Manual Processamento de Polpas de Frutas
Manual Processamento de Polpas de Frutas
projeto de referência
1ª edição
Rio de Janeiro
Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras
2014
Projeto Técnico dos Empreendimentos de Referência
Equipe de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -
Embrapa Agroindústria de Alimentos
Fotos
Humberto Cerbella, acervos Eletrobras e Embrapa Agroindústria de Alimentos
Supervisão de editoração
Pedro Villela Capanema Garcia
Organização
Fernando Oliveira Mateus
Produção
Divisão de Promoção da Cidadania Empresarial e Projetos Socioambientais das
Centrais Elétricas Brasileiras - Eletrobras e
Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura - IICA -
Projeto de Cooperação Técnica BRA/IICA/09/001
Sumário
Capítulo I - Introdução 07
Capítulo II - Apresentação 11
Capítulo IX - Conclusão 73
I. Introdução
7
Maior empresa de energia elétrica da América Latina, a Eletrobras possui negócios nos
segmentos de geração, transmissão e distribuição. Presente em todo o país, a Eletrobras implanta
o maior programa de inclusão elétrica do mundo, o Luz para Todos. A partir da experiência
bem sucedida na gestão desse programa, a empresa percebeu a oportunidade de desenvolver
projetos complementares, oferecendo condições para que o homem do campo use a energia
elétrica de maneira produtiva. Assim, foram idealizados os Centros Comunitários de Produção
(CCPs), pequenas agroindústrias comunitárias onde os produtores, reunidos em associações ou
cooperativas, beneficiam e agregam valor a seus produtos com equipamentos acionados pela
energia elétrica.
Com a operação do CCP, inicia-se um ciclo virtuoso de desenvolvimento dos produtores, que
passam a ter acesso a outros mercados e a obterem mais renda de sua atividade, permitindo
melhorias na condição social de suas famílias e o fortalecimento das relações sociais entre os
participantes do projeto. Ao mesmo tempo, a operação do CCP também resulta no aquecimento
do mercado rural de energia elétrica, pois as redes elétricas passam a ser mais bem exploradas.
A implantação de pequenas indústrias no meio rural é um processo que traz novos desafios para
o homem do campo, afinal, fabricar alimentos processados é diferente de plantar e colher. Dessa
forma, para que a comunidade projete e instale uma unidade, é necessário que seus produtores
tenham o conhecimento sobre as principais características que o empreendimento idealizado
deve possuir para ser implantado e operado adequadamente, de modo a obter produtos com a
qualidade que o mercado procura e com a segurança sanitária que a legislação exige.
Polpas de frutas congeladas são produtos com larga aceitação no mercado, sendo bastante
procuradas como matéria-prima para a indústria de alimentos, como, por exemplo, na fabricação
de sorvetes, coberturas e recheios para bolos, biscoitos, iogurtes e produtos confeitados. Nos
supermercados, lanchonetes e padarias, podemos observar uma disponibilidade cada vez maior
de polpas de frutas congeladas, indicando o aumento da procura pelo produto, por consumidores
e comerciantes em geral, devido à praticidade de sua utilização, principalmente para o preparo de
sucos e néctares.
O congelamento da polpa das frutas é um método de conservação que preserva as características
da fruta fresca, permitindo seu consumo inclusive nos períodos de entressafra. Para o produtor, é
uma boa alternativa no caso de algumas frutas sem mercado para comercialização "in natura" ou
que apresentem preços pouco competitivos.
Nesse projeto, o congelamento foi o processo escolhido por aumentar a vida útil do produto e
permitir sua conservação sem o uso de conservantes químicos, o que é uma vantagem competi-
tiva de mercado.
12
III. Aspectos do Negócio Proposto
A principal razão para se instalar um Centro Comunitário de Produção para a fabricação de polpas
congeladas de frutas é atender ao mercado regional comprador desses alimentos processados, conforme
as exigências sanitárias, e ao mesmo tempo oferecer condições para que os associados envolvidos 15
agreguem valor a sua produção e recebam mais por aquilo que produzem em suas propriedades.
Para que você e todo o grupo de produtores tenham sucesso com a iniciativa da implantação desse
empreendimento, é importante que ele seja projetado levando em conta vários aspectos relevantes,
entre os quais destacamos:
A real capacidade de cada produtor para produzir a matéria-prima que será entregue para
processamento no CCP;
O mercado a ser atingido e sua capacidade de compra;
Todos os custos envolvidos (diretos e indiretos);
As ameaças (eventuais dificuldades e concorrências);
As oportunidades (eventual expansão do mercado);
A disponibilidade de capital de giro;
As competências que os administradores da unidade terão que reunir.
Todos esses elementos devem ser estudados previamente e deverão fundamentar um plano de
negócios detalhado e realista.
Motivação: Além dos ganhos econômicos, o CCP também é uma razão pra se alcançar a reali-
No projeto do CCP, é importante estimar as despesas e os ganhos com rigor, para que se zação pessoal no trabalho;
tenha uma ideia prévia dos reais benefícios socioeconômicos que o empreendimento trará
para toda comunidade. Organização: Ordenar o processo administrativo e produtivo de maneira racional e eficiente,
evitando despesas desnecessárias, sem desprezar aquelas que são importantes para a conservação
das instalações;
Devemos ressaltar que alguns aspectos fundamentais são esperados na gestão de um CCP,
dentre eles: Abertura a novos associados/cooperados: Quanto mais forte for um grupo de produtores, maior
serão as possibilidades de ganhos individuais. A incorporação de novos produtores que venham a
Divisão de responsabilidades: Deve haver uma definição clara sobre as pessoas que serão respon- disponibilizar uma maior quantidade de matéria-prima para ser processada no CCP pode ampliar o
sáveis pela administração do CCP, operação dos equipamentos, comercialização, programação de mercado onde são comercializados os produtos. Os critérios para essas adesões devem ser defi-
recolhimento da matéria-prima, compra de consumíveis, pagamentos, entre outras obrigações; nidos previamente e devem reforçar o mesmo senso comunitário com que o CCP será instalado.
Perseverança: O grupo de produtores tem que ter união e tranquilidade para enfrentar eventuais
percalços durante a operação do CCP. Afinal, a produção de matéria-prima sofre influência dos
aspectos climáticos e o mercado é impactado pela situação econômica do país. Esses fenômenos
16 nem sempre são previsíveis e, de um modo geral, não duram muito tempo; 17
Flexibilidade: A administração do CCP deve estar sempre pronta para propor ajustes quando a
situação exigir mudanças. O grupo precisa estar atento para ouvir e estudar as melhores opções;
Análise permanente dos resultados: É importante que o grupo frequentemente avalie os resul-
tados que o CCP apresenta, para verificar a eventual necessidade de ajustes ou ações que se façam
necessárias, tais como: cursos de capacitação para os operadores, mudanças nos processos etc.;
Vontade de Trabalhar e União: Um CCP só terá sucesso se seus integrantes se dedicarem com
entusiasmo ao negócio, disponibilizando tempo e envolvendo-se com seu funcionamento. É impor-
tante sempre lembrar que cada participante é fundamental para que o negócio prospere. A união do
grupo possibilita que se faça mais com menor esforço individual;
É recomendável que você e todo o grupo de produtores se reúnam previamente para tratar
de todos esses assuntos. O resultado dessa reunião pode ser a elaboração de uma Norma de
Funcionamento do CCP, que deverá ser respeitada e defendida por todos os participantes do
empreendimento. Destacamos também:
Estabelecer o valor que se deve manter reservado para cobrir eventuais necessidades de
manutenção dos equipamentos;
Fruta
Recepção / Estocagem
Seleção / Lavagem
Descascamento
21
Despolpamento
Acondicionamento
Congelamento
Armazenamento
Polpa de Fruta
Recepção e estocagem da matéria-prima Dependendo da época do processamento – durante o pico da safra, por exemplo –, pode ser
necessário armazenar as frutas por algum tempo. Como temperaturas elevadas são prejudiciais
As frutas são recebidas em caixas e devem logo ser pesadas. Nessa etapa, você deve registrar à manutenção da qualidade da fruta, o local de armazenamento deve ser ventilado e não muito
todas as informações sobre a quantidade, a qualidade e a procedência das frutas, para o controle úmido. As frutas devem estar limpas para evitar ou reduzir o desenvolvimento de fungos. É
de cada fornecedor, e utilizá-las adequadamente no processo. Sugerimos a seguir um modelo de importante também prevenir o local contra a entrada de insetos e roedores.
planilha para acompanhar a recepção.
Seleção / Lavagem
A qualidade do produto final depende essencialmente da qualidade da matéria-prima, por isso, essa
etapa é muito importante. No processo de seleção e lavagem, devem ser retirados todos os materiais
estranhos, como folhas, caules e pedras, além das frutas estragadas, podres ou com bichos.
A seleção deve ser cuidadosa e realizada por pessoas treinadas. Por ser uma etapa
22 23
de inspeção, é importante que seja realizada em local com uma boa iluminação.
Depois de selecionadas, as frutas devem ser lavadas com água potável, por imersão, em tanques
de aço inox, para retirar a maior parte da terra e da poeira aderida. A lavagem das frutas com
superfície resistente – como manga, maracujá, abacaxi e outras – deve ser auxiliada com escovas
plásticas de cerdas macias. Após a lavagem, as frutas são colocadas manualmente na mesa de
aspersão ou imersas em solução clorada por 15 minutos, utilizando-se uma solução de hipoclorito
de sódio a 100ppm (o modo de preparo está detalhado no Capítulo VII), para sua desinfecção
externa. Essa solução deve ser trocada com frequência, já que o poder germicida da solução
A qualidade da matéria-prima é decisiva na fabricação de produtos com alto diminui devido à sujeira e à evaporação do cloro. Após essa etapa, as frutas são colocadas em
valor nutricional e comercial. Para obter uma boa polpa, frutas estragadas, com caixas plásticas brancas previamente limpas e higienizadas, sendo imediatamente transferidas
podridões ou larvas de insetos devem ser recusadas. manualmente para a área de processamento.
Descascamento
Antes do descascamento, os frutos devem ser submetidos a uma nova pesagem para controlar
e avaliar o rendimento da produção (ou seja, a proporção entre quanto do peso da fruta inteira
corresponde à casca e quanto corresponde à parte que será aproveitada no processamento),
registrando-se o peso em planilha conforme modelo abaixo:
24 25
O descascamento é realizado na área de processamento e sua necessidade varia com o tipo de fruta
a ser processada. Ele é realizado manualmente, utilizando-se facas de aço inoxidável. É aconselhável Despolpamento
que a manipulação das frutas seja feita em mesas limpas, de aço inoxidável. Nessa etapa, retiram-se
também caroços. As frutas descascadas devem ser transportadas para a máquina despolpadeira, É utilizado para separar a polpa da fruta, o material fibroso, as sementes e os restos de cascas da
por baldes de inox. Algumas frutas não necessitam de descascamento, tendo as semente e cascas fruta. O despolpamento pode, em alguns casos, ser precedido por uma trituração do material em
retidas nas próprias telas das despolpadeiras. liquidificador (é o caso da banana) ou prensa (é o caso do abacaxi), para facilitar o despolpamento.
São utilizados equipamentos conhecidos como despolpadeiras, construídas em aço inox e
com peneiras com diferentes tamanhos de furos. Essas peneiras podem variar para as diferentes
Os resíduos devem ser recolhidos em baldes de inox e retirados continuamente da sala de frutas. O despolpamento é realizado pela passagem da fruta, descascada ou não, inteira ou já
processamento, após a etapa de despolpamento, para manutenção da higiene do local. desintegrada, pela despolpadeira. Por baixo, recolhe-se a polpa em baldes limpos (de aço inox) e
pela frente os resíduos.
Acondicionamento
A polpa extraída e recolhida em balde inox é colocada numa dosadora semiautomática, regulada
para encher a embalagem em quantidades previamente definidas. As embalagens utilizadas são
sacos plásticos de polietileno, com capacidade para 100ml, 250ml ou 500ml. Após o enchimento,
os sacos são fechados a quente na seladora e levados para congelamento na câmara fria.
No rótulo do produto, deverá constar a denominação “polpa”, seguida do nome da fruta, além
da data de fabricação, prazo de validade e outros dados de rotulagem exigidos pela legislação
brasileira. Detalhes da rotulagem estão descritos no Capítulo VIII.
Congelamento
É uma operação que deve ser realizada no menor espaço de tempo possível, pois, quanto mais
rápido for o congelamento, maior será a retenção das características originais da fruta, ou seja,
26 melhor será a qualidade do produto final. Nessa etapa, será utilizado armário próprio para
congelamento (câmara fria), com circulação de ar frio.
Armazenamento
A polpa é mantida congelada até o momento de seu consumo. A temperatura recomendada para
seu armazenamento, em câmaras frigoríficas, varia de -18°C a -22°C. Nessa etapa também deve ser
observada a quantidade de produto no interior da câmara frigorífica, para que não seja excessiva e
permita uma boa circulação do ar entre as paredes da câmara e entre as embalagens. É importante
que não se quebre a cadeia de frio durante todo o tempo de distribuição e venda do produto, a fim
de garantir que a qualidade seja mantida.
V. Equipamentos e Utensílios Necessários
Nesse projeto de referência, estão detalhados os equipamentos e os utensílios necessários para 29
o processamento diário de 500Kg de polpas de frutas.
Dosador semiautomático em aço Inox AISI 304, com motor redutor de 1/2CV, monofásico, 2 Baldes com capacidade de 15L, com alças e construído de aço Inox 30.
com chave elétrica e com três velocidades de dosagem. Para dosagem de 50 a 500g;
30 5 Bandejas para acondicionamento dos saquinhos de polpas, com dimensões externas: 31
Balança eletrônica para aferição do produto dosado. Capacidade: de 0Kg até 3Kg, divisão de comprimento: 50 - 70cm / largura: 40 - 60cm / altura: 20 - 40cm.
1g, carga min. 20g, tara máx. 3Kg. Potência: 20W.
12 Pallets de polipropileno de 1,00 x 1,00 x 0,07m.
Seladora de pedal para selagem de saquinhos, alimentada por tensão monofásica de 110 ou
220V. Potência: 200W. 5 Caixas plásticas de 20 a 40 litros.
1 Mesa de apoio totalmente construída em aço Inox AISI 304, medindo 2,00 x 1,00 x 0,90m.
Os CCPs não podem ser localizados em áreas próximas a lixões ou empresas com atividades
tóxicas ao solo e à atmosfera, como criação de animais, exploração e beneficiamento de minérios,
produtos químicos, mineração, entre outros. Por outro lado, é essencial que as agroindústrias se
situem em localidades com abundância de água própria para o processamento (atendendo aos Como fazer o abastecimento de água do CCP?
requisitos físico-químicos e microbiológicos da Portaria MS nº 2194/2011). Localidades com água
salobra ou com alto teor de sais minerais não são ideais para a instalação do CCP, embora não A água participa de todos os processos relacionados à produção de alimentos, sendo utilizada
sejam totalmente inadequadas. Existem processos físicos e químicos para o tratamento desses tipos para lavagem de matérias-primas, para higienização de equipamentos e instalações e para a
de água, mas que são caros para instalação e exigem manutenção contínua e pouco econômica. formulação de produtos acabados. É um item fundamental no processamento de alimentos.
Embora grande parte das áreas rurais seja propícia ao fornecimento de água, o processo de
A área do entorno do CCP deve ser cercada com alambrado composto de mourões retos de 230 captação de água, mesmo em poços artesianos profundos, pode contaminá-la com alguns
x 8,5 x 7cm, enterrados em profundidade de 50cm no solo e dispostos a cada 2m, e de telas de microrganismos presentes no solo. Por esse motivo, a água precisa sofrer alguns tratamentos
aço galvanizado de malha 2,5 polegadas com arame nº 12 BWG (2,7mm), formando uma cerca simples para abastecer o reservatório do CCP e não causar contaminação ao produto proces-
de 1,80m de altura, que deve ficar a uma distância de, no mínimo, 3m das paredes externas da sado, conforme mostraremos a seguir:
edificação do CCP. Esse alambrado tem por finalidade impedir a entrada de animais que circulem no
entorno do CCP. A área interna da cerca deve ser revestida de grama para minimizar a possibilidade Filtragem: esse processo é realizado por meio da instalação de uma bomba centrífuga e um filtro
de poeira do solo em caso de ventos. de areia para retenção de areia, argila e outras substâncias orgânicas em suspensão, logo após uma
bomba centrífuga, ambos com capacidade de 2.000L/h;
Cloração da água: esse processo consiste na adição de cloro à água captada e filtrada na concen-
tração de 2ppm (partes por milhão), por meio de um dosador automático. O cloro deve ser
34 dosado a partir de uma solução de hipoclorito de sódio. O dosador, que é ligado em paralelo com
35
a bomba de captação de água, é ajustado para dosar 80ml ou 40ml da solução de hipoclorito de
sódio (a 5% ou 10%, respectivamente) na água que entra no reservatório.
Esse sistema é muito eficiente, pois, sempre que a bomba for ligada para captar água do poço, o
dosador de cloro também inicia a dosagem automática, dispensando qualquer controle manual.
Entretanto, é importante que, a cada semana, o dosador seja conferido e, se necessário, ajustado.
O reservatório de água deverá ser instalado a uma altura mínima de 4m em relação ao nível do
piso do CCP, para proporcionar uma pressão necessária às atividades de limpeza e sanitização. A
capacidade total do sistema de armazenagem de água deverá ser de 4.500 litros (podendo ser três
reservatórios de 1.500 litros) para suprir as necessidades do CCP. A limpeza do reservatório deverá
ocorrer periodicamente, a cada seis meses. Para garantir a manutenção do volume de água no
reservatório, deverá ser instalada uma bomba controlada automaticamente por uma boia de nível.
Apresentamos a seguir um esquema que irá ajudar você a compreender essa estrutura.
36 Desenho Esquemático do Sistema de Filtração e Cloração
Especificações para telhado e cobertura
Estrutura da Cobertura: A cobertura deverá ter uma água, com caibros de madeira bem seca e
sem empenos, dispostos longitudinalmente e transversalmente para formar uma estrutura para a
fixação da cobertura.
Telhas: A cobertura será de telhas em fibras vegetais betuminosas de 6cm de altura. As telhas
serão fixadas por parafusos apropriados, com arruelas e borracha de vedação. As telhas formarão
também os beirais de 50cm de largura em cada lado. Outra opção são as telhas de fibrocimento
sem amianto.
Para baratear o custo de construção da edificação do CCP, sugerimos que, em vez de construir Revestimento cerâmico
Higienização de frutas Cerâmica esmaltada Forro PVC
laje no teto, você use réguas de PVC para o acabamento dos tetos, que garantem um excelente Tinta acrílica
resultado sanitário. Para as paredes, a utilização de revestimentos cerâmicos até 2m de altura Revestimento cerâmico
Estoque de frutas Cerâmica esmaltada Forro PVC
tem também o objetivo de baratear a construção da edificação. Essa opção é ideal, já que os Tinta acrílica
resíduos das atividades realizadas no CCP não costumam se acumular a uma altura superior a
Estoque de embalagens Concreto pintado Tinta acrílica Forro PVC
1,50m.
Câmara fria Concreto isolado Isopainel Isopainel
Em relação ao piso, a opção por um acabamento que permite eficiência na limpeza e média
resistência mecânica e química se deve ao fato de que os processos de higienização das instala- Revestimento cerâmico
38 Área de processamento Cerâmica esmaltada
Tinta acrílica
Forro PVC 39
ções e equipamentos são menos frequentes do que em outros tipos de agroindústrias.
Revestimento cerâmico
Barreira sanitária Cerâmica extrusada Forro PVC
Tinta acrílica
42 43
Condução de águas residuais
Tubulação subterrânea de PVC soldável de DN 50mm para condução exclusiva das águas recolhidas
nas caixas sifonadas;
O sistema deve ser construído de forma a centralizar o recolhimento destas águas residuais em uma
caixa de recepção, externa ao CCP, onde a água poderá ser tratada.
Conduítes
Eletrodutos rígidos de PVC tipo roscável antichamas, no mínimo, DN 20, Classe B, embutidas
A Resolução nº 385/2006 do CONAMA estabelece procedimentos a serem adotados para nos forros de PVC;
44 o licenciamento ambiental de agroindústrias de pequeno porte e baixo potencial de impacto Fixação por abraçadeiras de PVC rígido a cada 2m de distância para se evitar a deformação; 45
ambiental, que pode incluir a necessidade de tratamento de efluentes. Os eletrodutos serão ramificados na vertical na posição de cada um dos equipamentos a
serem alimentados;
Caixas de passagem 4x2 para ligação das tomadas elétricas na altura de 2m em relação ao piso ou
em altura que permita a ligação dos equipamentos com uma folga entre 0,5m e 1,0m;
Os eletrodutos devem ser pintados na cor cinza escuro;
As caixas de passagem devem ter anel de vedação de borracha.
Tomadas e Interruptores:
Tomadas de três pinos com aterramento. As tomadas com tensão elétrica de 220V deverão ser de
10A e as tomadas com tensão de 127V deverão ser de 20A;
Todas as tomadas deverão ser identificadas com a tensão, por meio de um adesivo resistente a água,
colado no canto inferior direito dos espelhos;
Os interruptores para a iluminação deverão seguir as especificações da Norma ABNT;
Tanto as tomadas como os interruptores devem ser instalados em caixas de montagem 4x2 ou 4x4
com embutes para montagem dos conduítes, sobrepostas às paredes a uma altura de 1,10m do piso.
Luminárias:
Plafon simples redondo, em aço, com garras para fixar protetor esférico de plástico na cor branca, Setor do CCP Janelas Portas
com uma lâmpada eletrônica de 25W (fluorescente compacta) de cor branca morna (2.700K).
J1 = Vitrô basculante
Higienização de frutas J2 = Janela de alumínio com P1 = Porta aço
Condutores e sistema de proteção: visor
Devem ser utilizados condutores do tipo “cabinho flexível” e disjuntores instalados em quadro de
distribuição, em local abrigado de umidade e de fácil acesso aos operadores do CCP. O dimensio- Estoque de frutas J3 = Vitrô basculante P2 = Porta de alumínio com visor
namento das instalações elétricas deve levar em consideração toda a carga instalada e, assim como
a sua execução, só deve ser realizada por profissionais capacitados e que observem as Normas J4 = Vitrô basculante
Estoque de embalagens P3 = Porta de alumínio com visor
J5 = Janela de aço (óculo)
Técnicas Brasileiras pertinentes.
Com exceção das portas em contato com a área externa do CCP, que devem ser bem seguras, as
Sanitários e vestiários J12 e J13 = Vitrô basculante P9 e P10 = Porta de madeira
portas internas entre as áreas do CCP servem somente para dividir os setores. Não recomendamos
a instalação de portas entre áreas que devem ter separação física, mas não necessitam de barreira
(porta), pois isso reduz o valor final da construção e promove um fluxo de trabalho mais eficiente. Sala de materiais de limpeza J14 e J15 = Vitrô basculante P11 = Porta de madeira
A tabela a seguir resume as especificações das sugestões para as esquadrias. Elas estão
Box de sanitários e chuveiros J16 e J17 = Vitrô basculante P12 a P15 = Alumínio / acrílico
acompanhadas dos códigos das legendas presentes na planta que apresenta a sugestão de
arrumação, que você encontrará no final desse capítulo.
Especificação técnica das esquadrias sugeridas Portas
Janelas
Porta de madeira: Portas e batentes de madeira maciça com 3cm de espessura, perfeitamente
ajustados e acabados com pintura com duas demãos de tinta acrílica semibrilho de cor branca ou
Esquadria de alumínio anodizado, com encaixe perfeito no tamanho do vão estabelecido na planta
palha. As fechaduras são do tipo comercial e com trinco de 4 voltas para garantir segurança. As
sugerida, composto de três folhas sobrepostas, sendo uma fixa inferior e duas basculantes;
portas são ajustadas aos batentes por meio de dobradiças de latão.
Para vedação de vãos com comprimento acima de 1,50m haverá a necessidade de dois conjuntos de
básculas, sendo cada uma com comprimento igual à metade do comprimento do vão; Portão em grade de aço: Portão em grade de aço carbono base zarcão com malhas de 1,5cm
estruturadas por meio de soldas em tubos de aço carbono de 1,5 polegadas de diâmetro, formada
As folhas são preenchidas com vidro comum incolor canelado ou pontilhado de 4mm para esquadrias por duas folhas de abertura simples e com acabamento em pintura em esmalte sintético com três
com comprimentos de até 0,80m e de 6mm para esquadrias com comprimentos de até 1,50m; demãos na cor cinza claro. O fechamento da porta é por meio de cadeado de 6cm de base.
Os vidros devem ser vedados com plástico específico para tal; Alumínio / acrílico: Portas para fechamento de sanitários e boxes construídos por 2 folhas
estruturadas por meio de perfis de alumínio anodizado, sendo cada folha preenchida com acrílico
A instalação do vitrô deve facear perfeitamente a parede interna; pontilhado e de cor branca.
48 O beiral resultante na parte externa deve ter um caimento de 30° para prevenir o acúmulo de água de Porta de alumínio com visor: A porta e a guarnição têm suas estruturas construídas de esquadrias 49
chuva/lavagem; de alumínio com perfil 25 e dividida em duas folhas na altura de 1,50m a partir de sua base. Na
folha inferior, a porta conta com acabamento em lambri vertical de alumínio com pintura eletros-
O mecanismo para movimentação das básculas é do mesmo material das esquadrias e deverá estar
tática branca. Na folha superior, a porta contém visor de vidro temperado de 6mm incolor e liso
numa altura entre 150cm e 180cm do piso, preso à parede com parafusos de aço inoxidável;
esquadrado nos perfis de alumínio e vedados com borracha para permitir comunicação visual. As
Em áreas litorâneas, ou com forte tendência à corrosão, é necessário isolar o contato entre o parafuso
dobradiças são de mola de ação simples e construídas em aço inoxidável. O puxador é disposto
e o suporte do mecanismo, inserindo um anel de borracha para evitar a corrosão; somente de um lado da porta e construído de alumínio com pintura eletrostática de cor branca. A
porta não tem trinco.
Todos os vitrôs basculantes devem ser protegidos na parte externa por uma tela plástica para evitar a
entrada de insetos voadores e outras pragas; Porta frigorífica: Porta giratória de abertura manual, com fixação sobreposta em painel termoiso-
lante, com dobradiças, engate e alavancas de aço inoxidável. As portas são fabricadas com folhas
As telas plásticas devem estar dispostas em uma estrutura de perfis de alumínio anodizado em forma construídas em painéis termoisolantes compostos de núcleo de poliestireno expandido de 200mm
de caixa, cujas dimensões sejam 10cm a mais que as dimensões dos vitrôs instalados e com uma e são revestidas com chapas de aço galvanizado e pré-pintadas com tinta epóxi na cor branca.
profundidade 20cm para permitir a sua abertura. Os perfis devem ser instalados com parafusos
borboleta, ou outro mecanismo de fácil retirada, para facilitar e viabilizar a manutenção e limpeza dos
vitrôs e beirais externos resultantes.
Porta frigorífica de correr: Porta de correr com abertura manual e fixação sobreposta em painel
termoisolante, com trilhos, engate e alavancas de aço inoxidável. As portas são fabricadas com folhas
construídas em painéis termoisolantes compostos de núcleo de poliestireno expandido de 200mm e
são revestidas com chapas de aço galvanizado e pré-pintadas com tinta epóxi na cor branca.
Nossa proposta de arrumação, em conjunto com as especificações técnicas dos materiais a serem
aplicados nos pisos, paredes e tetos e as demais recomendações para construção civil, atende aos
requisitos da legislação sanitária federal.
As propostas de arrumação dos equipamentos do CCP e o fluxo dos produtos nos processos de
beneficiamento contemplam duas opções de arranjo. Embora ambas atendam às legislações sanitárias
federais em vigor, em alguns estados há recomendação para a fiscalização exigir que a área de serviço
fique em edificação isolada. Assim sendo, você deve verificar o que é recomendado para a sua região,
consultando previamente o serviço de vigilância sanitária responsável em sua localidade.
54
As propostas de arrumação dos equipamentos do CCP e o fluxo dos produtos nos processos de
beneficiamento contemplam duas opções de arranjo. Embora ambas atendam às legislações sanitárias
federais em vigor, em alguns estados há recomendação para a fiscalização exigir que a área de serviço
fique em edificação isolada. Assim sendo, você deve verificar o que é recomendado para a sua região,
consultando previamente o serviço de vigilância sanitária responsável em sua localidade.
VII. Higiene de Pessoal e Limpeza das Instalações
55
Higiene Pessoal
O CCP é dotado de lavatórios nas áreas de entrada (barreira sanitária) e de processamento. Assim,
todos os funcionários envolvidos nos processos devem lavar as mãos sempre no início de uma
atividade, quando trocar de atividades (após a manipulação dos produtos químicos, após utilização
do sanitário, entre outras) e quando as mãos estiverem sujas. Para uma higienização eficaz, os
operadores do CCP devem seguir as seguintes etapas:
Molhar as mãos (pré-enxague);
Passar sabão pelas mãos e lavá-las uma contra a outra, dando especial enfoque às partes entre os
dedos e nas linhas existentes nas palmas. Nessa etapa é importante, ao menos uma vez ao dia, no
início das atividades, a limpeza das unhas com a utilização de uma escova própria em movimentos de
vai e vem, com bastante leveza para não ferir as partes internas das unhas;
Enxaguar com bastante água até a total retirada do sabão;
Secar as mãos com papel toalha branco (não reciclado);
Passar uma solução de álcool-gel a 70% p/v.
O uso de luvas não é indicado, uma vez que ela pode causar a falsa impressão de que também não de acordo com as instruções do fabricante constantes na rotulagem do produto em água potável).
precisa ser limpa. Além disso, a luva pode provocar suor e perda de tato. Entretanto, se o operador Após a esfregação, enxaguar todas as partes com bastante água;
do CCP estiver com ferimentos nas mãos e não puder ser substituído, o uso de luvas é recomen-
dado e necessário. Nessa condição, deve haver o monitoramento da troca da luva a cada parada Etapa 3: Desinfecção
de atividade ou quando manipular caixas, utensílios para limpeza ou outra atividade que possa Essa etapa pode ser realizada por contato por escoamento, imersão e/ou aspersão das partes
contaminar o produto. As luvas descartáveis não podem ser higienizadas. com uma solução a temperatura ambiente de hipoclorito de sódio a 100pmm (para imersão) ou
200ppm (para aspersão). Para o preparo da solução, deve-se diluir 500ml de solução a 10% p/v
Todos os funcionários envolvidos no processamento de alimentos devem vestir botas plásticas de hipoclorito de sódio em 500L de água potável, corrigindo o valor de pH para uma faixa entre
totalmente fechadas e impermeáveis, gorro, camisa e calça sem bolsos e aventais, todos de cor 6 e 7,5 com a adição de ácido muriático. Os materiais imersos ou aspergidos devem permanecer
clara, preferencialmente branca. É necessário retirar pulseiras, brincos, anéis, alianças, colares, em contato com essa solução por 15 minutos. Após o período de contato, enxaguar todas as
esmalte de unha e batom antes de iniciar as atividades no CCP. partes com bastante água. Essa etapa tem por objetivo reduzir significativamente o número de
microrganismos deteriorantes e eliminar os patogênicos.
Como normas de comportamento pessoal, fumar, As janelas, portas e fechaduras/puxadores de alumínio não devem ter contato direto com nenhum
mascar chicletes e comer alimentos são práticas desses sanitizantes, embora sejam resistentes a respingos. Para a sua limpeza, deve-se esfregar
com detergente líquido concentrado e neutro com auxílio de uma esponja ou escova de cerdas
proibidas durante as atividades no CCP.
56 macias e enxaguar com bastante água. 57
Limpeza e sanitização de instalações
(equipamentos, utensílios e acabamentos)
Devido à sua toxidez e propriedades ácidas ou alcalinas, a manipulação de produtos
Existe uma sequência lógica de limpeza das instalações do CCP, composta de quatro etapas: químicos e de limpeza necessita de cuidados especiais. Só deve ser realizada por pessoa
capacitada e devidamente paramentada com equipamentos de proteção individual,
Etapa 1: Pré-lavagem principalmente, botas, luvas, óculos e máscara facial.
Nessa etapa, é feito o pré-enxágue de todos os equipamentos e utensílios, incluindo as
paredes, pisos e tetos com água potável, preferencialmente à temperatura de aproxima-
damente 40°C. Essa etapa tem por objetivo retirar as sujeiras grandes, visíveis e é respon-
sável pela remoção de cerca de 90% de toda a matéria orgânica residual;
Método de
Instalação Frequência
limpeza
Tanques de processo,
Etapas 1, 2 e 3 - sempre após o uso
utensílios e equipamentos Esfregação
Etapa 3 - sempre antes do uso
desmontados
58
Janelas Esfregação Etapas 1 a 3 - quinzenalmente
Rotulagem Geral
Rotulagem Nutricional
“Claims”: Informações nutricionais complementares
As regras para a rotulagem são definidas pelas diversas legislações que abordam o tema, entre as
quais destacamos:
Regulamento Técnico Metrológico, Estabelecendo a Forma de Expressar o Conteúdo Líquido a ser Utilizado
nos Produtos Pré-Medidos.
Portaria INMETRO n.º 157, de 19 de agosto de 2002
Declaração de Glúten
Obriga que os produtos alimentícios comercializados informem sobre a presença de glúten, como medida
preventiva e de controle da doença celíaca.
Lei 10.064, de 16 de Maio de 2003
Menor ou igual a 50 2 Pode-se utilizar um código chave, que deve estar à disposição da autoridade competente e constar
da documentação comercial quando ocorrer o intercâmbio entre os países, ou a data de fabri-
64 Maior que 50 e menor ou igual a 200 3
cação, de embalagem ou de prazo de validade, dia e o mês ou o mês e o ano, nessa ordem. 65
Prazo de validade
O prazo de validade deve ser declarado por meio de uma das seguintes expressões:
Maior que 200 e menor ou igual a 1000 4
"consumir antes de..."
"válido até...” "validade...” "val:..."
Maior que 1000 6 "vence...” "vencimento...” "vto:..." "venc:...."
"consumir preferencialmente antes de..."
O prazo de validade deve constar de pelo menos:
o dia e o mês - prazo não superior a três meses;
Os símbolos ou denominações metrológicas das unidades de medidas (SI) deverão figurar com o mês e o ano - prazo superior a três meses;
uma relação mínima de dois terços (2/3) da altura do número. se o mês de vencimento for dezembro, basta indicar o ano, com a expressão "fim de...." (ano);
Exemplificando:
Devem ser expressos, em ordem numérica não codificada. O mês pode ser indicado por meio das
60 g três primeiras letras.
Instruções sobre o preparo e uso do alimento, quando necessário Unidades Utilizadas na Rotulagem Nutricional
Quando necessário, o rótulo deve conter as instruções sobre o modo apropriado de uso, por Porção: gramas(g), mililitros (ml) e medidas caseiras
exemplo, a reconstituição, o descongelamento ou o tratamento que deve ser dado pelo consu- Valor energético: quilocalorias ( Kcal ) e quilojoules ( KJ)
midor para o uso correto do produto. Proteínas: gramas (g)
Carboidratos: gramas (g)
Rotulagem Facultativa Gorduras: gramas (g)
Fibra alimentar: gramas (g)
Como observação, é importante lembrar que parte da rotulagem é facultativa. Você pode incluir
Sódio: miligramas (mg)
informações adicionais, desde que não contrariem ao disposto na rotulagem obrigatória. Por
Colesterol: miligramas (mg)
exemplo, pode haver qualquer informação ou representação gráfica, sempre que não estejam
Vitaminas: miligramas (mg) ou microgramas (µg)
em contradição com os requisitos obrigatórios.
Minerais: miligramas (mg) ou microgramas (µg)
Denominação de Qualidade, somente de um Regulamento Técnico específico devendo ser
facilmente compreensíveis e de forma alguma levar o consumidor a equívocos ou enganos.
Declaração de valor energético e nutrientes
A quantidade do valor energético e dos seguintes nutrientes:
Declaração de Glúten Carboidratos;
Os produtos alimentícios contendo ou não ingredientes como trigo, aveia, centeio, malte, Proteínas;
cevada e seus derivados deverá constar no rótulo as inscrições "contém Glúten" ou "não contém Gorduras totais;
66 Glúten", conforme o caso, em caracteres com destaque, nítidos e de fácil leitura. Lei 10.064, de Gorduras saturadas; 67
16 de Maio de 2003. Gorduras trans;
Fibra alimentar;
Sódio.
Rotulagem nutricional obrigatória de alimentos e bebidas embalados
Apresentação da Rotulagem Nutricional
Rotulagem Nutricional é uma descrição destinada a informar ao consumidor sobre as proprie- A disposição, o realce e a ordem devem seguir os modelos apresentados. Deve aparecer agrupada
dades nutricionais de um alimento, por exemplo: declaração do conteúdo do valor calórico, de em um mesmo lugar, estruturada em forma de tabela, com os valores e as unidades em colunas.
fibras alimentares e de nutrientes no rótulo. Se o espaço não for suficiente, pode ser utilizada a forma linear, conforme modelos a seguir.
Modelo Vertical A
A informação nutricional será expressa como "zero", "0" ou "não contém" quando o alimento
contiver quantidades menores ou iguais às estabelecidas como não significativas.
Caso os valores de carboidratos, proteínas, gorduras totais, fibra alimentar, sejam menores ou
iguais a 0,5g na porção, fica facultado utilizar a expressão “não contém quantidades significa-
tivas de ......”. Para a declaração de gorduras saturadas e gorduras trans, pode-se proceder da
mesma forma, utilizando essa expressão para valores menores que 0,2g na porção.
68 69
Modelo Vertical B
Os resultados podem ser apresentados no Modelo Vertical B. O Modelo linear pode ser utilizado
apenas se o rótulo não apresentar espaço suficiente para a apresentação nos modelos citados A e B.
70
IX. Conclusão
Como destacamos inicialmente, esse fascículo foi elaborado com base em trabalho desenvolvido
por pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos, com a intenção de oferecer um projeto 73
de referência para um Centro Comunitário de Produção com capacidade diária para processar e
congelar 500Kg de polpas de frutas.
Vários aspectos que podem impactar no melhor funcionamento de uma unidade desse tipo não
foram aqui contemplados, por serem específicos de cada região e de cada grupo de produtores.
Aos grupos de produtores que desejarem implantar um CCP como esse, recomendamos que
consultem o técnico em assistência técnica e extensão rural que atende à comunidade, a fim de
que ele possa adequar e enriquecer esse projeto de acordo com as particularidades da região e as
condições de produção e comercialização existentes.
O texto original elaborado pela Embrapa Agroindústria de Alimentos para as Centrais Elétricas
Brasileiras S.A. – Eletrobras, na esteira do Projeto de Cooperação Técnica com o IICA- Instituto
Interamericano de Cooperação para a Agricultura, está disponível em:
https://www.eletrobras.com/ccp