Momentos de inércia de massas
Partícula
r
I = mr 2
m
Definição
O momento de inércia de massa em relação a um eixo, expressa o grau de
dificuldade em se alterar o estado de movimento de um corpo em rotação (ou em
se iniciar este movimento). Quanto maior for o momento de inércia de um corpo,
mais difícil será fazê-lo rodar ou alterar sua rotação.
Contribui mais para o aumento do valor do momento de inércia a porção de massa
que está afastada do eixo de rotação.
Sua unidade SI é quilograma vezes metro ao quadrado (kg·m²).
O momento de inércia de massa também pode ser chamado inércia rotacional ou
momento polar de inércia. Representa uma medida da inércia do sistema.
Disciplina DCR, Z. Dimitrovová, DEC/FCT/UNL, 2016
Corpos
Assume-se:
1. distribuição uniforme da massa (densidade constante)
2. composição por objectos elementares: paralelepípedos ou cilindros (semi
ou quarto)
Cálculo de valores
Podem se calcular valores geométricos e depois substituir o volume pela massa
L
h x
Paralelepípedo
b
bh ( b 2 + h 2 )
1
Rectângulo: o momento polar de inércia Ip =
12
x=L x=L
I x = I p dx = bh ( b + h ) dx = bhL ( b + h ) = m ( b 2 + h 2 )
1 2 2 1 2 2 1
x =0
12 x =0
12 12
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L
r x
Cilindro: eixo longitudinal
1 4
Círculo: o momento polar de inércia Ip = r
2
x= L x=L
1 4 1 4 1 2
I x = I p dx = r dx = r L = mr
x =0
2 x =0
2 2
Semicilindro: eixo longitudinal
1 4
Semicírculo, o momento polar de inércia (não central) Ip = r p
4
L r
x= L x=L
1 4 1 4 1 2
x I x = I p dx = r dx = r L = mr
x =0
4 x =0
4 2
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Quarto-cilindro: eixo longitudinal
1 4
Quarto-círculo, o momento polar de inércia (não central) Ip = r p
8
L r
x=L x=L
1 4 1 4 1 2
x I x = I p dx = r dx = r L = mr
x =0
8 x =0
8 2
Provou-se que o valor tabelado não se altera. Para um cilindro, semi- ou
quarto-cilindro mantem-se igual, porque a redução do valor geométrico
reflecte-se na redução da massa do objecto.
No entanto, o eixo em relação a qual o valor é apresentado, perde a
propriedade de ser um eixo central para um semi- ou quarto-cilindro.
Utilização do teorema de Steiner (teorema dos eixos paralelos)
Recorda-se que os momentos de inércia centrais representam os mínimos
dos valores possíveis, isso ajuda na determinação do sinal do complemento
do teorema de Steiner
Recorda-se que para a utilização correcta do teorema de Steiner, um dos
eixos envolvidos tem que ser central
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Caso 3
Caso 1 Caso 2
D D d D
h C h C h
T d d
b T b T b
Pretende-se calcular o valor do momento de inércia em relação ao eixo
cuja projecção visualiza-se como D (eixo desejado)
A letra T representa a projecção do eixo cujo valor é conhecido (eixo
tabelado) 4r
A letra C representa a projecção do eixo central, afastado do T pelo d =
3
I D = IT + m ( b + h ) = mr + m ( b 2 + h 2 )
2 1 2
2
Caso 1
2
ID =
1 2
2
(
mr − md 2 + m b 2 + ( h − d )
2
) Caso 2
2
2 2
(
I D = mr − m ( d + d ) + m ( b + d ) + ( h − d )
1 2 2 2
) Caso 3
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L
r
x Cilindro: eixo transversal (ou radial)
t
plano transversal
x = L /2 x = L /2
1 1
I p1 =
x =− L /2
r 2 x 2 dx = r 2 2
x =0
x 2 dx =
12
r 2 L3 = mL2
12
plano longitudinal
x=L
1 4 1 4 1 2
I p 2 = r dx = r L = mr
4 x =0
4 4
1
12
1
4
1
I t = I p1 + I p 2 = mL2 + mr 2 = m L2 + 3r 2
12
( )
Tal como o valor em relação ao eixo longitudinal, este valor também não se
altera para semi- ou quarto-cilindro, no entanto, é necessário ter o mesmo
cuidado na utilização do teorema de Steiner
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Simplificações Raio de giração
quando uma ou mais dimensões são desprezáveis I
k=
placa
m
espessura t é desprezável
L
I x = m ( L + t ) mL2
1 2 2 1
b 12 12
x
barra é indiferente considerar cilindro de raio r ou paralelepípedo de
dimensões da secção transversal a e b desprezáveis
I x = m ( L + 3r ) mL2
1 2 2 1
12 12
I x = m ( L + a ) mL2
L 1 2 2 1
x x 12 12
a diferença das inércias está incluída no valor de massa
2
1 L 1
Ix = mL2 + m = mL2 valor de utilização frequente
12 2 3
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