora entrou em contato com os interessados para agendar uma entrevista inicial, na
qual foram aplicados instrumentos de rastreio como parte da avaliação inicial.
Ao todo, 54 pessoas demonstraram interesse em participar da pesquisa. Dessas 54
pessoas, 12 pessoas não retornaram o contato inicial. No período das entrevistas iniciais 12
participantes foram excluídos por apresentarem comorbidade com outros transtornos mentais,
e 9 participantes não apresentavam indicativo de transtorno mental, sendo esses alocados no
grupo de comparação. Depois disso, restaram 21 participantes que foram distribuídos nos
grupos experimental e lista de espera através da randomização por sorteio. Ao todo, finalizou-
se o processo de randomização com 30 participantes selecionados.
O principal critério de inclusão no grupo experimental e lista de espera foi o
participante ser maior de 18 anos, atender aos critérios de diagnóstico para TAG estabelecidos
no DSM – 5 e obtenção de níveis significativos nos instrumentos selecionados. Para critérios
de exclusão foram adotados os seguintes termos: participantes que apresentaram
comorbidades como transtornos psicóticos ou abuso de substâncias, ser menor que 18 anos,
estar em tratamento psicoterapêuticos nos últimos 12 meses. Os participantes foram
esclarecidos, desde primeiro contato, sobre a possibilidade da lista de espera para oferta futura
do tratamento. Para a distribuição dos participantes nos grupos experimental x lista de espera
foi realizada randomização através de sorteio.
Os participantes que, na avaliação pré intervenção não apresentaram indicativo de
TAG, foram distribuídos no grupo de comparação. Todos os participantes que permaneceram
ao longo de toda pesquisa, participaram da última etapa, de avaliação pós intervenção, com
objetivo fim de comparação da sintomatologia dos sintomas entre eles.
Aspectos éticos
A presente pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética por meio da plataforma Brasil e
foi aprovado através do Parecer número [ OCULTADO PARA AVALIAÇÃO POR PARES]
Iniciada a pesquisa, todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido e preencheram um conjunto de questionários que avaliou características
sociodemográficas e sintomatologia de transtornos de ansiedade. Durante esta fase da
avaliação, todos foram devidamente informados que poderiam abandonar o estudo em
qualquer etapa. Também foram avisados que suas informações se manterão anônimas e que
nenhuma informação individual seria disponibilizada.
Instrumentos
Foram utilizados os seguintes instrumentos para rastreio do Transtorno de Ansiedade
Generalizada e avaliação geral da saúde mental dos alunos: GAD-7, BAI, BDI e PSWQ.
Essas mesmas escalas foram utilizadas como formas de avaliação pré e pós-intervenção. No
GAD-7 foi necessário apresentar escore maior que dez; No BAI e BDI necessário apresentar
níveis de ansiedade e depressão moderada ou grave que representa maior que 22 para o BAI e
maior que 20 para o BDI; No PSWQ foram selecionados os participantes que apresentaram
escore maior que sessenta, o que corresponde a alto nível de preocupação.
Análise Estatística
Os dados coletados foram armazenados em um banco de dados e analisados com o
auxílio do pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) for Windows®,
versão 20.0, produzindo-se tabelas e gráficos. Foi realizada uma estatística descritiva onde
foram apresentadas as proporções, valores médios e desvios-padrão (DP). Para a apresentação
da estatística análitica foi feita a comparação entre os scores pré e pós intervenção utilizado-se
teste não-paramétrico de comparação de médias para a amostras pareadas e para as variáveis
categóricas utilizaram-se os Teste de qui-quadrado e Exato de Fischer.
Resultados
Em relação às características sociodemográficas, a amostra total (n=30) foi,
predominantemente, do gênero feminino (66,67%), com idade média de 25,7 anos (DP =
3,28). A predominância do gênero feminino na presente pesquisa vai de encontro com a
literatura que salienta que o transtorno de ansiedade generalizada tem maior prevalência em
mulheres (Newman et. al., 2003; Tung et al. 2011).
Os resultados apresentados aqui se referem aos 3 grupos, sendo eles: grupo
experimental, grupo lista de espera e grupo comparação. A idade média do grupo
experimental foi de 24 anos (DP= 2,48), enquanto do grupo lista de espera foi de 26,33 anos
(DP=3,57), já o grupo comparação apresentou idade média de 25,22 anos (DP=2,90), não
resultando em diferenças significativas entre os grupos.
Com objetivo de realizar uma comparação entre os dados de pré e pós intervenção, de
todos os grupos, foi realizado teste não-paramétrico de comparação de médias para a amostras
pareadas e para as variáveis categóricas utilizaram-se os Teste de qui-quadrado e Exato de
Fischer.
Dados Pré intervenção
No PSWQ, os participantes do grupo experimental (N=12) apresentaram escore médio
71,42 (DP=7,28), enquanto o grupo de lista espera (N=9) apresentou média de 68,78
(DP=9,60), e o grupo comparação apresentou escore médio 53,89 (DP=18,53). Houve
diferença do grupo comparação com os outros dois, apresentando preocupação
significativamente menor. No BAI, os participantes do grupo experimental (N=12)
apresentaram escore médio 42,5 (DP=10,79), enquanto o grupo de lista espera (N=9)
apresentou média de 38,11 (DP =5,77), enquanto o grupo comparação apresentou escore
médio 15 (DP=2,64). No BDI, o grupo experimental apresentou escore médio 36 (DP= 9,9),
enquanto o grupo lista de espera apresentou 32,77 (DP-7,91) e o grupo comparação
apresentou média 24,11 (DP=16.78). O grupo experimental e grupo de lista espera não
apresentaram diferenças entre si em relação aos sintomas ansiosos em depressivos, enquanto o
grupo comparação apresentou médias menores em relações aos sintomas ansiosos e
depressivos, o que já era esperado, uma vez que esse era um dos critérios de inclusão na
pesquisa.
No GAD-7, o grupo experimental apresentou score médio de 18,67 (DP=3,08),
enquanto o grupo de lista de espera apresentou média 19,67 (DP=1,32) e o grupo compração
apresentou escore médio 10,11 (DP=2,36). O grupo experimental e espera não apresentaram
diferença entre si, enquanto o grupo comparação apresentou média menor que os outros dois.
Isso aponta que o grupo comparação não apresentou diagnóstico de TAG, enquanto o o grupo
experimental e lista de espera apresentaram.
Análise Estatística Grupo Experimental
No PSWQ, os participantes apresentavam no pré-teste um escore médio de 71,42 (DP
= 7,28), já no pós-teste o escore médio foi de 40,75 (DP = 7,84), indicando uma redução de
30 pontos no nível de preocupação. Em relação ao GAD-7, no pré-teste os participantes
apresentavam um escore médio de 18,67 pontos (DP = 3,08), e no pós-teste evidenciaram um
escore médio de 10,08 (DP = 3,05) o que aponta uma redução de 8,59 pontos. Já em relação
ao BAI, o escore médio apresentados no pré-teste foi de 42,5 (DP = 9,9) e no pós-teste 17,75
(DP = 5,83) totalizando uma redução de 24,75 pontos nos sintomas ansiosos. No BDI o escore
médio pré-teste foi 36 (DP = 9,9) e pós-teste foi de 13,92 (DP = 3,9). O grupo experimental
apresentou redução estatisticamente significativa em todas as variáveis apresentadas após a
intervenção (p=0,016).
Outro ponto a ser destacado é em relação aos escores obtidos no Questionário de
Preocupação do Estado da Pensilvânia (PSWQ). A partir de algumas observações destacadas
por Clark & Beck (2012), foi utilizado nesta pesquisa um ponto de corte de 60 pontos. Após
a intervenção, a média do grupo experimental em relação ao instrumento citado foi de 40,75
apresentando uma redução que indica ausência de preocupação patológica. Considerando o
objetivo do instrumento, que é avaliar o nível de preocupação do indivíduo, percebe-se que o
protocolo proposto nessa pesquisa obteve êxito em relação a esse aspecto cognitivo do
transtorno, que é um dos fatores principais de manutenção do TAG (Wells, 1995).
Na tabela abaixo (Tabela 2) resume-se os principais achados, relativos aos níveis de
ansiedade pré e pós-intervenção identificados através do instrumento de rastreio BAI. Em
relação ao nível de ansiedade antes da intervenção, 83,33% da amostra apresentava nível
grave e 16,66% nível moderado, enquanto que após a intervenção 50% dos participantes
apresentaram nível moderado, 41,66% nível leve, enquanto que apenas 8,33% (um
participante) permaneceu em nível grave de ansiedade.
Tabela 2. Níveis de ansiedade obtidos pré e pós intervenção BAI
Na Tabela 3 podem-se observar os níveis de depressão obtidos pré e pós-intervenção
através do instrumento de rastreio BDI. Em relação ao nível de depressão antes da
intervenção, 41,66% apresentaram nível grave, enquanto o restante (58,33%) apresentou nível
moderado. Já em relação aos níveis de depressão pós-intervenção, 33,33% apresentaram nível
mínimo, 58,33% nível leve e 8,33% nível moderado. Nota-se, em relação aos níveis
apresentados pós-intervenção que nenhum participante apresentou nível grave, tendo todos
participantes reduzido os níveis de sintomas depressivos.
Tabela 3: Níveis de Ansiedade e Depressão intervenção
Análise Estatística Grupo De Lista De Espera
O grupo de lista de espera iniciou com 9 participantes, entretanto ao longo do estudo
houveram 2 desistências. Com isso, a análise final do grupo foi feita com os participantes que
continuaram na pesquisa (N=7).
No PSWQ, os participantes apresentavam no pré-teste um escore médio de 67,86 (DP
= 10,86), já no pós-teste o escore médio foi de 65,57 (DP = 8,16), indicando uma redução de
2 pontos no nível de preocupação. Em relação ao GAD-7, no pré-teste os participantes
apresentavam um escore médio de 19,71 pontos (DP = 1,49), e no pós-teste evidenciaram um
escore médio de 18 (DP = 3,05) o que aponta uma redução de 1,71 pontos. Já em relação ao
BAI, o escore médio apresentados no pré-teste foi de 38,57 (DP = 9,9) e no pós-teste 39,29
(DP = 5,83) totalizando um aumento de 0,72 pontos nos sintomas ansiosos. No BDI o escore
médio pré-teste foi 32,28 (DP = 9,9) e pós-teste foi de 26,29 (DP = 3,9) resultando em uma
diferença de 5,99 pontos nos sintomas depressivos. O grupo de lista de espera não apresentou
nenhuma redução significativa dos sintomas avaliados.
Gráfico 1: Médias do grupo pré e pós intervenção.
Análise Estatística Grupo De Comparação
O grupo de comparação iniciou com 9 participantes, entretanto ao longo do estudo
houve 4 desistências. Com isso, a análise final do grupo foi feita com os participantes que
continuaram na pesquisa (N=5).
No PSWQ, os participantes apresentavam no pré-teste um escore médio de 53,89 (DP
= 18,5), já no pós-teste o escore médio foi de 53,44 (DP = 9,76). Em relação ao GAD-7, no
pré-teste os participantes apresentavam um escore médio de 10 pontos (DP = 2,73), e no pós-
teste evidenciaram um escore médio de 11,2 (DP = 1,22) o que aponta um aumento de 1,2
pontos. Já em relação ao BAI, o escore médio apresentados no pré-teste foi de 15,2 (DP =
1,24) e no pós-teste 15,4 (DP = 1,60). No BDI o escore médio pré-teste foi 24,2 (DP = 9,83) e
pós-teste foi de 19,8 (DP = 3,9) resultando em uma diferença de 4,4 pontos nos sintomas
depressivos. O grupo de comparação não apresentou nenhuma redução significativa dos
sintomas avaliados, permanecendo sem indicativos de diagnóstico de transtornos mentais,
tendo em vista que continuaram abaixo das linhas de corte dos instrumentos.
Análise Entre Grupos Pós Intervenção
Os dados apresentados abaixo se referem as comparações dos resultados obtidos entre
grupos após a intervenção, como exemplificado na imagem abaixo.
Figura 1. Fluxograma da trajetória de comparação dos resultados entre grupos
No segundo momento da pesquisa, após a intervenção, em relação ao PSWQ, os
participantes do grupo experimental (N=12) apresentaram escore médio 40,75 (DP=7,84),
enquanto o grupo de lista espera (N=7) apresentou média de 65,57 (DP=8,16), enquanto o
grupo comparação apresentou escore médio 53,44 (DP=9,76). Após a intervenção o grupo
experimental apresentou média inferior aos outros dois grupos, indicando que após a
intervenção houve redução no nível de preocupação deste grupo, enquanto o grupo de lista de
espera, que não recebeu intervenção, não apresentou diminuição de sintomas. Essa evidência
vai de encontro com outras pesquisas que trabalharam com grupos experimentais e grupos de
lista de espera e que também indicaram que o grupo de lista de espera manteve os mesmos
níveis de sintomas ao longo do estudo (Dugas et al., 2003; Dugas & Robichaud, 2007;
Ladouceur et al., 2000).
No BAI, os participantes do grupo experimental (N=12) apresentaram escore médio
17,75 (DP=5,83), enquanto o grupo de lista espera (N=9) apresentou média de 39,29 (DP
=11,7), enquanto o grupo comparação apresentou escore médio 15,4 (DP=3,57). No BDI, o
grupo experimental apresentou escore médio 13,92 (DP= 3,9), enquanto o grupo lista de
espera apresentou 26,29 (DP=6,9) e o grupo comparação apresentou média 19,8 (DP=11,3). O
grupo experimental apresentou níveis menores que o grupo de lista de espera e compração em
relação aos sintomas ansiosos e depressivos, indicando que a intervenção obtevesse sucesso,
uma vez que os participantes que receberam a intervenção apresentaram níveis menores até se
comparados com o grupo comparação, onde os participantes não tem indicativos de
transtornos mentais.
No GAD-7, o grupo experimental apresentou score médio de 10,08 (DP=2,06),
enquanto o grupo de lista de espera apresentou média 18 (DP=3,05) e o grupo compração
apresentou escore médio 11,2 (DP=2,58). O grupo experimental apresentou score menor que
os outros dois grupos em relação a essa variavel.
Através da observação clínica do desenvolvimento do trabalho em grupo, podem-se
destacar os seguintes ganhos: Percepção maior dos participantes que não são os únicos a
conviver com o TAG; Aprendizagem facilitada, a partir das trocas de experiências com os
demais participantes; Criação de um repertório maior de estratégias de enfrentamento a partir
da experiência do outro e instilação de esperança, o que corrobora com os benefícios da
terapia em grupo encontrados na literatura (Yalom, 2008; Neufeld, 2011). A análise entre
grupos aponta que o grupo que recebeu intervenção apresentou melhora em todas as variáveis
analisadas: Preocupação, ansiedade, depressão e sintomas específicos do TAG. Isso aponta a
efetividade da Terapia cognitivo comportamental em grupo no tratamento do transtorno de
ansiedade generalizada, tal como outras pesquisas nesta área também apontaram (Dugas et al.,
2003; White et al., 1998; Covin et al., 2008). Outro aspecto importante de ser salientado diz
respeito as desistências ao longo da pesquisa. Alguns autores apontam uma possível
desvantagem no tratamento em grupo, pois em suas pesquisas foram encontradas altas taxas
de abandono se comparados com protocolos no formato individual (Dugas et. al., 2003; Van
der Heinden et al., 2012). A presente pesquisa contou com 6 desistências, finalizando com
uma amostragem total de 24 participantes. Entretanto, apesar das desistências, nenhuma delas
foi no grupo experimental, o que aponta uma boa adesão ao tratamento por parte dos
participantes que receberam o tratamento, sendo essa uma característica fundamental para
melhora do paciente (Bieling et. al, 2008; Yalom et. al., 2008).
Apesar dos resultados satisfatórios é importante salientar que a presente pesquisa
encontra uma limitação no que diz respeito ao número satisfatório de participantes, apesar da
enorme divulgação. Uma das hipóteses para esse fato é a de que o período pandêmico
enfrentado no país, por conta da COVID-19, impactou na disponibilidade dos indivíduos em
participarem de um estudo presencial. Outra hipótese é que maior parte dos indivíduos com
TAG desconhecem o transtorno e acreditam que os sintomas vivenciados são característicos
de sua personalidade, e com isso não buscam tratamento especializado. Essa segunda hipótese
também foi apontada por Souza (2011) em sua pesquisa experimental com 8 participantes
diagnosticados com TAG. Muito embora este trabalho apresente as limitações apresentadas, é
importante salientar os resultados positivos obtidos através da melhora dos participantes que
receberam a intervenção, apontando a efetividade do protocolo. Dessa forma, é necessário que
o protocolo proposto nesta pesquisa seja aplicado em um número maior de participantes para
que, assim, seja possível analisar sua eficácia de forma mais ampla. Sendo assim, uma
alternativa para a melhora desse estudo é o aumento do número de participantes.
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Tabela 1: Resumo do protocolo de tratamento proposto
PROTOCOLO DE TRATAMENTO - SANTOS (2022)
Avaliação pré Intervenção Triagem, aplicação dos instrumentos de rastreio
Sessão 1 Integração do grupo; contrato terapêutico; Psicoeducação sobre TAG;
Sessão 2 Psicoeducação sobre TAG; Trabalhando questões interpessoais
Sessão 3 Distorções cognitivas; Identificação de estamos de humor e pensamentos
Iniciar treino em registro de pensamentos; técnica de relaxamento
Sessão 4
muscular progressivo;
Sessão 5 Avaliar e desafiar crenças sobre a preocupação; Relaxamento muscular;
Sessão 6 Treino de assertividade; Introdução da estratégia A.C.A.L.M.E.-S.E
Sessão 7 Treino de assertividade; Introdução da estratégia A.C.A.L.M.E.-S.E
Sessão 8 Treino de assertividade: Discução crença de Albert Ellis;
Sessão 9 Exposição a preocupação; Relaxamento muscular progressivo;
Sessão 10 Construção plano de trabalho para alta.
Avaliação pós Intervenção Triagem, aplicação dos instrumentos de rastreio
Tabela 2. Níveis de Ansiedade Pré e Pós - BAI
PRÉ PRÉ APÓS
1 Grave Mínimo
2 Grave Leve
3 Grave Grave
4 Grave Moderado
5 Grave Leve
6 Grave Moderado
7 Grave Moderado
8 Grave Leve
9 Grave Moderado
10 Grave Leve
11 Moderado Leve
12 Moderado Moderado
Tabela 3: Níveis de Ansiedade e Depressão pós-intervenção
Nível de sintomas Depressivos - BDI
PRÉ PRÉ APÓS
1 Moderado Mínimo
2 Grave Leve
3 Moderado Leve
4 Moderado Leve
5 Grave Leve
6 Moderado Leve
7 Moderado Mínimo
8 Grave Leve
9 Grave Moderado
10 Grave Leve
11 Moderado Mínimo
12 Moderado Mínimo
Gráfico 1: Médias do grupo pré e pós intervenção.
Médias - Grupo Lista de Espera
PRÉ PÓS
Figura 1. Fluxograma da trajetória de comparação dos resultados entre grupos