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Apostila de apoio para 9 ͣ Classe do Ensino secundário.

Programa para as aulas de Química da 9ª classe:


• Tema A: estudo do grupo 16 da tabela periódica.
A-1: os elementos do grupo 16 e sua posição na tabela periódica.
A-2: estrutura electrónica e propriedades químicas dos elementos do grupo.
A-3: o oxigénio. Estrutura do átomo e da molécula. Estado natural. Obtenção no
laboratório. Propriedades e aplicações.
A-4: o enxofre. Estrutura do átomo e da molécula. Estado natural. Alotropia.
Propriedades e aplicações.
A-5: os óxidos de enxofre na natureza. Estrutura molecular. Propriedades.
• Formação das chuvas ácidas e suas consequências.  Tema B: quantidade em
Química.
B-1: massa isotópica relativa. Massa atómica relativa e massa molecular relativa.
B-2: massa molar de átomos, moléculas e iões.
B-3: mole. Constante de Avogadro.
B-4: volume molar de um gás.
• Tema C: Química do carbono.
C-1: compostos orgânicos e inorgânicos. Compostos orgânicos naturais e sintéticos. Os
elementos da Química da vida.
C-2: o átomo de carbono.
C-3: os hidrocarbonetos.
C-4: o petróleo.

• Tema A: estudo do grupo 16 da tabela periódica.


Apostila de apoio para 9 ͣ Classe do Ensino secundário.

A-1: os elementos do grupo 16 e sua posição na tabela periódica.


Já é do nosso conhecimento que a a tabela periódica apresenta 18 colunas verticais
denominados grupos ou famílias e 7 linhas horizontais conhecidas como períodos ou
séries.

Dentre os grupos ou famílias que já estudaste destacam-se:

Grupo 1 – metais alcalinos.

Grupo 2- metais alcalinos terrosos.

Grupo 17- halogénios.

Grupo 18- gases nobres.

Falaremos agora de um novo grupo que é o grupo 16, conhecido como grupo dos
calcogénios de forma mais abrangente.

A palavra calcogénio deriva do grego e significa formadores de cobre, porque o cobre é


obtido a partir de compostos formados por elementos deste grupo; como por exemplo:
sulfureto de cobre (Cu2S), sulfureto de ferro e cobre (CuFeS2), óxido de cobre (CuO) entre
outros.

Os elementos que fazem parte deste grupo são:

O Oxigénio (O), o Enxofre (S), o Selénio (Se), o telúrio (Te) e o polónio (Po).

 Posição na tabeta periódica e configuração electrónica.


Os elementos deste grupo possuem todos 6 electrões de valência, justificando assim a sua
posição no grupo 16.
Oxigénio (8O) Enxofre (16S) Selénio (34Se) Telúrio (52Te) Polónio (84Po)
2.6 2.8.6 2.8.18.6 2.8.18.18.6 2.8.18.32.18.6

Os elementos deste grupo têm uma forte tendência de captar 2 electrões para completar a
sua camada de valência e adquirir estabilidade, assemelhando-se a configuração eletrónica
de um gás raro.

A-2: propriedades químicas dos elementos do grupo.

TEMA-A ESTUDO DO GRUPO 16 DA TABELA PERIÓDICA


Apostila de apoio para 9 ͣ Classe do Ensino secundário.

A.1-Os elementos do grupo 16


Os elementos do grupo 16 são comummente conhecidos como Calcogéneos. Este termo
deriva do grego e significa formadores de cobre. Esta denominação é dada, pois os minérios que se
obtém cobre são formados com elementos deste grupo: Cu2S (calcocite), Cu2O (cuprite), CuFeS2
(calcopirite), Cu2O3(OH)2 (malaquite).
O oxigénio é o elemento de maior destaque presente neste grupo. Isso é um reflexo da sua
grande abundância na Terra e sua valiosa importância para a vida em geral.
O oxigénio ocorre livre na atmosfera, com outros elementos, ocorre em diversas rochas e
minerais.
Na forma livre, o oxigénio ocorre principalmente como gás oxigénio, O2 e como gás ozono, O3.
Combinado, ocorre principalmente como óxidos.
O enxofre é um outro elemento bastante importante e altamente empregado na indústria em
geral. Ele é utilizado na forma de diversos compostos, principalmente, na forma de ácido sulfúrico,
que é o produto industrial mais utilizado no mundo.
O enxofre é conhecido desde a antiguidade, sendo citado algumas vezes no velho
testamento.
A.2-Posição na tabela periódica
O oxigénio é o primeiro elemento do grupo 16 da Tabela Periódica seguido pelo enxofre,
Selénio, Telúrio e Polónio.

Os Calcogéneos possuem carácter metálico menos intenso que os elementos que se


encontram no grupo 15, ou inferior. Sendo o oxigénio e o enxofre os que possuem maior carácter
não metálico, deste grupo, o selénio apresenta um suave brilho metálico. O telúrio e o polónio são
semi-metais.
Elementos Símbolo Número Distribuição dos electrões Nº de
químico atómico electrões de
valência
Oxigénio 2:6

S 16 6

Se 2:8:18:6

Telúrio Te 52 6

Po 84 6
Estes elementos possuem todos 6 electrões de valência, e tendência para captar 2 electrões
logo, podem formar pelo menos um ião com carga negativa igual a -2, e adquirem a configuração
do gás raro mais estável. O polónio é o único elemento deste grupo que não forma ião com carga
2.
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A.3-Propriedades químicas dos elementos do grupo


As características dos elementos do grupo 16 não estão bem definidas como os da família
dos halogéneos À temperatura ambiente, molécula de oxigénio é relativamente inerte, mas na
presença de substâncias catalisadoras ou ao ser aquecida, reage com a maioria dos elementos para
formar vários compostos. Assim, o oxigénio reage com hidrogénio formando um composto muito
conhecido e útil para todos seres vivos que é a água:

O2 (g) + 2H2 (g) 2 H2O(l )


Os restantes elementos como o enxofre, o selénio e o telúrio reagem com o hidrogénio
formando compostos semelhantes mais com características bem diferentes da água que são os
ácidos:

8H2 (g) + 4S2 (g) 8H2S(g )


Ácido
Sulfídrico

8H2 (g) + 4Se2 (g) 8H2Se(g )


Ácido Selénico

8H2 (g) + 4Te2 (g) 8H2Te(g )


Ácido
Telúrico

O polónio é um elemento com propriedades radioactivas e é um dos elementos mais


raros da natureza.

A.2 - O OXIGÉNIO. ESTRUTURA.ESTADO NATURAL.PROPRIEDADES E


APLICAÇÕES
Historial

O oxigénio é um elemento químico de símbolo O, número atómico 8 (8 protões e 8


electrões) com massa atómica 16 u.

Na terra o ferro e oxigénio são os elementos que mais contribuem para a massa do nosso
planeta. O oxigénio é um dos elementos mais abundantes na crosta terrestre, sendo a sua
percentagem em átomos de 53% e em massa de 30 %.

Existe na atmosfera na forma livre e sem se combinar. Na crosta terrestre encontra-se


combinadas com alguns metais formando óxido de Silício (SiO2), óxido de alumínio (Al2O3),
óxidos de ferro (FeO e Fe2O3), óxido de sódio (NaO) e outros e também encontra-se combinado na
atmosfera com os não-metais formando óxido de não-metal, tais como: CO, CO2 , SO2, SO3, NO, e
outros .
A.2.1-Estado Natural
O oxigénio na natureza Consiste numa mistura de três isótopos estáveis: o oxigénio 16
(99,758%), o oxigénio 17 (0,37%) e o oxigénio 18 (0,204%).
16
O
8
17
O
8
18
O
8
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Sendo o isótopo 16, o mais abundante. No estado livre o oxigénio apresenta-se


habitualmente na forma de moléculas diatómicas (O2) ou triatómica (O3- ozono) Essa substância
ozono, empregada industrialmente como descolorante, esterilizador de líquidos e depurador de
ambientes, está presente nas altas camadas da atmosfera. Desempenha um papel fundamental na
manutenção da vida sobre a Terra ao proteger o planeta da radiação ultravioleta do sol.

A molécula do oxigénio forma uma ligação covalente apolar dupla


A.2.2-Obtenção no laboratório
O Oxigénio pode ser obtido no laboratório por 3 métodos diferentes:
1. Electrólise da água. (Electrólise é o processo de decomposição pela acção da
electricidade)

Equação: 2 H2O(l ) 2H2 (g) + O2

2. Decomposição térmica de alguns óxidos

Equação: 2 Hg O(s) 2Hg (l) + O2 (g)

3. Decomposição térmica do Clorato de Potássio acontece segundo a equação:

Equação: KClO3(s) KCl(S) + 3/2 O2(g)

Obs.: A obtenção do oxigénio a partir da electrólise da água só é utilizada para pequenas


quantidades.
Na indústria, o método mais utilizado é o da destilação fraccionada do ar líquido.
A.2.3-Propriedades 1-Propriedades Físicas
O oxigénio natural é um gás incolor e inodoro, com densidade 1,105, cujo ponto de
fusão normal -218 º C e o ponto de ebulição é -183º C, a pressão normal. Pouco solúvel em água,
forma bolhas que se desprendem facilmente por simples agitação. O oxigénio na forma de
molécula triatómica (ozono), é um gás muito tóxico de cheiro irritante e de cor azul-claro à
temperatura de 298 K.
Portanto, o oxigénio é um não-metal, e tem tendência a ganhar 2 electrões para atingir a
configuração do gás raro mais próximo.

2-Propriedades Químicas
O oxigénio é muito electronegativo reage com os metais assim como os não metais:
a) Com os não metais (com excepção dos halogéneos) formando óxidos de não-metais.
Exemplos:
C(s) + O2 (g)  CO2 (g)
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2H2 (g) + O2 (g) 2 H2O(l )


N2 (g) + O2 (g)  2 NO (g)

2SO2 (g) + O2 (g) 2 SO3 (g)


b) Com Metais (com excepção do ouro e a platina). Forma óxido de metal.
Exemplos:
4Fe + 3O2  2Fe2O3

4 Na(s) + O2(g) 2Na2O(s)


2 Mg(s) + O2(g) 2MgO(s)

A.2.4-Aplicações
São inúmeras as aplicações do oxigénio onde destacamos as seguintes:

⮚ Na respiração dos animais e das plantas

⮚ Outras aplicações industriais são na soldadura e na fabricação metanol.

⮚ Aumentar a eficiência nos altos-fornos obtenção do ferro e do aço

⮚ Tratamento de doenças cardiovasculares (nos centros médicos é comum a administração

de oxigénio a pacientes asmáticos ou com problemas pulmonares). Também é


aconselhável em processos de envenenamento, nos quais é preciso acelerar os
mecanismos de oxidação do sangue.

A.3- O ENXOFRE. ESTRUTURA.ESTADO NATURAL. ALOTROPIA PROPRIEDADES


E APLICAÇÕES
Historial

O enxofre é um elemento químico de símbolo S, número atómico 16 (16 protões e 16


electrões) e de massa atómica 32 u. À temperatura ambiente, o enxofre encontra-se no estado
sólido.

É um não-metal insípido e inodoro, facilmente reconhecido na forma de cristais amarelos


que ocorrem em diversos minerais de sulfito e sulfato, ou mesmo em sua forma pura É encontrado
em depósitos sedimentares subterrâneos (especialmente em regiões vulcânicas). Em Angola, existe
a sul de Luanda, em Cabo Ledo e a sueste de Benguela, quase sempre associado ao gesso. O
enxofre é um elemento químico essencial para todos os organismos vivos, sendo constituinte
importante de muitos aminoácidos.

Entre os compostos de enxofre, os mais importantes do ponto de vista industrial são:


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⮚ Dióxido de enxofre (SO2)- gás obtido por combustão do enxofre ao ar, que tem um cheiro
sufocante e que é usado no fabrico do acido sulfúrico;

⮚ Sulfureto de hidrogénio ou gás sulfídrico (H2S) -gás bastante venenoso, com cheiro
característico a avos podres e que é utilizado em análise química;
⮚ Ácido sulfúrico (H2SO4)- é um liquido oleoso muito utilizado em laboratório e em diversos
ramos da indústria;

⮚ Sulfureto de Carbono (CS2) é um líquido com largas aplicação como solvente.

⮚ No laboratório, pode aparecer-nos na forma de pó ou barras.

A.3.2-Estado Natural
O enxofre no estado sólido normal é formado por anéis octatómicos S8) e encontra-se na
crosta terrestre na foram livre com pureza de 99,8 e na forma combinada, formando sulfuretos
como o PbS (galena), e FeS2 (pirite) e sulfatos que podem ser de cálcio CaSO4. 2 H2O (gesso),
estrôncio SrSO4 (celestina) e de bário BaSO4 (baritina).
A.3.2.1-Alotropia
Alotropia (do grego allos = outro, e tropos = maneira) hoje é entendida fenómeno em que
um mesmo elemento químico pode originar substâncias simples diferentes. As substâncias simples
distintas são conhecidas como Alotropia.

O enxofre como substancia simples, pode apresentar-se de duas formas distintas que se
designa por formas alotrópicas. As duas variedades alotrópicas do enxofre são o enxofre
ortorrômbico (rômbico) e o enxofre monoclínico.

Fig.1 Enxofre ortorrômbico Fig.2 Enxofre monoclínico

A.3.3-Propriedades u
1. Propriedades Físicas
Este não-metal tem uma coloração amarela, mole, frágil, leve, desprende um odor
característico de ovo podre. Mau condutor de calor e não conduz corrente eléctrica É insolúvel em
água, parcialmente solúvel em álcool etílico, porém se dissolve em dissulfureto de carbono.
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O enxofre monoclínico é estável a temperatura ambiente, tem cor amarela e é constituída


por cristais ortorrômbico, é solúvel em solventes não polar como dissulfureto de carbono (CS2) e
tetracloreto de carbono (CCl4). Abaixo de 95,6°C e a pressão de 1 atmosfera o cristal estável
ortorrômbico e acima desta temperatura passa para a fase cristalina monoclínica

2. Propriedades Químicas
O enxofre reage com os metais formando sulfuretos:
A. Aquecendo a mistura de ferro e enxofre pulverizado a mistura torna-se
incandescentes devido a reacção exotérmica (reacção que ocorre com a libertação de calor)
que se da formando sulfureto de ferro (II), FeS segundo a equação:

S(S) + Fe(s) FeS(s)


Sulfureto de ferro
III

B.Misturando e aquecendo enxofre e o alumínio em pó obtém-se uma chama


deslumbrante, formando- se um mistura sólida de sulfureto de alumínio

2Al(s) + 3 S(s) Al2S3 (s)


Sulfureto de alumínio

C. Misturando e aquecendo enxofre e o zinco em pó obtém-se uma mistura sólida


de sulfureto de zinco:
Zn(s) + S(s) ZnS(s)
Sulfureto de zinco

D. Aquecendo a mistura de cobre e enxofre, em pó obtém-se uma mistura sólida de


sulfureto segundo a equação:

Cu(s) + S(s) CuS (s)


Sulfureto de cobre

E.O enxofre combina-se com o oxigénio, ardendo no ar com chama azul. Se a


atmosfera for rica em oxigénio, produz-se incandescência devido a formação de dióxido de
enxofre de cheiro característico, conforme a equação:

S8(s) + 8 O2(g) 8SO2(g)


A.3.4-Aplicações
O enxofre é aplicado em diversas áreas como:
a) Na Medicina: o enxofre e seus derivados são utilizados para o fabrico de pomadas e
sabões medicinas de usos dermatológicos.

b) Na Indústria:

⮚ Na produção de ácido sulfúrico é provavelmente o composto mais importante e


dispõe de uma extensa variedade de aplicações
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⮚ Vulcanização de borrachas,

⮚ Enxofre é usado em pólvoras, fósforos, artefactos pirotécnicos, produtos para


ondulação de cabelo.
⮚ Sulfitos são usados para clarear papéis, conservar vinhos e frutas secas.

c) Na Agricultura: o enxofre e seus derivados são utilizados no fabrico de pesticidas para


combater insectos pragas nas plantas.
O enxofre também tem usos como fungicida e na manufactura de fosfatos fertilizantes
A.3.5-Os óxidos de enxofre

1. Dióxido de enxofre
A principal causa de acidificação da precipitação é a presença na atmosfera de óxidos
de enxofre (SOx), com destaque para o dióxido de enxofre (SO2), um gás proveniente da
combustão (oxidação) de compostos de enxofre (S) contidos nos combustíveis fósseis (petróleo,
carvão, etc.) e na matéria orgânica que é queimada. Este óxido é libertado para a atmosfera
misturando-se com a chuva formando-se ácido sulfúrico. (H2SO4)

4FeS2(s) + 11O2(g) 2Fe2O3(s) + 8SO2(g)

Na fase gasosa o dióxido de enxofre é oxidado por adição do radical hidroxilo via uma
reacção intermolecular:

SO2 (g)+ H2O(l) SO2·H2O ou H2SO4

Acido sulfúrico

a) Estrutura da molécula

2. Trióxido de enxofre
O Trióxido de enxofre é obtido pela oxidação catalítica do dióxido de enxofre em
presença de um catalisador que é geralmente o pentóxido de vanádio (V2O5) de acordo a reacção:

2SO2 + O2 2SO3

Na natureza, o trióxido de enxofre tal como o dióxido de enxofre é dos óxidos que
contribui para formação das chuvas ácidas na presença de água líquida nas gotículas das nuvens,
nevoeiros e outras formas de condensação atmosférica, o trióxido de enxofre (SO3) é rapidamente
convertido em ácido sulfúrico:

SO3 (g) + H2O (l) H2SO4 (l)

H2SO4 + H2O H+HSO3-

a) Estrutura molecular
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A.3.6-Propriedades
A obtenção do óxido de enxofre a partir, da combustão de sulfuretos metálicos, é de grande
importância industrial por fornecer grandes quantidades de dióxido de enxofre para o fabrico de
ácido sulfúrico.
O dióxido de enxofre é utilizado na conservação de alimentos, como frutas e vegetais evitando
as bactérias, as fermentações, o crescimento de bolores. O dióxido de enxofre líquido é utilizado
como solvente.

A.4-CHUVAS ÁCIDAS
Chuvas ácidas: São Precipitações atmosféricas, sob a forma de chuva, neve ou granizo
cujo PH <5. Ao longo das últimas décadas têm sido reportadas leituras de pH na água de gotas de
chuva e em gotículas de nevoeiro, colhidas em regiões industrializadas, com valores inferiores a
2,4 (a mesma acidez do vinagre).

A.4.1-Formação das chuvas ácidas


As emissões de dióxido de enxofre e de óxidos de azoto têm crescido quase
continuamente desde o início da Revolução Industrial. As chuvas ácidas formam-se por reacções
químicas que ocorrem na atmosfera. A água, como elemento natural, possui já alguma acidez
característica. Essa acidez resulta de reacções entre o dióxido de carbono e a água. Por outro lado,
reacções em que compostos de enxofre e azoto transformam-se em substancias quimicamente
estáveis como óxidos de azoto (NO e NO3) e os óxidos de enxofre (SO2 e SO3), e oxido de carbono
(CO e CO2) os quais reagem com as gotículas de água atmosférica das nuvens e das chuvas para
formar ácidos fortes como sejam o ácido sulfúrico (H2SO4) e o ácido nítrico (HNO3) irão provocar
um aumento de acidez da água, para valores muito superiores aos valores considerados normais
formando assim as chuvas ácidas. Estes óxidos também são os principais poluentes atmosféricos.
Existem outros poluentes atmosféricos; o monóxido (CO); hidrocarbonetos os metais
pesados como o mercúrio, cádmio e o mercúrio. Estes metais não só contaminam a água, como
também podem ser absorvidos sob a foram de sais solúveis pó organismos aquáticos que
posteriormente são transmitidos aos peixes, as aves e ao próprio homem. Assim, podemos concluir
que a emissão de poluentes para a atmosfera é um factor preponderante no aumento da acidez da
chuva. As principais causas das chuvas ácidas são naturais e causadas pelo Homem. Alguns
exemplos são a indústria, centrais termoeléctricas e o tráfego automóvel excessivo.

Esquema- Ciclo de formação das chuvas ácidas


A.4.2-Zonas mais afectadas pelo fenómeno
As chuvas ácidas fazem-se sentir um pouco em todos os lugares do planeta. No entanto,
há zonas com maior incidência da ocorrência deste fenómeno. Essas zonas são as seguintes:
Europa (principalmente na Inglaterra, Suecia, Sul da Noruega, Antenas Alemanha, Franca e
outros), Estados Unidos da América, Canadá Rússia e a China. Como podemos observar, este
fenómeno está directamente relacionado com a poluição e industrialização, pois ocorre com maior
frequência nas zonas mais evoluídas do planeta em termos industriais
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A.4.3-Consequências
As chuvas ácidas são um fenómeno com consequências negativas e graves. Essas consequências
afectam a saúde humana, agricultura (culturas e solos), águas e edifícios.
1. Consequência para a saúde humana
Estudos provaram que as chuvas ácidas têm implicações directas e indirectas na saúde
da população humana. Este fenómeno pode provocar problemas de pele, aumentar a taxa de
mortalidade e aumentar o risco de morte por doenças cancerígena (asma, bronquite e cancro
pulmonar). Isto acontece directamente devido às partículas resultantes dos ácidos que se
encontram no ar e indirectamente devido ao consumo de água possivelmente proveniente de
chuvas ácidas.

2. Consequência para a agricultura (cultura e solos)


Devido aos ácidos provenientes das chuvas ácidas muitas árvores e plantações podem
ver as suas estruturas corrompidas, o que fará com que a planta afectada transporte nutrientes de
forma deficiente ou chegue mesmo a perder determinados nutrientes essenciais para a sua vida.
Quanto aos solos, estes ficarão com uma acidez acima do normal, (acidificam o ambiente) o que
poderá levar à morte de determinadas bactérias e microrganismos fundamentais para o
aparecimento e desenvolvimento de espécies de plantas.

3. Consequência para as águas


A água que se encontra nos rios, lagos e no mar é proveniente da chuva. Se a chuva é
ácida, a acidez das águas terrestres irá também aumentar. Isto poderá levar à morte de alguns
peixes e provocar problemas na saúde humana, que é consumidora da água como sendo um
recurso essencial. Assim, em conclusão as chuvas ácidas contribuem para a diminuição da
biodiversidade e qualidade da água de consumo.
4. Consequência para os edifícios
Materiais de construção como o calcário são facilmente corroídos por ácidos como o
ácido sulfúrico. A queda excessiva deste ácido fará com que o calcário e o mármore se dissolva e
poderá a longo prazo levar ao colapso de infra-estruturas e locais de passagem de peões, como é o
caso dos passeios públicos, que são na sua maioria concebidos usando calcário.
A.4.4-Soluções e prevenção
Para reduzir o problema das chuvas ácidas é necessário o esforço de toda a população a
uma escala planetária. Genericamente, é necessário reduzir tudo aquilo que provoque a emissão de
poluentes para a atmosfera ``agir local, pensar global ´´. Algumas medidas a tomar poderão ser

⮚ A diminuição da emissão de gases pela indústria,

⮚ A utilização de materiais económicos e amigos do ambiente,

⮚ Uso de transportes públicos em vez de veículo individual,

⮚ Usar fontes de energia menos poluentes e investir em energias renováveis.


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⮚ Despertar o interesse das futuras gerações sobre a necessidade e importância da


conservação do meio ambiente.

TEMA -B
QUANTIDADE EM QUÍMICA
INTRODUÇÃO
Toda medida de massa é uma comparação com um padrão adequado escolhido em função
das proporções do corpo cuja massa se quer determinar. Os átomos e moléculas não podem ser
vistas nem tocadas. Isso significa que as suas massas não podem ser medidas directamente, o que
se faz é estabelecer uma relação entre as massas das moléculas das diferentes substâncias.

B1-MASSA ISOTÓPICA RELATIVA. MASSA ATÓMICA RELATIVA E MASSA


MOLECULAR RELATIVA
Actualmente a escala de massa atómicas esta baseada no isótopo mais comum do carbono
com numero de massa igual a 12 ( 12C), ao qual foi atribuído exactamente a massa de 12 unidades
de massa atómica (u). Assim, a partir destes conhecimentos sabe-se que:
Massa atómica relativa de um elemento é a grandeza que exprime o numero de vezes que a
massa do átomo desse elemento é superior a 1/12 da massa do átomo do carbono 12.
Massa molecular relativa de uma substancia é a grandeza que exprime o número de vezes
que a massa de uma molécula é superior a 1/12 da massa do átomo do carbono 12.
Na natureza, a maioria dos elementos é encontrado como uma mistura de isótopos. O boro,
por exemplo, ocorre na natureza como uma mistura de 19,9% de 10B e 80,1% de 11B. Outros
exemplos:

Os isótopos de um elemento químico recebem o mesmo nome do elemento, com excepção


dos isótopos do hidrogénio, que recebem nomes especiais:
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As massas e abundâncias isotópicas são actualmente determinadas por meio de uma


técnica denominada espectrometria de massas.

B1.1 Cálculos da massa atómica relativa e da abundância


A massa atómica de um elemento é calculada pela média ponderada das massas dos seus
isótopos. Ponderada porque leva em consideração a abundância relativa dos isótopos. Como
exemplo, calcularemos a massa atómica do cobre, que ocorre naturalmente como uma mistura de
dois isótopos: 69,09% de 63Cu (62,93 u por átomo) e 30,91% de 65Cu (64,95 u por átomo).
Geralmente se calcula essa média em cada 100 átomos:

Conhecendo a massa isotópica e massa atómica relativa de um elemento pode se


calcular a abundância (%) ou conhecendo a percentagem de cada isótopo pode-se calcular a massa
atómica relativa de um elemento.

B1.2 Exercícios
1. Calcule a massa atómica relativa aproximada do chumbo, supondo que a percentagem do
isótopo no elemento natural é
Isótopo Abundância (%) Massa atómica relativa

204Pb 2 204,0
206Pb 24 206,0

207Pb 22 207,0
208Pb 52 208,0

B3. MOLE. CONSTANTE DE AVOGADRO


Como você sabe, existem determinadas quantidades que recebem denominações especiais.
Assim, em vez de falar “12 ovos”, podemos dizer “uma dúzia de ovos”; em vez de dizer “10
lápis”, podemos dizer “uma dezena de lápis”; “500 folhas de papel”, “uma resma de papel”.

Os químicos também sentiram a necessidade de expressar os átomos e as moléculas em uma


unidade de quantidade. Mas, como as dimensões muito pequenas dessas partículas representavam
grandes quantidades, nenhuma das unidades existentes era adequada.
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Assim, surgiu o conceito de mol, que está relacionado à quantidade 6,02 × 1023 (Constante ou
numero de Avogadro em homenagem ao físico italiano Amadeu Avogadro), expressando grandes
quantidades em massas mensuráveis no trabalho quotidiano do químico.

Podemos empregar o mol para qualquer constituinte da matéria. Assim:

• 1 mol de átomos representa 6,02 × 1023 átomos;


• 1 mol de moléculas representa 6,02 × 1023 moléculas;
• 3 mol de iões representa 3 ×6,02 × 1023 iões;
• 0,25 mol de electrões representa 0,25 ×6,02 × 1023 electrões;

A IUPAC (União Internacional da Química Pura e Aplicada), estabeleceu a definição oficial de


mole (mol): “quantidade de matéria de um sistema que contém tantas entidades elementares
quantos são os átomos contidos em 0,012 Kg (12g) de carbono 12”.

A massa de ``1´´ do padrao vale,em gramas 1,66x10-24 .Para calcular o numero de


átomos,usase a seguinte fórmula:

N=m1 /m2

B4. MASSA MOLAR DE ATOMOS, MOLECULAS E IOES


A massa molar de uma substancia química (M) é uma grandeza que indica a massa de
uma mole dessa substancia química Por exemplo. A massa molar do átomo de alumínio é 27
g/mol. Que significa 1mol de átomos de alumínio tem 27 g/mol.
Outro exemplo: qual é a massa molar do cobre sabendo que a sua massa relativa é
Cu=63,5? R: A massa molar do Cu 63,5g/mol
Por definição a massa molar: é a relação entre a massa de uma amostra (m) e a quantidade de
susbtância expressa em moles (n). A expressão matemática para calcular a massa molar é: M=m
<==> n=m ou m=M×n
n M

M- massa molar (g/mol)


n- número de moles (mol)
m- massa da amostra (g)

Exercícios
1. Calcule a massa molar das seguintes substâncias:

a) Ouro (Au)
Apostila de apoio para 9 ͣ Classe do Ensino secundário.

b) Água (H2O)
c) Cloreto de sódio (NaCl)
d) Propeno (C3H6)
e) Acido fosfórico (H3PO4)

2. Qual é a quantidade de substancia correspondente a 98,0 g de ácido sulfúrico?

3. Qual é a quantidade de substância correspondente 10 g de átomos de hidrogénio?

4. Quantas moles de átomos há numa placa de zinco (Zn) com a massa 18,6 g?

5. Qual é a quantidade de substância correspondente à 9,80 g de ácido sulfúrico (H2SO4)?


B4.1Massa molar de iões e compostos iónicos
Para calcular a massa molar de iões monoatómicos ou poliátomicos é necessário saber a
massa atómica relativa dos átomos. Como estes iões resultam de átomos e moléculas por perda
ou ganho de electrões, possuem uma massa muito pequena considera-se para este efeito que a
massa do ião é igual ao do átomo ou molécula correspondente.

B2.4 Exercícios
1. Calcule a massa molar das seguintes substancias tendo em conta a massa atómica relativa
dos elementos;
a) Hidróxido de cálcio Ca(OH)2
b) Permanganato de Potássio KMnO4
c) Dicromato de Sódio Na2Cr2O7

2. Calcule a massa de 0,8 moles de água?


3. Calcule quantos gramas deve pesar para obter 10 moles de:
a) Cloreto de potássio (KCl)
b) Álcool Etílico (C2H5OH)
c) Dicromato de potássio K2Cr2O7

B5 Volume molar de um gás

Volume molar (VM) é o volume ocupado por um mol de qualquer espécie química,
medido em determinadas condições de temperatura e pressão. Por outras palavras, o volume
molar é o quociente entre o volume (V) e a correspondente quantidade de substância (n):

VM = V

O volume molar tem particular interesse quando se trata de gases, não só pela razão de, neste
caso, ser mais fácil medir volumes do que massas, mas principalmente devido ao notável
comportamento, em termos de volume, de todos os gases. Nas substâncias sólidas e líquidas as
moléculas estão tão juntas que quase entram em contacto entre si, portanto, o volume de uma
substância sólida e líquida depende fundamentalmente do tamanho das moléculas dessas
substâncias.

O princípio de Avogadro, em linguagem actual, pode ser enunciado da seguinte maneira:

“Iguais quantidades de substâncias gasosas ocupam o mesmo volume, à mesma temperatura e


pressão.”
Segundo este princípio, o volume molar é igual para todos os gases, sob as mesmas condições
de temperatura e pressão.
Química- Material para as aulas, 9ª classe.

A experiência mostra que nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP ou TPN),
isto é, à 1 atmosfera (1 atm) e 00C, o volume de 1 mol de qualquer gás ou vapor é 22,4 litros.

Para descrever o comportamento dos gases, existem três variáveis que são:

⮚ Volume (V)

⮚ Pressão (P)

⮚ Temperatura (T)
Pode calcular-se o volume de um mole de um gás através da seguinte fórmula, que é a
equação dos gases ideias:
P=1 atm
PV=nRT n=1 mol
R=0,082 atm.l/mol.K
T=2
73 K

1. Consideram-se condições-padrão, aquelas correspondentes à temperatura de 25 0C e à


pressão de 1 atm.

Exercícios
1. Calcule o volume de 1 mol de uma substancia gasosa, se a temperatura for de 25* C e
pressão de 2 atm.
2. Calcule o volume de 2mol de gás se a temperatura for de 300 K e pressão de 3 atm

B6.RELAÇÃO ENTRE NÚMERO DE MOLES, MASSA MOLAR E VOLUME


MOLAR
A composição quantitativa de uma solução podo ser expressa de várias formas
1. Concentração mássica ou comum (Cm) de uma solução é dada pela razão entre a massa, m,
do soluto em gramas (g) e o volume, v, da solução em litros (L). A unidade usual é g/L, a do
Sistema Internacional de Unidades (SI) é kg/m³:

2. Concentração molar de uma solução ou Molaridade (M) é razão entre a quantidade de


matéria n, do soluto em mole (mol) e o volume, V, da solução em litros (L). A unidade usual
é mol/L ou M (lê-se "molar"), a do SI é mol/m³:
M=

-Exercícios
⮚ Dissolveram-se 21,2 g de carbonato de sódio em água de modo a perfazer 250 ml de
solução.
a) Calcule a concentração massica
Química- Material para as aulas, 9ª classe.

b) Calcule a concentração molar

EXERCÍCIOS GERAIS
Define os seguintes
conceitos:
a) Mole
b) Constante de Avogadro?
c) O que significa PTN e represente as respectivas constantes.

1. Entre as afirmações abaixo, assinala (com V) aquelas que você considera


verdadeiras.
A. Mole é a quantidade de substância (matéria) presente em um sistema que contém
tantas entidades elementares quantos são os átomos existentes em 12 gramas de
Carbono 12.
B. Quando se utiliza o mol, as entidades elementares devem ser especificadas, podendo
ser átomos, moléculas, electrões, iões, outras partículas ou agrupamentos específicos
de tais partículas.
C. Massa molar (M) é a massa de dois moles de uma determinada espécie ou
substância.
D. A constante de Avogadro não corresponde ao número de átomos (ou moléculas)
existentes na massa molar de qualquer elemento (ou substância).
E. Volume Molar (VM) é o volume ocupado por dois moles de qualquer espécie
química, medido em condições de pressão e temperatura constantes.

2. Quantos átomos existem em uma aliança de OURO que pesa 2g ?


3. Quantas moléculas de butano (C4H10) existem num isqueiro contendo 5,8g desta
substância?
4. Que massa corresponde a 3 mol de moléculas de água?
5. Quantas moléculas existem em 2,5 mol de moléculas de glicose (C6H12O6)?
6. Quantos átomos de oxigénio existem em 980g de ácido sulfúrico (H2SO4)?

7. Qual é o volume ocupado por 4,8g de gás Ozono (O3), nas CNTP?
8. Pretende-se preparar um volume de 500ml de uma solução de Cloreto de sódio
(NaCl) com uma concentração massica de 43,8g/dm3. Calcule a massa necessária
de soluto.

9. Supondo que a massa isotópica do carbono 13 é exactamente 13, e o carbono


natural é constituído por 98,8% de 6C12 e 1,20% de 6C13; calcule a massa atómica
relativa do carbono para estas condições.
Química- Material para as aulas, 9ª classe.

10. Uma mistura gasosa conte 0.300 moles e encontra-se a pressão de 1,20 atm e
temperatura de 310 k. Calcule o volume da mistura.

11. Uma botija de gás contem 13kg de butano (C4H10) . Que volume de gás, nas
condições normais de pressão e temperatura (PTN), se liberta se ao deixarmos
esvaziar completamente? Sugestão Determine primeiro as moles correspondente à
massa de 13 Kg e use a formula PV=nRT.

12. Calcule a massa de grafite que por combustão completa, daria origem a 56 dm3 de
dióxido de carbono (PTN)? Sugestão utilize a fórmulas PV=nRT e n= .

13. Considere um recipiente fechado contendo 24kg de O3 exercendo uma pressão de 5


atm e ocupando um volume de 164000 ml. Determine a temperatura do ozono
(R=0,082 atm.l/mol.K).
Química- Material para as aulas, 9ª classe.

TEMA C: QUIMICA DO CARBONO Compostos orgânicos e


compostos inorgânicos

Dos mais de 12 milhões de substâncias conhecidas, mais de 90% têm elemento carbono
na sua constituição ou se eja, é um elemento fundamental à vida.
Os compostos orgânicos são numerosos, existindo em todos os seres vivos, plantas e
animais ou em materiais que fazem parte de organismos vivos como: carvão, petróleo, etc, que
possuem na sua constituição compostos de carbono, hidrogénio e também oxigénio, azoto e
outros, nos quais existem ligações C-H.
Há outros compostos, como o dióxido de carbono (CO2),carbonato de cálcio
(CaC2),cianeto de potássio (KCN) e ácido carbónico (H2CO3), que são constituídos por carbono
mas são considerados compostos inorgânicos pois nas suas moléculas não há ligação entre
átomos de carbono e de hidrogénio. Há cerca de 300.000 compostos inorgânicos. Pode-se
verificar a grande diferença entre números de compostos orgânicos e de compostos inorgânicos.
Compostos orgânicos naturais e sínteses

Compostos orgânicos naturais


Os compostos orgânicos naturais são compostos mais abundantes na natureza. As suas
fontes naturais são os seres vivos, jazidas de materiais sólidos (diamante, carvão), líquidos
(petróleo) e gasoso (gás natural).
O carvão mineral é uma rocha que resultou da decomposição de árvores, florestas e
plantas durante longos períodos, isto é, na Pré-história.

Compostos orgânicos sintéticos

Os compostos orgânicos sintéticos de carbono são obtidos através das indústrias


químicas e farmacêuticas. Nas indústrias químicas, através de processos síntese, fabricam-se os
detergentes que se utilizam como produtos de limpeza e desinfeção; e os plásticos, que
quimicamente são polímeros, isto é, cadeias longas de grupos de átomos que se repetem, que se
utilizam para o fabrico de sacos, embalagens, garrafas, baldeis, copos, rolos fotográficos, cabos
isoladores.
As fibras são polímeras de fios, isto é, agregados lineares de moléculas, e têm larga
aplicação na indústria têxtil (tecidos), linhas, cordas etc.

As fibras naturais, artificiais e sintéticas


As fibras podem classificar-se quanto à sua origem em : naturais, artificiais e sintéticas.
As fibras naturais são: a lã e a seda de origem animal o algodão e o linho de origem
vegetal. Estas fibras são usadas na indústria para confeção de vestuários, toalhas de mesa,
colchas, etc.
As fibras artificiais são obtidas por tratamento químico de fibras naturais, como por
exemplo, a viscose, que é uma celulose tratada com sulfureto de carbono e hidróxido de sódio.
Química- Material para as aulas, 9ª classe.

As fibras sintéticas são obtidas por síntese nos laboratórios e industriais. Das reações de
polimerização são exemplos: poliésteres, poliamidas (nylon),licras e acrílicos.

OS ELEMENTOS DA QUÍMICA DA VIDA

Os elementos químicos mais abundantes nos organismos dos seres vivos são: hidrogénio,
oxigénio, carbono e nitrogénio, que constituem cerca de 99% .
O cloro, o enxofre, o fósforo, o magnésio, o sódio, o cálcio e o potássio constituem
1%.No entanto, há outros elementos que constituem as moléculas biológicas, como sendo:
⮚ Ferro, que existe na hemoglobina do sangue, transportando oxigénio dos pulmões as
células. Uma baixa percentagem em ferro no organismo pode provocar anemia;
⮚ Zinco, um elemento que ajuda na digestão das proteínas e do álcool;

⮚ Magnésio, intervém na formação da ureia;

⮚ Cobalto, intervém na formação das moléculas que memorizam o modo de construir


outras moléculas;
⮚ Cobre, torna as paredes das artérias elásticas e dá cor à pele;

⮚ Sódio, participa na transmissão de sinais elétricas entre células nervosas.

O ÁTOMO DE CARBONO

Posição na tabela periódica. Estrutura e caracterização

O carbono é o primeiro elemento do grupo 14,possui números atómico 6,o símbolo é C, a


massa atómica relativa é 12,01.
A estrutura eletrónica do átomo de carbono é:

6C 2e 4e
O átomo de carbono pode ser representado pela seguinte forma:

As ligações no átomo de carbono

O último nível de energia do átomo possui 4 eletrões que podem ser compartilhados.
O carbono encontra-se na posição intermediária entre os elementos metalicos e os não
metálicos.
Variedades alotrópicas do carbono. Aplicações
Química- Material para as aulas, 9ª classe.

O carbono é um dos elementos que apresenta alotropia; o carbono puro tem duas variedades
diferentes que são: o diamante e a grafite
O diamante é o material mais duro que se conhece: risca os outros materiais mas nenhum
matéria é capaz de risca-lo. Utiliza-se em joias e também em instrumentos de perfuração.
A grafite é mole, untuosa e desfaz-se em pequenas lâminas ou lascas. É utilizado para o
fabrico de lápis em eléctrodos de pilhas.

O diamante
A rede cristalina do diamante é formada apenas por átomos. Cada átomo de
carbono está ligado a quatro átomos vizinhos por ligações covalentes. Por isso
diz-se que o diamante é um cristal covalente, ou seja, um átomo de carbono pode
estabelecer 4 ligações covalentes.

Propriedades do diamante
O diamante ´um condutor da corrente elétrica, nas ligações covalentes não há
eletrões livres.
É duro é rígido e as ligações covalentes não são fáceis de romper.
Não é solúvel nem volátil, uma vez que a agua não rompe as ligações e o calor só
dificilmente o consegue. O ponto de fusão do diamante é muito elevado:3500ºC.

A grafite

A grafite também é um cristal atómico covalente, cada átomo de carbono tm três


ligações covalentes iguais.

Propriedades da grafite
A grafite é boa condutora da corrente elétrica. A distância entre dois planos
consecutivos dos átomos no cristal é quase o triplo do comprimento das ligações
covalentes e as forças que ligam estes planos são relativamente, fracas. Este tipo de
ligação explica facilmente a razão de a grafite se reduzir a lâminas e também pode
ser utilizado em lubrificantes. Os planos atómicos deslizam facilmente uns sobre os
outros.

OS HIDROCARBONETOS

Quando apenas átomos de hidrogénio se unem a átomos de carbono, as moléculas


resultantes denominam-se hidrocarbonetos.
Antes da classificação dos hidrocarbonetos, vamos conhecer um pouco melhor os
combustíveis fosseis.
O carvão tem grande utilidade utiliza-se nas centrais termoelectricas e nas
industrias;
Petróleo é o combustível da qual muitos países dependem: é fundamentalmente
constituído por uma mistura líquida de hidrocarbonetos e aparece impregnado em
rochas porosas associadas ao gás natural.
Química- Material para as aulas, 9ª classe.

O gas natural é uma mistura de hidrocarbonetos gasosos que se encontram no


subsolo, sendo principalmente constituído por metano, cerca de 90%,etano,propano
e butano ate 15%.

Classificação dos hidrocarbonetos

O hidrocarbonetos
classificam-se em:
1-Hidrocarbonetos saturados; 2-
Hidrocarbonetos insaturados.

Nos hidrocarbonetos saturados, os átomos de carbono estabelecem entre si apenas


ligações covalentes simples e são designados por alcanos.

O primeiro hidrocarboneto é o metano:

CH4 H-C-H

Formula Formula da estrutura Modelo da molécula


molecular

O segundo hidrocarboneto saturado é o etano, com 2 átomos de carbono

C2H6 H-C-C-H
Formula Formula da estrutura Modelo da molécula
Molecular

O terceiro hidrocarboneto saturado é o propano , com 3 átomos de carbono.

C3H8 H-C-C-C-H
Formula Formula estrutural modelo da molecula
Molecular

O quarto hidrocarboneto é o butano, com quatro átomos de carbono.

C4H10 H-C-C-C-C-H
Química- Material para as aulas, 9ª classe.

Fórmula Fórmula da estrutura Modelo da molécula


molecular

A partir do quinto composto, o hidrocarboneto recebe o nome correspondente ao


numero de átomos de carbono, recorrendo-se por isso ao prefixo da numeração
grega:
penta=5,hexa=6,hepta=7,octa=8,etc,e acrescenta-se ``ano´´.

REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS
.
1. COÊLHO, Adozinda Rodrigues e OCTAVIO, Maria Julieta (2006), Química 9ª Classe-
Manual do aluno Reforma Educativa (Ministério da Educação- ANGOLA), Texto editoras,
Lda-Luanada

2. CORRÊA, Carlos, NUNES, Adriana e ALMEIDA, Noémia (2005), Química 10ª Classe-
Reforma Educativa (Ministério da Educacão- ANGOLA), Porto Editora, Porto: Portugal;
3. http://pt.wikipedia.org/wiki/Enxofre-Oxigenio
4. REIS, Martha (2004), Quimica Intergral-Ensino Medio, Volume Unico, Nova Editora-SP
5. USBERCOR e SALVADOR. Química-Volume único. São Paulo Editora Saraiva 7ª
Edição. W.w.w.iupac.org.

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