Apostila Completa Irpf 2022
Apostila Completa Irpf 2022
ORIGENS = APLICAÇÕES
▪ Renda Tributável ▪ Compra de Imóvel
▪ Renda Isenta ▪ Compra de Veículo
▪ Renda Imune ▪ Integralização de Capital
▪ Doações Recebidas ▪ Doações Concedidas
▪ Empréstimos Obtidos ▪ Empréstimos Concedidos
▪ Pagamentos de Cartões de Créditos
▪ Pagamentos de Prestações
▪ Envio de Recursos ao Exterior
▪ Compras e Pagamentos Diversos
JAN/21 Transmissão
Salário..... 3.000
(–) IRRF....... 500
(=) Líquido... 2.500
DIRPF
Origem: Aplicação:
Renda Tributável..... 36.000 Automóvel...... R$ 20.000
(–) IRRF......................._ 6.000
(=) Líquido................... 30.000
4 - DOS CONTRIBUINTES
Art. 2º São contribuintes do imposto sobre a renda as pessoas físicas residentes no
Brasil titulares de disponibilidade econômica ou jurídica de renda, assim entendido o produto do
capital, do trabalho ou da combinação de ambos, e de proventos de qualquer natureza.
4.1 - RENDA
É o acréscimo patrimonial que o contribuinte recebe com o fruto (produto) do trabalho,
do capital ou da combinação de ambos.
b) Autônomo: Honorário
c) Empresário: Pró-Labore
b) Empréstimos: Juros
c) Imóvel: Aluguel
4.2 - PROVENTO
É um ganho (acréscimo patrimonial) auferido pelo contribuinte que não se enquadra no
conceito de renda.
b) Pensão alimentícia
c) Indenização trabalhista
5 - RENDIMENTO BRUTO
Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do trabalho ou da combinação
de ambos, os proventos de qualquer natureza e os acréscimos patrimoniais não correspondentes
aos rendimentos declarados.
5.2.1 - EXEMPLOS
a) Os proventos de aposentadoria ou reforma motivadas por acidentes em serviços e
aqueles percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa,
alienação mental, etc.
b) Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês
de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base
no Lucro Real, Presumido ou Arbitrado.
NOTA 1:
a) RENDIMENTOS ISENTOS E NÃO TRIBUTÁVEIS
A lista é exaustiva, previstas nos artigos 5 a 11 da IN RFB 1.500/2014 (RIR/2018,
Art. 35).
NOTA 2:
Por exclusão, os demais rendimentos são classificados como:
6.1 - RETENÇÃO
Quando a pessoa física auferir renda de uma Fonte Pagadora (pessoa jurídica), esta fica
obrigada a reter e recolher o imposto sobre a renda, justificando, assim, a sigla IRRF (imposto
sobre a renda retido na fonte).
NOTA: a Lei reconhece como Fontes Pagadoras, para fins de retenção, somente as pessoas
jurídicas e a elas equiparadas nos termos da legislação do imposto de renda.
A Lei determina que a retenção deve, obrigatoriamente, ocorrer no ato do pagamento ou do
crédito da renda tributável.
EXEMPLO Nº 1
Recolhimento
▪ FISCO
▪ EMPREGADO
Retenção
EXEMPLO Nº 2
▪ FISCO
Imóvel Alugou
RECIBO
Aluguel.............. R$ 5.000,00
(–) IRRF.................. R$ 505,00
Recebeu (=) Líquido.............. R$ 4.495,00
6.2 - CARNÊ-LEÃO
Trata-se da modalidade tributária em que a apuração e recolhimento mensal também são
obrigatórios, mas é o próprio contribuinte pessoa física é quem fica com essa obrigação. Isto
ocorre quando a pessoa física recebe renda paga por uma não Fonte Pagadora, ou seja, de outra
pessoa física.
EXEMPLO
▪ FISCO
Imóvel Alugou
Recibo
Recebeu Aluguel R$ 3.000,00
Cálculo
Renda Tributável Bruta........R$ 3.000,00
(-) Deduções..............................R$ 0,00
(=) Renda Tributável Líquida... R$ 3.000,00
(x) Alíquota................................ 15%
(=) Total .....................................R$ 450,00
(-) Parcela a Deduzir..................R$ 354,80
(=) IR a Pagar..............................R$ 95,20
b) Anual
Base de Cálculo – R$ Alíquota (%) Parcela a Deduzir (R$)
Até 22.847,76 -- --
De 22.847,77 até 33.919,80 7,5 % 1.713,58
De 33.919,81 até 45.012,60 15 % 4.257,57
De 45.012,61 até 55.976,16 22,5 % 7.633,51
Acima de 55.976,16 27,5 % 10.432,32
Dedução de cada dependente: R$ 2.275,08
De 1.100,01 a 2.203,48 9%
1.100,00 5%*
1.100,00 11%**
Atenção:
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas no item 8.4, que
trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
Atenção:
dada pela Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, art. 13 (Instrução Normativa RFB
nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 52, inciso IV);
Atenção:
Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto das contribuições para as
entidades de previdência complementar domiciliadas no Brasil - e as contribuições para o Fapi,
os valores pagos a esse título podem ser considerados para fins de dedução da base de cálculo
sujeita ao imposto mensal, desde que haja anuência da fonte pagadora e que o beneficiário lhe
forneça o original do comprovante de pagamento (Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 52, § 1º).
Atenção:
g) o valor de, R$ 1.903,98, por mês, para os meses de janeiro a dezembro do ano-
calendário de 2021, relativo à parcela isenta de aposentadoria, pensão, transferência
para a reserva remunerada ou reforma, paga pela previdência oficial, ou
complementar, a partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos de idade
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso XV, com redação dada pela
Lei nº 13.149, de 21 de julho de 2015,, art. 2º);
Atenção:
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas no item 8.4, que
trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
NOTA: a comprovação da despesa médica deve ser realizada mediante documento fiscal ou
outra documentação hábil e idônea que contenha, no mínimo:
II- a identificação do responsável pelo pagamento, bem como a do beneficiário caso seja pessoa
diversa daquela;
Atenção:
Atenção:
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas no item 8.4, que
trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
b.7) a soma das parcelas isentas mensais até o valor de R$ 1.903,98, nos meses de
janeiro a dezembro de 2021, relativas à aposentadoria, pensão, transferência para a
reserva remunerada ou reforma, pagas pela previdência oficial, ou complementar, a
partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos (Lei nº 7.713, de 22 de
dezembro de 1988, art. 6º, inciso XV, com redação dada pela Lei nº 13.149, de 21
de julho de 2015, art. 2º; Decreto nº 9.580/2018, – Regulamento do Imposto sobre
a Renda - RIR/2018, art. 76, § 1º);
Atenção:
1- Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto das contribuições a entidades de
previdência complementar e Fundos de Aposentadoria Programada Individual, os valores pagos
a esse título podem ser considerados para fins de dedução da base de cálculo sujeita ao imposto
mensal, desde que haja anuência da fonte pagadora e que o beneficiário lhe forneça o original do
comprovante de pagamento.
5.2- Por sua vez, o valor de contribuição excedente ao limite da aplicação da alíquota de
contribuição do ente público patrocinador, está sujeito ao limite de 12% dos rendimentos
computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na declaração de
rendimentos conjuntamente com eventuais contribuições a outros planos de previdência
complementar.
São dedutíveis da base de cálculo mensal e na declaração de ajuste apenas as importâncias pagas
a título de pensão alimentícia, inclusive a prestação de alimentos provisionais, conforme normas
do Direito de Família, sempre em decorrência de decisão judicial ou acordo homologado
judicialmente ou por escritura pública, a que se refere o art. 1.124-A da Lei nº 5.869, de 11 de
janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.
Não há previsão legal para dedução de importâncias pagas a título de pensão alimentícia
decorrentes de sentença arbitral.
Atenção:
O contribuinte que paga pensão não pode incluir o filho como dependente, exceto no ano em que
se iniciar pagamento da pensão, observado o tópico “Atenção” da resposta à pergunta 329 do
manual de perguntas e respostas da RFB.
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas no item 8.4, que
trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
12 Prof. Loberto Sasaki
Curso Prático de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
1- companheiro(a) com quem o contribuinte tenha filho ou viva há mais de 5 anos, ou cônjuge;
2- filho(a) ou enteado(a), até 21 anos de idade, ou, em qualquer idade, quando incapacitado física
ou mentalmente para o trabalho;
4- irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, de quem o contribuinte detenha a guarda
judicial, até 21 anos, ou em qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o
trabalho;
5- irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, com idade de 21 anos até 24 anos, se
ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau,
desde que o contribuinte tenha detido sua guarda judicial até os 21 anos;
6- pais, avós e bisavós que, em 2021, tenham recebido rendimentos, tributáveis ou não, até R$
22.847,76;
7- menor pobre até 21 anos que o contribuinte crie e eduque e de quem detenha a guarda judicial;
Atenção:
▪ o contribuinte pode considerar como dependentes os filhos que ficarem sob sua guarda, em
cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente. Nesse caso, deve
oferecer à tributação, na sua declaração os rendimentos recebidos pelos filhos, inclusive a
importância recebida do ex-cônjuge a título de pensão alimentícia;
▪ o filho somente pode constar como dependente na declaração daquele que detém a sua guarda
judicial. Se o filho declarar em separado, não pode constar como dependente na declaração do
responsável;
▪ o responsável pelo pagamento da pensão alimentícia pode deduzir o valor efetivamente pago a
este título, sendo vedada a dedução do valor correspondente ao dependente, exceto no caso de
separação judicial ocorrida em 2021, quando podem ser deduzidos, nesse ano, os valores
relativos a dependente e a pensão alimentícia judicial paga.
Relação homoafetiva:
Atenção:
3.2- Por sua vez, o valor de contribuição excedente ao limite da aplicação da alíquota de
contribuição do ente público patrocinador, está sujeito ao limite de 12% dos rendimentos
computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na declaração de
rendimentos conjuntamente com eventuais contribuições a outros planos de previdência
complementar.
Exemplo 1
Exemplo 2
Exemplo 3
R$ 13.000,00 (R$ 9.000,00 + R$ 3.000,00 + R$ 1.000,00) é maior do que 12% dos rendimentos
tributáveis (R$ 12.000,00), portanto, somente parte desse valor (R$ 12.000,00) poderá ser
deduzido.
a) o campo “Valor pago” com o total das contribuições obrigatórias efetuadas no ano-calendário
de 2021 ao Funpresp pelo contribuinte, exceto a contribuição relativa ao 13º salário (para os
servidores que contribuem para a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público
Federal do Poder Executivo – Funpresp-Exe, esse valor encontra-se na Linha 03 do Quadro 3 do
Comprovante de Rendimentos Pagos e de Retenção de Imposto de Renda na Fonte fornecido
pela fonte pagadora); e
b) o campo “Contribuição do ente público patrocinador” com o mesmo valor do item “a”;
Exemplo 4
Exemplo 5
Campo “Valor pago”: (R$ 2.000,00 x 12) + (R$ 500,00 x 12) = R$ 30.000,00
(Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 11 e § 5º, com a redação dada pela Lei nº 10.887,
de 18 de junho de 2004, §§ 6º e 7º, incluídos pela Lei nº 13.043, de 13 de novembro de 2015;
Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 61; Decreto nº 9.580, de 22 de
novembro de 2018 – Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 67, inciso II, § 2º;
Instrução Normativa SRF nº 588, de 21 de dezembro de 2005, arts. 6º e 7º; e Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 72, § 1º e arts. 87 e 88)
O excesso de deduções apurado no mês pode ser compensado nos meses seguintes, até
dezembro, não podendo ser transposto para o ano seguinte.
Atenção:
▪ as despesas de instrução de deficiente físico ou mental, desde que a deficiência seja atestada em
laudo médico e o pagamento efetuado a entidades destinadas a deficientes físicos ou mentais.
2) pré-hospitalar de urgência, desde que prestado por meio de UTI móvel, instalada em
ambulância de suporte avançado (tipo “D”) ou em aeronave de suporte médico (tipo “E”); ou
Admite-se que, na falta de documentação, a comprovação possa ser feita com a indicação do
cheque nominativo com que foi efetuado o pagamento. Conforme previsto no art. 66 do
RIR/2018, a juízo da autoridade fiscal, todas as deduções estarão sujeitas à comprovação ou
justificação, e, portanto, poderão ser exigidos outros elementos necessários à comprovação da
despesa médica.
Atenção:
Não são admitidas deduções de despesas médicas ou de hospitalização que estejam cobertas por
apólices de seguro ou quando ressarcidas, por qualquer forma ou meio, por entidades de
qualquer espécie, nacionais ou estrangeiras.
As despesas com prótese de silicone não são dedutíveis, exceto quando o valor dela integrar a
conta emitida pelo estabelecimento hospitalar relativamente a uma despesa médica dedutível.
2. ao ensino fundamental;
3. ao ensino médio;
Podem ser excluídos do valor do aluguel recebido, quando o encargo tenha sido exclusivamente
do locador, as quantias relativas a:
▪ despesas de condomínio.
Não, pois constitui rendimento mínimo a ser tributado 10% (partir de 1º de janeiro de 2013 – ver
“Atenção” desta pergunta) do rendimento total decorrente do transporte de carga e 60% do
rendimento total decorrente do transporte de passageiros.
O valor não tributado é considerado renda consumida, não podendo justificar acréscimo
patrimonial, nem ser considerado despesa dedutível escriturada em livro-caixa, tendo em vista a
vedação legal.
As doações para campanhas eleitorais, efetuadas por pessoas físicas a candidatos a cargos
eletivos e a comitês financeiros de partidos políticos, ficam limitadas a 10% dos rendimentos
brutos auferidos no ano anterior à eleição.
Atenção:
2) são considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados na Lei nº 9.504, de
30 de setembro de 1997:
m- multas aplicadas aos partidos ou candidatos por infração do disposto na legislação eleitoral; e
(Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995, art. 39; Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, arts.
23, caput e §§ 1º e 7º, e 27; Resolução TSE nº 22.250, de 2006, art. 14; Portaria Conjunta
SRF/STE nº 74, de 2006; Instrução Normativa Conjunta SRF/TSE nº 609, de 2006 e Instrução
Normativa Conjunta SRF/TSE nº 685, de 2006)
Honorários advocatícios e despesas judiciais podem ser diminuídos dos valores recebidos
em decorrência de ação judicial?
O contribuinte deve informar como rendimento tributável o valor recebido, já diminuído do valor
pago ao advogado, independentemente do modelo de formulário utilizado.
Quais os gastos com incentivos que podem ser deduzidos do valor do imposto apurado?
Podem ser deduzidos os seguintes pagamentos, desde que efetuados no ano-calendário de 2021,
referentes a:
A pessoa física poderá deduzir do imposto sobre a renda devido na Declaração de Ajuste Anual
(DAA), observado o limite geral de dedução (ver item 1 do Atenção na parte final desta
resposta), as doações, em espécie ou em bens, feitas a esses Fundos.
3) considerar como valor dos bens doados o valor constante da última DAA, desde que não
exceda o valor de mercado.
Atenção (ECA):
Doações aos Fundos Nacional, estaduais, Distrital e municipais realizadas diretamente na
Declaração de Ajuste Anual:
a) as doações poderão ser deduzidas até o percentual de 3% sobre o Imposto sobre a Renda
devido apurado na declaração;
b) a dedução está sujeita ainda ao limite global de 6% (seis por cento) do Imposto sobre a Renda
devido apurado na declaração, juntamente com as demais deduções de incentivo, inclusive
quanto às contribuições efetuadas aos fundos controlados pelos Conselhos dos Direitos da
Criança e do Adolescente Nacional, Distrital, estaduais ou municipais no decorrer do ano-
calendário de 2021;
c) o pagamento da doação deve ser efetuado, impreterivelmente, até 30 de abril de 2022, até o
encerramento do horário de expediente bancário das instituições financeiras autorizadas,
inclusive se realizado pela Internet ou por terminal de autoatendimento;
d) o não pagamento da doação até 30 de abril de 2022 implica a glosa definitiva dessa parcela de
dedução, e obriga a pessoa física ao recolhimento da diferença de imposto devido apurado na
DAA com os acréscimos legais previstos na legislação.
e) após 30 de abril de 2022, não será admitida a retificação que tenha por objetivo o aumento do
montante dedutível;
f) o programa da DAA emitirá um Darf para o pagamento de cada doação ao fundo beneficiário
indicado, no valor informado pelo declarante e com código de receita 3351, que não se confunde
com o Darf emitido para pagamento de eventual saldo de imposto sobre a renda devido;
g) o pagamento da doação informada na DAA deverá ser realizado mesmo que a pessoa física
tenha direito a restituição ou tenha optado pelo pagamento do saldo de imposto por meio de
débito automático em conta-corrente bancária;
h) uma vez recolhido o montante indicado no Darf, a doação efetuada ao fundo nele indicado
torna-se irreversível e eventual valor recolhido a maior que o passível de dedução será também
repassado ao fundo indicado, não cabendo devolução, compensação ou dedução desse valor;
i.2) deverá, dentro do prazo decadencial e desde que não esteja sob procedimento de ofício,
retificar a DAA para corrigir a informação referente ao valor doado;
j.1) poderá, até 30 de abril de 2022, retificar a DAA para corrigir a informação referente ao valor
doado, respeitados o limite individual de 3% (três por cento) e o limite global de 6% (seis por
cento); ou
j.2) deverá considerar como não dedutível o valor recolhido que ultrapassar o limite individual
de 3% (três por cento) e o limite global de 6% (seis por cento), observado que esse valor a maior
será também repassado ao fundo indicado;
A pessoa física poderá deduzir do imposto sobre a renda devido na DAA, observado o limite
geral de dedução (ver item 1 do Atenção na parte final desta resposta), as contribuições feitas aos
Fundos do Idoso nacional, distrital, estaduais e municipais.
4) para fins de comprovação, cada fundo deverá registrar em sua escrituração os valores
recebidos e manter em boa guarda a documentação correspondente pelo prazo decadencial.
a) as doações poderão ser deduzidas até o percentual de 3% sobre o imposto sobre a renda
devido apurado na declaração;
b) a dedução está sujeita ainda ao limite global de 6% do imposto sobre a renda devido apurado
na declaração, juntamente com as demais deduções de incentivo, inclusive quanto às
contribuições efetuadas aos fundos do idoso no decorrer do ano calendário de 2021;
c) o pagamento da doação deve ser efetuado, impreterivelmente, até 30 de abril de 2022, até o
encerramento do horário de expediente bancário das instituições financeiras autorizadas,
inclusive se realizado pela Internet ou por terminal de autoatendimento;
d) o não pagamento da doação até 30 de abril de 2022 implica a glosa definitiva dessa parcela de
dedução, e obriga a pessoa física ao recolhimento da diferença de imposto devido apurado na
DAA com os acréscimos legais previstos na legislação.
e) após 30 de abril de 2022, não será admitida a retificação que tenha por objetivo o aumento do
montante dedutível;
f) o programa da DAA emitirá um Darf para o pagamento de cada doação ao fundo beneficiário
indicado, no valor informado pelo declarante e com código de receita 9090, que não se confunde
com o Darf emitido para pagamento de eventual saldo de imposto sobre a renda devido;
g) o pagamento da doação informada na DAA deverá ser realizado mesmo que a pessoa física
tenha direito a restituição ou tenha optado pelo pagamento do saldo de imposto por meio de
débito automático em conta-corrente bancária;
h) uma vez recolhido o montante indicado no Darf, a doação efetuada ao fundo nele indicado
torna-se irreversível e eventual valor recolhido a maior que o passível de dedução será também
repassado ao fundo indicado, não cabendo devolução, compensação ou dedução desse valor;
i.2) deverá, dentro do prazo decadencial e desde que não esteja sob procedimento de ofício,
retificar a DAA para corrigir a informação referente ao valor doado;
j.1) poderá, até 30 de abril de 2022, retificar a DAA para corrigir a informação referente ao valor
doado, respeitados o limite individual de 3% (três por cento) e o limite global de 6% (seis por
cento); ou
j.2) deverá considerar como não dedutível o valor recolhido que ultrapassar o limite individual
de 3% (três por cento) e o limite global de 6% (seis por cento), observado que esse valor a maior
será também repassado ao fundo indicado;
d) música;
f) folclore e artesanato;
h) humanidades; e
2) exclusivos dos segmentos de (Lei nº 8.313, de 1991, art. 18, caput e § 3º):
a) artes cênicas;
e) doações de acervos para bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos e cinematecas, bem
26 Prof. Loberto Sasaki
Curso Prático de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
h) construção e manutenção de salas de cinema e teatro, que poderão funcionar também como
centros culturais comunitários, em municípios com menos de 100.000 (cem mil) habitantes.
A dedutibilidade referente ao incentivo à cultura está condicionada a que:
- os projetos culturais sejam previamente aprovados pelo Ministério da Cultura (MinC) ou, no
caso de projetos relacionados a obras cinematográficas e videofonográficas, pelo MinC ou pela
Agência Nacional do Cinema (Ancine);
- o doador ou patrocinador obedeça, para suas doações ou patrocínios, o período para a captação
de recursos definido pelas portarias de homologação do MinC ou Ancine;
Os projetos desportivos atenderão a pelo menos uma das seguintes manifestações, nos termos,
limites e condições definidas em regulamento:
a) desporto educacional;
b) desporto de participação;
c) desporto de rendimento.
Podem ser deduzidos os valores referentes às doações e aos patrocínios despendidos no ano-
calendário anterior, a que se refere a Declaração de Ajuste Anual, diretamente efetuados em prol
de ações e serviços previamente aprovados pelo Ministério da Saúde, segundo a forma e o
procedimento estabelecidos em ato do Poder Executivo, e que estejam em consonância com a
política definida para o setor no Plano Nacional de Saúde e nas diretrizes desse Ministério e
desenvolvidos por pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que se destinam ao
tratamento de deficiências físicas, motoras, auditivas, visuais, mentais, intelectuais, múltiplas e
de autismo no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com
Deficiência (Pronas/PCD).
Atenção:
1) Limites gerais de dedução:
a) o somatório das deduções referidas nos incisos I a V (deduções relativas a Estatuto da Criança,
Fundos do idoso, Incentivo à Cultura, Incentivo à Atividade Audiovisual e incentivo ao
desporto) está limitado a 6% do imposto devido apurado na declaração de ajuste; esse limite é
calculado pelo próprio programa do imposto e a dedução só se aplica à declaração em que o
contribuinte optar pelas deduções legais.
b) podem ser deduzidos, observado o limite de que trata a alínea “a” deste item, no caso do
incentivo à Cultura, a que se refere o inciso III:
b.1) 80% (oitenta por cento) do somatório das doações e 60% (sessenta por cento) do somatório
dos patrocínios, na hipótese do item 1; e
c) As deduções previstas nos incisos VI e VII estão cada uma delas limitada a 1% (um por cento)
do Imposto sobre a Renda devido apurado na declaração e não estão sujeitas ao limite global de
6% (seis por cento) de que trata a alínea “a” deste item 1; esse limite é calculado pelo próprio
programa do imposto e a dedução só se aplica à declaração em que o contribuinte optar pelas
deduções legais.
Informe os pagamentos efetuados na Ficha de Doações Efetuadas, em relação aos incisos I a VII,
indicando o nome do beneficiário, o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica (CNPJ) ou no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), o código e o valor pago ou doado;
b) o comprovante pode ser emitido anualmente, desde que discrimine os valores doados mês a
mês;
c) no caso de doação em bens, o comprovante deve conter a identificação dos bens, mediante
descrição em campo próprio ou em relação anexa ao comprovante, informando também, se
houve avaliação, o nome, o número de inscrição no CPF ou no CNPJ e o endereço dos
avaliadores.
Para que o contribuinte possa fazer uso da dedução dos valores relativos a doações na
declaração, é necessário que as doações tenham sido efetuadas diretamente aos Fundos de
assistência da criança e do adolescente que são controlados pelos Conselhos Municipais,
Estaduais ou Nacional dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes. As doações realizadas a
orfanatos e similares não são equivalentes aos fundos aqui tratados e, por isso, são indedutíveis.
Os fundos de assistência que estão limitados a um por município, um por estado e um nacional,
devem emitir comprovante em favor do doador, especificando o nome, o número de inscrição no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do
doador, a data e o valor efetivamente recebido em dinheiro, além do número de ordem do
comprovante, o nome, o número de inscrição no CNPJ, o endereço do emitente, e ser firmado
por pessoa competente para dar a quitação da operação.
Não. O desconto simplificado substitui todas as deduções a que o contribuinte tem direito na
declaração de rendimentos, inclusive aquelas que são diminuídas diretamente do imposto.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 10, § 1º; Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de
2018 – Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 77, caput; Instrução Normativa
RFB nº 1.131, de 21 de fevereiro de 2011; e Instrução Normativa RFB nº 1.871, de 20 de
fevereiro de 2019, art. 3º)
9 - DESCONTO SIMPLIFICADO1
10 - OBRIGATORIEDADE DE ENTREGA1
Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2022, a pessoa
física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2021:
1 - recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$
28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos);
a) obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 (cento e quarenta e dois mil,
setecentos e noventa e oito reais e cinquenta centavos);
7 - optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na
venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado à aplicação na aquisição de
imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da
celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de
2005.
Atenção:
Apresentação da declaração
A Declaração de Ajuste Anual deve ser elaborada, exclusivamente, com o uso de:
i - computador, mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração (PGD) relativo ao
exercício de 2022, disponível no sítio da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB),
na Internet, no endereço http://receita.economia.gov.br;
iii - dispositivos móveis, tais como tablets e smartphones, mediante acesso ao “Meu Imposto de
Renda”, por meio do respectivo APP disponível nas lojas de aplicativos Google Play, para o
sistema operacional Android, ou App Store, para o sistema operacional iOS.
a) a soma dos rendimentos, do titular e dos dependentes, sujeitos ao ajuste anual for inferior a R$
200.000,00;
c) o contribuinte não tiver apresentado Declaração de Ajuste Anual relativa ao exercício de 2021,
ano-calendário de 2020.
I – terem auferido:
a) rendimentos tributáveis:
1. sujeitos ao ajuste anual, cuja soma foi superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais),
apenas na hipótese de utilização do serviço por meio de dispositivos móveis;
2. recebidos do exterior;
1. rendimentos cuja soma foi superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), apenas na
hipótese de utilização do serviço por meio de dispositivos móveis;
II - terem-se sujeitado:
a) ao imposto pago no exterior ou ao recolhimento do imposto sobre a renda na fonte de que trata
os §§ 1º e 2º do art. 2º da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004; ou
III - terem realizado pagamentos de rendimentos a pessoas jurídicas, quando constituam dedução
na declaração, ou a pessoas físicas, quando constituam, ou não, dedução na declaração, cuja
soma foi superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), apenas na hipótese de utilização
do serviço por meio de dispositivos móveis, em cada caso ou no total.
a - A pessoa física que se enquadrar em uma ou mais das hipóteses de obrigatoriedade previstas
nos itens 1 a 7 fica dispensada de apresentar a Declaração de Ajuste Anual (DAA), caso conste
como dependente em declaração apresentada por outra pessoa física, na qual tenham sido
informados seus rendimentos, bens e direitos, caso os possua;
b – a pessoa física que se enquadrar apenas na hipótese prevista no item 5 e que, na constância
da sociedade conjugal ou da união estável, os bens comuns tenham sido declarados pelo outro
cônjuge companheiro, fica dispensada de apresentar Declaração de Ajuste Anual (DAA), desde
que o valor total dos seus bens privativos não exceda R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);
Atividade rural
A pessoa física que se enquadrar em qualquer das hipóteses de obrigatoriedade previstas nos
itens de 1 a 3 e de 5 a 7 e que tenha obtido resultado positivo da atividade rural também deve
preencher o Demonstrativo da Atividade Rural.
A pessoa física, ainda que desobrigada, pode apresentar a Declaração de Ajuste Anual (DAA),
sendo vedado a um mesmo contribuinte constar simultaneamente em mais de uma Declaração de
Ajuste Anual, seja como titular ou dependente, exceto nos casos de alteração na relação de
dependência no ano-calendário de 2021.
33 Prof. Loberto Sasaki
Curso Prático de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
Não é a condição de titular ou sócio de empresa, por si só, que obriga à apresentação de
Declaração de Ajuste Anual.
1- Qual é o tratamento tributário dos rendimentos pagos ao sócio de serviço a titulo de pró-
labore?
Incide imposto sobre a renda, na fonte e na Declaração de Ajuste Anual, sobre os valores pagos
ao sócio de serviço (consulte a Solução de Consulta Cosit nº 12, de 15 de maio de 2013,
disponível no sítio da RFB na Internet), a título de pro labore (rendimentos de trabalho). No
entanto, não incide imposto sobre a renda sobre valores pagos a título de distribuição de lucros
pelas pessoas jurídicas.
Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir de 01/01/1996,
pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou
arbitrado, não estão sujeitos à incidência do imposto sobre a renda na fonte nem integram a base
de cálculo do imposto do beneficiário. São tributáveis os valores que ultrapassarem o resultado
contábil e aos lucros acumulados e reservas de lucros de anos anteriores, observada a legislação
vigente à época da formação dos lucros.
3- Qual é a diferença entre pro labore e lucro distribuído? Como são tributados?
O pró-labore refere-se à remuneração paga aos sócios pela prestação de serviços à empresa e
sujeita-se à incidência do imposto sobre a renda na fonte e na declaração de ajuste.
O lucro distribuído refere-se à remuneração do capital integralizado pelo sócio. Quanto à forma
de tributação, depende da legislação vigente no período de formação do lucro que está sendo
distribuído.
PERCENTUAIS DE LUCROS PRESUMIDOS – ART. 15 DA LEI 9.249/95
A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção, de que
trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, do Imposto sobre a Renda das
Pessoas Jurídicas (IRPJ) sobre a receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da
receita bruta total anual, tratando-se de declaração de ajuste, subtraído do valor devido na forma
do Simples Nacional no período, relativo ao IRPJ.
A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação, sobre a receita bruta mensal, no caso de
antecipação de fonte, ou da receita bruta total anual, tratando-se de Declaração de Ajuste Anual,
dos percentuais de apuração do Lucro Presumido, mencionados no artigo 15, da Lei nº 9.249, de
26 de dezembro de 1995.
(Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, art. 14; e Resolução CGSN nº 140, de
22 de maio de 2018, art. 145)
Até 31/12/2012 a participação dos empregados nos lucros das empresas era tributada na fonte,
em separado dos demais rendimentos recebidos no mês, como antecipação do imposto sobre a
renda devido na declaração de rendimentos da pessoa física, competindo à pessoa jurídica a
responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto (Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de
2000).
A participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa é tributada pelo imposto
sobre a renda exclusivamente na fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos, no ano
do recebimento ou crédito, com base nas tabelas progressivas anuais abaixo indicadas e não
integrará a base de cálculo do imposto devido pelo beneficiário na Declaração de Ajuste Anual.
(Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, com a redação dada pela Lei nº 12.832, de 20 de
junho de 2013; Solução de Consulta Cosit nº 53, de 16 de dezembro de 2013; e Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 17)
36 Prof. Loberto Sasaki
Curso Prático de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
Compõe-se de ativos de renda variável, quais sejam, aqueles cuja remuneração ou retorno de
capital não pode ser dimensionado no momento da aplicação. São eles as ações, quotas ou
quinhões de capital, o ouro, ativo financeiro, e os contratos negociados nas bolsas de valores, de
mercadorias, de futuros e assemelhadas.
Compõe-se de ativos de renda fixa aqueles cuja remuneração ou retorno de capital pode ser
dimensionado no momento da aplicação. Os títulos de renda fixa são públicos ou privados,
conforme a condição da entidade ou empresa que os emite. Como títulos de renda fixa públicos
citam-se as Notas do Tesouro Nacional (NTN), os Bônus do Banco Central (BBC), os Títulos da
Dívida Agrária (TDA), bem como os títulos estaduais e municipais. Como títulos de renda fixa
privados, aqueles emitidos por instituições ou empresas de direito privado, citam-se as Letras de
Câmbio (LC), os Certificados de Depósito Bancário (CDB), os Recibos de Depósito Bancário
(RDB) e as Debêntures.
Equiparam-se a operações de renda fixa, para fins de incidência do imposto sobre a renda
incidente na fonte, as operações de mútuo e de compra vinculada à revenda, no mercado
secundário, tendo por objeto ouro, ativo financeiro, as operações de financiamento, inclusive
box, realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros e as operações de transferência
de dívidas, bem como qualquer rendimento auferido pela entrega de recursos a pessoa jurídica.
Os rendimentos produzidos por aplicação financeira de renda fixa são tributados na fonte,
às alíquotas de:
2- Pode ser compensado na declaração anual o imposto sobre a renda retido em aplicação
de renda fixa?
3- Como são tributados os rendimentos obtidos pelos quotistas de fundos de renda fixa?
Se classificados como de longo prazo, os rendimentos são tributados na fonte às alíquotas de:
Se classificados como de curto prazo, os rendimentos são tributados na fonte às alíquotas de:
Atenção:
2) No caso de rendimentos auferidos por cotistas de Fundos de Índice de Renda Fixa cujas
carteiras sejam compostas por ativos financeiros que busquem refletir as variações e
rentabilidade de índices de renda fixa nos termos do art. 2º da Lei nº 13.043, de 13 de novembro
de 2014:
2.1) 25%, no caso de Fundos cuja carteira de ativos financeiros apresente prazo médio de
repactuação igual ou inferior a 180 dias;
2.2) 20%, no caso de Fundos cuja carteira de ativos financeiros apresente prazo médio de
repactuação superior a cento e oitenta dias e igual ou inferior a 720 dias; e
2.3) 15%, no caso de Fundos cuja carteira de ativos financeiros apresente prazo médio de
repactuação superior a 720 dias.
Os ganhos de capital auferidos por cotistas dos Fundos de Índice de Renda Fixa são tributados
como aplicações financeiras de renda fixa, aplicando-se as alíquotas acima.
O mercado de renda variável compreende todas as operações realizadas nas bolsas de valores, de
mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como as operações com ouro, ativo financeiro,
realizadas fora de bolsas, com a interveniência de instituições integrantes do Sistema Financeiro
Nacional (bancos, corretoras e distribuidoras), ressalvadas as operações de mútuo e de compra
vinculada à revenda com ouro, ativo financeiro, e as operações de financiamento referidas na
pergunta anterior.
O tratamento tributário conferido a essas operações depende das modalidades em que são
negociados os ativos ou contratos, modalidades essas denominadas mercados à vista, de opções,
futuro e a termo.
38 Prof. Loberto Sasaki
Curso Prático de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
Na apuração do resultado da operação day trade são considerados, pela ordem, o primeiro
negócio de compra com o primeiro de venda ou o primeiro negócio de venda com o primeiro de
compra, sucessivamente.
b) 15%, nas operações realizadas nos mercados à vista, a termo, de opções e de futuros.
Não. São isentos do imposto sobre a renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em
operações efetuadas:
I- com ações, no mercado à vista de bolsas de valores ou mercado de balcão, se o total das
alienações desse ativo, realizadas no mês, não exceder a R$ 20.000, 00 (vinte mil reais);
II- com ouro, ativo financeiro, se o total das alienações desse ativo, realizadas no mês, não
exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais);
III- com ações de pequenas e médias empresas a que se refere o art. 16 da Lei nº 13.043, de 13
de novembro de 2014.
Atenção:
Ocorrendo alienação no mesmo mês de ações e de ouro, ativo financeiro, os limites de isenção
dos itens I e II acima aplicam-se separadamente a cada modalidade de ativo.
39 Prof. Loberto Sasaki
Curso Prático de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
A isenção não se aplica, entre outras, às operações de day trade, às negociações de cotas dos
fundos de investimento em índice de ações, aos resgates de cotas de fundos ou clubes de
investimento em ações e à alienação de ações efetivada em operações de exercício de opções e
no vencimento ou liquidação antecipada de contratos a termo.
Sim. Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas
incorridas nas operações de renda variável nos mercados à vista, de opções, futuros, a termos e
assemelhados, poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou
nos meses subsequentes, em outras operações realizadas em qualquer das modalidades
operacionais previstas naqueles mercados, operações comuns.
Atenção:
As perdas incorridas em operações de day trade, somente poderão ser compensadas com ganhos
líquidos auferidos em operações da mesma espécie (day trade), realizadas no mês ou meses
subsequentes. Do mesmo modo, as perdas incorridas em operações comuns somente são
compensáveis com os ganhos líquidos auferidos nessas operações.
O imposto sobre a renda deve ser pago até o último dia útil do mês subsequente àquele em que
os ganhos houverem sido apurados.
O código a ser utilizado no Documento de Arrecadação das Receitas Federais (Darf) para
pagamento desse tributo é 6015.
10- Os ganhos líquidos em renda variável devem ser oferecidos à tributação na Declaração
de Ajuste Anual?
Não. Os ganhos líquidos são apurados e tributados, mês a mês, em separado, e não integram a
base de cálculo do imposto sobre a renda na Declaração de Ajuste Anual. Da mesma forma, o
imposto pago não pode ser deduzido do devido na declaração.
11- Como são tributados os ganhos obtidos pelos quotistas de fundos de ações?
São tributados no resgate de quotas à alíquota de 15%. Esse imposto será retido pelo
administrador do fundo na data do resgate das quotas, sendo considerado exclusivo de fonte.
18 - GANHOS DE CAPITAL
1- Quais as operações sujeitas à apuração do ganho de capital?
Atenção:
IV- pagar o imposto sobre ganho de capital com alíquota de 15%, tendo como base de cálculo o
valor de mercado, do bem ou direito regularizado, em 31/12/2014;
VI- não incorrer nas condições impeditivas aplicáveis ao Regime Especial de Regularização
Cambial e Tributária (RERCT).
REABERTURA DO RERCT:
IV – pagar o imposto sobre ganho de capital com alíquota de 15%, tendo como base de cálculo o
valor de mercado, do bem ou direito regularizado, em 30/06/2016;
V – pagar a multa de valor igual a 135% (cento e trinta e cinco por cento) do imposto apurado no
item IV;
O Regime Especial de que se trata aplica-se ainda ao espólio cuja sucessão tenha sido aberta até
a data de adesão ao RERCT. 214
Atenção:
II- 17,5% sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 5.000.000,00 e não ultrapassar R$
10.000.000,00;
III- 20% sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 10.000.000,00 e não ultrapassar R$
30.000.000,00; e
A apuração do imposto sobre a renda com a utilização de alíquotas progressiva, não se aplica:
- ao Fundo de Investimento Imobiliário (FII) – 20% (Lei nº 8.668, de 25 de junho de 1993, art.
18);
- à diferença a maior entre o valor de mercado e o valor pelo qual o bem ou direito constavam na
declaração de bens do de cujus, do doador ou do ex-cônjuge ou ex-convivente, nas transferências
de direito de propriedade por sucessão, dissolução da sociedade conjugal ou da unidade familiar,
nos casos de herança, legado ou por doação em adiantamento da legítima, nas hipóteses de os
bens e direitos serem avaliados a valor de mercado – 15% (Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de
1997, art. 23)
1- Indenização da terra nua por desapropriação para fins de reforma agrária, conforme o disposto
no § 5º do art. 184 da Constituição Federal de 1988;
Atenção:
3 - Alienação, por valor igual ou inferior a R$ 440.000,00, do único bem imóvel que o titular
possua, individualmente, em condomínio ou em comunhão, independentemente de se tratar de
terreno, terra nua, casa ou apartamento, ser residencial, comercial, industrial ou de lazer, e estar
localizado em zona urbana ou rural, desde que não tenha efetuado, nos últimos cinco anos, outra
alienação de imóvel a qualquer título, tributada ou não, sendo o limite considerado em relação:
5 - O valor da redução do ganho de capital para imóveis adquiridos entre 1969 e 1988;
6 - A partir de 16/06/2005, o ganho auferido por pessoa física residente no Brasil na venda de
imóveis residenciais, desde que o alienante, no prazo de 180 dias contado da celebração do
contrato, aplique o produto da venda na aquisição de imóveis residenciais localizados no País;
A opção pela isenção de que trata este item é irretratável e o contribuinte deve informá-la no
respectivo Demonstrativo da Apuração dos Ganhos de Capital da Declaração de Ajuste Anual.
Atenção:
No caso de venda de mais de 1 (um) imóvel, o prazo de 180 (cento e oitenta) dias é contado a
partir da data da celebração do contrato relativo à primeira operação.
No caso de aquisição de mais de 1 (um) imóvel, a isenção de que trata este item aplica-se ao
ganho de capital correspondente apenas à parcela empregada na aquisição de imóveis
residenciais.
O contribuinte somente pode usufruir do benefício de que trata este item 1 (uma) vez a cada 5
(cinco) anos, contados a partir da data da celebração do contrato relativo à operação de venda
com o referido benefício ou, no caso de venda de mais de 1 (um) imóvel residencial, à 1ª
(primeira) operação de venda com o referido benefício.
Na hipótese de venda de mais de 1 (um) imóvel, estão isentos somente os ganhos de capital
auferidos nas vendas de imóveis residenciais anteriores à primeira aquisição de imóvel
residencial.
I- nas vendas a prestação e nas aquisições à vista, à soma dos valores recebidos dentro do prazo
de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data da celebração do primeiro contrato de venda e até
a(s) data(s) da(s) aquisição(ões) do(s) imóvel(is) residencial(is);
II- nas vendas à vista e nas aquisições a prestação, aos valores recebidos à vista e utilizados nos
pagamentos dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data da celebração do
primeiro contrato de venda;
III- nas vendas e aquisições a prestação, à soma dos valores recebidos e utilizados para o
pagamento das prestações, ambos dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data
da celebração do primeiro contrato de venda.
Não integram o produto da venda, para efeito do valor a ser utilizado na aquisição de outro
imóvel residencial, as despesas de corretagem pagas pelo alienante.
Considera-se imóvel residencial a unidade construída em zona urbana ou rural para fins
residenciais, segundo as normas disciplinadoras das edificações da localidade em que se situar.
▪ ao valor de cada um dos bens ou direitos possuídos em comunhão e ao valor do conjunto dos
bens ou direitos da mesma natureza, alienados em um mesmo mês, no caso de sociedade
conjugal ou união estável (salvo contrato escrito entre os companheiros).
8- Restituição de participação no capital social mediante a entrega à pessoa física, pela pessoa
jurídica, de bens e direitos de seu ativo avaliados por valor de mercado;
Atenção:
Nas operações de permuta realizadas por contrato particular, somente se configura a permuta se a
escritura pública, quando lavrada, for de permuta.
11- Permuta, caracterizada com a entrega, por valor não superior ao de face, pelo licitante
vencedor, de títulos da dívida pública federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, ou de
outros créditos contra a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, como contrapartida à
aquisição das ações ou quotas leiloadas, no âmbito dos respectivos programas de desestatização;
13- A variação cambial decorrente das alienações de bens ou direitos adquiridos e das
liquidações ou resgates de aplicações financeiras realizadas com rendimentos auferidos
originariamente em moeda estrangeira (Instrução Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de
2000, art. 14, inciso II);
Atenção:
Somente é isenta a variação cambial, sendo tributável o ganho obtido em moeda estrangeira.
I- o doador deve considerar como valor de alienação o constante em sua declaração de bens;
II- o donatário registra os bens recebidos pelo valor atribuído no documento de doação.
Atenção:
No caso de alienação de bens recebidos em doação, para efeito de apuração de ganho de capital,
o custo de aquisição é igual a zero (Lei nº 10.451, de 10 de maio de 2002, art. 5º).
Não. A isenção citada somente se aplica para a aquisição, no prazo de 180 dias, a contar da
primeira alienação, de imóveis residenciais construídos ou em construção, não abrangendo os
gastos para a construção de imóvel, os gastos para a continuidade de obras em imóvel em
construção ou ainda os gastos com benfeitorias ou reformas em imóveis de propriedade do
contribuinte.
Sim. Desde que o alienante no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da celebração do
contrato aplique o produto da venda de sua parte no imóvel em condomínio na aquisição de
imóvel privativo, localizado no Brasil.
Sim. Desde que o alienante no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da celebração do
contrato, aplique o produto da venda na aquisição da parte do imóvel residencial, pertencente ao
outro condômino, localizado no Brasil.
6- Quais são as consequências legais no caso de não observância do prazo de 180 dias para
a compra de imóveis residenciais?
A inobservância das condições legais previstas importa em exigência do imposto com base no
ganho de capital, acrescido de:
Não. Os resultados positivos e negativos apurados em operações distintas não podem ser
somados algebricamente por falta de previsão legal. O ganho de capital deve ser apurado e
tributado em separado em relação a cada alienação.
8- O que se considera como data de aquisição quando o bem ou direito alienado era
patrimônio comum dos cônjuges?
Segundo dispõe a Lei Civil, o casamento no regime de comunhão universal, importa a
comunicação de todos os demais bens presentes e futuros dos consortes, ressalvados, apenas, os
bens gravados com cláusula de incomunicabilidade ou os sub-rogados em seu lugar.
A partir do casamento, o que dantes era ou poderia ser de propriedade exclusiva de cada um,
torna-se patrimônio comum do casal em metades ideais (meação).
1- Em relação à meação:
Alerte-se que, no caso de dissolução da sociedade conjugal por morte de um dos cônjuges, se a
alienação for efetuada ainda no curso do inventário, antes da partilha ou adjudicação, por serem
os bens considerados legalmente como componentes do monte a partilhar, o ganho de capital é
tributado em nome do espólio.
Atenção:
Aplica-se o mesmo entendimento exposto, com relação à data, nos demais casos de dissolução
de sociedade conjugal reconhecida por decisão judicial, ou por escritura pública, ainda que o
registro do imóvel no cartório competente tenha sido feito em nome de um dos participantes da
sociedade.
2- É devido imposto sobre a renda de contribuinte que faleceu após a entrega da declaração
do exercício?
Existindo bens sujeitos a inventário ou arrolamento, e tendo sido encerrado o inventário sem a
inclusão do imposto sobre a renda não recebido em vida pelo titular, a restituição depende:
a) de alvará judicial, caso o inventário tenha sido feito por processo judicial de inventário; ou
b) de escritura pública de inventário e partilha, na hipótese de o inventário ter sido feito dessa
forma.
O requerimento deve ser formulado pelo cônjuge viúvo, convivente ou por herdeiro capaz, ou
pelo tutor ou curador, conforme o caso, devendo nele constar os nomes completos e os demais
dados civis de todos os beneficiários habilitados à restituição, inclusive número de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de quem estiver inscrito.
- comprovação dos dependentes habilitados emitida pelo órgão de Previdência (Regime Geral de
Previdência Social, regimes de Servidores Públicos) ou Militar;
- declaração de inexistência de outros bens a inventariar ou arrolar, bem assim autenticidade dos
documentos e dados apresentados, devendo ser usado como modelo os termos da declaração do
Anexo II da Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001.
Embora a Lei Civil disponha que “Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários” é indispensável o processamento do inventário, com a
emissão do formal de partilha ou carta de adjudicação e a transcrição desse instrumento no
registro competente, a fim de que o meeiro, herdeiros e legatários possam usar, gozar e dispor,
de forma plena e legal, dos bens e direitos transmitidos causa mortis (Lei nº 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 - Código Civil, arts. 1.784, 1.991, 2.013 a 2.022; Lei nº 6.015 de 31 de dezembro
de 1973, art. 167, inciso I, itens 24 e 25, com redação dada pela Lei nº 6.216, de 30 de junho de
1975).
Para a legislação tributária, a pessoa física do contribuinte não se extingue imediatamente após
sua morte, prolongando-se por meio do seu espólio (art. 9º do Decreto nº 9.580/2018, –
Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018). O espólio é considerado uma
universalidade de bens e direitos, responsável pelas obrigações tributárias da pessoa falecida,
sendo contribuinte distinto do meeiro, herdeiros e legatários.
Para os efeitos fiscais, somente com a decisão judicial ou por escritura pública de inventário e
partilha, extingue-se a responsabilidade da pessoa falecida, dissolvendo-se, então, a
universalidade de bens e direitos.
Atenção:
Caso a pessoa falecida não tenha apresentado as declarações anteriores às quais estivesse
obrigada, essas declarações devem ser apresentadas em nome da pessoa falecida. Se essas
declarações foram apresentadas, porém constatou-se que ocorreram erros, omissões ou
inexatidões, elas devem ser retificadas (verificar as orientações contidas na pergunta 100).
A responsabilidade pelo imposto devido pela pessoa falecida, até a data do falecimento, é do
espólio.
Encerrada a partilha, a responsabilidade pelo imposto devido pela pessoa falecida, até aquela
data, é do sucessor a qualquer título e do cônjuge meeiro, limitando-se ao montante dos bens e
direitos a eles atribuídos.
Declaração Inicial
Declarações Intermediárias
Atenção:
Aplicam-se, quanto à obrigatoriedade de apresentação das declarações de espólio inicial e
intermediárias, as mesmas normas previstas para os contribuintes pessoas físicas.
Opcionalmente, as referidas declarações poderão ser apresentadas pelo inventariante, em nome
do espólio, em conjunto com o cônjuge, companheiro ou dependente cujos rendimentos sujeitos
ao ajuste anual estejam sendo oferecidos à tributação nestas declarações.
Declaração Final
A Declaração Final de Espólio deve ser enviada pela Internet ou entregue em mídia removível,
nas unidades da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).
Atenção:
Ocorrendo o falecimento a partir de 1º de janeiro do ano seguinte ao do recebimento dos
rendimentos, porém antes da entrega da Declaração de Ajuste Anual, esta não se caracteriza
como de espólio, devendo, se obrigatória, ser apresentada em nome da pessoa falecida pelo
inventariante, cônjuge meeiro, sucessor a qualquer título ou por representante desses.
Sim, a entrega da Declaração Final de Espólio é obrigatória sempre que houver bens a
inventariar.
Na declaração de espólio, devem ser incluídos os rendimentos próprios, 50% dos produzidos
pelos bens comuns recebidos no ano-calendário, os bens e direitos que constem do inventário e
as obrigações do espólio. Opcionalmente, os rendimentos produzidos pelos bens comuns podem
ser tributados, em sua totalidade, em nome do espólio, o qual pode compensar o total do imposto
pago ou retido na fonte sobre esses rendimentos.
Caso haja a alienação de algum bem ou direito no curso do inventário, o espólio deverá apurar o
ganho de capital.
Atenção:
I- o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão;
II- o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
da partilha ou adjudicação, limitada essa responsabilidade ao montante do quinhão, do legado, da
herança, ou da meação;
III- o inventariante, pelo cumprimento da obrigação tributária do espólio resultante dos atos
praticados com excesso de poderes ou infração de lei.
I- sonegados;
Nas situações de que tratam os itens III e IV, a partilha dos demais bens integrantes do espólio,
embora implique sua baixa na Declaração de Bens e Direitos do espólio, observadas as
instruções quanto ao valor de transmissão, não obriga a entrega da declaração final, que somente
é exigida quando do trânsito em julgado da sobrepartilha. Se a sobrepartilha não for homologada
no mesmo ano-calendário, a baixa dos bens resultantes da partilha será efetuada na declaração
intermediária, informando-se no campo “Discriminação” da Declaração de Bens e Direitos os
dados referentes aos beneficiários e ao valor de transmissão. Caso o valor de transmissão seja
superior ao constante no campo do ano anterior, deve ser apurado o ganho de capital, observadas
as instruções específicas.
São permitidas as mesmas deduções facultadas à pessoa física, exceto na declaração final de
espólio, em que não é permitido o uso do desconto simplificado.
11- São dedutíveis nas declarações de espólio os gastos com funeral, taxas, emolumentos e
honorários advocatícios relativos ao inventário?
Não. Nas declarações de espólio, inclusive na final, são permitidas apenas as deduções previstas
na legislação tributária.
As declarações de espólio devem ser apresentadas em nome da pessoa falecida, com a indicação
de seu número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), utilizando o código de
natureza de ocupação relativo a espólio (81) deixando em branco o código de ocupação
principal, devendo tal apresentação ser efetuada pelo inventariante, indicando seu nome, o
número de inscrição no CPF e o endereço.
Enquanto não houver iniciado o inventário, as declarações são apresentadas pelo cônjuge meeiro,
sucessor a qualquer título ou por representante do de cujus.
13- Devem ser apresentadas declarações de espólio de pessoa não residente no Brasil?
Não, porém os rendimentos produzidos no Brasil e recebidos pelo espólio estão sujeitos à
incidência do imposto de forma definitiva ou exclusiva na fonte, que deve ser recolhido em
nome do espólio, a partir do falecimento até a data do trânsito em julgado da decisão judicial da
partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens, nos prazos previstos na legislação vigente.
Sim. Incidem acréscimos legais sobre o valor do imposto devido pelo espólio, limitada essa
responsabilidade ao montante do quinhão, legado ou da meação.
15- Como devem ser apresentadas as declarações de espólio no caso de ocorrência de morte
de ambos os cônjuges?
No caso de regime de comunhão parcial ou total de bens e ocorrendo morte conjunta, deve ser
apresentada, se obrigatória, em relação a cada exercício, uma única declaração de rendimentos
em nome de um dos cônjuges, abrangendo todos os bens, direitos, rendimentos e obrigações,
informando o falecimento do cônjuge, seu nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas (CPF). Caso tenham ocorrido mortes em datas diferentes e antes de encerrado o
inventário do pré-morto, deve ser apresentada uma única declaração de rendimentos para cada
exercício, em nome deste, a partir do exercício correspondente ao ano-calendário de seu
falecimento.
No regime de separação de bens, quer a morte seja conjunta ou em datas diferentes, deve ser
apresentada uma única declaração ou duas, segundo a sucessão seja processada em um único
inventário ou dois.
16- Como proceder no caso de serem trazidos novos bens ao inventário antes do trânsito
em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação ou lavratura da
escritura?
Se os referidos bens e direitos produziram rendimentos em anos anteriores, não abrangidos pela
decadência, deve ser apresentada retificadora das declarações anteriormente apresentadas, desde
a abertura da sucessão, para que nelas sejam incluídos esses bens e os rendimentos por eles
produzidos. É admitida a opção pela tributação em conjunto ou em separado dos rendimentos
produzidos pelos bens e direitos possuídos em comum.
17- Como proceder no caso de novos bens serem trazidos ao inventário após o trânsito em
julgado da decisão judicial da partilha ou adjudicação ou lavratura da escritura?
a) até a data da decisão judicial da sobrepartilha, se esta ainda ocorrer dentro desse mesmo ano-
calendário;
Atenção:
Se os bens sobrepartilhados produziram rendimentos em anos anteriores ao da decisão judicial da
partilha ou adjudicação, não alcançados pela decadência, devem ser apresentadas declarações
retificadoras. Caso os bens sobrepartilhados tenham produzido rendimentos posteriormente ao
ano em que foi proferida a decisão homologatória da partilha ou adjudicação, devem ser
apresentadas as declarações dos exercícios correspondentes, onde serão incluídos apenas os bens
sobrepartilhados e os rendimentos por eles produzidos.
A Declaração Final de Espólio deve ser apresentada até o último dia útil do mês de abril do ano-
calendário subsequente ao:
I - da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados, que tenha
transitado em julgado até o último dia do mês de fevereiro do ano-calendário subsequente ao da
decisão judicial;
O imposto sobre a renda é calculado mediante a utilização dos valores correspondentes à soma
das tabelas progressivas mensais relativas aos meses do período abrangido pela tributação, no
ano-calendário a que corresponder a declaração final, até a data da decisão judicial transitada em
julgado, ainda que os rendimentos correspondam a apenas um ou alguns meses desse período.
20- Como deve ser preenchida a Declaração de Bens e Direitos da Declaração Final de
Espólio?
No item “Situação na Data da Partilha”, os bens ou direitos devem ser informados pelo valor,
observada a legislação pertinente, constante na última declaração apresentada pelo de cujus,
atualizado até 31/12/1995, ou pelo valor de aquisição, se adquiridos após essa data.
No item “Valor de Transferência”, deve ser informado o valor pelo qual o bem ou direito, ou
cada parte deste, será incluído na Declaração de Bens e Direitos do respectivo beneficiário.
No caso de transferência pelo valor constante na última declaração de bens do de cujus, não há
ganho de capital a ser apurado.
Atenção:
Na hipótese de a propriedade de um bem ser adquirida parte por meação e parte por herança,
torna-se necessário conhecer as datas de aquisição de cada parte do bem para fins de apuração do
ganho de capital numa alienação futura.
A parte recebida por herança tem como data de aquisição aquela da abertura da sucessão.
Na parcela havida por meação, entretanto, considera-se data de aquisição:
Os bens doados em estrita observância à lei, bem como os bens e rendimentos privativos do
cônjuge sobrevivente e dos herdeiros e legatários, não respondem pelas dívidas do espólio.
Somente na hipótese de haver meação, herança ou legado haverá incidência tributária, limitada
essa responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação.
20 - SITUAÇÕES INDIVIDUAIS1
1- Como declara o contribuinte casado?
Declaração em Separado
a) cada cônjuge deve incluir na sua declaração o total dos rendimentos próprios e 50% dos
rendimentos produzidos pelos bens comuns, compensando 50% do imposto pago ou retido sobre
esses rendimentos, independentemente de qual dos cônjuges tenha sofrido a retenção ou efetuado
o recolhimento; ou
b) um dos cônjuges inclui na sua declaração seus rendimentos próprios e o total dos rendimentos
produzidos pelos bens comuns, compensando o valor do imposto pago ou retido na fonte,
independentemente de qual dos cônjuges tenha sofrido a retenção ou efetuado o recolhimento.
Declaração em conjunto
Neste caso, os bens adquiridos antes do casamento mantêm a forma de tributação estabelecida
para bens adquiridos em condomínio, ou seja, cada cônjuge deve incluir em sua declaração 50%
dos rendimentos produzidos pelos bens em condomínio, salvo estipulação contrária em contrato
escrito, quando deve ser adotado o percentual nele previsto.
Atenção:
Os demais rendimentos de cada cônjuge (rendimentos próprios e rendimentos produzidos por
bens comuns) seguem as regras para contribuinte casado.
Declaração em separado
Cada companheiro deve incluir na sua declaração os rendimentos próprios e 50% dos
rendimentos produzidos pelos bens em condomínio, salvo estipulação contrária em contrato
escrito, quando deve ser adotado o percentual nele previsto. O imposto pago ou retido é
compensado na mesma proporção dos rendimentos tributáveis produzidos pelos bens em
condomínio.
Declaração em conjunto
Atenção:
Apresenta declaração na condição de solteiro, caso não estivesse casado ou vivendo em união
estável em 31/12/2021, podendo incluir dependente (nesse caso, devem ser somados os
rendimentos recebidos pelo dependente) do qual detenha a guarda judicial ou deduzir pensão
alimentícia paga em face das normas do direito de família, quando em cumprimento de decisão
judicial, inclusive os alimentos provisionais, de acordo homologado judicialmente ou de
escritura pública, a que se refere o art. 1.124-A da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 -
Código de Processo Civil, incluído pela Lei nº 11.441, de 4 de janeiro de 2007, art. 3º.
Atenção:
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
a) em separado: os rendimentos recebidos pelo menor são tributados em seu nome com número
de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) próprio; ou
b) em conjunto: os rendimentos recebidos pelo menor devem ser tributados em conjunto com um
dos pais.
Apresenta declaração em seu nome com número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas
(CPF) próprio.
A declaração é feita em nome do incapaz pelo tutor, curador ou responsável por sua guarda,
usando o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do incapaz.
58 Prof. Loberto Sasaki
Curso Prático de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
Opcionalmente, o incapaz pode ser considerado dependente do tutor, curador ou responsável por
sua guarda judicial, desde que o declarante inclua os rendimentos do incapaz em sua declaração.
12- Cônjuge e filho podem apresentar a declaração de rendimentos em conjunto ou, sem
apresentá-la, ficar na condição de dependente do declarante?
Sim. Porém, somente é considerada declaração em conjunto aquela em que estejam sendo
oferecidos à tributação rendimentos sujeitos ao ajuste anual do cônjuge ou filho, desde que este
se enquadre como dependente, nos termos da legislação do Imposto sobre a Renda.
Atenção:
No caso de propriedade em condomínio, cada condômino tributa a parcela do rendimento que lhe
cabe, mas somente aquele em cujo nome foi efetuado o recolhimento pode compensar o imposto
em sua declaração, a não ser que seja retificado o Darf (carnê-leão) ou a Dirf (no caso de fonte).
A multa terá por termo inicial o primeiro dia subsequente ao fixado para a entrega da declaração
e por termo final o mês da entrega ou, no caso de não apresentação, do lançamento de ofício.
▪ No caso do não pagamento da multa por atraso na entrega dentro do vencimento estabelecido
na notificação de lançamento emitida pelo PGD ou pelos serviços “Declaração IRPF 2022 on-
line” e “Fazer Declaração” (consultar os itens “i”, “ii” e “iii” do “Atenção” do item 10), a
multa, com os respectivos acréscimos legais decorrentes do não pagamento, será deduzida do
valor do imposto a ser restituído para as declarações com direito a restituição.
Atenção:
a) A entrega de Declaração de Ajuste Anual Retificadora não está sujeita à multa por atraso na
entrega;
b.2) utilizando os serviços “Declaração IRPF on-line” e “Fazer Declaração” (consultar os itens
“ii” e “iii” do “Atenção” do item 10), na hipótese de apresentação de declaração original; ou
b.3) em mídia removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente.
O contribuinte não obrigado à entrega da Declaração de Ajuste Anual está sujeito à multa
por atraso na apresentação da declaração?
Não é devida a cobrança de multa por atraso na apresentação da declaração para quem está
desobrigado de apresentar a Declaração de Ajuste Anual.
c.1) o acesso às informações do arquivo de que trata o item “b.2” a ser importado para a
Declaração de Ajuste Anual, dar-se-á somente com certificado digital e pode ser feito pelo:
I - contribuinte; ou
c.2) o arquivo deve ser obtido no Portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte)
no sítio da RFB, na Internet, no endereço referido no item “a” deste Atenção;
O programa IRPF 2022 para a Declaração de Ajuste Anual pode ser obtido no sítio da Secretaria
da Receita Federal do Brasil (RFB) na internet, no endereço http://receita.economia.gov.br.
Localize o programa IRPF 2022 a partir da barra de menu na opção “Onde Encontro”;
“Download de Aplicativos”; “PARA VOCÊ"; DIRPF – Declaração do Imposto de Renda de
Pessoa Física” e siga as orientações para download constantes no sítio da RFB na Internet.
26 - EQUIPAMENTO NECESSÁRIO1
O PGD foi desenvolvido em Java multiplataforma e pode ser executado em diversos sistemas
operacionais desde que tenha instalada no computador a máquina virtual Java (JVM), versão 1.8
ou superior.
a) gravar a declaração no disco rígido ou em mídia removível, por meio do PGD IRPF 2022, a
partir da barra de menu na opção “Ferramentas”; “Cópia de Segurança”; “Gravar”;
Atenção:
Esse meio de entrega foi desenvolvido de maneira a garantir a segurança e o sigilo das
informações.
Estão disponíveis no sítio da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet,
no endereço http://receita.economia.gov.br (acesso a partir da barra de menu na opção “Onde
Encontro”; “Receitanet”, as respostas para as principais dúvidas e problemas que possam ocorrer
em relação à transmissão da declaração pela Internet, utilizando o Receitanet.
A declaração deve ser apresentada pela Internet, por meio da funcionalidade “Entregar
Declaração” do PGD IRPF 2022, ou mediante a utilização do programa de transmissão
Receitanet, disponível no sítio da RFB na Internet ou do serviço “Meu Imposto de Renda”
(consulte os itens “ii” e “iii” do “Atenção” do item 10)
A declaração pode ser transmitida até as 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove
minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia 30 de abril de 2022.
Atenção:
I- recebeu rendimentos:
a) tributáveis sujeitos ao ajuste anual, cuja soma foi superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões
de reais);
b) isentos e não tributáveis, cuja soma foi superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais);
c) tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões
de reais); ou
Atenção:
O disposto nas orientações constantes desta resposta não se aplica à Declaração de Ajuste Anual
elaborada com a utilização dos serviços “Declaração IRPF on-line” e “Fazer Declaração” de que
tratam os itens “ii” e “iii” do “Atenção” da item 10.
b) a partir do exercício de 2017, pela Internet, no respectivo programa IRPF, na opção “Entregar
Declaração”;
34 - RETIFICAÇÃO DA DECLARAÇÃO
1- O contribuinte pode retificar sua declaração de rendimentos?
Sim, desde que não esteja sob procedimento de ofício. Se apresentada após o prazo final
(30/04/2022), a Declaração de Ajuste Anual (DAA) retificadora deve ser apresentada
observando-se a mesma natureza da declaração original, não se admitindo troca de opção por
outra forma de tributação.
Atenção:
a) dentro do prazo, uma DAA e após o prazo apresentar DFE ou DSDP e, posteriormente,
retificar esta novamente para uma DAA, deverá, necessariamente, utilizar a mesma forma de
tributação da última DAA apresentada dentro do prazo;
b) após o prazo, uma DAA original e depois apresentar DFE ou DSDP e, posteriormente,
retificar esta novamente para uma DAA, deverá, necessariamente, utilizar a mesma forma de
tributação da DAA original.
Atenção:
Nas hipóteses de redução de débitos já inscritos em Dívida Ativa da União bem como de redução
de débitos objeto de pedido de parcelamento deferido, admite-se a retificação da declaração tão
somente após autorização administrativa, desde que haja prova inequívoca da ocorrência de erro
no preenchimento da declaração, e enquanto não extinto o crédito tributário.
(Medida Provisória nº 2.189-49, de 23 de agosto de 2001, art. 18; Instrução Normativa RFB nº
1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 9º, § 5º, e art. 82; e Instrução Normativa RFB nº 1.871, de
20 de fevereiro de 2019, art. 9º)
Até 30 de abril de 2022, a declaração retificadora deve ser enviada pela Internet, mediante a
utilização do PGD ou do serviço “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)” ou, ainda, por
meio de dispositivos móveis mediante acesso ao aplicativo “Meu Imposto de Renda”.
Após 30 de abril de 2022, além dos meios citados acima, também pode ser apresentada em mídia
removível nas unidades da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), sem a
interrupção do pagamento do imposto.
Atenção:
A transmissão da Declaração de Ajuste Anual retificadora elaborada mediante utilização do PGD
pode ser feita também com a utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no
sítio da RFB (http://receita.economia.gov.br).
(Instrução Normativa RFB nº 1.924, de 19 de fevereiro de 2020, art. 9º)
A escolha da forma de tributação é uma opção do contribuinte, a qual se torna definitiva com a
apresentação da Declaração de Ajuste Anual (DAA). Desse modo, é permitida a retificação da
declaração de rendimentos visando à troca de opção por outra forma de tributação, somente até
30 de abril de 2022.
Atenção:
O contribuinte poderá retificar a DAA apresentada, independente da opção da forma de
tributação (utilizando as deduções legais ou utilizando o desconto simplificado), para Declaração
Final de Espólio (DFE) ou Declaração de Saída Definitiva do País (DSDP), conforme o caso.
a) dentro do prazo, uma DAA e após o prazo apresentar DFE ou DSDP e, posteriormente,
retificar esta novamente para uma DAA, deverá, necessariamente, utilizar a mesma forma de
tributação da última DAA apresentada dentro do prazo;
b) após o prazo, uma DAA original e depois apresentar DFE ou DSDP e, posteriormente,
retificar esta novamente para uma DAA, deverá, necessariamente, utilizar a mesma forma de
tributação da DAA original.
Sim. Entretanto, após o prazo para a apresentação da declaração, não será admitida a mudança na
forma de tributação de declaração já apresentada.
Atenção:
O contribuinte deve fazer o download, no sítio da RFB na Internet, no endereço
http://receita.economia.gov.br, do programa relativo ao ano-calendário correspondente e após
preencher e retificar a declaração de acordo com as instruções vigentes para aquele ano, deve
apresentá-la pela Internet, mediante utilização do programa de transmissão Receitanet ou, a
partir do exercício de 2017, no respectivo programa IRPF na opção “Entregar Declaração”, ou,
ainda, em mídia removível, nas unidades da RFB.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 83)
a) calcular o novo valor de cada quota, mantendo-se o número de quotas em que o imposto foi
parcelado na declaração retificada, desde que respeitado o valor mínimo;
b) os valores pagos a maior relativos às quotas vencidas, bem assim os acréscimos legais
referentes a esses valores, podem ser compensados nas quotas vincendas, ou ser objeto de pedido
de restituição;
c) sobre o montante a ser compensado ou restituído incidem juros equivalentes à taxa Selic,
tendo como termo inicial o mês subsequente ao do pagamento a maior e como termo final o mês
anterior ao da restituição ou da compensação, adicionado de 1% no mês da restituição ou
compensação.
2 - Quando a retificação resultar em aumento do imposto declarado, observar o seguinte
procedimento:
a) calcular o novo valor de cada quota, mantendo-se o número de quotas em que o imposto foi
parcelado na declaração retificada;
b) sobre a diferença correspondente a cada quota vencida incidem acréscimos legais, calculados
de acordo com a legislação vigente.
9- Contribuinte que tenha optado pelo pagamento do imposto à vista deve retificar a
declaração, caso pretenda efetuar o pagamento em quotas?
Sim. A pessoa física que tenha optado pelo pagamento do imposto em quota única deve retificar
a declaração para assim poder recolher o imposto parceladamente, até o limite de oito quotas. A
pessoa física pode, também, fazer tal alteração, mediante acesso ao sítio da RFB na Internet,
opção “Extrato da DIRPF”.
35 - IN RFB 1.500/2014
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.500, de 29 de outubro de 2014. (Publicado(a) no DOU
de 30/10/2014, Seção 1, página 57)
Dispõe sobre normas gerias de tributação relativas ao Imposto sobre a Renda das Pessoas
Físicas.
Art. 1º Esta Instrução Normativa estabelece normas gerais de tributação relativas ao Imposto
sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF).
CAPÍTULO I
DOS CONTRIBUINTES
Art. 2º São contribuintes do imposto sobre a renda as pessoas físicas residentes no Brasil titulares
de disponibilidade econômica ou jurídica de renda, assim entendido o produto do capital, do
trabalho ou da combinação de ambos, e de proventos de qualquer natureza.
I - que perceberem rendimentos de bens de que tenham a posse como se lhes pertencessem, de
acordo com a legislação em vigor; e
CAPÍTULO II
DOS RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS
§ 2º Os rendimentos recebidos em bens são avaliados em dinheiro pelo valor de mercado que
tiverem na data do recebimento.
§ 3º Sem prejuízo do ajuste anual, se for o caso, os rendimentos são tributados no mês em que
forem recebidos, considerado como tal o da entrega de recursos pela fonte pagadora, mesmo
mediante depósito em instituição financeira em favor do beneficiário.
Art. 4º Os rendimentos comuns produzidos por bens ou direitos, cuja propriedade seja em
condomínio ou decorra do regime de bens no casamento, são tributados da seguinte forma:
companheiros, a tributação, em nome de cada cônjuge, incide sobre 50% (cinquenta por cento)
do total dos rendimentos comuns;
Parágrafo único. No caso a que se refere o inciso II do caput, os rendimentos são, opcionalmente,
tributados pelo total, em nome de um dos cônjuges, sem prejuízo do disposto no § 7º do art. 80.
CAPÍTULO III
DOS RENDIMENTOS ISENTOS OU NÃO TRIBUTÁVEIS
Seção I
Dos Rendimentos Originários do Trabalho e Assemelhados
Art. 5º São isentos ou não se sujeitam ao imposto sobre a renda, os seguintes rendimentos
originários do trabalho e assemelhados:
III - valor recebido de pessoa jurídica de direito público a título de auxílio-moradia, não
integrante da remuneração dos beneficiários, em substituição ao direito de uso de imóvel
funcional;
IV - auxílio-transporte em pecúnia, pago pela União, destinado ao custeio parcial das despesas
realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual pelos militares,
servidores e empregados públicos da Administração Federal direta, autárquica e fundacional da
União, nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa;
V - indenização de transporte a servidor público da União que realizar despesas com a utilização
de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos por força das atribuições
próprias do cargo;
VIII - ajuda de custo destinada a atender às despesas com transporte, frete e locomoção do
beneficiado e seus familiares, em caso de remoção de um município para outro, sujeita à
comprovação posterior pelo contribuinte;
IX - valor dos serviços médicos, hospitalares e dentários mantidos, ressarcidos ou pagos pelo
empregador em benefício de seus empregados;
X - contribuições para Plano de Poupança e Investimento (Pait), cujo ônus tenha sido do
empregador, em favor do participante;
XIII - incentivo pago em pecúnia ao servidor licenciado, nos termos do art. 18 da Medida
Provisória nº 2.174-28, de 24 de agosto de 2001, observado o disposto no art. 25 e no inciso II do
art. 44 da Lei nº 12.998, de 18 de junho de 2014;
XIV - montante dos depósitos, juros, correção monetária e quotas-partes creditados em contas
individuais pelo Programa de Integração Social (PIS) e pelo Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público (PASEP);
XV - rendimentos pagos a pessoa física não residente no Brasil, por autarquias ou repartições do
Governo brasileiro situadas fora do território nacional e que correspondam a serviços prestados a
esses órgãos;
XVI - 75% (setenta e cinco por cento) dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos, em
moeda estrangeira, por servidores de autarquias ou repartições do Governo brasileiro no exterior;
XVII - até 90% (noventa por cento) dos rendimentos de transporte de carga e serviços com
trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados;
XVIII - até 40% (quarenta por cento) dos rendimentos de transporte de passageiros; e
XIX - até 90% (noventa por cento) do rendimento bruto auferido pelos garimpeiros na venda a
empresas legalmente habilitadas de metais preciosos, pedras preciosas e semipreciosas por eles
extraídos.
Seção II
Dos Rendimentos Pagos por Previdências
Art. 6º São isentos ou não se sujeitam ao imposto sobre a renda, os seguintes rendimentos
originários pagos por previdências:
III - valores recebidos a título de pensão, quando o beneficiário desse rendimento estiver
acometido de doença relacionada no inciso II do caput, exceto a decorrente de moléstia
profissional, comprovada mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial, da União,
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, devendo ser fixado o prazo de validade do
laudo pericial no caso de moléstias passíveis de controle, mesmo que a doença tenha sido
contraída depois da concessão da pensão, observado o disposto no § 4º;
V - importâncias recebidas por deficiente mental a título de pensão, pecúlio, montepio e auxílio,
quando decorrentes de prestações do regime de previdência social ou de entidades de previdência
complementar, observado o disposto no § 6º;
VI - pensão especial recebida por pessoa física com deficiência física conhecida como
“Síndrome da Talidomida”, quando dela decorrente;
VII - pecúlio recebido pelos aposentados que tenham voltado a trabalhar até 15 de abril de 1994,
em atividade sujeita ao regime previdenciário, pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) ao segurado ou a seus dependentes, após a sua morte, nos termos do art. 1º da Lei nº
6.243, de 24 de setembro de 1975;
X - valores dos resgates na carteira dos Fapi, para mudança das aplicações entre Fundos
instituídos pela Lei nº 9.477, de 1997, ou para a aquisição de renda junto às instituições privadas
de previdência e seguradoras que operam com esse produto;
§ 2º O limite anual dos rendimentos de que trata o inciso I do caput corresponde à soma dos
valores mensais computados a partir do mês em que o contribuinte completar 65 (sessenta e
cinco) anos de idade até o término do ano-calendário.
§ 3º A isenção de que trata o inciso I do caput, desde que observadas as demais disposições
legais e normativas pertinentes à matéria, aplica-se aos rendimentos da espécie pagos por
instituição equivalente a pessoa jurídica de direito público ou entidade de previdência
complementar domiciliada em país que tenha com o Brasil Tratado ou Convenção internacional,
o qual possua cláusula que estabeleça não discriminação no tratamento tributário entre nacionais
de cada Estado Contratante que se encontrem em uma mesma situação, observados os limites e
condições nele previstos.
§ 4º As isenções a que se referem os incisos II e III do caput, desde que reconhecidas por laudo
pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos
municípios, observado o disposto no § 7º do art. 62, aplicam-se:
c) da data, identificada no laudo pericial, em que a moléstia foi contraída, desde que
correspondam a proventos de aposentadoria, reforma ou pensão;
II - aos rendimentos recebidos acumuladamente por pessoa física com moléstia grave, desde que
correspondam a proventos de aposentadoria, reforma ou pensão, ainda que se refiram a período
anterior à data em que foi contraída a moléstia grave; e
III - à complementação de aposentadoria, reforma ou pensão recebida por pessoa física com
moléstia grave.
I - o órgão emissor;
IV - caso a moléstia seja passível de controle, o prazo de validade do laudo pericial ao fim do
qual a pessoa física com moléstia grave provavelmente esteja assintomática; e
Seção III
Dos Rendimentos Decorrentes de Indenizações e Assemelhados
Art. 7º São isentos ou não se sujeitam ao imposto sobre a renda, os seguintes rendimentos
decorrentes de indenizações e assemelhados:
II - pagamento efetuado por pessoas jurídicas de direito público a servidores públicos civis, a
título de incentivo à adesão a programas de desligamento voluntário;
III - indenização e o aviso prévio pagos por despedida ou rescisão de contrato de trabalho, até o
limite garantido pela lei trabalhista ou por dissídio coletivo e convenções trabalhistas
homologados pela Justiça do Trabalho, bem como o montante recebido pelos empregados e
diretores e seus dependentes ou sucessores, referente aos depósitos, juros e correção monetária
creditados em contas vinculadas, nos termos da legislação do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS);
VIII - indenização reparatória por danos físicos, invalidez ou morte, ou por bem material
danificado ou destruído, em decorrência de acidente, até o limite fixado em condenação judicial,
exceto no caso de pagamento de prestações continuadas;
IX - valores recebidos por pessoa física com deficiência física conhecida como “Síndrome da
Talidomida”, quando dela decorrente; e
X - indenização por dano moral concedida às pessoas com deficiência física decorrente do uso da
talidomida, que consiste no pagamento de valor único igual a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais),
73 Prof. Loberto Sasaki
Curso Prático de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
Seção IV
Dos Rendimentos de Participações Societárias
Art. 8º São isentos ou não se sujeitam ao imposto sobre a renda, os seguintes rendimentos de
participações societárias:
I - lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados em 1993 e os apurados a
partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base
no lucro real, presumido ou arbitrado;
§ 1º A isenção de que trata o inciso I do caput não abrange os valores pagos a outro título, tais
como pró-labore, aluguéis e serviços prestados, bem como os lucros e dividendos distribuídos
que não tenham sido apurados em balanço.
§ 3º A isenção de que trata o inciso II do caput fica limitada ao valor resultante da aplicação dos
percentuais de que trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre a receita
bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da receita bruta total anual, tratando-se de
declaração de ajuste, subtraído do valor devido na forma do Simples Nacional no período,
relativo ao Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).
§ 5º Na hipótese de a pessoa jurídica não ter efetuado a opção prevista no art. 75 da Lei nº
12.973, de 13 de maio de 2014, a parcela dos rendimentos correspondentes a dividendos e lucros
apurados no ano-calendário de 2014 e distribuídos a sócio ou acionista ou a titular de pessoa
jurídica submetida ao regime de tributação com base no lucro real, presumido ou arbitrado em
valores superiores aos apurados com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em
31 de dezembro de 2007, é tributada nos termos do § 4º do art. 3º da Lei nº 7.713, de 22 de
dezembro de 1988, com base na tabela progressiva de que trata o art. 65.
Seção V
Dos Rendimentos Obtidos no Mercado Financeiro e Assemelhados
Art. 9º São isentos ou não se sujeitam ao imposto sobre a renda, os seguintes rendimentos
obtidos no mercado financeiro e assemelhados:
V - ganhos líquidos auferidos por pessoa física em operações no mercado à vista de ações nas
bolsas de valores e em operações com ouro, ativo financeiro, cujo valor das alienações realizadas
em cada mês seja igual ou inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para o conjunto de ações e
para o ouro, ativo financeiro, separadamente para cada modalidade de ativo;
VII - remuneração produzida pela Cédula de Produto Rural (CPR), com liquidação financeira,
instituída pela Lei nº 8.929, de 22 de agosto de 1994, desde que negociada no mercado
financeiro;
I - será concedida somente nos casos em que o Fundo de Investimento Imobiliário possua, no
mínimo, 50 (cinquenta) quotistas;
II - não será concedida ao quotista pessoa física titular de quotas que representem 10% (dez por
cento) ou mais da totalidade das quotas emitidas pelo Fundo de Investimento Imobiliário ou
cujas quotas lhe derem direito ao recebimento de rendimento superior a 10% (dez por cento) do
total de rendimentos auferidos pelo fundo.
Seção VI
Dos Rendimentos Obtidos na Alienação de Bens e Direitos
Art. 10. São isentos ou não se sujeitam ao imposto sobre a renda, os seguintes rendimentos
obtidos na alienação de bens e direitos:
II - ganho de capital auferido na alienação do único imóvel que o titular possua, cujo valor de
alienação seja de até R$ 440.000,00 (quatrocentos e quarenta mil reais), desde que não tenha
sido realizada qualquer outra alienação nos últimos 5 (cinco) anos, observado o disposto no
inciso I do § 1º e nos §§ 3º e 6º;
III - ganho de capital auferido por pessoa física residente no País na venda de imóveis
residenciais, desde que o alienante, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da celebração
do contrato, aplique o produto da venda na aquisição de imóveis residenciais localizados no País,
observado o disposto no § 4º;
VII - variação cambial decorrente das alienações de bens e direitos adquiridos e aplicações
financeiras realizadas com rendimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira;
VIII - ganho de capital auferido na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie, cujo
total de alienações, no ano-calendário, seja igual ou inferior ao equivalente a US$ 5.000,00
(cinco mil dólares dos Estados Unidos da América).
I - ao bem ou ao valor do conjunto dos bens ou direitos da mesma natureza, no caso de alienação
de diversos bens, em um mesmo mês;
76 Prof. Loberto Sasaki
Curso Prático de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
II - à parte de cada condômino, inclusive no caso de união estável com estipulação contratual
entre os companheiros no caso de bens em condomínio; e
III - a cada um dos bens ou direitos possuídos em comunhão e ao valor do conjunto dos bens ou
direitos da mesma natureza, alienados em um mesmo mês, no caso de sociedade conjugal ou de
união estável sem estipulação contratual entre os companheiros.
§ 2º Para fins do disposto no inciso I do § 1º, consideram-se bens ou direitos da mesma natureza
aqueles que guardem as mesmas características entre si, tais como automóveis e motocicletas,
imóvel urbano e terra nua ou quadros e esculturas.
§ 5º Para efeitos da apuração do limite de que trata o inciso VIII do caput, a conversão para
dólares dos Estados Unidos da América será feita na data de cada alienação.
§ 6º Para fins do disposto no inciso II do caput, na hipótese de o bem ter sido adquirido por
cônjuges casados obrigatoriamente sob o regime de separação de bens, esses requisitos devem
ser verificados individualmente, por cônjuge, observada a parcela do preço que lhe couber.
Seção VII
Dos Demais Rendimentos
Art. 11. São isentos ou não se sujeitam ao imposto sobre a renda, os seguintes rendimentos:
II - valor locativo do prédio construído, quando ocupado por seu proprietário ou cedido
gratuitamente para uso do cônjuge, pais ou filhos;
III - valor dos bens e direitos adquiridos por doação ou por sucessão, nos casos de herança,
legado ou doação em adiantamento da legítima;
IV - capital das apólices de seguro ou pecúlio pago por morte do segurado, bem como os
prêmios de seguro restituídos em qualquer caso, inclusive no de renúncia do contrato;
VII - diferença a maior entre o valor de mercado de bens e direitos recebidos em devolução do
capital social e o valor deste constante da declaração de bens do titular, sócio ou acionista,
quando a devolução for realizada pelo valor de mercado;
VIII - valores pagos em espécie pelos estados, Distrito Federal e municípios, relativos ao
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e ao Imposto sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISS), no âmbito de programas de concessão de crédito voltados
ao estímulo à solicitação de documento fiscal na aquisição de mercadorias e serviços;
IX - prêmio em dinheiro obtido em loterias até o limite do valor da 1ª (primeira) faixa da tabela
de incidência mensal do IRPF;
XII - os valores percebidos a título de bolsa, no âmbito do Programa Mais Médicos, previstos na
Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013;
XIII - os valores percebidos a título de bolsa, no âmbito do Programa de Bolsas para a Educação
pelo Trabalho, previstos na Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005;
XIV - os rendimentos recebidos pelos condomínios residenciais constituídos nos termos da Lei
nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, limitado a R$ 24.000,00 (vinte e quatro mil reais) por ano-
calendário, e desde que sejam revertidos em benefício do condomínio para cobertura de despesas
de custeio e de despesas extraordinárias, estejam previstos e autorizados na convenção
condominial, não sejam distribuídos aos condôminos e decorram:
§ 1º Para fins do disposto no inciso I do caput, não caracterizam contraprestação de serviços nem
vantagem para o doador as bolsas de estudo recebidas pelos médicos-residentes, bem como as
bolsas recebidas pelos servidores das redes públicas de educação profissional, científica e
tecnológica que participem das atividades do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
ao Emprego (Pronatec), nos termos do § 1º do art. 9º da Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011.
§ 2º O disposto no inciso VIII do caput não se aplica aos prêmios recebidos por meio de sorteios,
em espécie, bens ou serviços, no âmbito dos programas de concessão de crédito voltados ao
estímulo à solicitação de documento fiscal na aquisição de mercadorias e serviços.
§ 3º São isentos do imposto na fonte e na Declaração de Ajuste Anual (DAA) das pessoas físicas,
os rendimentos distribuídos pelos Fundos de Investimento Imobiliários cujas cotas sejam
admitidas à negociação exclusivamente em bolsas de valores ou no mercado de balcão
organizado, conforme dispõe o § 1º do art. 9º.
CAPÍTULO IV
DOS RENDIMENTOS TRIBUTADOS EXCLUSIVAMENTE NA FONTE
Art. 13. O rendimento pago a título de Gratificação Natalina, para efeitos de apuração do IRRF,
tem o seguinte tratamento:
IV - na apuração de sua base de cálculo deve ser considerado o valor total desse rendimento,
inclusive antecipações, sendo permitidas as deduções previstas no art. 56, desde que a ele
correspondente.
II - pode ser excluída a parcela isenta dos rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão,
transferência para a reserva remunerada ou reforma, correspondente ao 13º (décimo terceiro)
salário pago pela Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios,
por qualquer pessoa jurídica de direito público interno ou por entidades de previdência
complementar, a partir do mês em que o contribuinte completar 65 (sessenta e cinco) anos de
idade, até o valor mensal constante da tabela do Anexo IV a esta Instrução Normativa.
Art. 14. Na hipótese de recebimento, por beneficiário maior de 65 (sessenta e cinco) anos, de
rendimentos de aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, de
mais de uma fonte pagadora, deverá ser observado relativamente à Gratificação Natalina paga
por fonte, o seguinte:
I - pode ser excluída a parcela isenta a que se refere o inciso II do § 6º do art. 13;
II - a parcela isenta da Gratificação Natalina paga por fonte deve ser informada como outros
rendimentos isentos e não tributáveis na DAA.
Art. 15. O abono anual pago pelas entidades fechadas de previdência complementar, quando ele
tenha a característica de previdência complementar, segue regra idêntica àquela aplicável ao
Regime Geral da Previdência Social no que se refere à incidência do imposto sobre a renda
relativa ao rendimento da Gratificação Natalina.
Art. 16. A Gratificação Natalina recebida de órgãos de governo estrangeiro no País por residente
no Brasil é tributada em conjunto com os demais rendimentos recebidos no mês pelo
beneficiário, sujeitos ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão), no mês do recebimento e
na DAA.
Art. 17. São tributadas exclusivamente na fonte as importâncias recebidas pelos trabalhadores a
título de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) das empresas.
§ 1º A participação de que trata o caput será tributada pelo imposto sobre a renda exclusivamente
na fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos, no ano do recebimento ou crédito, com
base na tabela progressiva anual constante do Anexo III a esta Instrução Normativa e não
integrará a base de cálculo do imposto devido pelo beneficiário na DAA.
§ 2º Para efeitos da apuração do imposto sobre a renda, a participação dos trabalhadores nos
lucros ou resultados da empresa será integralmente tributada, com base na tabela progressiva de
que trata o § 1º.
Seção III
Do Transportador Autônomo Pessoa Física Residente na República do Paraguai
Art. 18. Os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos por contratante
pessoa jurídica domiciliada no País, autorizada a operar transporte rodoviário internacional de
carga, a beneficiário transportador autônomo pessoa física residente na República do Paraguai,
considerado como sociedade unipessoal naquele País, quando decorrentes da prestação de
serviços de transporte rodoviário internacional de carga, estão sujeitos à incidência do IRRF,
calculado mediante a utilização das tabelas de que trata o Anexo II a esta Instrução Normativa.
§ 1º O imposto incidirá sobre 10% (dez por cento) do rendimento bruto decorrente do transporte
rodoviário internacional de carga.
§ 2º O imposto deve ser retido na fonte por ocasião de cada pagamento, crédito, entrega,
emprego ou remessa, aplicando-se, se houver mais de um desses eventos efetuados pela mesma
fonte pagadora no mês de apuração, a alíquota correspondente à base de cálculo apurada depois
da soma dos rendimentos, compensando-se o imposto retido anteriormente.
§ 3º O imposto sobre a renda apurado nos termos desta Seção deve ser recolhido até o último dia
útil do 1º (primeiro) decêndio do mês subsequente ao da ocorrência dos fatos geradores,
mediante a utilização do código de receita 0610.
VII - o lucro arbitrado relativo aos anos-calendário de 1994 e 1995 considerado distribuído aos
sócios ou acionistas;
XI - prêmios distribuídos por meio de concursos e sorteios em geral, sob a forma de bens e
serviços, e os pagos em dinheiro, exceto vale-brinde;
XIII - benefícios líquidos, resultantes ou não de amortização antecipada, mediante sorteio, dos
títulos de capitalização, rendimentos auferidos com títulos de capitalização, no caso de resgate,
sem sorteio, e benefícios atribuídos a portadores de títulos de capitalização com base nos lucros
da empresa emitente;
XVI - rendimentos recebidos no Brasil por não residentes, exceto os ganhos a que se referem os
incisos I, VI, VII e VIII do caput do art. 21;
CAPÍTULO V
DOS RENDIMENTOS SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO DEFINITIVA
Art. 20. Consideram-se rendimentos sujeitos à tributação definitiva os não sujeitos a antecipação
para fins de ajuste anual, cujo recolhimento tenha sido efetuado pelo próprio sujeito passivo.
VIII - ganhos líquidos auferidos em operações realizadas nos mercados de liquidação futura, fora
de bolsa.
Parágrafo único. Estão também sujeitos à tributação definitiva os ganhos de capital e os ganhos
líquidos referidos nos incisos I, VI, VII e VIII do caput quando recebidos por pessoas não
residentes no País.
CAPÍTULO VI
DOS RENDIMENTOS TRIBUTADOS NA FONTE A TÍTULO DE ANTECIPAÇÃO
Art. 22. Estão sujeitos à incidência do IRRF, calculado mediante a utilização das tabelas
progressivas constantes do Anexo II a esta Instrução Normativa, observado o disposto no art. 65,
a título de antecipação do devido na DAA, os rendimentos do trabalho assalariado pagos por
pessoa física ou jurídica e os demais rendimentos pagos por pessoa jurídica a pessoa física, tais
como:
V - 10% (dez por cento), no mínimo, dos rendimentos decorrentes do transporte de carga e
serviços com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados, e 60% (sessenta
por cento), no mínimo, dos rendimentos decorrentes do transporte de passageiros;
IX - despesas ou encargos, cujo ônus seja do empregado, pagos pelo empregador em favor
daquele, tais como aluguel, contribuição previdenciária, imposto sobre a renda e seguro de vida;
XI - salário-educação;
XII - multas e quaisquer outras vantagens pagas ou creditadas por pessoa jurídica em virtude de
infração a cláusula de contrato, sem gerar a sua rescisão, observado o disposto no art. 22-A;
XIV - salários indiretos concedidos pelas empresas e pagos a administradores, diretores, gerentes
e seus assessores, como benefícios e vantagens adicionais decorrentes de cargos, funções ou
empregos, quando identificado o beneficiário;
XV - 10% (dez por cento), no mínimo, dos rendimentos recebidos pelos garimpeiros na venda, a
empresas legalmente habilitadas, de metais preciosos, pedras preciosas e semipreciosas;
XVII - lucros efetivamente pagos a sócios, acionistas ou titular de empresa individual, tributados
pelo regime do lucro presumido, e escriturados no livro Caixa ou nos livros de escrituração
contábil, que ultrapassarem o valor do lucro presumido deduzido dos impostos e contribuições
correspondentes ou o valor do lucro contábil e dos lucros acumulados ou reservas de lucros de
períodos-base anteriores;
XVIII - os juros pagos pelas cooperativas a seus associados como remuneração do capital social.
§ 1º Considera-se fonte pagadora a pessoa física ou a pessoa jurídica que pagar ou creditar
rendimentos.
§ 2º No caso a que se refere o inciso XV do caput, a prova de origem desses rendimentos será
feita por meio da via da nota de aquisição destinada ao garimpeiro pela empresa compradora.
Art. 22-A. A multa ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda que
a título de indenização, a beneficiária pessoa física, inclusive isenta, em virtude de rescisão de
contrato, sujeita-se à incidência do IRRF à alíquota de 15% (quinze por cento), sendo o imposto
considerado como antecipação do devido em cada período de apuração.
Art. 23. Estão sujeitos à incidência do IRRF, à alíquota de 15% (quinze por cento), a título de
antecipação do devido na DAA, os resgates, parciais ou totais, de recursos acumulados relativos
a participantes dos planos de benefícios de caráter previdenciário, estruturados nas modalidades
de contribuição definida ou contribuição variável, das entidades de previdência complementar e
das sociedades seguradoras, que não tenham efetuado a opção de que trata o art. 1º da Lei nº
11.053, de 2004.
Art. 24. O imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos pagos em cumprimento de
decisão judicial deve ser retido pela pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento no
momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponível para o beneficiário.
§ 1º Fica dispensada a soma dos rendimentos pagos no mês, para aplicação da alíquota
correspondente, nos casos de:
II - honorários advocatícios;
III - remuneração pela prestação de serviços de engenheiro, médico, contador, leiloeiro, perito,
assistente técnico, avaliador, síndico, testamenteiro e liquidante.
85 Prof. Loberto Sasaki
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§ 2º Quando se tratar de rendimento sujeito à aplicação da tabela progressiva, deve ser utilizada a
tabela vigente no mês do pagamento ou crédito, observado, no que couber, o disposto no
Capítulo VII.
§ 3º O imposto incidirá sobre o total dos rendimentos pagos, inclusive juros, atualização
monetária e o rendimento abonado pela instituição financeira depositária, no caso de o
pagamento ser efetuado mediante levantamento do depósito judicial.
Subseção I
Dos Rendimentos Decorrentes de Decisão da Justiça Federal
Art. 25. No caso de rendimentos pagos, em cumprimento de decisão da Justiça Federal, mediante
precatório ou requisição de pequeno valor, o IRRF deve ser retido pela instituição financeira
responsável pelo pagamento e incide à alíquota de 3% (três por cento) sobre o montante pago,
sem quaisquer deduções, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal,
ressalvado o disposto no Capítulo VII.
§ 2º O IRRF de acordo com o caput será considerado antecipação do imposto apurado na DAA.
Subseção II
Dos Rendimentos Decorrentes de Decisão da Justiça do Trabalho
§ 1º Cabe à fonte pagadora, no prazo de 15 (quinze) dias da data da retenção, comprovar, nos
respectivos autos, o recolhimento do IRRF incidente sobre os rendimentos pagos.
§ 3º A não indicação pela fonte pagadora da natureza jurídica das parcelas objeto de acordo
homologado perante a Justiça do Trabalho acarreta a incidência do IRRF sobre o valor total da
avença.
Subseção III
Dos Rendimentos Decorrentes de Decisões da Justiça Estadual e do Distrito Federal
Seção III
Dos Servidores no Exterior a Serviço do País
Art. 28. Os rendimentos do trabalho assalariado recebidos, em moeda estrangeira, por residentes
no Brasil, de autarquias ou repartições do Governo brasileiro situadas no exterior, estão sujeitos
ao IRRF, mediante utilização da tabela progressiva de que trata o art. 65.
§ 2º As deduções, previstas nos incisos I, III e IV do caput do art. 52, devem ser convertidas em
reais, mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América fixado para venda
pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da 1ª (primeira) quinzena do mês anterior ao
do pagamento do rendimento.
Art. 29. No caso de pagamento de férias, inclusive as pagas em dobro, observado o disposto nos
incisos V, VII, VIII, IX e X do caput e § 1º do art. 62, a base de cálculo corresponde ao salário
relativo ao mês de férias, acrescido, conforme o caso, de 1/3 (um terço) do seu valor.
§ 1º O cálculo do imposto deve ser efetuado em separado de qualquer outro rendimento pago no
mês, inclusive no caso de férias indenizadas, ainda que proporcionais, pagas em rescisão de
contrato de trabalho.
§ 2º O valor da diferença de férias decorrente de reajuste salarial em mês posterior deve ser
tributado em separado, no mês do pagamento.
§ 3º Na determinação da base de cálculo podem ser efetuadas as deduções previstas no art. 52,
desde que correspondentes às férias.
Seção V
Do Aluguel de Imóvel Pago por Pessoa Física
Art. 30. Para determinação da base de cálculo sujeita ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-
leão) de que trata o Capítulo IX, no caso de rendimentos de aluguéis de imóveis pagos por
pessoa física, devem ser observadas as mesmas disposições previstas nos arts. 31 a 35.
Parágrafo único. Ressalvado o disposto no inciso II do caput do art. 11, o valor locativo do
imóvel cedido gratuitamente (comodato) será tributado na DAA.
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Seção VI
Do Aluguel de Imóvel Pago por Pessoa Jurídica
Art. 31. No caso de aluguéis de imóveis pagos por pessoa jurídica, não integrarão a base de
cálculo para efeito de incidência do imposto sobre a renda:
I - o valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o rendimento;
IV - as despesas de condomínio.
§ 1º Os encargos de que trata o caput somente poderão reduzir o valor do aluguel bruto quando o
ônus tenha sido do locador.
§ 2º Quando o aluguel for recebido por meio de imobiliárias, por procurador ou por qualquer
outra pessoa designada pelo locador, será considerada como data de recebimento aquela em que
o locatário efetuou o pagamento, independentemente de quando tenha havido o repasse para o
beneficiário.
Art. 32. Compõem a base de cálculo, para efeito de tributação, os juros de mora, atualização
monetária, multas por rescisão de contrato de locação, a indenização por rescisão antecipada ou
término do contrato e quaisquer acréscimos ou compensações pelo atraso no pagamento do
aluguel, bem como as benfeitorias realizadas no imóvel pelo locatário não reembolsadas pelo
locador e as luvas pagas ao locador, ainda que cedido o direito de exploração.
Art. 33. No caso de rendimentos de aluguéis de imóveis recebidos por residentes ou domiciliados
no exterior, compete ao seu procurador a retenção do imposto mediante aplicação da alíquota de
15% (quinze por cento), observado o disposto no art. 31.
Art. 34. Os rendimentos de aluguéis de imóveis depositados em juízo são tributados somente
quando disponibilizados ao beneficiário ou ao seu representante legal.
CAPÍTULO VII
DOS RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE
Seção I
Dos RRA Relativos a Anos-Calendário Anteriores ao do Recebimento
Subseção I
Dos RRA Submetidos à Incidência do Imposto sobre a Renda com Base na Tabela
Progressiva Correspondentes a Anos-calendário Anteriores ao do Recebimento
Art. 36. Os RRA, a partir de 11 de março de 2015, submetidos à incidência do imposto sobre a
renda com base na tabela progressiva, quando correspondentes a anos-calendário anteriores ao
do recebimento, serão tributados exclusivamente na fonte, no mês do recebimento ou crédito, em
separado dos demais rendimentos recebidos no mês.
II - do trabalho.
Art. 37. O imposto será retido, pela pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento ou pela
instituição financeira depositária do crédito, e calculado sobre o montante dos rendimentos
pagos, mediante a utilização de tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de
meses a que se referem os rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal
correspondente ao mês do recebimento ou crédito.
§ 2º A fórmula de cálculo da tabela progressiva acumulada a que se refere o caput, deverá ser
efetuada na forma prevista no Anexo IV a esta Instrução Normativa.
Art. 38. Do montante a que se refere o art. 37 poderão ser excluídas despesas, relativas aos
rendimentos tributáveis, com ação judicial necessária ao seu recebimento, inclusive de
advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização.
Art. 39. A base de cálculo será determinada mediante a dedução das seguintes despesas relativas
ao montante dos rendimentos tributáveis, observado o previsto no art. 36:
I - importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito
de Família, quando em cumprimento de decisão judicial, de acordo homologado judicialmente
ou de separação ou divórcio consensual realizado por escritura pública; e
II - contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios.
Art. 40. A pessoa responsável pela retenção de que trata o caput do art. 37 deverá, na forma,
prazo e condições estabelecidos na legislação do imposto, fornecer à pessoa física beneficiária o
Comprovante de Rendimentos Pagos e de Retenção do IRRF, bem como apresentar à Secretaria
da Receita Federal do Brasil (RFB) declaração contendo informações sobre:
II - a quantidade de meses;
I - além das informações de que tratam os incisos I e II do caput, a instituição financeira deverá
informar:
§ 2º Para fins do disposto no inciso II do § 1º, deverá ser utilizada a declaração constante do
Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 491, de 12 de janeiro de 2005.
Art. 41. O somatório dos rendimentos de que trata o art. 36, recebidos no decorrer do ano-
calendário, observado o disposto no art. 38, poderá integrar a base de cálculo do imposto sobre a
renda na DAA do ano-calendário do recebimento, à opção irretratável do contribuinte.
§ 3º No caso de que trata a alínea “b” do inciso II do § 2º, após o prazo fixado para a
apresentação da DAA, a retificação poderá ser efetuada, uma única vez, até 31 de dezembro de
2011.
Art. 42. Na hipótese de a pessoa responsável pela retenção de que trata o caput do art. 37 não ter
feito a retenção em conformidade com o disposto neste Capítulo ou ter promovido retenção
indevida ou a maior, a pessoa física beneficiária poderá efetuar ajuste específico na apuração do
imposto relativo aos RRA na DAA referente ao ano-calendário correspondente, do seguinte
modo:
a) em ficha própria; e
b) separadamente por fonte pagadora e para cada mês-calendário, com exceção da hipótese em
que a mesma fonte pagadora tenha realizado mais de um pagamento referente aos rendimentos
de um mesmo ano-calendário, sendo, neste caso, o cálculo realizado de modo unificado; e
II - o imposto resultante da apuração de que trata o inciso I será adicionado ao imposto apurado
na DAA, sujeitando-se aos mesmos prazos de pagamento e condições deste.
I - na hipótese de a Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf) já ter sido
apresentada, deverá retificá-la de modo a informar os RRA na ficha própria;
Subseção II
Dos Demais RRA
Art. 43. Os RRA que não decorram do previsto no art. 36 estarão sujeitos:
Seção II
Dos RRA Relativos ao Ano-Calendário do Recebimento
Art. 44. Os RRA relativos ao ano-calendário de recebimento estarão sujeitos à regra de que trata
o art. 12-B da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988.
Parágrafo único. Caso os RRA sejam pagos em cumprimento de decisão judicial:
Seção III
Das Disposições Gerais Relativas aos RRA
Art. 45. Para efeitos de apuração do imposto de que trata o art. 37, no caso de parcelas de RRA
pagas:
I - em meses distintos, a quantidade de meses relativa a cada parcela será obtida pela
multiplicação da quantidade de meses total pelo resultado da divisão entre o valor da parcela e a
soma dos valores de todas as parcelas, arredondando-se com uma casa decimal, se for o caso;
II - em um mesmo mês:
a) ao valor da parcela atual será acrescentado o total dos valores das parcelas anteriores
apurando-se nova base de cálculo e o respectivo imposto;
b) do imposto de que trata a alínea “a” será deduzido o total do imposto retido relativo às
parcelas anteriores.
Parágrafo único. O arredondamento do algarismo da casa decimal de que trata o inciso I do caput
será efetuado levando-se em consideração o algarismo relativo à 2ª (segunda) casa decimal, do
modo a seguir:
II - maior que 5 (cinco), será acrescentada uma unidade ao algarismo da 1ª (primeira) casa
decimal; e
III - igual a 5 (cinco), deverá ser analisada a 3ª (terceira) casa decimal, da seguinte maneira:
b) quando o algarismo estiver compreendido entre 5 (cinco) e 9 (nove), será acrescentada uma
unidade ao algarismo da 1ª (primeira) casa decimal.
Art. 46. No caso de se configurar a tributação exclusiva na fonte, nos termos do que dispõem os
arts. 37 e 38, os respectivos valores relativos a essa tributação terão caráter apenas informativo
na DAA referente ao ano-calendário do respectivo recebimento.
Art. 47. Em relação ao disposto no art. 41, por ocasião do ajuste anual, as opções poderão ser
exercidas de modo individual em relação ao titular e a cada dependente, desde que reflita o total
de rendimentos recebidos individualmente por eles.
Art. 48. No caso de sucessão causa mortis, em que tiver sido encerrado o espólio, a quantidade
de meses relativa ao valor dos RRA transmitido a cada sucessor será idêntica à quantidade de
meses aplicada ao valor dos RRA do de cujus.
Art. 49. Na hipótese de RRA a título complementar, o imposto a ser retido será a diferença entre
o incidente sobre a totalidade dos RRA paga, inclusive o superveniente, e a soma dos retidos
anteriormente.
92 Prof. Loberto Sasaki
Curso Prático de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
§ 1º Eventual diferença negativa de imposto, apurada na forma do caput, não poderá ser
compensada ou restituída.
§ 3º O disposto no caput será aplicado ainda que os RRA a título complementar tenham ocorrido
em parcelas.
§ 4º Em relação aos RRA a título complementar, a opção de que trata o art. 41:
I - poderá ser exercida de forma independente, quando os valores dos RRA, ou da última parcela
destes, tenham sido efetuados em anos-calendário anteriores ao recebimento do valor
complementar;
II - será a mesma adotada relativamente aos valores dos RRA, ou da última parcela, quando o
recebimento destes tenha sido efetuado no mesmo ano-calendário do recebimento do valor
complementar.
Art. 49-A. As despesas a que se referem os arts. 38 e 39 que tenham sido excluídas da base de
cálculo do imposto sobre a renda incidente sobre RRA em montante maior do que o devido, na
hipótese de devolução deste ao contribuinte, sua tributação será, no momento do recebimento,
sob a forma de RRA, aplicando-se o disposto no art. 49.
Art. 50. Nos anos-calendário de 2012 e 2013, no caso de rendimentos pagos, em cumprimento de
decisão da Justiças Federal, a pessoa física beneficiária dos RRA poderá apresentar à pessoa
responsável pela retenção a que se refere o art. 37 declaração, na forma do Anexo V a esta
Instrução Normativa, assinada pelo beneficiário ou por seu representante legal, quando não
identificadas as informações relativas à quantidade de meses a que se refere o art. 37, bem como
as exclusões e deduções de que tratam os arts. 39 e 40, necessários ao cálculo do IRRF.
§ 1º A declaração de que trata o caput deve ser emitida em 2 (duas) vias, devendo o responsável
pela retenção a que se refere o art. 38 arquivar a 1ª (primeira) via e devolver a 2ª (segunda) via,
como recibo, ao interessado.
§ 2º No caso de não preenchimento das informações de que trata o caput, será considerada a
quantidade de meses igual a 1 (um) e o valor das exclusões e deduções igual a 0 (zero).
§ 3º Na hipótese de a pessoa física beneficiária não apresentar a declaração de que trata o caput,
o responsável a que se refere o caput do art. 37 fará a retenção do IRRF observado o disposto no
art. 43.
Art. 51. Na hipótese de que trata o caput do art. 50, a pessoa física beneficiária poderá efetuar
ajuste específico na apuração do imposto relativo aos RRA, do seguinte modo:
a) em ficha própria; e
b) separadamente por fonte pagadora e para cada mês-calendário, com exceção da hipótese em
que a mesma fonte pagadora tenha realizado mais de um pagamento referente aos rendimentos
de um mesmo mês-calendário, sendo, neste caso, o cálculo realizado de modo unificado;
II - o imposto resultante da apuração de que trata o inciso I será adicionado ao imposto apurado
na DAA, sujeitando-se aos mesmos prazos de pagamento e condições deste.
Parágrafo único. A faculdade prevista no caput:
I - será exercida de modo definitivo nas DAA, respectivamente, dos exercícios de 2013 e 2014;
II - não poderá ser alterada, ressalvada a hipótese em que sua modificação ocorra no prazo fixado
para a apresentação das referidas DAA; e
III - deverá abranger a totalidade dos RRA, respectivamente, de cada um dos anos-calendário
referidos.
CAPÍTULO VIII
DA BASE DE CÁLCULO MENSAL
Art. 52. A base de cálculo sujeita à incidência mensal do IRRF é determinada mediante a
dedução das seguintes parcelas do rendimento tributável:
III - as contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios;
§ 1º Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto das contribuições de que trata o
inciso IV do caput, os valores pagos a esse título podem ser considerados para fins de dedução
da base de cálculo sujeita ao imposto mensal, desde que haja anuência da fonte pagadora e que o
beneficiário lhe forneça o original do comprovante de pagamento.
CAPÍTULO IX
DO RECOLHIMENTO MENSAL OBRIGATÓRIO (“CARNÊ-LEÃO”)
Seção I
Da Sujeição ao Recolhimento Mensal Obrigatório
Art. 53. Está sujeita ao pagamento mensal do imposto a pessoa física residente no País que
recebe:
I - rendimentos de outras pessoas físicas que não tenham sido tributados na fonte no País, tais
como decorrentes de arrendamento, subarrendamento, locação e sublocação de móveis ou
imóveis, e os decorrentes do trabalho não assalariado, assim compreendidas todas as espécies de
remuneração por serviços ou trabalhos prestados sem vínculo empregatício;
II - rendimentos ou quaisquer outros valores de fontes do exterior, tais como trabalho assalariado
ou não assalariado, uso, exploração ou ocupação de bens móveis ou imóveis, transferidos ou não
para o Brasil, lucros e dividendos;
III - emolumentos e custas dos serventuários da Justiça, como tabeliães, notários, oficiais
públicos e outros, independentemente de a fonte pagadora ser pessoa física ou jurídica, exceto
quando forem remunerados exclusivamente pelos cofres públicos;
IV - importância paga em dinheiro, a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito
de Família, quando em cumprimento de decisão judicial, inclusive a prestação de alimentos
provisionais, acordo homologado judicialmente, ou de separação consensual ou divórcio
consensual realizado por escritura pública;
§ 1º Os rendimentos em moeda estrangeira devem ser convertidos em dólar dos Estados Unidos
da América, pelo valor fixado pela autoridade monetária do país de origem dos rendimentos na
data do recebimento e, em seguida, em reais mediante utilização do valor do dólar fixado para
compra pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da 1ª (primeira) quinzena do mês
anterior ao do recebimento do rendimento.
§ 4º No caso a que se refere o inciso II do caput, para fins de compensação do imposto pago no
exterior, deve ser observado o disposto no § 2º do art. 65.
Art. 54. Os rendimentos sujeitos ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) devem integrar
a base de cálculo do imposto na DAA, sendo o imposto pago considerado antecipação do
apurado nessa declaração.
Seção II
Da Base de Cálculo do Recolhimento Mensal Obrigatório
Art. 55. O recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão), relativo aos rendimentos recebidos no
ano-calendário de pessoas físicas ou de fontes situadas no exterior, será calculado com base nos
valores das tabelas progressivas mensais constantes do Anexo II desta Instrução Normativa.
Art. 56. Para a determinação da base de cálculo do recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão),
pode-se deduzir do rendimento tributável:
§ 1º As deduções referidas no inciso I do caput podem ser utilizadas somente quando não
tiverem sido deduzidas de outros rendimentos auferidos no mês, sujeitos à tributação na fonte.
Subseção Única
Da Dedução de Despesas com Informatização pelos Titulares de Serviços de Registros
Públicos
Art. 57. Na determinação da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto, até o
exercício de 2014, ano-calendário de 2013, os titulares de serviços de registros públicos, para
fins de implementação dos serviços, previstos na Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, em
meio eletrônico, poderão deduzir os investimentos e demais gastos efetuados com
informatização, que compreende a aquisição de hardware, aquisição e desenvolvimento de
software e a instalação de redes.
§ 2º Na hipótese de alienação dos bens de que trata o caput, o valor da alienação deverá integrar
o rendimento bruto da atividade.
§ 3º O excesso de deduções apurado no mês pode ser compensado nos meses seguintes, até
dezembro, não podendo ser transposto para o ano seguinte.
CAPÍTULO X
DAS NORMAS DE RETENÇÃO NA FONTE
Art. 58. O imposto deve ser retido por ocasião de cada pagamento e, se houver mais de um
pagamento pela mesma fonte pagadora, aplica-se a alíquota correspondente à soma dos
rendimentos pagos à pessoa física, no mês, a qualquer título, compensando-se o imposto retido
anteriormente.
Art. 59. O recolhimento do IRRF sobre quaisquer rendimentos deve ser efetuado, de forma
centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica.
§ 1º A retenção do imposto deverá ser efetuada pela fonte pagadora, matriz ou filial.
§ 2º No caso de pagamento de rendimentos, a mesma pessoa física, no mesmo mês, por matriz e
filial ou por mais de uma filial, o IRRF a ser retido deverá ser calculado levando-se em conta o
valor total dos rendimentos acumulados, pagos no mês, por todos os estabelecimentos.
§ 3º As filiais deverão adotar mecanismos de controle para efetuarem a retenção do IRRF pelo
valor total dos rendimentos efetivamente recebidos pelo empregado no mesmo mês, informando,
tempestivamente, à matriz os referidos valores pagos e retidos, para que a matriz proceda ao
recolhimento do imposto, no prazo legal.
CAPÍTULO XI
DA DISPENSA DA RETENÇÃO
Art. 60. O reembolso total ou parcial, efetuado pela fonte pagadora em folha de salários, de
parcelas mensais referentes a pagamentos feitos por pessoas físicas a empresas domiciliadas no
País, destinados a coberturas de despesas médicas, odontológicas ou de hospitalização, e a
entidades que assegurem direito de atendimento ou ressarcimento de despesas da mesma
natureza, não constitui rendimento tributável, para fins de cálculo do IRPF, devendo ser,
entretanto, observado o disposto no inciso II do § 3º do art. 94.
Art. 61. É dispensada a retenção de imposto, de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais),
incidente na fonte sobre rendimentos que devam integrar a base de cálculo do imposto devido na
DAA, observado o disposto no § 3º do art. 105.
Art. 62. Estão dispensados da retenção do IRRF e da tributação na DAA os rendimentos de que
tratam os atos declaratórios emitidos pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional com base no
art. 19 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, desde que observados os termos dos respectivos
atos declaratórios, tais como os recebidos a título de:
V - férias não gozadas por necessidade do serviço, pagas a servidor público em pecúnia (Ato
Declaratório PGFN nº 4, de 12 de agosto de 2002);
VI - licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço, paga a servidor público em pecúnia
(Ato Declaratório PGFN nº 8, de 12 de agosto de 2002);
VII - férias e licença-prêmio não gozadas por necessidade do serviço, pagas em pecúnia, na
hipótese de o empregado não ser servidor público (Ato Declaratório PGFN nº 1, de 18 de
fevereiro de 2005);
IX - abono pecuniário de férias de que trata o art. 143 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (Ato Declaratório PGFN nº 6,
de 16 de novembro de 2006);
XI - adicional de 1/3 (um terço) previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal,
quando agregado a pagamento de férias - simples ou proporcionais - vencidas e não gozadas,
convertidas em pecúnia, em razão de rescisão do contrato de trabalho (Ato Declaratório PGFN nº
6, de 1º de dezembro de 2008);
XIII - parcela indenizatória devida aos parlamentares em face de convocação para sessão
legislativa extraordinária (Ato Declaratório PGFN nº 3, de 18 de setembro de 2008);
XIV - verbas recebidas a título de auxílio-creche e auxílio pré-escolar pelos trabalhadores até o
limite de 5 (cinco) anos de idade de seus filhos (Parecer PGFN/CRJ/Nº 2.118, de 10 de
novembro de 2011, aprovado por Despacho do Ministro de Estado da Fazenda publicado no
Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2011, e Ato Declaratório PGFN nº 13, de 20 de
dezembro de 2011);
XV - verbas recebidas a título de reembolso-babá (Ato Declaratório PGFN nº 1, de 2 de janeiro
de 2014);
XVI - verbas recebidas a título de dano moral (Ato Declaratório PGFN nº 9, de 2011; Parecer
PGFN/CRJ/Nº 2.123, de 2011); e
XVII - valores recebidos a título de aposentadoria, reforma ou pensão, quando o beneficiário for
portador do gênero patológico “cegueira”, seja ela binocular ou monocular, desde que
devidamente caracterizada por definição médica (Ato Declaratório Executivo PGFN nº 3, de 30
de março de 2016).
§ 2º Para fins do disposto no inciso IV do caput, deverão ser observadas as regras contidas na
Instrução Normativa RFB nº 1.343, de 2013.
I – aos rendimentos recebidos por técnicos a serviço das Organização das Nações Unidas (ONU)
contratados no Brasil para atuarem no Programa Nacional das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD);
b) de verbas que não acarretam acréscimo patrimonial ou que são isentas ou não tributadas (em
razão da regra de que o acessório segue o principal); e
III - às verbas auferidas a título de indenização advinda por desapropriação, seja por utilidade
pública ou por interesse social (Nota PGFN nº 1.114, de 14 de junho de 2012, item 69 de seu
anexo).
§ 4º O disposto no inciso I do § 3º aplica-se tanto aos funcionários da ONU quanto aos que a ela
prestem serviço, na condição de peritos de assistência técnica, condição esta que deriva de um
contrato temporário com período pré-fixado ou por meio de empreitada a ser realizada
(apresentação de projeto ou consultoria), equiparados em razão da aprovação, via decreto
legislativo, do Acordo Básico de Assistência Técnica firmado entre o Brasil, a ONU e suas
agências.
§ 5º Não se aplica o disposto no inciso II do § 3º, ou seja, incidirá IRRF sobre os juros de mora
decorrente, nos seguintes casos:
I – do pagamento em atraso de verbas trabalhistas que sofram a incidência do IRPF quando não
há rescisão do contrato de trabalho, em reclamatória trabalhista ou não;
IV – do recebimento em atraso pelo servidor público de verbas que atraem a incidência do IRPF.
§ 6º O valor pago a título de auxílio-creche de que trata o inciso XIV do caput não pode ser
deduzido da base de cálculo do imposto na DAA.
CAPÍTULO XII
DOS ADIANTAMENTOS
Art. 63. O adiantamento de rendimentos correspondentes a determinado mês não está sujeito à
retenção, desde que os rendimentos sejam integralmente pagos no próprio mês a que se
referirem, momento em que são efetuados o cálculo e a retenção do imposto sobre o total dos
rendimentos pagos no mês.
CAPÍTULO XIII
DO REAJUSTAMENTO DA BASE DE CÁLCULO
Art. 64. Quando a fonte pagadora assumir o ônus do imposto devido pelo beneficiário, a
importância paga, creditada, empregada, remetida ou entregue, é considerada líquida, cabendo o
reajustamento do respectivo rendimento bruto, sobre o qual recai o imposto.
RP – D
RR =
1 – (T/100)
Sendo:
RR, o rendimento reajustado;
RP, o rendimento pago, correspondente à base de cálculo antes do reajustamento;
D, a dedução da classe de rendimentos a que pertence o RP;
T, a alíquota da classe de rendimentos a que pertence o RP.
§ 2º Na aplicação da fórmula a que se refere o § 1º, deve ser observado o seguinte;
I - se a alíquota aplicável for fixa, o valor da dedução é zero e T é a própria alíquota;
I - aos prêmios distribuídos sob a forma de bens e serviços, por meio de concursos e sorteios de
qualquer espécie;
II - ao valor dos juros remetidos para o exterior, devidos em razão da compra de bens a prazo,
ainda quando o beneficiário dos rendimentos for o próprio vendedor.
CAPÍTULO XIV
DA TABELA PROGRESSIVA MENSAL
Seção I
Do Cálculo do Imposto na Fonte e do Recolhimento Mensal Obrigatório
Art. 65. O imposto sobre a renda mensal é calculado mediante a utilização das tabelas
progressivas constantes do Anexo II a esta Instrução Normativa.
§ 1º O imposto de que trata este artigo é calculado sobre os rendimentos efetivamente recebidos
em cada mês.
I - o valor compensado não pode exceder a diferença entre o imposto calculado sem a inclusão
dos rendimentos de fontes no exterior e o imposto devido com a inclusão dos mesmos
rendimentos;
Seção II
Do Prazo para o Recolhimento Mensal Obrigatório
Art. 66. O imposto apurado na forma do art. 65 deverá ser pago até o último dia útil do mês
subsequente àquele em que os rendimentos ou ganhos forem percebidos.
CAPÍTULO XV
DO RECOLHIMENTO COMPLEMENTAR
§ 1º O recolhimento deve ser efetuado, no curso do ano-calendário, até o último dia útil do mês
de dezembro.
§ 2º O imposto complementar pode ser retido, mensalmente, por uma das fontes pagadoras,
pessoa jurídica, desde que haja concordância da pessoa física beneficiária.
Seção I
Da Base de Cálculo
Art. 68. Para efeitos do disposto no art. 67, a base de cálculo é a diferença entre a soma dos
seguintes valores:
II - das deduções utilizadas na base de cálculo mensal ou pagas até o mês do recolhimento
mensal obrigatório (carnê-leão), correspondentes às:
c) despesas médicas;
Seção II
Da Complementação do Imposto
Art. 69. Apurada a base de cálculo conforme disposto no art. 68, a complementação do imposto é
determinada mediante a utilização da tabela progressiva anual.
CAPÍTULO XVI
DA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL
Seção I
Da Regra Geral
Art. 70. As pessoas físicas devem apresentar anualmente DAA destinada a apurar o saldo do
imposto a pagar ou a ser restituído, observados forma, prazo e condições estabelecidos pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Parágrafo único. Quando motivos de força maior, devidamente justificados perante o chefe da
repartição lançadora, impossibilitarem a entrega tempestiva da declaração, pode ser concedida,
mediante requerimento, uma só prorrogação de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo do
pagamento do imposto nos prazos regulares.
Seção II
Do Desconto Simplificado
Art. 71. O contribuinte poderá optar por desconto simplificado, que substituirá todas as deduções
admitidas na legislação, correspondente à dedução de 20% (vinte por cento) do valor dos
rendimentos tributáveis na DAA, independentemente do montante desses rendimentos,
dispensadas a comprovação da despesa e a indicação de sua espécie.
Seção III
Da Apuração da Base de Cálculo do Ajuste Anual
b) a quantia, por dependente, qualquer que seja o mês de início ou do término da relação de
dependência durante o ano-calendário, constante da tabela anual do Anexo VI a esta Instrução
Normativa;
d) despesas médicas; e
Seção IV
Da Atividade Rural
Art. 73. O resultado positivo da atividade rural, apurado de acordo com a Lei nº 8.023, de 12 de
abril de 1990, integra a base de cálculo do imposto na declaração de rendimentos.
Seção V
Dos Bens e Direitos
Art. 74. Como parte integrante da DAA, a pessoa física deve apresentar relação pormenorizada
dos bens móveis e imóveis e direitos que, no País ou no exterior, constituam o seu patrimônio e o
de seus dependentes, em 31 de dezembro do ano-calendário, bem como os bens e direitos
adquiridos e alienados nesse período.
II - os demais bens móveis, tais como antiguidades, obras de arte, objetos de uso pessoal e
utensílios, bem como os direitos cujo valor de aquisição unitário seja igual ou superior a R$
5.000,00 (cinco mil reais);
§ 4º Os bens e direitos existentes no exterior devem ser declarados pelos valores de aquisição
constantes dos respectivos instrumentos de transferência de propriedade, convertidos em reais da
seguinte forma:
I - se adquiridos até 31 de dezembro de 1999, pela cotação cambial de venda, fixada pelo Banco
Central do Brasil, para o dia da transmissão da propriedade;
§ 6º Para efeitos do disposto no inciso I do § 4º e no § 5º, quando a moeda utilizada não tiver
cotação no Brasil, o valor é convertido conforme o disposto no inciso II do § 4º.
§ 9º Os bens ou direitos do ativo da pessoa jurídica que forem recebidos pelo titular, sócio ou
acionista a título de devolução de sua participação no capital são informados pelo valor contábil
ou de mercado, conforme avaliado pela pessoa jurídica.
§ 12. Em função da reabertura do prazo para adesão ao RERCT, conforme previsto no art. 2º da
Lei nº 13.428, de 30 de março de 2017, a pessoa física optante deverá apresentar à RFB a DAA
do exercício de 2017, ano-calendário de 2016, em cuja ficha Bens e Direitos deverão constar as
informações sobre os recursos, bens e direitos declarados na Dercat, observadas as regras
previstas na Instrução Normativa RFB nº 1.704, de 31 de março de 2017.
Seção VI
Das Dívidas e Ônus Reais
Art. 75. Os ônus reais e obrigações da pessoa física e de seus dependentes, em 31 de dezembro
do ano-calendário, devem ser consignados quando o valor for superior a R$ 5.000,00 (cinco mil
reais).
Parágrafo único. As dívidas e ônus reais assumidos em instituições financeiras no exterior são
convertidos para reais pela cotação fixada, para compra, pelo Banco Central do Brasil, para 31
de dezembro do ano-calendário.
Seção VII
Da Cessão Gratuita de Imóvel
Art. 76. Ressalvado o disposto no inciso II do caput do art. 11, considera-se rendimento
tributável, na DAA, o valor locativo de imóvel cedido gratuitamente.
Parágrafo único. O rendimento tributável é equivalente a 10% (dez por cento) do valor venal do
imóvel cedido, podendo ser adotado o constante na guia do Imposto Predial e Territorial Urbano
(IPTU) correspondente ao ano-calendário da DAA.
Seção VIII
Do Acréscimo Patrimonial
Seção IX
Dos Ganhos de Capital e Ganhos Líquidos
Art. 78. Não integram a base de cálculo os ganhos de capital na alienação de bens e direitos e os
ganhos líquidos auferidos nas operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de
futuros e assemelhadas, nos mercados de liquidação futura fora de bolsas e na alienação de ouro,
ativo financeiro.
Parágrafo único. Os ganhos são apurados e tributados em separado e o imposto pago não pode
ser compensado na declaração de ajuste, com exceção do valor do imposto retido na fonte
incidente sobre ganhos líquidos, à alíquota de 0,005% (cinco milésimos por cento), se houver
saldo de imposto retido, depois de:
II - compensado com o imposto incidente sobre ganhos líquidos apurados nos meses
subsequentes;
III - compensado com o imposto devido sobre o ganho de capital na alienação de ações.
Seção X
Da Apuração Anual do Imposto
Art. 79. O imposto sobre a renda na DAA será calculado de acordo com a respectiva tabela
progressiva anual, correspondente à soma das tabelas progressivas mensais vigentes nos meses
de cada ano-calendário, constante do Anexo VII a esta Instrução Normativa.
Seção XI
Das Deduções do Imposto Apurado
Art. 80. Do imposto apurado na forma prevista no art. 79 podem ser deduzidos:
I - as doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, distrital,
estaduais ou municipais;
IV – as quantias referentes:
XI - o valor do IRRF incidente sobre ganhos líquidos, observado o disposto no art. 78;
XII - o valor do imposto retido na fonte sobre os rendimentos recebidos acumuladamente de que
trata o Capítulo VII.
§ 1º A soma das deduções referidas nos incisos I a V do caput não pode reduzir o imposto
apurado em mais de 6% (seis por cento), não sendo aplicável limite específico individualmente.
107 Prof. Loberto Sasaki
Curso Prático de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
§ 2º As deduções de que trata o inciso I do caput, caso efetuadas diretamente na DAA, não
poderão exceder a 3% (três por cento) do valor do imposto sobre a renda devido, nela apurado.
§ 4º A dedução de que trata o inciso VI do caput está limitada ao valor do imposto apurado na
DAA, deduzidos os valores de que tratam os incisos I a V, VII e VIII do caput.
§ 5º As deduções previstas nos incisos VII e VIII do caput estão cada uma delas limitada a 1%
(um por cento) do imposto sobre a renda devido apurado na DAA, mas não estão sujeitas ao
limite global de 6% (seis por cento) de que trata o § 1º.
§ 6º O IRRF de que trata o inciso IX do caput somente poderá ser compensado na DAA, se o
contribuinte possuir comprovante de retenção emitido em seu nome pela fonte pagadora dos
rendimentos, observados forma, prazo e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil.
Seção XII
Do Imposto Pago no Exterior
Art. 81. Havendo acordo, tratado ou convenção para evitar a dupla tributação de renda entre o
Brasil e o país de origem dos rendimentos sujeitos à tributação no Brasil, ou reciprocidade de
tratamento, o imposto sobre a renda cobrado pelo país de origem pode ser compensado, por
ocasião da apuração do imposto devido na DAA, desde que não passível de restituição ou
compensação naquele país.
§ 1º O imposto pago em moeda estrangeira deve ser convertido em reais conforme o disposto no
inciso II do § 2º do art. 65.
§ 2º A compensação não pode exceder a diferença entre o valor do imposto calculado antes e
depois da inclusão dos rendimentos produzidos no exterior.
Seção XIII
Da Retificação da DAA
Art. 82. Eventuais erros ou omissão de informações verificados na DAA, depois de sua
apresentação, devem ser retificados pelo contribuinte por meio de declaração retificadora, desde
que não esteja sob procedimento de ofício, independentemente de autorização administrativa.
Parágrafo único. A declaração retificadora referida no caput:
II - será processada, inclusive para fins de restituição, em função da data de sua entrega.
Art. 83. Depois do prazo previsto para a entrega da declaração, não será admitido retificação que
tenha por objetivo alteração na forma de tributação, bem como a retificação de declaração que
venha alterar matéria tributável objeto de lançamento regularmente cientificado ao sujeito
passivo.
Art. 83-A. Nas hipóteses de redução de débitos já inscritos em Dívida Ativa da União bem como
de redução de débitos objeto de pedido de parcelamento deferido, admitir-se-á a retificação da
declaração tão somente após autorização administrativa, desde que haja prova inequívoca da
ocorrência de erro no preenchimento da declaração, e enquanto não extinto o crédito tributário.
Art. 84. Quando a retificação da declaração resultar em aumento do imposto declarado, será
observado o seguinte procedimento:
I - calcula-se o novo valor de cada quota, mantendo-se o número de quotas em que o imposto foi
parcelado na declaração retificada; e
II - sobre a diferença correspondente a cada quota vencida incidem acréscimos legais calculados
de acordo com o art. 106.
I - calcula-se o novo valor de cada quota, mantendo-se o número de quotas em que o imposto foi
parcelado na declaração retificada, desde que respeitado o valor mínimo estabelecido; e
II - os valores pagos a maior relativos às quotas vencidas, bem como os acréscimos legais
referentes a esses valores, podem ser compensados nas quotas vincendas, ou ser objeto de
restituição.
Parágrafo único. Sobre o montante a ser compensado ou restituído incidem juros equivalentes à
taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), tendo como termo inicial
o mês subsequente ao do pagamento a maior, e como termo final o mês anterior ao da restituição
ou da compensação, adicionado de 1% (um por cento) no mês da restituição ou compensação.
CAPÍTULO XVII
DAS NORMAS RELATIVAS ÀS DEDUÇÕES DA BASE DE CÁLCULO
Seção I
Da Contribuição Previdenciária
I - para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios;
§ 2º Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto da contribuição previdenciária,
o valor pago a esse título pode ser considerado para fins de dedução da base de cálculo sujeita ao
imposto mensal, desde que haja anuência da fonte pagadora e que o beneficiário lhe forneça o
original do comprovante de pagamento.
§ 3º Às contribuições não deduzidas na forma dos §§ 1º e 2º, é assegurada a dedução dos valores
pagos a esse título na DAA.
Art. 87. As contribuições de que tratam os incisos II e III do caput do art. 86 ficam
condicionadas ao recolhimento, também, de contribuições para o regime geral de previdência
social ou, quando for o caso, para o regime próprio de previdência social dos servidores titulares
de cargo efetivo da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, observada a
contribuição mínima, e limitadas a 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados
na determinação da base de cálculo do imposto devido na DAA.
§ 2º A dedução a que se refere o inciso III do art. 86, desde que limitada à alíquota de
contribuição do ente público patrocinador, não se sujeita ao limite previsto no caput.
Art. 88. A partir do ano-calendário de 2001, as contribuições de que trata o inciso II do caput do
art. 86, cujo titular ou quotista seja dependente, conforme o disposto no art. 91, e incluído na
declaração, podem ser deduzidas desde que observadas as condições e o limite global referidos
no art. 87.
Parágrafo único. Na hipótese de dependente com mais de 16 (dezesseis) anos, a dedução a que se
refere o caput fica condicionada, ainda, ao recolhimento, em seu nome, de contribuições para o
regime geral de previdência social, observada a contribuição mínima, ou, quando for o caso, para
o regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos
estados, do Distrito Federal ou dos municípios.
Art. 89. Os prêmios de seguro de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência são
indedutíveis para fins de determinação da base de cálculo do imposto devido na DAA.
Seção II
Dos Dependentes
I - o cônjuge;
II - o companheiro ou a companheira, desde que haja vida em comum por mais de 5 (cinco)
anos, ou por período menor se da união resultou filho;
III - a filha, o filho, a enteada ou o enteado, até 21 (vinte e um) anos, ou de qualquer idade
quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho;
IV - o menor pobre, até 21 (vinte e um) anos, que o contribuinte crie e eduque e do qual detenha
a guarda judicial;
V - o irmão, o neto ou o bisneto, sem arrimo dos pais, até 21 (vinte e um) anos, desde que o
contribuinte detenha a guarda judicial, ou de qualquer idade quando incapacitado física ou
mentalmente para o trabalho;
VI - os pais, os avós ou os bisavós, desde que não aufiram rendimentos, tributáveis ou não,
superiores ao limite de isenção mensal;
§ 1º As pessoas elencadas nos incisos III e V do caput podem ser consideradas dependentes
quando maiores até 24 (vinte e quatro) anos de idade, se estiverem cursando estabelecimento de
ensino superior ou escola técnica de 2º (segundo) grau.
I - o contribuinte pode considerar, como dependentes, os que ficarem sob sua guarda em
cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente; e
II - havendo guarda compartilhada, cada filho(a) pode ser considerado como dependente de
apenas um dos pais.
§ 4º O responsável pelo pagamento a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito
de Família, quando em cumprimento de decisão judicial, inclusive a prestação de alimentos
provisionais, de acordo homologado judicialmente, ou de escritura pública, não pode efetuar a
dedução do valor correspondente a dependente, exceto na hipótese de mudança na relação de
dependência no decorrer do ano-calendário.
§ 6º Para fins de desconto do imposto na fonte, os beneficiários devem informar à fonte pagadora
os dependentes a serem utilizados na determinação da base de cálculo, devendo a declaração ser
firmada por ambos os cônjuges, no caso de dependentes comuns.
§ 7º Na DAA pode ser considerado dependente aquele que, no decorrer do ano-calendário, tenha
sido dependente do outro cônjuge para fins do imposto mensal, observado o disposto no § 5º.
§ 8º Para fins do disposto no inciso II do caput, considera-se também dependente o companheiro
ou companheira de união homoafetiva.
Seção III
Das Despesas com Instrução
Art. 91. Na determinação da base de cálculo do imposto devido na DAA podem ser deduzidos, a
título de despesas com instrução do contribuinte e de seus dependentes incluídos na declaração,
os pagamentos efetuados a instituições de ensino até o limite anual individual constante da tabela
do Anexo VIII a esta Instrução Normativa.
II - ao ensino fundamental;
§ 5º As despesas com instrução de deficiente físico ou mental são dedutíveis a esse título,
podendo ser deduzidas como despesa médica se a deficiência for atestada em laudo médico e o
pagamento for efetuado a entidades de assistência a deficientes físicos ou mentais.
§ 6º Incluem-se no conceito do caput as despesas com cursos destinados à Educação para Jovens
e Adultos (EJA), previstos nos arts. 37 e 38 da Lei nº 9.394, de 1996, efetuados em instituições
de ensino autorizadas e reconhecidas pelo Estado, salvo quando se constituam em curso
meramente preparatório à prestação de exames supletivos.
§ 8º Na hipótese prevista no § 7º, se o terceiro não for integrante da entidade familiar, há que se
comprovar a transferência de recursos, para este, de alguém que faça parte da entidade familiar.
§ 9º Pode ser deduzida como despesa com instrução a parcela paga à instituição de ensino com
recursos do crédito educativo, observado o disposto no inciso VIII do caput do art. 92.
III - o pagamento de aulas de música, dança, natação, ginástica, tênis, pilotagem, dicção, corte e
costura, informática e assemelhados;
Art. 93. As quantias remetidas ao exterior, para pagamento de despesas com matrícula e
mensalidades escolares, podem ser deduzidas a título de despesas com instrução, desde que
preenchidas as condições previstas nesta seção.
§ 1º Os gastos com passagens e estadas feitos pelo contribuinte, com ele próprio ou com seus
dependentes, a fim de estudar no exterior, não podem ser deduzidos como despesas com
instrução.
§ 2º O imposto eventualmente retido sobre a remessa, no caso a que se refere o § 1º, não pode ser
compensado na declaração de rendimentos.
Seção IV
Das Despesas Médicas
Art. 94. Na DAA podem ser deduzidos os pagamentos efetuados, no ano-calendário, a médicos,
dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem
como as despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e
próteses ortopédicas e dentárias.
§ 2º A dedução das despesas, de que trata este artigo, restringe-se aos pagamentos efetuados pelo
contribuinte, relativos ao seu próprio tratamento ou a de seus dependentes.
§ 3º Deverão ser diminuídas do valor da dedução de que trata este artigo as despesas ressarcidas
por:
II - fonte pagadora em folha de salários, referentes a pagamentos efetuados por pessoas físicas a
entidades de que trata o § 1º.
§ 5º Se o ressarcimento, efetuado por empresas e entidades de que trata o § 1º, for recebido em
ano-calendário posterior ao de sua dedução, o seu valor deve ser informado como rendimento
tributável recebido de pessoa jurídica no ano-calendário de seu recebimento.
§ 6º Não podem ser deduzidos os pagamentos que caracterizem investimentos em empresas, tais
como títulos patrimoniais, quotas ou ações, mesmo que estes assegurem aos adquirentes o direito
à assistência médica, odontológica ou hospitalar.
II - cadeiras de rodas;
V - qualquer outro aparelho ortopédico destinado à correção de desvio de coluna ou defeitos dos
membros ou das articulações.
§ 9º Enquadram-se no conceito de prótese dentária os aparelhos que substituem dentes, tais como
dentaduras, coroas e pontes.
§ 10. São dedutíveis como despesas médicas, observadas as exigências previstas no § 6º, quando
integrarem a conta emitida pelo estabelecimento hospitalar, ou pelo profissional, os valores
gastos com aquisição e colocação de:
I - marcapasso;
§ 11. As despesas com prótese de silicone são dedutíveis desde que seu valor integre a conta
emitida pelo estabelecimento hospitalar relativamente a uma despesa médica dedutível,
observadas as exigências previstas no § 6º.
§ 12. São dedutíveis as despesas médicas relativas à realização de cirurgia plástica, reparadora
ou não, com a finalidade de prevenir, manter ou recuperar a saúde, física ou mental, do paciente.
§ 13. Não são dedutíveis, a título de despesas médicas, os valores pagos na prestação dos
serviços de coleta, seleção e armazenagem de células-tronco oriundas de cordão umbilical, uma
vez que não se referem a tratamento de doenças ou recuperação da saúde física e mental das
pessoas.
§ 15. Os pagamentos efetuados a médicos e a hospitais, assim como as despesas com exames
laboratoriais, realizados no âmbito de procedimento de reprodução assistida por fertilização in
vitro, devidamente comprovados, são dedutíveis somente na DAA do paciente que recebeu o
tratamento médico.
II - comprovação de que a despesa foi efetuada com entidades destinadas a deficientes físicos ou
mentais.
II - a identificação do responsável pelo pagamento, bem como a do beneficiário caso seja pessoa
diversa daquela;
§ 4º A ausência de endereço em recibo médico é razão para ensejar a não aceitação desse
documento como meio de prova de despesa médica, porém não impede que outras provas sejam
utilizadas, a exemplo da consulta aos sistemas informatizados da RFB.
Art. 98. São admitidos os pagamentos realizados no exterior, exceto os previstos no § 1º do art.
94, convertidos em reais conforme o disposto no § 2º do art. 56.
Art. 99. As despesas médicas dos alimentandos, quando realizadas pelo alimentante, em virtude
de cumprimento de decisão judicial, ou de acordo homologado judicialmente ou de escritura
pública, poderão ser deduzidas pelo alimentante na determinação da base de cálculo do imposto
sobre a renda na declaração.
§ 1º A entidade familiar, para fins desta Instrução Normativa, compreende todos os ascendentes
e descendentes do declarante, bem como as demais pessoas físicas consideradas seus
dependentes perante a legislação tributária.
Seção V
Da Pensão Alimentícia
Art. 101. Podem ser deduzidas as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia
em face das normas do direito de família, quando em cumprimento de decisão judicial, inclusive
a prestação de alimentos provisionais, acordo homologado judicialmente, ou de escritura pública.
Art. 102. Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto da pensão, o valor mensal
pago pode ser considerado para fins de determinação da base de cálculo sujeita ao imposto na
fonte, desde que o alimentante forneça à fonte pagadora o comprovante do pagamento.
§ 1º O valor da pensão alimentícia não utilizado como dedução, no próprio mês de seu
pagamento, poderá ser deduzido no mês subsequente.
Art. 103. Está sujeita ao pagamento mensal do imposto a pessoa física que receber importância
paga em dinheiro, a título de pensão alimentícia, nos termos do inciso IV do caput do art. 53.
Seção VI
Das Despesas Escrituradas no Livro Caixa
Art. 104. O contribuinte que receber rendimentos do trabalho não assalariado, inclusive os
titulares dos serviços notariais e de registro e os leiloeiros, poderão deduzir, da receita decorrente
do exercício da respectiva atividade:
I - a remuneração paga a terceiros, desde que com vínculo empregatício, e os respectivos
encargos trabalhistas e previdenciários;
§ 3º O excesso de deduções apurado no mês pode ser compensado nos meses seguintes, até
dezembro, não podendo ser transposto para o ano seguinte.
serviços notariais e de registro para efeito de apuração do imposto sobre a renda mensal e na
DAA.
CAPÍTULO XVIII
DO PAGAMENTO E RECOLHIMENTO DO IMPOSTO
Seção I
Dos Prazos e Condições
Art. 105. O pagamento ou recolhimento do imposto deve ser efetuado nos seguintes prazos e
condições:
I - o IRRF sobre rendimentos do trabalho assalariado, pagos por pessoa física ou jurídica, e
demais rendimentos recebidos por pessoa física pagos por pessoa jurídica, deve ser recolhido até
o último dia útil do 2º (segundo) decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos
geradores;
II - o imposto a título de recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) deve ser pago até o último
dia útil do mês subsequente ao da percepção dos rendimentos;
III - o recolhimento complementar pode ser efetuado no curso do ano-calendário, até o último
dia útil do mês de dezembro;
IV - o saldo do imposto a pagar, apurado na DAA, pode ser pago em até 8 (oito) quotas iguais,
mensais e sucessivas, observado o seguinte:
a) nenhuma quota será inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais) e o imposto de valor inferior a R$
100,00 (cem reais) deve ser pago de uma só vez;
b) a 1ª (primeira) quota ou quota única deve ser paga até a data fixada para a entrega da
declaração de rendimentos;
c) as demais quotas vencem no último dia útil de cada mês e são acrescidas de juros equivalentes
à taxa Selic para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do 1º (primeiro)
dia do mês subsequente ao previsto para entrega tempestiva da declaração de rendimentos até o
mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.
§ 3º O imposto devido que, no período de apuração, resultar em valor inferior a R$ 10,00 (dez
reais) deve ser adicionado ao imposto de mesmo código, correspondente aos períodos
subsequentes, até que o total seja igual ou superior a R$ 10,00 (dez reais), quando, então, deve
ser pago ou recolhido no prazo estabelecido na legislação para este último período de apuração.
Seção II
Dos Acréscimos Legais
§ 1º A multa de mora é calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento), por dia de
atraso, limitada a 20% (vinte por cento), a partir do 1º (primeiro) dia subsequente ao do
vencimento do prazo previsto para o pagamento do imposto até o dia em que ocorrer o seu
pagamento.
§ 2º Os juros de mora equivalentes à taxa referencial Selic, para títulos federais, acumulada
mensalmente, são:
I - calculados a partir do 1º (primeiro) dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o mês
anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês de pagamento; e
II - devidos inclusive durante o período em que a respectiva cobrança houver sido suspensa por
decisão administrativa ou judicial.
Seção III
Dos Códigos
Art. 107. Os códigos para pagamento do IRPF, exceto quanto ao retido na fonte, são os
seguintes:
III - 0211 - quotas, ou antecipação destas, do imposto sobre a renda a pagar apurado na DAA;
CAPÍTULO XIX
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Seção I
Das Isenções Relativas à Realização, no Brasil, da Copa da Confederações Fifa 2013 e da
Copa do Mundo Fifa 2014
Subseção I
Das Pessoas Físicas que Ingressarem no País com Visto Temporário
Art. 108. Estão isentos do imposto sobre a renda os rendimentos pagos, creditados, empregados,
entregues ou remetidos pela Fifa ou por Subsidiária Fifa no Brasil, para pessoas físicas, não
residentes no País, empregadas ou de outra forma contratadas para trabalhar de forma pessoal e
direta na organização ou realização dos Eventos, que ingressarem no País com visto temporário.
§ 1º As isenções previstas neste artigo também são aplicáveis aos árbitros, jogadores de futebol e
outros membros das delegações, exclusivamente no que concerne ao pagamento de prêmios
relacionados aos Eventos, efetuado pelas pessoas jurídicas mencionadas no caput.
I - Confederações Fifa;
Subseção II
Do Reembolso de Despesas Recebido por Voluntário
Art. 109. Estão isentos do imposto sobre a renda os valores dos benefícios indiretos e o
reembolso de despesas recebidos por Voluntário da Fifa, da Subsidiária Fifa no Brasil ou do
Comitê Organizador Brasileiro Ltda (LOC) que auxiliar na organização e realização dos
Eventos, até o valor de 5 (cinco) salários mínimos por mês, sem prejuízo de aplicação da tabela
de incidência mensal do imposto sobre a renda sobre o valor excedente.
§ 2º Caso esteja obrigado a apresentar a DAA, o contribuinte deverá informar a soma dos valores
mensais recebidos e considerados isentos na forma deste artigo.
§ 3º Os rendimentos que excederem o limite de isenção de que trata o caput não poderão ser
aproveitados para fruição da isenção em meses subsequentes.
Subseção III
Das Disposições Gerais
Art. 110. A Fifa ou Subsidiária Fifa no Brasil apresentará à Secretaria da Receita Federal do
Brasil relação dos Eventos e das pessoas físicas passíveis de serem beneficiadas pelas
desonerações previstas nos arts. 108 e 109.
§ 1º A relação mencionada no caput deverá ser atualizada trimestralmente ou sempre que exigido
na forma prevista no Decreto nº 7.578, de 11 de outubro de 2011.
§ 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil divulgará a relação das pessoas físicas e jurídicas
habilitadas à fruição dos benefícios de que tratam os arts. 108 e 109.
Art. 111. O disposto nesta Seção aplica-se aos fatos geradores que ocorrerem no período de 1º de
janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2015.
Seção II
Da Isenção do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), Destinados à Cobertura de
Gastos Pessoais no Exterior
CAPÍTULO XX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 113. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da
União.
Art. 114. Ficam revogadas a Instrução Normativa SRF nº 15, de 6 de fevereiro de 2001, a
Instrução Normativa RFB nº 1.127, de 7 de fevereiro de 2011, a Instrução Normativa RFB nº
1.141, de 31 de março de 2011, a Instrução Normativa RFB nº 1.142, de 31 de março de 2011, e
a Instrução Normativa RFB nº 1.433, de 30 de dezembro de 2013.
ANEXO I
RENDIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS ISENTOS - CONTRIBUINTE MAIOR 65 ANOS
Valores isentos
Ano-calendário
mensais (em R$)
2010 até 1.499,15
2011, até o mês de março até 1.499,15
2011, a partir do mês de abril até 1.566,61
2012 até 1.637,11
2013 até 1.710,78
2014 até 1.787,77
2015, até o mês de março até 1.787,77
A partir do mês de abril do ano-calendário de 2015 até 1.903,98
ANEXO II
TABELAS DE INCIDÊNCIA MENSAL
...
V - a partir do mês de abril do ano-calendário de 2015: (Incluído pela IN RFB nº 1.558, de 2015)
Parcela a deduzir do
Base de Cálculo (R$) Alíquota (%)
IR (em R$)
Até 1.903,98 - -
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
Acima de 4.664,68 27,5 869,36
ANEXO III
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS DAS EMPRESAS
...
II - a partir do mês de abril do ano-calendário de 2015: (Incluído pela IN RFB nº 1.558, de 2015)
ANEXO IV
COMPOSIÇÃO DA TABELA ACUMULADA
ANEXO V
DECLARAÇÃO
MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETÁRIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Declaração para fins de mformações prestadas pela pessoa fisica à fonte pagadora, por ocasião
dos rendimentos recebidos acumuladamente (RRA) decorrentes de Aposentadoria, Pensão,
Transferência para a Reserva Remunerada ou Reforma, Pagos pela Previdência Social da Umão,
dos estados, do Distrito Federal e dos mumcipros, e os Provementes do Trabalho, quando em
cumprimento de decisão da Justiça Federal ou Estadual, para fins do disposto no Capitulo VII da
Instrução Normativa RFB n £ 1500, de 29 de outubro de 2014
DECLARAÇÃO
A pessoa fisica beneficiária fica ciente de que a falsidade na prestação dessas informações a
sujeitará, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrerem, às penalidades previstas
na legislação tributária e penal, relativas à falsidade ideológica (art. 299 do Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal) e ao erime contra a ordem tributária (art. 1º da Les nº
8. 137, de 27 de dezembro de 1990).
ANEXO VI
DEDUÇÃO POR DEPENDENTE
Quantidade por
Ano-Calendário
dependente (em R$)
2010 150,69
2011 157,47
2012 164,56
2013 171,97
2014 179,71
2015, até o mês de março 179,71
A partir do mês de abril do ano-caledário de 2015 189,59
ANEXO VII
TABELAS PROGRESSIVAS ANUAIS
Parcela a deduzir do IR
Base de Cálculo (R$) Alíquota (%)
(R$)
Até 22.847,76 - -
De 22.847,77 até 33.919,80 7,5 1.713,58
De 33.919,81 até 45.012,60 15 4.257,57
De 45.012,61 até 55.976,16 22,5 7.633,51
Acima de 55.976,16 27,5 10.432,32
ANEXO VIII
LIMITES ANUAIS INDIVIDUAIS DE DESPESAS COM INSTRUÇÃO
ANEXO IX
LIMITES ANUAIS REFERENTES AO DESCONTO SIMPLIFICADO
36 - IN SRF 599/2005
O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do
art. 230 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº
30, de 25 de fevereiro de 2005, e tendo em vista o disposto nos arts. 38, 39 e 40 da Lei nº 11.196,
de 21 de novembro de 2005, resolve:
Art. 1º Fica isento do imposto de renda o ganho de capital auferido por pessoa física na alienação
de bens e direitos de pequeno valor, cujo preço unitário de alienação, no mês em que esta se
realizar, seja igual ou inferior a:
I - ao bem ou direito ou ao valor do conjunto dos bens ou direitos da mesma natureza, alienados
em um mesmo mês;
III - a cada um dos bens ou direitos possuídos em comunhão e ao valor do conjunto dos bens ou
direitos da mesma natureza, alienados em um mesmo mês, no caso de sociedade conjugal.
§ 2º Para efeito do disposto nos incisos I e III do § 1º, consideram-se bens ou direitos da mesma
natureza aqueles que guardam as mesmas características entre si, tais como automóveis e
motocicletas; imóvel urbano e terra nua; quadros e esculturas.
Art. 2º Fica isento do imposto de renda o ganho auferido por pessoa física residente no País na
venda de imóveis residenciais, desde que o alienante, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias
§ 1º No caso de venda de mais de um imóvel, o prazo de 180 (cento e oitenta) dias referido no
caput deste artigo será contado a partir da data de celebração do contrato relativo à primeira
operação.
§ 3º No caso de aquisição de mais de um imóvel, a isenção de que trata este artigo aplicar-se-á ao
ganho de capital correspondente apenas à parcela empregada na aquisição de imóveis
residenciais.
§ 4º A opção pela isenção de que trata este artigo é irretratável e o contribuinte deverá informá-la
no respectivo Demonstrativo da Apuração dos Ganhos de Capital da Declaração de Ajuste
Anual.
§ 5º O contribuinte somente poderá usufruir do benefício de que trata este artigo uma vez a cada
cinco anos, contados a partir da data da celebração do contrato relativo à operação de venda com
o referido benefício ou, no caso de venda de mais de um imóvel residencial, à primeira operação
de venda com o referido benefício.
§ 6º Na hipótese do § 1º, estarão isentos somente os ganhos de capital auferidos nas vendas de
imóveis residenciais anteriores à primeira aquisição de imóvel residencial.
I - nas vendas a prestação e nas aquisições à vista, à soma dos valores recebidos dentro do prazo
de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data da celebração do primeiro contrato de venda e até
a(s) data(s) da(s) aquisição(ões) do(s) imóvel(is) residencial(is);
II - nas vendas à vista e nas aquisições a prestação, aos valores recebidos à vista e utilizados nos
pagamentos dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data da celebração do
primeiro contrato de venda;
III - nas vendas e aquisições a prestação, à soma dos valores recebidos e utilizados para o
pagamento das prestações, ambos dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data
da celebração do primeiro contrato de venda.
§ 8º Não integram o produto da venda, para efeito do valor a ser utilizado na aquisição de outro
imóvel residencial, as despesas de corretagem pagas pelo alienante.
§ 9º Considera-se imóvel residencial a unidade construída em zona urbana ou rural para fins
residenciais, segundo as normas disciplinadoras das edificações da localidade em que se situar.
II - multa de ofício ou de mora calculada a partir do primeiro dia útil do segundo mês seguinte ao
do recebimento do valor ou de parcela do valor do imóvel vendido, se o imposto não for pago até
trinta dias após o prazo de 180 (cento e oitenta) dias de que trata o caput deste artigo.
Art. 3º Para a apuração da base de cálculo do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de
capital por ocasião da alienação, a qualquer título, de bens imóveis realizada por pessoa física
residente no País, serão aplicados fatores de redução do ganho de capital apurado.
II - o fator de redução FR de que trata o inciso I do § 1º, nas alienações ocorridas entre 16 de
junho de 2005 e 13 de outubro de 2005; ou
III - o fator de redução FR1 de que trata o inciso II do § 1º, nas alienações ocorridas entre 14 de
outubro de 2005 e 30 de novembro de 2005; ou
§ 3º A aplicação de cada redução de que trata o § 2º dar-se-á sobre o ganho de capital diminuído
das reduções anteriores.
Art. 4º Aplica-se, no que couber, às alienações de que trata esta Instrução Normativa o disposto
na Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001.
Art. 5º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos
para as operações realizadas a partir de 16 de junho de 2005.
a) José foi admitido como empregado da Cia ALFA em 2 de janeiro de 2021, percebe salário
mensal de R$ 12.000,00, tem como dependentes a esposa e um filho de 16 anos e não teve
reajuste nem aumento salarial no ano-calendário 2021;
Resolução:
1) Cálculo da folha de pagamento mensal, em 31/1/2021.
(+) Salário.......................................... R$
(–) Pensão Alimentícia Judicial......... R$
*(–) INSS............................................. R$
**(–) IRRF............................................ R$_________________
(=) Líquido........................................ R$
*Cálculo de INSS
Salário de Contribuição........ R$ R$ R$ R$
(x) Alíquota................................ R$_______ R$_______ R$_______ R$_______
(=) INSS..................................... R$ R$ R$ R$
**Cálculo do IRRF
Rendimento tributável bruto................ R$
(–) Dependentes ........................................ R$
(–) Pensão Alimentícia Judicial......... R$
(–) INSS..................................................... R$
(–) Previdência Complementar.................. R$ _________________
(=) Base de Cálculo................................... R$
(x) Alíquota............................................... _________________
(=)Total...................................................... R$
(–) Parcela a deduzir.................................. R$ _________________
(=) IRRF.................................................... R$
2) Cálculo do adiantamento de 13ª salário, em 30/11/2021
Remuneração de outubro...................... R$
(x) Percentual legal..................................... R$ _________________
(=) Adiantamento de 13ª salário................. R$
(–) Pensão Alimentícia Judicial......... R$ _________________
(=) Líquido................................................. R$
3) Cálculo da folha de 13ª salário, em 20/12/2021
13ª salário.............................................. R$
(–) Adiantamento de 13ª salário............... R$ _________________
(=) 13ª Salário – segunda parcela............. R$
(–) Pensão Alimentícia Judicial......... R$
*(–) INSS.................................................... R$
**(–) IRRF................................................... R$ ___________________
(=) Líquido............................................... R$
* Cálculo de INSS: idem, folha de pagamento mensal.
** Cálculo do IRRF: idem, folha de pagamento mensal.
Total
Total
Total
Total
Total
Total
g) Pagamentos efetuados
Nº Nome CPF/CNPJ Valor
Total
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
a) PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre)
É dedutível, porém limitada a 12% do rendimento tributável.
a) João foi admitido como empregado da Cia Beta em 2 de janeiro de 2021, percebe salário
mensal de R$ 15.000,00, paga pensão alimentícia (judicial) de R$ 4.000,00 ao mês, tem como
dependentes 3 filhos e não teve reajuste nem aumento salarial no ano calendário 2021;
c) João adquiriu ágio de um apartamento e o alugou ao Sr. Luiz Gonzaga, por R$ 5.000,00 ao
mês a partir de julho de 2021.
g) Saldos bancários:
1- C/C na CEF, R$ 20.000,00 em 31/12/2020 e R$ 35.000,00 em 31/12/2021;
2- Poupança no BB, R$ 30.000,00 em 31/12/2020 e 55.000,00 em 31/12/2021.
h) João recebeu salários e aluguéis no último dia útil de cada mês e PLR em 31/12/2021
Pede-se:
1- Cálculo da folha de pagamento do mês de março de 2021;
Resolução:
1) Cálculo da folha de pagamento mensal, em 31/1/2021.
(+) Salário.......................................... R$
(–) Pensão Alimentícia Judicial......... R$
*(–) INSS............................................. R$
**(–) IRRF............................................ R$_________________
(=) Líquido........................................ R$
*Cálculo de INSS
Salário de Contribuição........ R$ R$ R$ R$
(x) Alíquota................................ R$_______ R$_______ R$_______ R$_______
(=) INSS..................................... R$ R$ R$ R$
**Cálculo do IRRF
Rendimento tributável bruto................ R$
(–) Dependentes ........................................ R$
(–) Pensão Alimentícia Judicial......... R$
(–) INSS..................................................... R$
(–) Previdência Complementar.................. R$ _________________
(=) Base de Cálculo................................... R$
(x) Alíquota............................................... _________________
(=)Total...................................................... R$
(–) Parcela a deduzir.................................. R$ _________________
(=) IRRF.................................................... R$
2) Cálculo do adiantamento de 13ª salário, em 30/11/2021
Remuneração de outubro...................... R$
(x) Percentual legal..................................... R$ _________________
(=) Adiantamento de 13ª salário................. R$
(–) Pensão Alimentícia Judicial......... R$ _________________
(=) Líquido................................................. R$
3) Cálculo da folha de 13ª salário, em 20/12/2021
13ª salário.............................................. R$
(–) Adiantamento de 13ª salário............... R$ _________________
(=) 13ª Salário – segunda parcela............. R$
(–) Pensão Alimentícia Judicial......... R$
*(–) INSS.................................................... R$
**(–) IRRF................................................... R$ ___________________
(=) Líquido............................................... R$
* Cálculo de INSS: idem, folha de pagamento mensal.
** Cálculo do IRRF: idem, folha de pagamento mensal.
Aluguel................................. R$
*(–) IRRF.................................... R$________________
(=) Líquido................................. R$
*Cálculo do IRRF
*Cálculo do IRRF
Rendimento de PLR............................ R$
(x) Alíquota............................................... _______________
(=)Total...................................................... R$
(–) Parcela a deduzir.................................. R$ _______________
(=) IRRF.................................................... R$
6) Cálculo da Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física – DIRPF ou DAA de 2021
a) Rendimentos tributáveis recebidos de Pessoas Jurídicas
Nº Rendimento Valor IRRF
Total
Total
Total
Total
Total
Total
g) Pagamentos efetuados
Nº Nome CPF/CNPJ Valor
Total
136 Prof. Loberto Sasaki
Curso Prático de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
a) PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre)
É dedutível, porém limitada a 12% do rendimento tributável.
Pede-se:
A Beto Turismo Ltda – EPP está inscrita no Simples Nacional, possui dois sócios, quais
sejam: Gilberto Neris que entrou com R$ 80.000,00 e Júlio César, com R$ 20.000,00. A empresa
presta serviços de viagens e turismo e teve os seguintes dados em 2021.
Pede-se:
A Jonas & Jorge Ltda, possui dois sócios, sendo: Jonas Neri que entrou com R$
200.000 e Jorge Neris, R$ 100.000.
A empresa é tributada pelo regime do Lucro Presumido e teve os seguintes dados no
ano de 2021, exercendo atividades de posto de combustíveis, quais sejam:
▪ Revendas de combustíveis...................................... R$ 40.000.000,00
▪ Vendas de outros produtos..................................... R$ 10.000.000,00
▪ Prestação de serviços.............................................. R$ 10.000.000,00
▪ Aluguéis de imóveis............................................... R$ 500.000,00
▪ Receitas de aplicações financeiras......................... R$ 300.000,00
▪ IRRF sobre aplicações financeiras......................... R$ 60.000,00
▪ Ganho de capital.................................................... R$ 100.000,00
▪ Lucro Líquido Contábil......................................... R$ 1.500.000,00
Pede-se:
1) O Lucro Presumido;
2) O IRPJ;
3) A CSLL;
4) O PIS;
5) A COFINS;
6) O Lucro Presumido líquido máximo distribuível isento;
7) O lucro distribuível isento máximo para o sócio Jonas Neri; e
8) O Lucro distribuível isento máximo para o sócio Jorge Neris.
A M & JR Musical Ltda tem dois sócios, sendo: o Milionário com participação no
capital de 40% e, José Rico, com 60%.
A empresa explora a atividade de prestação de serviços musicais, é tributada pelo
Regime de Lucro Real e teve os seguintes dados em 2021:
a) Lucro Líquido do Exercício..................................... R$ 70.000.000,00
b) Reservas de Lucros de Exercícios anteriores.......... R$ 20.000.000,00
c) Lucros Acumulados de Exercícios anteriores......... R$ 10.000.000,00
d) Distribuiu Lucro ao Sócio Milionário,
em 2021, no valor de ................................................R$ 50.000,000,00
e) Distribuiu Lucro ao José Rico,
em 2021, no valor de ................................................R$ 80.000,000,00
f) Retirada Pró-Labore de cada sócio foi de valor
correspondente ao teto da tabela de desconto INSS, mensalmente.
Pede-se:
Aprimoramentos recentes:
NOTA:
Está página será atualizada assim que a RFB publicar a IN da Declaração do Exercício
Financeiro 2021. A estimativa é entre 15 a 25 de fevereiro de 2021.
142 Prof. Loberto Sasaki