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Substantivação: Comuns e Próprios Concretos e Abstratos

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O substantivo ou nome é uma classe de palavras variáveis com que se designam ou se nomeiam os seres

(pessoas, animais e coisas). O substantivo é a palavra que serve, de modo primário, de núcleo de sujeito,
de objeto direto, de objeto indireto e do agente da passiva. Qualquer palavra de outra classe que desempenhe
uma dessas funções equivalerá, forçosamente, a um substantivo.[1] Em português, o substantivo pode
ser flexionado em gênero, número e grau.[2][3] Em outros idiomas pode haver outras flexões, como a de caso
gramatical. Há também palavras invariáveis, que não fazem flexão gramatical.

Substantivação
Substantivação é a atribuição de funções de substantivo a alguma outra palavra, que pode ser um verbo,
um adjetivo, um numeral, ou até mesmo um advérbio.
Exemplo:

 "O olhar dela me fascina inteiramente." (verbo substantivado)


 "Era um azul maravilhoso." (adjetivo substantivado)
 "Os milhões foram roubados do banco." (numeral substantivado)
 "Ele disse um não bem grosseiro." (advérbio substantivado)
Uma palavra se torna substantivo quando toma o lugar de um e é precedida por um artigo.
Podemos substituir a palavra jantar por comida, que é um substantivo. Ficaria: "A comida estava ótima". Se
trocarmos azul por cor, seria: "Era uma cor maravilhosa". Assim como, se mudássemos a estrutura da frase Ele
disse um não bem grosseiro, ficaria assim: " - Não, disse ele, de forma grosseira". O não, neste segundo caso,
é um advérbio de negação.
Na primeira oração do exemplo acima, a palavra olhar, que normalmente é um verbo, foi substantivada, ao ser
precedida do artigo definido O. Assim acontece com as demais, só que precedidas de artigo indefinido.
Obs.: Vale lembrar que beleza, pureza, habilidade, honestidade, etc., não são palavras substantivadas, pois já
são substantivos por si sós.

Classificação
Os substantivos podem ser classificados em:
Comuns e próprios
Comuns são aqueles que dão nome a espécie: pessoa, rio, planeta, cidade; próprios são aqueles que
designam um indivíduo da espécie: João, Amazonas, Marte.[2]
Concretos e abstratos
Concretos são aqueles que designam seres reais ou imaginários, de existência independente de outros
seres: Deus, homem, cão, árvore, Brasil, caneta; abstratos são aqueles cuja existência depende de
outros seres. Designam ações, estados e qualidades: divindade, beleza, colheita, doença, bondade,
juventude.[3]
Coletivos
São substantivos comuns que, no singular, designam um conjunto de seres ou coisas da mesma
espécie. No substantivo coletivo, trata-se de um único ser uma pluralidade de
indivíduos: elenco (conjunto de atores); matilha (conjunto de cães de caça); cardume (conjunto de
peixes) etc.[2]
Primitivos e derivados
Primitivos são aqueles de que não derivam de outros vocábulos: ex: casa, folha, árvore.
Os derivados são aqueles que procedem de outras palavras (guerreiro é derivado por vir de guerra,
guerra + eiro, ferreiro é derivado por vir de ferro, ferro + 'eiro').[4]
Simples e composto
Simples são aqueles substantivos constituídos de um só radical: casa, casarão; compostos são aqueles
formados na união de dois ou mais radicais: boca-de-leão, couve-flor, passatempo.[4]

Substantivos uniformes
 Substantivos epicenos: denominam-se epicenos os nomes de animais que possuem um só
gênero gramatical para designar um e outro sexo: a águia, a baleia, a mosca, a pulga, o besouro, o
polvo, o tatu, etc.
 Substantivos sobrecomuns: denominam-se sobrecomuns os substantivos que têm um só gênero
gramatical para designar pessoas de ambos os sexos: o apóstolo, o cônjuge, a criança, a
testemunha, etc.
 Substantivos comuns de dois gêneros: alguns substantivos possuem uma só forma para os dois
gêneros, mas distinguem-se o masculino do feminino pelo gênero do artigo ou outro
determinante: o agente, a agente; dois colegas, duas colegas; meu gerente, minha gerente; esse
mártir, essa mártir; aquele lojista, aquela lojista etc.
 Substantivos de gênero vacilante: em alguns substantivos notam-se vacilação de
gênero: diabete, suéter, omoplata, etc.[3]

Flexão do substantivo
Os substantivos podem ser flexionados de três maneiras distintas: quanto
ao gênero, quanto ao número e quanto ao grau.
Flexão genérica
Ver artigo principal: Flexão de gênero

Gênero gramatical é a indicação do sexo real ou suposto dos


“ seres.

O gênero gramatical é um critério puramente linguístico, convencional, que
divide os substantivos em duas classes: masculino e feminino.[2] Trata-se, na
verdade, mais de uma classificação do que uma flexão propriamente dita para
a maioria dos substantivos; entretanto, os substantivos designando pessoas e
animais podem assumir formas diferentes de acordo com o sexo do ser que
designa, em geral com o mesmo radical; por isso diz-se tratar de uma flexão.

 Masculino: em português, são do gênero masculino todos os substantivos


a que se pode antepor o artigo o: o aluno, o amor, o galho, o poema.
Geralmente são masculinos os nomes de homens ou funções exercidas
por eles; os nomes de animais do sexo masculino; os nomes de lagos,
montes, rios e ventos; os nomes de meses e pontos cardeais;
 Feminino: em português, são do gênero feminino todos os substantivos a
que se pode antepor o artigo a: a casa, a vida, a árvore, a canção.
Geralmente são femininos os nomes de mulheres ou de funções exercidas
por elas; os nomes de animais do sexo feminino; os nomes de cidades e
ilhas; as partes do mundo; as ciências e as artes liberais.[3][4]
 Outros gêneros: em português só existem os gêneros masculino e
feminino, mas em vários idiomas existe o gênero neutro, geralmente
reservado a substantivos abstratos e os que designam objetos e animais,
e o comum, como no sueco e inglês, para palavras que não são limitadas
ao sexo ou gênero, no latim palavras de gênero comum são aquelas que
não são masculinas nem femininas mas não neutras.[5] Alguns idiomas da
família linguística nígero-congolesa chegam a ter dezenas de gêneros,
muitas vezes atribuídos às palavras de forma arbitrária.
Flexão numérica
Quanto à flexão de número, os substantivos podem estar no singular ou plural:

 Singular: é a forma não flexionada do substantivo, que indica apenas um


ser: casa, homem, doce;
 Plural: é a forma flexionada, que indica mais de um ser: casas, homens,
doces.[4]
 Dual: indica dois seres. Esta flexão não existe em português; aparece em
idiomas como o grego antigo, o árabe e o checo. Só é encontrado na
língua portuguesa na palavra 'ambos' e sua variação 'ambas'.
Flexão gradual
Em português são três os graus dos substantivos: normal, aumentativo e diminutivo.

 Normal: designa o ser no seu tamanho natural: casa,


livro;
“ Aumentativo: designa o ser aumentado do seu
tamanho normal: casarão, livrão;
 Diminutivo: designa o ser diminuído do seu tamanho normal: casebre,
livrinho.[4]
Flexão de caso
Em muitos idiomas existe a flexão de caso, em que o substantivo tem
desinências diferentes dependendo da função sintática que exercem na
oração. Essa flexão existia no latim, porém desapareceu em português e em
todas as outras línguas românicas com exceção do romeno, sendo
substituídas por preposições. Os casos mais comuns nos idiomas que
apresentam esse tipo de flexão são:

 Nominativo: designa o sujeito ou o predicativo;


 Acusativo: designa o objeto direto;
 Genitivo: designa o adjunto adnominal, geralmente de posse;
 Dativo: designa o objeto indireto;
 Ablativo: designa o adjunto adverbial;
 Outros casos: várias línguas declinativas têm outros casos para além
deste. O latim tinha além desses os casos ablativos, para designar
o adjunto adverbial, e o vocativo. Alguns poucos idiomas substituem os
casos nominativo e acusativo pelos casos absolutivo (objeto direto e
sujeito de verbo intransitivo) e ergativo (objeto de verbo transitivo). Idiomas
fino-úgricos como o finlandês e o húngaro têm casos numerosos, podendo
chegar a mais de 15.
Um exemplo de frase em latim usando casos: mater
amici mei unam rosam filio meo dedit (a mãe do meu amigo deu uma rosa ao
meu filho). "Mater" está no nominativo; "amici mei" está no genitivo; "unam
rosam" está no acusativo, e "filio meo" está no dativo.

Função sintática
O substantivo pode figurar na oração como núcleo
do sujeito, predicativo, objeto direto, objeto indireto, complemento
nominal, adjunto adverbial, agente da passiva, aposto, vocativo e
excepcionalmente como adjunto adnominal.[3] Os adjetivos referentes a cores
podem ser modificados por um substantivo que melhor precise uma de suas
tonalidades, um de seus matizes: amarelo-canário; verde canário, etc. Neste
emprego, o substantivo equivale a um advérbio de modo.[6] As frases nominais
têm o substantivo como núcleo da frase: "Ó minha amada/Que olhos os teus"
(Vinícius de Moraes)[7

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