1
UFCD 9887
Extinção de Incêndios Rurais
Iniciação
Sessão 9887-S3 (1)
Manobras de Extinção
3 (1) 2
Manobras de extinção
• Agentes extintores;
• Fases de combate;
• Principais técnicas de extinção.
60 min.
Copyright © 2019 ENB
USO EXCLUSIVO DA ESCOLA NACIONAL DE BOMBEIROS
1
Após a conclusão da sessão, os formandos devem: 3
• Identificar os agentes extintores utilizados para a
supressão dos incêndios rurais;
• Descrever a forma de atuação da água, da terra e
dos retardantes de curta e longa duração sobre
o fogo;
• Distinguir as diferentes técnicas para poupar água;
• Descrever as principais formas de aplicação do
material de sapador; 3
• Distinguir as diferentes fases de combate aos incêndios
rurais;
• Identificar e descrever as principais técnicas de extinção;
• Diferenciar os diferentes métodos de ataque.
Agentes extintores
4
Água;
Retardantes de curta duração;
Retardantes de longa duração;
Terra.
2
Agentes extintores
5
Água
• A água atua principalmente por arrefecimento, mas também por
abafamento (bloqueadora do oxigénio) e limitação da radiação;
• É um meio eficaz e rápido no domínio de linhas de chamas;
• Existe disponível em quase todos os lados;
• Tem um baixo nível de reatividade e corrosividade;
…
Agentes extintores
6
Água
…
• Em jato, permite alcançar chamas a maiores distâncias;
• Pulverizada, tem menor alcance mas maior poder de
arrefecimento, uma vez que absorve maior quantidade de calor e
o calor é absorvido com maior velocidade;
• A sua utilização deve ser cuidada, de modo a ser rentabilizada ao
máximo.
Jato
Cone de ataque
Cortina de proteção
3
Agentes extintores
7
Água
Princípio de Ativação
• Diminui a temperatura
(arrefecimento);
• Diminui a percentagem de
oxigénio na combustão
(abafamento).
Princípio de Aplicação
• Em jato permite o combate à
distância e facilita a aproximação;
• Em cone de ataque há uma maior
capacidade de extinção e garante
alguma proteção ao bombeiro.
Agentes extintores
8
Água
Pode ser insuficiente para
extinguir o incêndio, pelo que
deve ser complementada
com a abertura de faixas
limpas de combustível
(vegetação), através de
ferramentas manuais ou
máquinas.
4
Agentes extintores
9
Retardantes
Classificação dos retardantes:
• Curta duração (RCD - espumíferos);
• Longa duração (RLD - caldas).
Princípio de funcionamento:
• Reduzem a evaporação;
RCD
• Diminuem o efeito de escorrimento;
• Permitem melhor fixação da água aos combustíveis.
• Atuam sobre a reação em cadeia;
• Diminuem a formação de gases;
RLD
• Permitem grande fixação aos combustíveis;
• Arrefecem e abafam;
• O efeito de extinção prolonga-se para além da evaporação da
água.
Agentes extintores
10
Retardantes
Podem adicionar-se retardantes à
água para melhorar a sua eficácia.
• Curta duração (ex. espumífero):
– Reduzem a evaporação e o
escorrimento da água,
permitindo-lhe uma melhor
fixação;
– Normalmente mantêm-se durante
30 minutos, enquanto a água não
evapora.
5
Agentes extintores
11
Retardantes
• Longa duração (ex. caldas):
– Decompõem-se pelo calor, inibindo
a emanação de gases;
– O seu efeito prolonga-se no
tempo, muito para além da
evaporação da água;
– São, geralmente aplicadas pelos
meios aéreos em combate direto
ou na construção de faixas de
contenção (químicas).
Agentes extintores
12
Terra ou areia
• A sua utilização é específica para determinadas situações;
• São necessárias grandes quantidades de terra ou areia para extinguir
uma linha de chamas;
• A terra extingue, essencialmente, por abafamento;
• Contribui, ainda, para diminuir a temperatura no ambiente de fogo.
6
Agentes extintores
13
Terra
• A terra pode ser utilizada para:
– Trabalhar junto à linha de chamas, desde que as
condições o permitam;
– Atacar focos de incêndio em locais de difícil acesso para
pessoal, veículos e equipamentos.
Agentes extintores
14
Terra
• Quando é arremessada para arbustos e árvores, produz
um choque que é suficiente para suprimir, por instantes,
o oxigénio (comburente).
7
Fases de combate
15
As operações de combate de um incêndio desenvolvem-se,
sequencialmente, através das seguintes fases:
− Reconhecimento;
− Salvamentos;
− Estabelecimento dos meios de ação;
− Ataque;
− Rescaldo;
− Vigilância.
Fases de combate
16
As fases devem ser seguidas em qualquer operação de combate.
Reconhecimento
• Começa no momento do alerta e prossegue durante o percurso
para o incêndio e à chegada ao local.
8
Fases de combate
17
Salvamentos
• O salvamento de pessoas, dos seus bens e de animais é uma
missão prioritária;
• É importante verificar a direção do incêndio e proceder às
necessárias evacuações ou salvamentos;
• Proteger vidas e bens ameaçados.
Fases de combate
18
Estabelecimento dos meios de ação
• Distribuem-se os meios e equipamentos no terreno;
• Podem existir alterações consoante o desenvolvimento do incêndio
ou a chegada de novos meios.
9
Fases de combate
19
Ataque
• Supressão do incêndio, tendo sempre como prioridade a
proteção de vidas (pessoas e animais) e a extinção das
linhas de chamas com eficácia;
• Minimizar estragos produzidos;
• Evitar reativações.
Fases de combate
20
Rescaldo
• A fase de rescaldo constitui uma parte integrante do combate aos
incêndios rurais, sendo mesmo uma das mais importantes;
• O rescaldo destina-se a assegurar que se elimina toda a combustão na
área ardida ou que, pelo menos, o material ainda em combustão está
devidamente isolado e não constitui perigo.
10
Fases de combate
21
Vigilância
• Consiste na observação da zona do incêndio, para verificar da, eventual
existência de pontos em combustão e, sendo o caso, atuar de imediato;
• É executada por pessoal e equipamento que se mantêm no local, após
o rescaldo;
• Toda a área do incêndio deve ser patrulhada permanentemente;
• Nos grandes incêndios pode prolongar-se por vários dias.
Principais técnicas de extinção
22
Formas de extinção (retirar um dos lados do triângulo)
• Redução do calor (arrefecimento)
• Diminuição do oxigénio (abafamento)
• Eliminação de combustíveis (carência)
11
Principais técnicas de extinção
23
Redução do calor (arrefecimento)
• Para diminuir a temperatura, deve-se arrefecer o combustível
com água;
• Também se pode atuar dispersando o combustível (evitando o
pré-aquecimento por efeito da radiação).
Principais técnicas de extinção
24
Diminuição do oxigénio (abafamento)
• Atuação sobre o comburente (oxigénio) pela deslocação deste, evitando o
seu contacto com o combustível através do uso de batedores/abafadores,
terra ou de produtos químicos.
12
Principais técnicas de extinção
25
Eliminação de combustíveis (carência)
• Extinção através da eliminação de combustível até ao solo mineral,
utilizando ferramentas, ou queimando o combustível disponível,
utilizando fogo de supressão.
Principais técnicas de extinção
26
No ataque inicial a um incêndio florestal para evitar o seu
desenvolvimento, é fundamental:
− Impedir a progressão livre da frente do incêndio;
− Atacar os flancos para reduzir a cabeça do incêndio.
13
Principais técnicas de extinção
27
Regras gerais para o sucesso na extinção:
− Atuação rápida e firme, sem perdas de tempo, sempre com
segurança;
− Evitar que o incêndio se separe em várias frentes;
− Compreender o comportamento do incêndio para o poder
dominar.
Principais técnicas de extinção
28
Métodos de ataque
São três os métodos de ataque de incêndios florestais:
− Ataque direto;
− Ataque indireto;
− Ataque combinado.
14
Principais técnicas de extinção
29
Método de ataque direto
Consiste no ataque direto à base das chamas, suprimindo-as ou
retardando o seu avanço, atacando diretamente com meios terrestres
e/ou aéreos:
− Se for possível e seguro, na cabeça do incêndio para impedir o seu
desenvolvimento;
− Caso contrário, inicia-se o ataque da retaguarda, pelos flancos, em
direção à cabeça, visando dominar e extinguir a frente do incêndio.
Principais técnicas de extinção
30
Método de ataque direto
Este método utiliza-se em incêndios de pequenas proporções
e normalmente nos flancos ou na retaguarda de um grande
incêndio.
15
Principais técnicas de extinção
31
Método de ataque direto
Utilização de água:
• Na grande maioria das situações,
o método de ataque direto é feito
com recurso a água a partir de
veículos;
• Esta manobra pode ser efetuada
com lanços de mangueira
previamente montados no
carretel, ou então com lanços de
mangueira que vão sendo
adicionados à medida que são
necessários;
Principais técnicas de extinção
32
Método de ataque direto
Utilização de água:
• Deve-se garantir a extinção das
chamas antes de progredir, pois a
extinção incompleta, além de potenciar
problemas de segurança, pode
potenciar reativações/reacendimentos;
• É importante ter noção que existem
perdas de carga nas linhas de
mangueira, motivadas pelo trabalho a
longas distâncias do veículo, mas
também pelo desnível entre a linha de
mangueira e o veículo.
16
Principais técnicas de extinção
33
Método de ataque direto
Utilização de água:
• Se se tratar de uma árvore ou tronco a arder, a água deve ser
inicialmente apontada para a base, extinguindo a chama, e depois
subir ao longo do tronco;
Principais técnicas de extinção
34
Método de ataque direto
Utilização de água:
• Caso exista manta morta, a água deve ser utilizada de forma a transpor
com mais ou menos profundidade, em função da necessidade.
17
Principais técnicas de extinção
35
Método de ataque indireto
Destina-se a travar a progressão das chamas, quando não é possível o
ataque direto, tentando conter o incêndio numa determinada área que
poderá ser delimitada por faixas de contenção (descontinuidade do
combustível).
Principais técnicas de extinção
36
Método de ataque indireto
− Normalmente, para deter o avanço de um grande incêndio, em
particular de uma frente principal, emprega-se este método.
Método indireto com Método indireto com Método indireto com
recurso à construção recurso à construção de recurso ao fogo de
de faixas de faixas de contenção com supressão.
contenção com material de sapador
máquinas de rasto.
18
Principais técnicas de extinção
37
Método de ataque indireto
As faixas de contenção poderão ser:
− Previamente existentes: estradas, caminhos florestais, aceiros,
afloramentos rochosos, rios, barragens;
Principais técnicas de extinção
38
Método de ataque indireto
As faixas de contenção poderão ser:
− Construídas na altura do incêndio, limpando o terreno de
combustíveis até ao solo mineral;
− Alargadas e consolidadas, cobrindo a vegetação adjacente
com água ou retardantes.
19
Principais técnicas de extinção
39
Método de ataque combinado
O ataque combinado consiste na aplicação simultânea dos
outros dois métodos (ataque direto e ataque indireto) na mesma
parte do incêndio.
Exemplo: utilização de máquinas de rasto para a abertura da
faixa de contenção (ataque indireto) e, ao mesmo tempo,
posicionamento de veículos na faixa para ataque direto.
Principais técnicas de extinção
40
Método de ataque combinado
• A sua utilização depende das condições de progressão e da
disponibilidade de recursos.
20
41
Agentes extintores
Fases de combate
Principais técnicas de extinção
41
42
VERSÃO 1
2019
© TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É estritamente proibida, sem autorização prévia e escrita da ENB, a reprodução total ou parcial dos conteúdos desta obra, por qualquer meio ou procedimento (reprodução,
difusão ou transmissão, utilização, modificação, venda, publicação, distribuição ou qualquer outro), rejeitando a ENB qualquer responsabilidade derivada da utilização não autorizada deste conteúdo por terceiros.
21
