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SEGNAC1-CAP.9-Quebras Seguranca Comprometimentos

Este capítulo descreve os procedimentos a seguir em caso de violações de segurança de matérias classificadas, incluindo a comunicação imediata das violações às autoridades competentes e a realização de investigações para avaliar os prejuízos causados.

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Este capítulo descreve os procedimentos a seguir em caso de violações de segurança de matérias classificadas, incluindo a comunicação imediata das violações às autoridades competentes e a realização de investigações para avaliar os prejuízos causados.

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SEGNAC 1

INSTRUÇÕES PARA A SEGURANÇA NACIONAL, SALVAGUARDA E


DEFESA DAS MATÉRIAS CLASSIFICADAS
CAPÍTULO 9

9 - Quebras de segurança e comprometimento das matérias classificadas

9.1 - Generalidades
A protecção que deve ser concedida às matérias classificadas depende, além da doutrina
e directivas de âmbito geral que estas instruções estabelecem, do cuidado que
efectivamente for posto na sua execução prática, não só divulgando-as através da
instrução mas também fiscalizando o seu cumprimento e recorrendo, se necessário, a
sanções disciplinares, estatutárias ou penais.

9.2 Competências
9.2.1 - Qualquer funcionário que tenha conhecimento de quebra de segurança ou
comprometimento de matérias classificadas deverá comunicá-lo imediatamente ao
seu superior imediato, o qual, pelo meio mais rápido, informará:
a) O responsável pela segurança do organismo;
b) O dirigente do organismo.
9.2.2 - O responsável pelo organismo em que se verifique uma violação de segurança
ordenará imediata investigação.
9.2.3 - A apreciação e decisão final sobre as investigações de segurança são da
competência dos ministros e presidentes dos governos regionais, depois de
informados pelos respectivos órgãos de segurança. Esta competência pode ser
delegada para matérias classificadas de «Confidencial» ou «Reservado».

9.3 - Medidas a tomar quando ocorrem violações de segurança


9.3.1 - As violações de segurança deverão imediatamente ser comunicadas às autoridades
competentes, segundo os canais normais (técnico e hierárquico). A entidade que
comunica deverá informar, paralelamente, a entidade que emitiu o documento que
continha as informações comprometidas. A urgência desta comunicação dependerá
das circunstâncias conjunturais e do grau de confidencialidade da informação em
causa.
9.3.2 - Deve ser feita imediatamente uma comunicação à autoridade nacional de segurança
sempre que se verifique:
Que se trata de informações classificadas de «Muito secreto»;
Que há indícios ou suspeitas de espionagem.
9.3.3 - A comunicação imediata deverá referir o seguinte:
a) Descrição da informação comprometida, incluindo a classificação, referência,
número do exemplar, data e origem do documento;
b) Um breve resumo das circunstâncias em que se deu o comprometimento, incluindo
a data, espaço de tempo em que a informação esteve exposta ao
comprometimento e, se conhecido, o número e ou categoria das pessoas que
indevidamente tiveram ou puderam ter tido acesso a essa informação;
c) Se já foi informada a entidade que emitiu o documento que continha a informação
em causa.
9.3.4 - Deverão ser elaborados posteriormente outros relatórios, no caso de os
acontecimentos assim o exigirem.
9.3.5 - Em todos os casos de comprometimento cuja comunicação imediata seja obrigatória
o respectivo relatório das averiguações efectuadas deve ser enviado à autoridade
nacional de segurança e ao gabinete de segurança do ministério ou das regiões
autónomas, conforme os casos, no espaço de 45 dias após a data da respectiva
comunicação imediata.
9.3.6 - Todas as violações de segurança que sejam detectadas serão objecto de
investigação, conduzida pelo órgão de segurança adequado e levada a efeito por
pessoas experientes tanto em matéria de segurança como em investigação e que
não tenham qualquer ligação com os indivíduos directamente envolvidos no caso.
As investigações deverão referir, nas suas conclusões:
a) Se houve, na realidade, comprometimento de matérias classificadas;
b) Em caso afirmativo, se todas as pessoas não autorizadas que tiveram ou puderam
ter tido acesso a essas matérias tinham qualquer credenciação e eram
merecedoras de confiança, a fim de se avaliar se do comprometimento havido
possam vir ou não a resultar prejuízos para a nação ou nações aliadas ou para
organizações de que Portugal faça parte;
c) O modo como foi enfrentada a quebra de segurança, quais as medidas correctivas
introduzidas para prevenir a repetição de casos idênticos e quais as sanções
disciplinares ou estatutárias aplicadas no caso concreto.
9.3.7 - Quando numa investigação de segurança se constatar a ocorrência simultânea das
circunstâncias previstas no n.º 9.3.6, alíneas a) e b), a autoridade competente
deverá promover que a pessoa implicada seja informada sobre as normas que
regem a segurança das matérias classificadas a que inadvertidamente teve acesso.
Pode então o assunto ser encerrado pela autoridade competente, sendo, no
entanto, o assunto levado ao conhecimento da autoridade nacional de segurança,
dos ministérios ou dos governos regionais, conforme os casos.
Quando, no entanto, as investigações venham a confirmar o constante do n.º 9.3.6,
alínea a), contrariando, simultaneamente, no todo ou em parte, as circunstâncias
previstas no n.º 9.3.6, alínea b), o assunto deverá ser objecto de comunicação à
autoridade nacional de segurança ou aos gabinetes de segurança dos ministérios ou
dos governos regionais, conforme os casos.

9.4 - Registo de violações de segurança


Compete às chefias dos organismos promover que sejam registadas as violações de
segurança havidas, os relatórios das investigações a que deram origem, o modo como
foram enfrentadas e as medidas correctivas aplicadas para prevenir a repetição de casos
idênticos. Estes registos devem ser conservados durante cinco anos e ser facultados às
inspecções de segurança, quando estas ocorrerem.

9.5 - Eliminação de registos relativos a documentos perdidos


Quando o relatório de uma investigação de segurança revelar que um documento exigindo
registo se encontra irremediavelmente perdido, o primeiro-ministro, ministros ou
presidentes dos governos regionais, através dos seus gabinetes de segurança, podem
autorizar que o seu registo seja eliminado.

9.6 - Medidas a tomar pela entidade que emitiu o documento


A finalidade que se pretende atingir ao relatar o comprometimento das matérias
classificadas às entidades que são origem das mesmas é permitir-lhes não só a avaliação
dos prejuízos resultantes para a nação ou nações aliadas ou para organizações de que
Portugal faça parte como também dar-lhes a possibilidade de tomarem as medidas que
entenderem convenientes tendo em vista minorar os prejuízos que eventualmente tenham
por elas sido estimados.
Deverão ser enviados relatórios à autoridade nacional de segurança e aos gabinetes de
segurança dos ministérios e dos governos regionais, conforme aplicável, nos casos
previstos nos n.os 9.3.2 e 9.3.7, donde conste a avaliação dos aludidos prejuízos e a
descrição das medidas adoptadas para os minorar.

9.7 - Medidas a tomar pelos órgãos de segurança da autoridade nacional de segurança, dos
ministérios e dos governos regionais:
Promover a inventariação final dos prejuízos causados à Nação e, bem assim, quaisquer
medidas susceptíveis de os minorar.
Promover a comunicação às autoridades competentes dos países ou organizações que
emitam o documento que contenha as informações comprometidas.
Conduzir quaisquer averiguações complementares julgadas necessárias ou comunicar à
Polícia Judiciária.

9.8 - Procedimentos imediatos a adoptar quando são encontrados documentos abandonados


ou contentores abertos ou sem guarda
9.8.1 - Qualquer pessoa que encontrar um cofre-forte ou um contentor ou móvel de
segurança aberto ou deficientemente fechado, sem a presença de pessoas a cuja
responsabilidade o mesmo está confiado, deverá imediatamente procurar uma
dessas pessoas ou, na sua ausência, comunicar o facto ao responsável pela
segurança.
A entidade que receber a comunicação convocará, no mais curto prazo de tempo, o
responsável, iniciando-se imediatamente as necessárias averiguações.
9.8.2 - Logo que o responsável por um cofre-forte, contentor ou móvel de segurança tiver
conhecimento de que o mesmo foi encontrado aberto ou deficientemente fechado,
deslocar-se-á ao local e verificará o conteúdo do mesmo, a fim de determinar se
houve comprometimento por observação ou subtracção de documentos
classificados.
Enquanto o responsável não se apresentar, o cofre ou arquivo em causa será
mantido sob guarda permanente.
9.8.3 - Se não for possível encontrar a pessoa responsável, o responsável pela segurança
ou pessoa designada pelo chefe fechará pessoalmente o cofre ou arquivo, caso o
respectivo sistema de segurança o permita. Se a segurança obtida não for
suficiente, deverá ser montada uma guarda permanente.
9.8.4 - Qualquer pessoa que encontrar documentos ou materiais classificados fora dos seus
locais de resguardo ou abandonados comunicará tal facto imediatamente ao
responsável pela segurança ou chefe de serviço, que deverá, no mais curto prazo
de tempo, tomar as medidas necessárias para a sua segurança.

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