Direito Previdenciário (Revisão Turbo 38)
Direito Previdenciário (Revisão Turbo 38)
Com carinho,
Equipe Ceisc ♥
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem
Direito Previdenciário
1. Seguridade Social
Seguridade
Social
Previdência Assistência
Saúde
Social Social
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de
Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei.
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Direito Previdenciário
Regime Geral
(RGPS)
Previdência Caráter
Social Contributivo
Filiação
Obrigatória
Art. 201.
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e
idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa
renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes, observado o disposto no § 2º.
Por seu turno, a assistência social tem previsão constitucional no artigo 203 da CF/1988
estabelecendo a garantia constitucional que será prestada a quem dela necessitar, sem qualquer
contribuição à seguridade social:
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente
de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
V - a garantia de um salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência
e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-
la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
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Direito Previdenciário
Não contributivo
2. Previdência Social
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Direito Previdenciário
Com Atividade
Remunerada
Iniciativa Privada
Sem Atividade
Remunerada
Alcance do
Agente Público Cargo de Confiança
RGPS
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Direito Previdenciário
Pessoalidade
Habitualidade/
Não eventualidade
Empregado
Subordinação
Remuneração
Faz-se esta ressalva, pois na hora da prova você precisará fazer esta distinção entre as
duas categorias a partir do que o enunciado da questão trouxer. Por exemplo: um cozinheiro, a
depender do caso, poderá ser empregado ou empregado doméstico. O cozinheiro que trabalha
em um restaurante terá finalidade lucrativa. Logo, será empregado. Agora, se o cozinheiro
trabalhar para uma família, sem que exista finalidade lucrativa com o trabalho do cozinheiro, ele
será empregado doméstico, obviamente, se a prestação de serviço ocorrer por mais de dois dias
na semana.
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Direito Previdenciário
Pessoalidade
Âmbito
Residencial
Habitualidade/
Não eventualidade
Empregado Empregado Sem Finalidade
Doméstico Doméstico Lucrativa
Subordinação
Mais de 2 dias
na semana
Remuneração
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Direito Previdenciário
Agricultura
Pecuária
Regime de Economia
Familiar
Segurado
Seringueiro
Especial
Sem Empregados
Extrativista Permanentes
Vegetal
Pescador
Artesanal
Art. 11. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime
Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não
esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da
previdência social.
Vale o destaque que, como regra geral, quem é servidor público (segurado obrigatório do
RPPS) não pode ser segurado facultativo do RGPS. Neste sentido é o parágrafo 2º do artigo 11,
prescrevendo que “É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de
segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na
hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição,
contribuição ao respectivo regime próprio.”
Revisando: SEGURADOS DO RGPS.
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Contribuinte Individual
Trabalhador Avulso
Empregado Doméstico
CADESF
Empregado
Segurado Especial
Facultativo
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Os dependentes de segunda classe são os pais. A partir do que foi visto, os pais, para
terem reconhecida a condição de dependente previdenciário, dependerá da inexistência de
dependente de primeira classe. Além disso, os pais precisam provar a dependência econômica
em relação ao filho. Em relação a dependência econômica, a prova deve observar o previsto no
parágrafo 6-A, no sentido de ser necessário “início de prova material contemporânea dos fatos,
produzido em período não superior aos vinte e quatro meses anteriores à data do óbito ou do
recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto
na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, observado o disposto no § 2º do art.
143.”
Ao seu turno, o dependente de terceira classe é o irmão não emancipado, de qualquer
condição, menor de vinte um anos de idade ou inválido ou que tenha deficiência intelectual,
mental ou grave. Para que o irmão ostente a condição de dependente, dependerá da inexistência
de dependente de primeira e segunda classe. Assim como os dependentes de segunda classe,
precisam provar a dependência econômica em relação ao irmão. Deverá também observar o
previsto no parágrafo 6-A, no sentido de ser necessário “início de prova material contemporânea
dos fatos, produzido em período não superior aos vinte e quatro meses anteriores à data do óbito
ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal,
exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, observado o disposto no § 2º do
art. 143.”
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Dependentes do segurado
Cônjuge/companheiro(a), filho
menor 21 anos, ou inválido, Irmão menor 21 anos, ou
Pais inválido, ou com deficiência
ou com deficiência intelectual,
mental ou grave. intelectual, mental ou grave.
Art. 32. O salário de benefício a ser utilizado para o cálculo dos benefícios de que trata
este Regulamento, inclusive aqueles previstos em acordo internacional, consiste no
resultado da média aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações
adotadas como base para contribuições a regime próprio de previdência social ou como
base para contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os art. 42 e art.
142 da Constituição, considerados para a concessão do benefício, atualizados
monetariamente, correspondentes a cem por cento do período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior a essa
competência.
A partir da leitura do artigo é possível afirmar que o salário de benefício será o resultado
de uma média de todas as contribuições do segurado, desde a competência de julho de 1994,
ou, desde o início da contribuição, se posterior a julho de 1994.
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A) é segurado o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias
e fundações, o ocupante de emprego público.
B) é facultado ao participante de regime próprio de previdência filiar-se ao regime geral de previdência
social na qualidade de segurado facultativo.
C) é segurada a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza
urbana, com fins lucrativos ou não.
D) é segurado facultativo o estagiário que preste serviços a empresa nos termos da Lei do Estágio.
3. Benefícios em Espécie
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Art. 71. O auxílio por incapacidade temporária será devido ao segurado que, uma vez
cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu
trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos, conforme
definido em avaliação médico-pericial.
Quem definirá qual o prazo da incapacidade será a avaliação médico-pericial. Mesmo que
porventura o atestado médico do segurado indique um prazo superior ao estipulado pela perícia
médica realizada no INSS, prevalecerá o prazo estipulado pela perícia médica do INSS.
O caput artigo menciona o cumprimento, quando for o caso do cumprimento de carência.
Carência é o número mínimo de contribuições que o segurado precisa ter direito ao benefício.
Neste sentido dispõe o artigo 26 do Decreto 3048/99:
Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social,
ressalvado o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência:
I - doze contribuições mensais, nos casos de auxílio por incapacidade temporária e
aposentadoria por incapacidade permanente; e
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Como até o momento não foi elaborada a lista das doenças pelos Ministérios da Saúde e
da Economia, as doenças que dispensam carência foram elencadas no § 2º do artigo 30 do
Decreto 3048/99:
§ 2º Até que seja elaborada a lista de doenças ou afecções a que se refere o inciso III
do caput, independerá de carência a concessão de auxílio por incapacidade temporária e
de aposentadoria por incapacidade permanente ao segurado que, após filiar-se ao RGPS,
seja acometido por alguma das seguintes doenças:
I - tuberculose ativa;
II - hanseníase;
III - alienação mental;
IV - esclerose múltipla;
V - hepatopatia grave;
VI - neoplasia maligna;
VII - cegueira;
VIII - paralisia irreversível e incapacitante;
IX - cardiopatia grave;
X - doença de Parkinson;
XI - espondiloartrose anquilosante;
XII - nefropatia grave;
XIII - estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);
XIV - síndrome da imunodeficiência adquirida (aids); ou
XV - contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
O auxílio por incapacidade temporária durará o tempo entendido pela perícia médica para
recuperação da capacidade laborativa. Caso não ocorra a recuperação da capacidade laborativa,
durará até a conversão em aposentadoria por incapacidade permanente, ou, se ocorrer a
recuperação para a atividade laborativa, mas sobrevenha perda ou redução da capacidade para
o trabalho em razão de acidente do trabalho ou acidente de qualquer natureza, o auxílio por
incapacidade temporária durará até a conversão em auxílio acidente, conforme disposto no art.
78 do Decreto 3048/99:
Art. 78. O auxílio por incapacidade temporária cessa pela recuperação da capacidade
para o trabalho, pela concessão de aposentadoria por incapacidade permanente ou, na
hipótese de o evento causador da redução da capacidade laborativa ser o mesmo que
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O benefício por incapacidade temporária terá uma renda mensal inicial de 91% do salário
de benefício (que é o resultado da média aritmética de todo o período contributivo do segurado).
Art. 43. A aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez cumprido o período de
carência exigido, quando for o caso, será devida ao segurado que, em gozo ou não de
auxílio por incapacidade temporária, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível
de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, que lhe será
paga enquanto permanecer nessa condição.
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Art. 44. A aposentadoria por incapacidade permanente será devida a partir do dia
imediato ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária, ressalvado o disposto
no § 1º, e consistirá em renda mensal decorrente da aplicação dos seguintes percentuais
incidentes sobre o salário de benefício, definido na forma do disposto no art. 32:
I - sessenta por cento, com acréscimo de dois pontos percentuais para cada ano de
contribuição que exceder o tempo de vinte anos de contribuição, para os homens, ou
quinze anos de contribuição, para as mulheres; ou
II - cem por cento, quando a aposentadoria decorrer de:
a) acidente de trabalho;
b) doença profissional; ou
c) doença do trabalho.
A regra do inciso I estabelece que a aposentadoria por incapacidade permanente terá uma
renda mensal que terá um valor base de 60% do salário de benefício. O aumento deste
percentual dependerá para os homens, que tenham mais que vinte anos de tempo de
contribuição, e, para as mulheres, que tenham mais de quinze anos de tempo de contribuição.
Caso o homem não tenha atingido os 20 anos de tempo de contribuição ou a mulher não tenha
atingido os 15 anos de tempo de contribuição, receberão tão somente 60% do salário de
benefício.
Tomemos como exemplo um homem que é aposentado por incapacidade permanente
com 25 de tempo de contribuição. A legislação estabelece um acréscimo de 2% (dois por cento)
a cada ano que ultrapasse os 20 anos de tempo de contribuição para os homens. Neste caso, o
homem receberá 60% do salário de benefício, acrescido de mais 10%, que é o resultado dos 5
anos que passam dos 20 anos de tempo de contribuição, multiplicados por 2%. Logo, a renda
mensal inicial, neste caso, será de 70% do salário de benefício.
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Entretanto, o inciso II cria uma exceção, não fazendo distinção entre homens e mulheres.
Todavia, determina que a aposentadoria por incapacidade permanente seja precedida de
acidente do trabalho, doença profissional ou doença do trabalho. Quando se tratar de
aposentadoria por incapacidade permanente com alguma destas três causas, o salário de
benefício será de 100% do salário de benefício.
*Para todos verem: esquema.
Acidente do
Trabalho
Aposentadoria por
100% de Salário Doença
Incapacidade
de Benefício Profissional
Permanente
Doença do
Trabalho
3.3. Auxílio-Acidente
O auxílio-acidente é o único benefício previdenciário que possui natureza
indenizatória. Será pago após o retorno ao trabalho para o segurado que tiver a consolidação
de lesão que resulte em perda ou redução da capacidade para a atividade habitual. Esta perda
ou redução da capacidade para a atividade habitual poderá ter como origem um acidente do
trabalho ou um acidente de qualquer natureza. Está previsto no artigo 104 do Decreto 3048/99:
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Perceba que o artigo 104 não aborda, como no auxílio por incapacidade temporária e na
aposentadoria por invalidez, a questão da carência. Isto porque, nos termos do artigo 30, inciso
I, do Decreto 3048/99, o auxílio acidente independe de carência. Neste sentido:
Uma observação fundamental de ser feita é que o auxílio-acidente não é pago a todos
os segurados. Conforme princípio da seletividade e distributividade anteriormente visto neste
material, o legislador entendeu que este benefício é concedido tão somente aos segurados
empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso, e, segurado especial. O contribuinte
individual e o segurado facultativo foram excluídos dos beneficiários.
Para todos verem: esquema.
Empregado
Empregado
Doméstico
Auxílio- Acidente
Trabalhador
Avulso
Segurado
Especial
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benefício que deu origem ao auxílio-doença do segurado, corrigido até o mês anterior ao
do início do auxílio-acidente e será devido até a véspera de início de qualquer
aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.
*Para todos verem: esquema.
Art. 56. A aposentadoria por idade do trabalhador rural, uma vez cumprido o período de
carência exigido, será devida aos segurados a que se referem a alínea “a” do inciso I, a
alínea “j” do inciso V e os incisos VI e VII do caput do art. 9º e aos segurados garimpeiros
que trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar, conforme definido no
§ 5º do art. 9º, quando completarem cinquenta e cinco anos de idade, se mulher, e
sessenta anos de idade, se homem.
No que diz respeito a carência, o artigo 29, inciso II do Decreto 3048/99 estabelece a
carência da aposentadoria por idade do trabalhador rural em 180 contribuições mensais:
Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social,
ressalvado o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência:
(...)
II - cento e oitenta contribuições mensais, nos casos de aposentadoria programada, por
idade do trabalhador rural e especial;
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Os demais segurados que tem direito a aposentadoria por idade do trabalhador rural
receberão uma renda mensal de 70% do salário de benefício, com acréscimo de 1% (um por
cento) para cada ano de contribuição. Neste sentido:
Art. 57. Os trabalhadores rurais que não atendam ao disposto no art. 56 mas que
satisfaçam essa condição, se considerados períodos de contribuição sob outras categorias
de segurado, farão jus ao benefício ao atenderem os requisitos definidos nos incisos I e
II do caput do art. 51.
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Art. 51. A aposentadoria programada, uma vez cumprido o período de carência exigido,
será devida ao segurado que cumprir, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - sessenta e dois anos de idade, se mulher, e sessenta e cinco anos de idade, se homem;
e
II - quinze anos de tempo de contribuição, se mulher, e vinte anos de tempo de
contribuição, se homem.
Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social,
ressalvado o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência:
(...)
II - cento e oitenta contribuições mensais, nos casos de aposentadoria programada, por
idade do trabalhador rural e especial;
Exige-se ainda a idade mínima de 62 anos, cumulado com 15 anos de tempo mínimo de
contribuição para as mulheres, e, 65 anos, cumulado com 20 anos de tempo mínimo de
contribuição para os homens.
*Para todos verem: esquema.
65 anos
Idade
Homem
20 anos
Aposentadoria Tempo de Contribuição
Programada 62 anos
Idade
Mulher
15 anos
Tempo de Contribuição
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Art. 70-C. A aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, cumprida a carência, é
devida ao segurado aos sessenta anos de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos de
idade, se mulher.
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Por seu turno, a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência terá
como principal condicionante o grau da deficiência, apurado na perícia biopsicossocial, conforme
artigo 70-B do Decreto 3048/99:
33 anos
Homem
Tempo de Contribuição
Leve
28 anos
Mulher
Tempo de Contribuição
25 anos
Homem
Tempo de Contribuição
Grave
20 anos
Mulher
Tempo de Contribuição
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O benefício será dividido em partes iguais entre todos os dependentes da mesma classe,
conforme determinação do artigo 113 do Decreto 3048/99, no sentido de que “A pensão por
morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos, em partes iguais.”
Em alguns casos, os dependentes podem perder o direito a pensão por morte, a saber:
Uma inovação trazida pela Emenda Constitucional 103/19 foi a de que, cessada a cota de
um dependente, ela não é repassada aos demais, como acontecia anteriormente. Por exemplo,
são 3 dependentes e o benefício é de R$ 3.000,00 (três mil reais). Neste caso, cada dependente
terá uma cota de R$ 1.000,00 (mil reais). Quando um dos dependentes completar 21 anos,
perderá a condição de dependente, e, com a perda da condição de dependente, a cota que tinha
direito não é repassada aos demais. Assim, ao invés dos outros dois dependentes passarem a
receber R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais cada), continuarão recebendo a cota de R$ 1.000,00
(mil reais) cada. Isto é o que se extrai da primeira parte do § 3º do artigo 113 do Decreto 3048/99:
“As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão reversíveis aos
demais dependentes”.
Merece destaque o fato de que para o cônjuge, companheiro(a), a pensão por morte será
vitalícia somente se o viúvo(a) tiver quarenta e quatro anos ou mais. Até completar esta idade, a
pensão por morte durará por um tempo proporcional a data do viúvo(a) na data do óbito. Neste
sentido:
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Dependente Inválido
3.9. Auxílio-Reclusão
O auxílio-reclusão é outro benefício pago aos dependentes do segurado, que precisará se
enquadrar no conceito de baixa renda, e, que esteja recolhido à prisão em regime fechado. Ao
contrário da pensão por morte, o auxílio-reclusão depende de um número mínimo de
contribuições do segurado para que os dependentes possam ter direito. Neste sentido:
Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social,
ressalvado o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência:
IV - vinte e quatro contribuições mensais, no caso de auxílio-reclusão.
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Art. 117. O valor do auxílio-reclusão será apurado na forma estabelecida para o cálculo
da pensão por morte, não poderá exceder o valor de um salário-mínimo e será mantido
enquanto o segurado permanecer em regime fechado.
Carência de 24 contribuições
Auxílio-Reclusão
mensais
3.10. Salário-Família
O salário-família é outro benefício pago aos segurados que se enquadrarem no conceito
de baixa renda. Entretanto, não é devido a todos os segurados, conforme dispõe o artigo 81 do
Decreto 3048/99. É devido ao segurado empregado, empregado doméstico e ao trabalhador
avulso. São excluídos o segurado especial, o contribuinte individual e o segurado facultativo.
Neste sentido:
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conforme o número de filhos ou de enteados e menores tutelados. No caso dos dois últimos, é
necessário comprovar a dependência econômica em relação ao segurado de baixa renda.
Cota fixa
3.11. Salário-Maternidade
O salário-maternidade é o benefício pago em razão do nascimento, adoção ou guarda
judicial de criança com até 12 anos de idade, com duração, como regra geral, de 120 dias,
conforme disposto no artigo 93 do Decreto 3048/99:
Excepcionalmente, poderá ser prorrogado em até 28 dias, sendo 14 dias antes, e, 14 dias
depois do parto, conforme atestado médico que será submetido a avaliação médico pericial a
cargo do INSS, conforme previsão do § 3º do artigo 93 do Decreto 3048/99.
Para as seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa, não há
exigência do cumprimento de carência. Neste sentido:
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Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social,
ressalvado o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência:
III – dez contribuições mensais, no caso de salário-maternidade, para as seguradas
contribuinte individual, especial e facultativa, respeitado o disposto no § 2º do art. 93 e no
inciso II do art. 101.
A renda mensal inicial terá uma forma de cálculo conforme a qualidade de segurado. Em
relação a segurada empregada, o salário maternidade pode ser superior ao teto do valor
dos benefícios previdenciários, quando sua remuneração mensal for superior ao teto do INSS.
Neste sentido:
Art. 94. O salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda mensal
igual à sua remuneração integral e será pago pela empresa, efetivando-se a
compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição, quando do recolhimento
das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, devendo aplicar-se à
renda mensal do benefício o disposto no art. 198.
Um caso como este pode aparecer em uma questão da prova, afinal, é bem comum que
em casos de gravidez de risco permaneça afastada do trabalho até a data do parto, recebendo
benefício por incapacidade, que será convertido em salário-maternidade posteriormente, afinal,
são inacumuláveis.
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Art. 141. A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois por
cento a cinco por cento de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas
portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I – até duzentos empregados, dois por cento;
II – de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento;
III – de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou
IV – mais de mil empregados, cinco por cento.
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A) Marlene não terá direito a benefício previdenciário por não ter cumprido o período de carência para
receber benefício por incapacidade temporária.
B) Marlene por ter realizado uma ultrapassagem em local proibido concorreu para o acidente, razão
pela qual perderá o direito a proteção previdenciária.
C) Marlene terá direito ao auxílio por incapacidade temporária no período em que esteve em
recuperação, independentemente do cumprimento de carência.
D) Marlene terá direito ao auxílio-acidente em razão do acidente de trânsito ocorrido durante o
trabalho.
A) Bernadete terá direito a pensão por morte desde a data do óbito do seu ex-esposo.
B) Bernadete não terá direito a pensão por morte de seu ex-esposo.
C) Bernadete não terá direito ao rateio da pensão em parte igual a da companheira e dos filhos
deixados pelo ex-esposo em outros relacionamentos.
D) Bernadete terá direito a pensão por morte vitalícia.
4. Assistência Social
A assistência social, conforme disposto no artigo 203 da CF/1988 será prestada a quem
dela necessitar, conquanto se enquadre na condição de pessoa com 65 anos ou mais, ou,
pessoa com deficiência, sendo que, em ambos os casos, o postulante ao benefício deverá
comprovar não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.
Em âmbito infraconstitucional, o benefício de prestação continuada é regulamentado pela
Lei 8742/93, mais especificadamente no artigo 20, a saber:
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§ 10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2o deste artigo, aquele
que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos.
A fixação deste lapso temporal mínimo permite afirmar que uma doença ou incapacidade
pode ser considerada deficiência, desde que produza efeito pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos.
De todo modo, quando não produzir efeito pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos, não se terá o
reconhecimento da condição da pessoa com deficiência.
Observação: caso o conceito de pessoa com deficiência seja cobrado na prova, o
enunciado obrigatoriamente deverá trazer subsídios para isto. Não há como criar uma regra geral
e abstrata. A condição de pessoa com deficiência será aferida no caso concreto.
Não contributivo
A quem dela
Assistência Social
necessitar
Idoso
(65 anos ou mais)
1 Salário Mínimo
(BPC)
Pessoa com
Deficiência
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grave que receba benefício de prestação continuada e passe a exercer atividade remunerada,
com limites previstos no artigo 26-A da Lei 8742/93, a saber:
Art. 26-A. Terá direito à concessão do auxílio-inclusão de que trata o art. 94 da Lei nº
13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a pessoa com
deficiência moderada ou grave que, cumulativamente:
I – receba o benefício de prestação continuada, de que trata o art. 20 desta Lei, e passe a
exercer atividade:
a) que tenha remuneração limitada a 2 (dois) salários-mínimos; e
b) que enquadre o beneficiário como segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência
Social ou como filiado a regime próprio de previdência social da União, dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios;
II – tenha inscrição atualizada no CadÚnico no momento do requerimento do auxílio-
inclusão;
III – tenha inscrição regular no CPF; e
IV – atenda aos critérios de manutenção do benefício de prestação continuada, incluídos
os critérios relativos à renda familiar mensal per capita exigida para o acesso ao benefício,
observado o disposto no § 4º deste artigo.
Art. 26-B. O auxílio-inclusão será devido a partir da data do requerimento, e o seu valor
corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do benefício de prestação continuada
em vigor.
Moderada
Deficiência
Grave
Recebendo BPC
Auxílio Inclusão
Passar a exercer
Limitada a 2
atividade
salários-mínimos
remunerada
Cadastro no
CadÚnico
5. Prescrição e Decadência
Prescrição e decadência são temas que se aplicam aos mais variados ramos do direito.
No direito previdenciário não seria diferente, razão pela qual o tema será visto, sob a ótica da
disciplina, neste tópico específico.
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Direito Previdenciário
Art. 347. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do
segurado ou beneficiário para a revisão dos atos de concessão, indeferimento,
cancelamento ou cessação de benefício e dos atos de deferimento, indeferimento ou não
concessão de revisão de benefício, contado:
I - do primeiro dia do mês subsequente ao do recebimento da primeira prestação ou da
data em que a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; ou
II - do dia em que o segurado tiver ciência da decisão de indeferimento, cancelamento ou
cessação do seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de
revisão de benefício no âmbito administrativo.
Decadência Prescrição
10 anos 5 anos
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