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MAPA 2º Ano

O documento discute o Iluminismo como tópico de estudo para alunos do 2o ano do ensino médio. Ele fornece objetivos de aprendizagem, um plano de aulas e informações sobre pensadores e ideias iluministas como Voltaire, Lavoisier e Locke.

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Sirleia Lima
Direitos autorais
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Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS

ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO


2 o ano Ensino Médio 2022
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
História Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

COMPETÊNCIA
TÓPICO
Iluminismo.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO HABILIDADE(S)
Origens e mentalidade do
Iluminismo. 
Conceituar o Iluminismo, destacando os seus principais pensadores. 
O despotismo esclarecido. 
Analisar os governos no Despotismo Esclarecido. 
O Iluminismo e as desco-
bertas científicas.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O Iluminismo
DURAÇÃO: 4 aulas de 50 minutos
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

2º Ano
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O objetivo desta sequência didática, é trabalhar o Iluminismo como manifestação intelectual e política,
ressaltando a sua importância para as transformações que ocorreram no cenário europeu a partir da
segunda metade do século XVIII até a atualidade. A partir de uma análise das características e das teo-
rias do Iluminismo, pretende-se traçar um panorama de como esse pensamento conduziu a uma nova
forma de entender a ciência e a política a partir do século XIX.

B) DESENVOLVIMENTO: Ensino Médio


1º momento: As origens do Iluminismo.
Inicie a aula fazendo uma tempestade de ideias. Pergunte aos estudantes quais palavras se asseme-
lham ao termo Iluminismo. Registre as respostas no quadro. Provavelmente serão citadas palavras

Ciências da Natureza
como iluminar, luz, brilhar, ou similares.
Em seguida escreva na lousa o conceito de Iluminismo, para que os estudantes possam recorrer a ela
e suas Tecnologias
ao longo da aula.

VOLUME 1

9
O Iluminismo foi um movimento intelectual que se originou na França, na segunda metade do
século XVIII, que transformou o pensamento europeu, principalmente nas ciências naturais e na
política.

Agora, trabalhe com o conceito de razão. Pergunte aos estudantes se conhecem o significado
dessa palavra. 

Comente que alguns pensadores da Idade Moderna, como Kant e Descartes, passaram a valori-
zar a razão e o conhecimento em detrimento da superstição e da fé religiosa. 

Peça aos estudantes que façam uma pesquisa no celular sobre esses dois pensadores e anotem em
seus cadernos o resultado da pesquisa.
Em seguida, faça a socialização pedindo a alguns estudantes para falar sobre os pensadores pes-
quisados.

René Descartes (1596-1650) foi um dos principais pensadores da linha filosófica conhecida como
Racionalismo. Esse pensamento defendia a tese de que a verdade só pode ser obtida mediante a
razão. Essa teoria foi uma das bases intelectuais para a construção do Iluminismo.

Immanuel Kant (1724- 1804) foi um dos mais importantes pensadores da Filosofia Moderna.
Além de ter construído a teoria de que o conhecimento humano foi amadurecendo ao longo do
tempo, justificando o aparecimento de uma nova forma de pensar no século XVIII, também foi
responsável pela teoria de que o conhecimento só pode ser construído a partir da junção entre
os sentidos e a razão, o que permite a construção da verdade. 

Esses pensadores criaram um modelo de pensamento que rompia com o anterior. Era um pensa-
mento com base na razão e no método científico, voltado para a descoberta do que eles chamaram
de verdade, tanto no pensamento como nos estudos da natureza. 
Para concluir esse primeiro momento, pergunte à turma se é possível representar graficamente

2º Ano
uma ideia. Você pode dar como exemplo as histórias em quadrinhos, os cartazes de sinalização,
entre outros.
“Como uma ideia costuma ser representada nesses recursos visuais?”
Mostre ou projete a imagem de uma lâmpada e em seguida explique que, geralmente, o ícone de
uma lâmpada representa graficamente uma ideia.
• Acesse a imagem da lâmpada - Disponível em: <https://br.pinterest.com/
pin/746260600742122565/>. Acesso em: 21 mar.2022.
Ensino Médio
Pergunte, se eles sabem o porquê disso.
Permita que a turma levante hipóteses e depois explique que essa imagem gráfica tem origem
no Iluminismo que, segundo seus pensadores, iria “iluminar as trevas da ignorância”. Ainda
Ciências da Natureza
segundo esses pensadores, a Idade Média foi chamada de “Idade das Trevas” por conta de
suas superstições e da crença nas explicações dadas pela Igreja Católica para os fenômenos
e suas Tecnologias
naturais.

VOLUME 1
Professor(a), peça aos estudantes que copiem no caderno e respondam a pergunta escrita na lousa.

10
Podemos considerar o Iluminismo como um movimento que ia contra o pensamento da Igreja?

Permita que os estudantes reflitam e façam suas anotações. Em seguida, peça que compartilhem
as respostas com os colegas.

A resposta ideal seria que o Iluminismo não se preocupava com as teorias religiosas defen-
didas pela Igreja Católica, mas sim com o fato de essa instituição defender verdades que não
eram cientificamente provadas, que não se sustentavam em uma base lógica.

Explique para os estudantes, que a principal preocupação dos iluministas era com a verdade cien-
tífica e não com o pensamento religioso apregoado pela Igreja. Voltaire, por exemplo, criticava a
aliança de interesses entre Igreja e Estado, mas defendia a existência de Deus, chamando-o de
“Geômetra Eterno” ou seja, “arquiteto do universo”. 
Finalize a sua aula, pedindo aos estudantes que façam uma pesquisa sobre Voltaire, pseudônimo
de François-Marie Arouet (1694-1778), e que no início da próxima aula será feita a socialização do
tema pesquisado.

2º Momento: As ideias e os pensadores iluministas.


Inicie a aula fazendo a socialização da biografia do Voltaire. Em seguida, fale dos princípios do ilumi-
nismo trabalhados na aula anterior, como o racionalismo e o pensamento por meio do uso da razão.
Professor(a), relembre os estudantes o conceito/ideia de que o iluminismo é um movimento inte-
lectual que contesta o controle da Igreja sobre o conhecimento, pois os pensadores iluministas
entendiam que as ideias defendidas pela Igreja não possuíam base na lógica e na razão, mas, sim,
na teologia.
Vale lembrar que essa contestação não se deu apenas na área das ciências naturais. Justifique
essa ideia falando sobre o cientista da época: Antoine Laurent de Lavoisier.
Projete ou entregue cópias para os estudantes do texto falando sobre os cientistas ou ainda,
se preferir, peça que pesquisem na internet que pode ser no celular ou na sala de informática, pre-

2º Ano
viamente agendada.

Antoine Laurent de Lavoisier (1743-1794), elaborou uma teoria fundamental da Química, conhe-
cida como Lei de Conservação das Massas. Segundo Lavoisier, em um sistema fechado (isto é,
totalmente controlado, no qual o ambiente externo não interfere no ambiente interno) todas as
reações químicas conservam a massa dos reagentes. Isto significa que em uma reação química,
a massa que existia antes da reação continua existindo após a reação, mas o mesmo não acon-
Ensino Médio
tece com o estado químico das substâncias e nem mesmo com as próprias substâncias, que se
transformam após a reação.
Os cientistas e Irmãos Montgolfier, Joseph-Michel (1740-1810) e Jacques-Étienne (1745-1799),
foram os responsáveis pela criação do primeiro balão de ar quente. Esses cientistas, ainda quan-
do crianças, notaram que os balões de papel sempre subiam quando colocados acima do fogo.
Ciências da Natureza
Depois de vários experimentos, chegaram à conclusão de que o ar quente sempre sobe, sendo
essa especificidade que “empurra” o balão para o alto. A partir dessas observações, esses cien-
e suas Tecnologias
tistas foram capazes de desenvolver os primeiros balões de ar quente.

VOLUME 1

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Em seguida, explique à turma que além das ciências o Iluminismo se manifestou também na política.
Pergunte aos estudantes se eles sabem ou já ouviram falar o que significa “Absolutismo monárquico.”
Depois de ouvir as respostas, explique que o Absolutismo monárquico é um regime político com
base na concentração total de poderes nas mãos do rei. Esse modelo político surgiu na Baixa Ida-
de Média e foi contestado por alguns dos pensadores iluministas. 

O pensador inglês John Locke (1632- 1704), por exemplo, defendia a tese de que o poder emana
da sociedade, que abre mão de parte de sua liberdade em prol de um soberano, que deveria le-
gislar em favor do povo, criando leis e fazendo com que elas fossem cumpridas. Entretanto, caso
esse soberano fosse despótico, isto é, extremamente autoritário e tirânico, ou não cumprisse o
seu compromisso com a sociedade, esta poderia se revoltar e tirar o soberano do poder, substi-
tuindo-o por outro ou até mesmo alterando o sistema político.
Esse pensamento serviu de base para alguns pensadores iluministas criarem propostas de go-
verno, como a República, a divisão dos poderes reais, e até mesmo a implementação de regimes
parlamentaristas. Esse pensador também foi considerado o pai do empirismo, que defende a
necessidade da experimentação na produção do conhecimento.

Professor(a), ainda sobre os pensadores políticos, cite o exemplo de Charles-Louis de Secondat,


mais conhecido como o Barão de Montesquieu (1689-1755), que propôs a tripartição do poder en-
tre Executivo, Legislativo e Judiciário, acabando com o controle absoluto do rei sobre o Estado.

Pergunte aos estudantes:

1) Vocês conhecem países que possuem essa divisão de poder? Muito provavelmente eles
apontarão o Brasil, dentre outros.
2) Vocês acham que esse modelo de governo é democrático? Por quê? É esperado que eles
respondam que sim, pois permite a participação da população ao escolher os membros
do Executivo e do Legislativo.
3) Vocês acham que todos os regimes democráticos são necessariamente antimonarquis-
tas? É provável que eles respondam que não, uma vez que existem regimes monárquicos

2º Ano
no mundo atual que são democráticos, isto é, possuem participação popular em algum
nível. Dê como exemplo o caso da Inglaterra, que apesar de ser um país governado atual-
mente por uma rainha, tem o Parlamento, que é escolhido pela população. 

Retome as ideias do pensador iluminista Voltaire, que falamos em aulas anteriores, inclusive discuti-
mos a sua biografia. Ele foi um dos principais defensores da tese da separação entre Igreja e Estado. 

Vocês acham que essa separação entre Igreja e Estado foi importante?
Ensino Médio
Depois de ouvir as respostas dos estudantes, esclareça que essa separação garante a liberdade
de todas as pessoas, independente de sua religião. A única base de sustentação do Estado deve
ser a sociedade, pois a religião é pessoal, não cabendo seu envolvimento na política.
Por fim, trabalhe com a turma as teorias de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), que é consi-

Ciências da Natureza
derado o mais radical dos Iluministas. Rousseau defendia o regime Republicano que, segundo
ele, era a única forma de governo na qual todos os cidadãos seriam respeitados e tratados como
e suas Tecnologias
iguais. Isso, segundo sua concepção política, não poderia existir em uma monarquia, uma vez
que um rei é “naturalmente” superior aos outros.
VOLUME 1

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3º momento: Despotismo esclarecido.
Alguns monarcas do século XVIII, inspirados pela Ilustração, instituíram reformas na educação e no
comércio, e combateram o poder do clero. Alguns Estados europeus como Prússia, Áustria, Rússia,
Suécia, Polônia, Espanha e Portugal iniciaram reformas com o objetivo de adequar suas estruturas
econômicas, a fim de alcançar o grau de desenvolvimento da Inglaterra e da França. Procuraram
modernizar seus Estados, sem abandonar o poder absoluto. Essa tentativa de reformar o Estado
absolutista por meio dos ideais ilustrados ficou conhecida como despotismo esclarecido ou ab-
solutismo ilustrado.
No absolutismo ilustrado, a principal mudança é a redefinição do poder do monarca. O Estado exis-
tiria não somente para atender aos interesses do rei, mas também para atender às necessidades e
interesses dos súditos. Na verdade, não se contestava a monarquia absoluta em si mesma, mas se
almejava apenas que a monarquia fosse inovadora, racional, dirigida por um príncipe esclarecido.
No plano econômico, os monarcas tentaram associar o mercantilismo ao fisiocratismo, promoven-
do e modernizando a agricultura.
No plano social, a monarquia ilustrada abolia a influência e o controle da Igreja.
No plano político, os monarcas procuraram realizar reformas no Estado por meio de uma adminis-
tração burocrática.
Monarcas esclarecidos e filósofos estabeleceram relações que incluíam trocas de favores, bem
como um grande entusiasmo pelas ciências.
Para finalizar essa sequência, organize os estudantes em duplas. Entregue uma cópia da Declara-
ção dos Direitos do Homem e do Cidadão para cada uma das duplas e oriente-as a encontrar rela-
ção entre seus argumentos com os artigos do pensamento Iluminista. Essa atividade deverá ser
escrita e entregue ao final da aula.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão é um documento elaborado durante a Revolução
Francesa, mas que foi fortemente influenciado pelas ideias Iluministas. Os estudantes não terão
muitas dificuldades em localizar as ideias iluministas presentes nesse documento, principalmente
no que se refere aos direitos políticos reservados às pessoas. Alguns artigos são especialmente
explícitos e provavelmente aparecerão nas atividades dos estudantes.

2º Ano
Na correção das atividades, atente-se principalmente aos artigos que se referem à liberdade e à
igualdade de direitos (1º), aos limites da liberdade impostos pela lei (4º), à igualdade de todos os
cidadãos diante da lei (6º), à liberdade religiosa e política (10), e à liberdade de expressão (11). Outros
artigos podem aparecer nas atividades, nesse caso, observe as justificativas apresentadas pelos
estudantes.
Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/declaracao-dos-direitos-do-homem-e-do-cidadao-integra-
do-documento-original.htm>. Acesso em: 21 mar. 2022.

RECURSOS: Ensino Médio


Lousa-pincel; cópias da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; celular/computador/
projetor.

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

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PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A aferição de aprendizagem deve ser contínua e conceitual. Proponha aos estudantes que montem
um glossário de conceitos, escrito com as suas próprias palavras. Com ele, é possível identificar
possíveis ausências ou compreensões inadequadas. Nesta sequência didática, ele pode inserir o
significado dos conceitos de: razão, empirismo, absolutismo, tripartição do poder, entre outras.
A avaliação de aprendizagem pode ser realizada por meio das atividades considerando o desenvol-
vimento individual de cada um dos estudantes. Observe a participação de cada um, principalmente
na resolução das atividades propostas. 

ATIVIDADES
1 – O Iluminismo foi um movimento intelectual muito importante no século XVIII, principalmente de-
vido à sua proposta inovadora no que se refere ao pensamento político e científico. Sabendo disso,
responda: 

d) Por que o Iluminismo pretendia ser inovador? 

e) Em que medida o Iluminismo foi inovador no pensamento científico? 

b)
c)
d)
2º Ano
2 – Qual das alternativas abaixo NÃO representa uma teoria do Iluminismo? 

a) A razão é, acima de tudo, uma forma de se chegar à verdade científica. 


A Igreja e o Estado devem permanecer unidos, pois só assim haverá justiça. 
A Monarquia absolutista é um sistema que deve ser substituído.  Ensino Médio
A República é a melhor e mais justa forma de governo, pois não haverá nenhum homem maior
ou mais poderoso que outro homem.

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

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REFERÊNCIAS
ALVES, Alexandre.,OLIVEIRA,LF.Conexões com a História.@º ano do Ensino Médio-Editora Moder-
na. São Paulo. 2018.
CAMPOS, Flávio., CLARO,Regina, DOLHNIKOFF,Miriam. História Escola e Democracia. 8º ano Ensi-
no Fundamental. São Paulo: Editora Moderna, 2018- páginas 34 e 35.
CBC de História. Disponível em: <https://www2.educacao.mg.gov.br/images/Progr._Hist%-
C3%B3ria_M%C3%A9dio_2018.pdf>. Acesso em: 25 fev. 2022.
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral-volume Único- Editora Saraiva-4º Edição-1999.
Planos de Curso-SEE/MG- 2022.Disponível em: <https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.
br>.Acesso em: 21 mar. 2022.
Sequência Didática adaptada e aprofundada para o Ensino Médio. Disponível em: <https://plu-
rall-content.s3.amazonaws.com/oeds/NV_ORG/PNLD/PNLD20/Historia_Doc>. Acesso em: 21
mar. 2022.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

15
TÓPICO
A Revolução Inglesa.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Contextualizar a Revolução Inglesa analisando os interesses em disputa. 
As Revoluções Inglesas: Situar a presença do puritanismo na Revolução Inglesa. 
(Puritana e Gloriosa). Relacionar a Revolução Inglesa com a forma de governo inglês na
atualidade.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A Revolução Inglesa
DURAÇÃO: 4 aulas de 50 minutos
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: 
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: 
O objetivo desta sequência didática, é trabalhar A Revolução Inglesa como um conjunto de guerras
civis e mudanças de regime político que ocorreram na Inglaterra, Escócia e Irlanda entre 1640 e
1688. Estas revoluções marcaram a ascensão da burguesia e consolidaram a monarquia parlamen-
tarista na Inglaterra. Forma de entender a ciência e a política a partir do século XIX.

B) DESENVOLVIMENTO: 
1º momento: As fases da Revolução.
Ao iniciar o tema ”Revolução Inglesa”, colocar no quadro alguns conceitos que remetem ao fato,
para criar um elo entre os estudantes, como o exemplo abaixo:
“Oliver Cromwell”- “Monarquia”- “Burguesia”

2º Ano
Instigar a memória e fazer o elo entre o objetivo da aula proposta e o conhecimento prévio. Nesse
começo de troca, explicar sobre as quatro fases da Revolução. 
• A Revolução Puritana e a Guerra Civil, de 1640 a 1649.
• A República de Oliver Cromwell, de 1649 a 1658.
• A Restauração da dinastia Stuart, com os reis Charles II e Jaime II, de 1660 a 1688.
• A Revolução Gloriosa, que encerrou o reinado de Jaime II e instituiu a Monarquia Parlamen-
tarista.
Ensino Médio
Explicar como as duas revoluções - Puritana e Gloriosa - aconteceram num curto espaço de tempo,
esta fase também é chamada de “Revoluções Inglesas”, no plural. Estas tiveram como objetivos:
limitar o poder do rei através do Parlamento, garantir a liberdade religiosa para os anglicanos e
impedir a restauração do catolicismo na Inglaterra. 
Conceito de Monarquia - Disponível em: <https://www.dicio.com.br/monarquia/>.
Ciências da Natureza
Conceito de Burguesia - Disponível em: <https://www.dicio.com.br/burguesia/>.

e suas Tecnologias
Conceito de Parlamentarismo - Disponível em: <https://www.dicio.com.br/parlamentarismo/>.

VOLUME 1

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2º momento: Disputa entre o Rei e O Parlamento.
Expor que durante o reinado de Charles I houve uma disputa acirrada pelo poder entre o rei e o Par-
lamento. O monarca julgava que somente o rei deveria dirigir a nação, dispensando a ajuda das câ-
maras. Devido a esta briga, o rei Charles I dissolveu o Parlamento três vezes em 4 anos de reinado.
No entanto, ele tinha o desejo de unificar as igrejas da Escócia e da Inglaterra, impondo aos esco-
ceses o Book of Common Prayer (Livro de Oração Comum). A igreja da Escócia, contudo, se rebela
contra esta ordem e o rei decide entrar em guerra contra os opositores. Para isso, ele precisava de
dinheiro, e para obtê-lo, queria aumentar os impostos. Isto, no entanto, deveria ser aprovado pelo
Parlamento. Seguiu-se, então, uma disputa sobre quem deveria ter autorização para aumentar im-
postos. Deveria ser o rei, que governava segundo o Direito Divino? Ou o Parlamento que represen-
tava os setores da nação? 
Aproveitar essa oportunidade e enfatizar para os estudantes sobre a Teoria do Direito Divino. 

Teoria do Direito Divino dos Reis: onde o poder do Rei era justificado pela “vontade” de Deus.

3º momento: Visita virtual à Casa do Parlamento – Palácio de Westminster.

Duração: cerca de 50 minutos.


Local: sala de aula ou outra sala com projetor multimídia.
Organização dos estudantes: em fileiras.
Recursos e/ou material necessário: projetor multimídia com conexão à internet, caderno, lápis,
borracha e caneta, dicionário.
Materiais de referência:
• Imagem externa da Casa do Parlamento, chamado também de Palácio de Westminster.
Disponível em: <https://mapadelondres.org/por-dentro-do-parlamento-do-reino-uni-
do/>. Acesso em: 22 mar 2022. 
• Casa do Parlamento Inglês. Disponível em: <http://www.parliament.uk/visiting/virtual-
tour/>. Acesso em: 22 mar 2022.

2º Ano
Então, após muitas ameaças, o monarca e o Parlamento organizam exércitos que se enfrentam em
guerra civil e culminam na derrota do rei Charles I. Durante a Guerra Civil surgem no Parlamento vá-
rios grupos políticos como os “Levellers” (niveladores) que reuniam desde pequenos proprietários
a pessoas que defendiam o fim da propriedade privada. Os “levellers” são combatidos pelos con-
servadores donos de grandes propriedades de terra. Mais tarde seriam chamados de “diggers” (es-
cavadores) e defenderiam o fim da propriedade privada. O Parlamento ganha o conflito e Charles I
é preso e condenado à morte. Esta sentença abriu espaço para a primeira e única experiência re-
Ensino Médio
publicana inglesa. Embora tenha sido o primeiro rei inglês a ser decapitado por seus compatriotas,
Charles I tentou modernizar o país. Construiu estradas, aterrou pântanos, criou um serviço postal e
instituiu um serviço de ajuda à busca de trabalho. Igualmente foi patrono das artes e da arquitetura
tentando fazer de Londres uma grande capital e trazendo pintores como Peter Rubens para deco-
rar seus palácios.

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

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4º momento: República de Oliver Cromwell.
Retome conteúdos trabalhados nas aulas anteriores desta sequência didática e explique que após
a execução do rei Charles I, Oliver Cromwell, antigo membro do Parlamento, assume o governo bri-
tânico e instaura a Commonwealth. Um dos primeiros atos de Cromwell beneficiou diretamente a
burguesia que o apoiava. Em 1650, ele promulgou os Atos de Navegação, que determinava que os
produtos ingleses deveriam ser transportados somente por navios de bandeira inglesa. Isto dis-
pensava navios de outras nacionalidades e fomentava a indústria naval interna. No entanto, o pró-
prio Cromwell sentia-se ameaçado pelo Parlamento e o fecha em 1653. Também manda prender e
executar os chefes do Exército que ele mesmo mandara formar. Ainda consegue colocar seu filho,
Richard, à frente do governo. Sem o mesmo prestígio do pai, Richard Cromwell não consegue go-
vernar e a própria burguesia pede a volta da monarquia. Em 1660, seu filho ascende ao trono como
Charles II e restaura a dinastia Stuart na Inglaterra. Trabalhar junto com os estudantes os conceitos
de Parlamentarismo e Burguesia.
É importante salientar que esse assunto é vasto e demanda de muitas outras oportunidades de
estudo, mas a pesquisa e o auxílio dos recursos serão fundamentais nessa aquisição de maior co-
nhecimento. Nesse momento, pode-se concluir o tema fazendo um debate entre os estudantes
sobre os conhecimentos adquiridos ao longo dessas duas aulas.

RECURSOS: 
Aulas expositivas. Utilizar de todos recursos disponíveis como livros didáticos, textos, imagens, ví-
deos, documentários e mapas. Trabalhos individuais e em grupos, seminários, pesquisas, debates
podem fortalecer a consciência crítica dos estudantes.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliação contínua e progressiva, buscando as capacidades individuais e coletivas da turma. Tra-
balhos, pesquisas, exercícios e atividades avaliativas. Atitudes comportamentais do estudante.
A avaliação é processual, contínua e de forma diagnóstica, considerando o nível conceitual em que
o estudante se encontra, acompanhando o mesmo em suas especificidades e o grupo como todo.

2º Ano
Para isto deve-se levar em conta que o estudante é o sujeito da aprendizagem, construindo o seu
conhecimento, através de suas descobertas e competências.

ATIVIDADES
1 – (UFRGS 2015) Durante o século XVII, a Inglaterra experimentou um período de profundas e vio-
lentas transformações políticas, desde a eclosão da Guerra Civil Inglesa (1642-1651) até a Revolução
Gloriosa (1688). Ensino Médio
Entre as principais consequências desse processo, podem ser enumeradas:

a) A transição do absolutismo para uma monarquia constitucional, e a limitação dos poderes


políticos do monarca.
Ciências da Natureza
b) A abolição da propriedade privada e a adoção de um sistema de terras comunais em todo o país.

e suas Tecnologias
c) A independência das treze colônias inglesas da América do Norte e a abertura dos portos
ingleses aos navios estrangeiros.
d) A derrota militar das forças reformistas e a consolidação do absolutismo monárquico nas
VOLUME 1mãos de Oliver Cromwell.
e) A abolição do anglicanismo e a afirmação do calvinismo como religião oficial da Inglaterra.

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2 – (UFRN) “Os Cabeças Redondas (round-heads) receberam esse nome pelo corte de cabelo que
usavam: curto, de forma arredondada, desprezando a moda corrente dos cabelos longos entre os
membros da corte... A partir das vitórias militares sobre os Cavaleiros, conseguiram a rendição do
rei em 1646. Entretanto, Carlos I reorganizou seus soldados e recomeçou a guerra, sendo derrotado
definitivamente pelos Cabeças Redondas de Cromwell. Preso, Carlos I foi julgado pela Alta Corte de
Justiça a mando do Parlamento, sendo condenado à morte. Em janeiro de 1649 o rei foi decapitado
em frente ao palácio de Whitehall, em Londres.”
HILL, C. O eleito de Deus: Oliver Cromwell e a Revolução Inglesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 179.

O Parlamento, ao executar o rei, atacava um princípio central do Estado Absolutista, que era a ideia
da origem divina do poder real e de sua incontestável autoridade.

a) Os Cabeças Redondas defendiam não apenas a extinção do regime monárquico como tam-
bém a luta armada contra nações que tivessem esse regime.
b) A Revolução Inglesa questionava a legitimidade do Antigo Regime Monárquico e desenca-
deou uma série de revoluções, pondo fim ao Estado Moderno na Europa.
c) A Revolução Inglesa estava afinada com os interesses da nascente burguesia, mantendo
alguns privilégios da nobreza, ligada à Igreja Anglicana.
d) Todas as alternativas acima.

3 – Em poucas linhas explique o porquê da Revolução Inglesa ter sido considerada uma das primei-
ras revoluções burguesas.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

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REFERÊNCIAS
BEZERRA, Juliana. Revolução Inglesa. Toda Matéria, 2021. Disponível em: <https://www.todamate-
ria.com.br/revolucoes-inglesas>. Acesso em: 21 mar. 2022.
CBC de História. Disponível em: <https://www2.educacao.mg.gov.br/images/Progr._Hist%-
C3%B3ria_M%C3%A9dio_2018.pdf>. Acesso em? 25 fev. 2022.
Plano de Curso. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1vTdhXx5m7dZvlYvnBNhbHPyHK-
fp4xerY/view> Acesso em? 25 fev. 2022. 
Sequência Didática adaptada e aprofundada para o Ensino Médio. Disponível em: <https://plural-
l-content.s3.amazonaws.com/oeds/NV_ORG/PNLD/PNLD20/Historiar/8ano/01_BIMESTRE/08_
VERSAO_FINAL/03_PDFS/04_HISTORIAR_8ANO_1BIM_Sequencia_didatica_1_TRTA.pdf>. Acesso
em: 22 mar.2022.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

20
TÓPICO
O processo de formação dos EUA.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
As lutas nas Treze Colô-
nias americanas. Identificar os interesses e o ideário dos envolvidos na Revolução
A Declaração de Indepen- Americana. Caracterizar a democracia americana na atualidade. 
dência dos Estados Uni- Caracterizar a democracia americana na atualidade. 
dos da América.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O Processo de Formação dos EUA
DURAÇÃO: 3 aulas de 50 minutos
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: 
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: 
O objetivo desta sequência didática é informar ao estudante que antes de se tornarem os Esta-
dos Unidos da América, o território era formado por 13 colônias, que eram povoações instaladas
pelos britânicos, na costa leste da América, no decorrer do século XVII. Os colonos se fixaram
entre o oceano Atlântico e os montes Apalaches, constituindo o embrião dos futuros treze esta-
dos americanos.

B) DESENVOLVIMENTO: 
1º momento: As 13 Colônias Inglesas.
Muitas pessoas consideram os Estados Unidos uma referência política e econômica. Salientar o

2º Ano
processo de formação, explorar o idioma inglês é um bom começo para ampliar esse conhecimen-
to. Buscar dos estudantes todas as referências atuais que eles têm dos EUA. E assim trazer a his-
tória de sua formação. Situadas no litoral atlântico, as treze colônias se desenvolveram de maneira
distinta entre si e marcaram profundamente a formação dos Estados Unidos. 

Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1
Disponível em:<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Map_Thirteen_Colonies_1775-es.svg> . Acesso em 29 mar. 2022.

21
Utilizar o mapa para explorar o conhecimento geográfico e ampliar o conhecimento sobre o conti-
nente americano. Com o auxílio do livro didático, explicar os países que fazem parte do continente
americano, a diversidade de idiomas, e sobretudo afirmar que o Brasil faz parte do continente, pois
muitos estudantes ainda confundem essa informação.
Após essa análise do mapa, explicar que as colônias eram administradas por governadores no-
meados pelo rei inglês. Os governadores recebiam assessoria de uma assembleia eleita por colo-
nos que ficava responsável pelo recolhimento de tributos. Desde o início, as colônias inglesas na
América tiveram autonomia política e administrativa, se comparadas ao modelo espanhol e portu-
guês. Isso acabou gerando uma consciência nos colonos de que eles não precisavam da Inglaterra
para se desenvolverem. Dois séculos mais tarde, este pensamento seria o indutor do processo de
Independência.

2º momento: O Processo de Independência.


Nesse momento, o professor(a) pode dividir a turma em dois grupos, salientando o aprendizado
sobre a Guerra dos Sete Anos, que vão representar Inglaterra e França em disputa pelas terras da
América do Norte. O processo de independência das Treze Colônias ocorreu ao longo do século
XVIII e teve como pano de fundo as disputas territoriais entre os colonos ingleses e franceses.
A Guerra dos Sete Anos, que elevou a crise financeira da Grã-Bretanha, fez com que os britânicos
aumentassem os impostos cobrados nas treze colônias a fim de cobrir as despesas de guerra. Des-
sa maneira, os colonos também receavam que a metrópole não os socorreria em caso de ataques
indígenas, o que acabou provocando um sentimento de que haviam sido “esquecidos” pela metró-
pole. Com a difusão das ideias iluministas da Europa (conteúdo visto em nossa primeira aula) e
sua mensagem de liberdade política, os colonos entenderam que poderiam dispensar o governo
britânico.

3º momento: O Estopim.
O estopim para formalizar a independência foi o Imposto do Selo estabelecido pela Grã-Bretanha e
a imposição do monopólio da venda do chá à Companhia das Índias Orientais, sem a aprovação dos

2º Ano
colonos. Levantar junto aos estudantes a questão sobre a Revolta do Chá de Boston que contribuiu
para a Independência dos Estados Unidos.

RECURSOS: 
Aulas expositivas. Utilizar de todos recursos disponíveis como livros didáticos, textos, imagens, ví-
deos, documentários e mapas. Trabalhos individuais e em grupos, seminários, pesquisas, debates
podem fortalecer a consciência crítica dos estudantes.
Ensino Médio
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliação contínua e progressiva, buscando as capacidades individuais e coletivas da turma. Tra-
balhos, pesquisas, exercícios e atividades avaliativas. Atitudes comportamentais do estudante.

Ciências da Natureza
A avaliação é processual, contínua e de forma diagnóstica, considerando o nível conceitual em que
o estudante se encontra, acompanhando o mesmo em suas especificidades e o grupo como todo.
e suas Tecnologias
Para isto deve-se levar em conta que o estudante é o sujeito da aprendizagem, construindo o seu
conhecimento, através de suas descobertas e competências.
VOLUME 1

22
ATIVIDADES
1 - (Fuvest-2001) A incorporação de novas áreas, entre 1820 e 1850, que deu aos Estados Unidos sua
atual conformação territorial, estendendo-se do Atlântico ao Pacífico, deveu-se fundamentalmente:

a) a um avanço natural para o oeste, tendo em vista a chegada de um imenso contingente de


imigrantes europeus.
b) aos acordos com as lideranças indígenas, Sioux e Apache, tradicionalmente aliadas aos
brancos.
c) à vitória na guerra contra o México, que, derrotado, foi obrigado a ceder quase a metade de
seu território.
d) à compra de territórios da Inglaterra e Rússia, que assumiram uma posição pragmática
diante do avanço norte-americano para o oeste.
e) à compra de territórios da França e da Espanha, que estavam, naquele período, atravessan-
do graves crises econômicas na Europa.

2 - Qual das alternativas abaixo apresenta importantes causas da Independência dos EUA (1776)?

a) Comércio das colônias americanas com outros países e a proibição da prática da agricultura.
b) O poder que a Inglaterra (metrópole) exercia sobre sua colônia, através da fiscalização, altas
taxas e impostos e leis que tiravam a liberdade dos habitantes.
c) Proibição das práticas religiosas nas colônias americanas.
d) Relações comerciais entre Inglaterra e França que não eram aprovadas pelos habitantes das
colônias americanas.
e) Todas as alternativas acima.

REFERÊNCIAS
BEZERRA, Juliana. As Treze Colônias e a Formação dos Estados Unidos. Toda Matéria, 2021. Dis-

2º Ano
ponível em: <https://www.todamateria.com.br/as-treze-colonias-e-a-formacao-dos-estados-u-
nidos/>. Acesso em: 21 mar. 2022.
CBC de História. Disponível em: <https://www2.educacao.mg.gov.br/images/Progr._Hist%-
C3%B3ria_M%C3%A9dio_2018.pdf>. Acesso em 25 fev. 2022.
Plano de Curso. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1vTdhXx5m7dZvlYvnBNhbHPyHK-
fp4xerY/view>. Acesso em 25 fev. 2022. 

Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

23
TÓPICO
Revolução Francesa.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
A Revolução Francesa. 
A sociedade francesa no Antigo
Identificar a importância da Revolução Francesa para a cida-
regime. 
dania moderna. 
A explosão da crise. 
Caracterizar os grupos políticos envolvidos na Revolução
A queda da Bastilha e o início Francesa. 
da Revolução. 
Caracterizar as fases da revolução Francesa. 
Era Napoleônica. Bloqueio
Explicar o Período Napoleônico. 
Continental. 
Congresso de Viena. 

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A Revolução Francesa
DURAÇÃO: 2 aulas de 50 minutos
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: 
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: 
O objetivo desta sequência didática, é trabalhar a Revolução Francesa, iniciada em 17 de junho de
1789, e que foi um movimento burguês, que acabou com o absolutismo francês e espalhou as ideias
liberais pelo mundo. O fato mais significativo é a tomada da prisão da Bastilha, em 14 de julho de
1789. Um mês depois, os franceses promulgaram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cida-
dão. Neste documento foi consagrado o princípio de igualdade de todas as pessoas perante a lei.

2º Ano
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º momento: Antecedentes.
Uma aula fundamental para trabalhar os movimentos revolucionários que ocorreram e se espalha-
ram em outros continentes, como a América. Excelente momento para trabalhar a Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão, e suas adjacências. Com a tecnologia e os jovens estão sempre
Ensino Médio
juntos, bom momento para deixarem pesquisar em seus celulares sobre a Declaração e debater por
alguns minutos.

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

24
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:D%C3%A9claration_des_droits_de_l%27Homme_-_Mus%C3%A9e_
de_la_R%C3%A9volution_fran%C3%A7aise.jpg >. Acesso em: 29 mar. 2022.

Dessa forma explicar que no final do século XVIII, a França era um país agrário com a produção
estruturada no modelo feudal. Devido às guerras na América e às más colheitas, a França atraves-
sava uma crise econômica e política. Para resolvê-la, os ministros do rei Luís XVI sugeriram que a
nobreza e o clero deveriam pagar impostos. Por outro lado, para a burguesia e parte da nobreza, era
preciso acabar com o poder absoluto do rei Luís XVI. A burguesia francesa detinha grande parte do
poder econômico na França, mas não o político. Por isso, defendia que a França adotasse o libera-
lismo. Já trabalhamos na segunda aula o significado de burguesia. Momento para relembrarmos.

Trabalhar com os estudantes a importância da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.


Centrada na ideia de definir os direitos individuais e coletivos dos homens como universais,
o documento se propõe a promover a liberdade, igualdade e fraternidade. “Este documento,

2º Ano
com 17 artigos e um preâmbulo dos ideais libertários e liberais da Revolução Francesa, repre-
senta um marco importantíssimo, pois foi a partir dele que outros surgiram, sempre defenden-
do os direitos da pessoa humana. Um dos documentos foi a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, da ONU. Ambos os textos têm, inclusive, pontos em comum, como a ideia de que
todos os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. Além disso, não ficaram de
fora as Constituições dos países democráticos que, rapidamente, aderiram aos ideais, sendo
que um exemplo desta adesão foi o próprio Brasil”, explica o acadêmico Pedro Darif.

Ensino Médio
Artigo adaptado: Disponível em: <https://www.upf.br/noticia/declaracao-dos-direitos-do-homem-e-do-cidadao-
completa-231-anos>. Acesso em: 22 mar.22.

2º momento: Convocação da Assembleia dos Estados Gerais.

Ciências da Natureza
Para que a aula sobre a Revolução Francesa fique ainda mais interessante, aproveitando que os
estudantes já utilizaram o celular, o professor(a) poderá dividir a turma em quatro grupos, e dessa
e suas Tecnologias
maneira, três irão representar os estados descritos abaixo, e um será formado por jurados. Antes
de concluir a aula, deixe que os estudantes, através de argumentos pesquisados, debatam entre
VOLUME 1
si, e apresentem, cada um, sua teoria. Dessa forma, ao final, os jurados irão decidir quem vence e
então pode concluir a aula.

25
Pressionado pela situação, o rei Luís XVI convoca os Estados Gerais, uma assembleia formada pe-
los três Estados da sociedade francesa: Primeiro Estado - clero. Segundo Estado - nobreza. Ter-
ceiro Estado - burguesia e camponeses.
O Terceiro Estado, mais numeroso, pressionava para que as votações das leis fossem individuais
e não por Estado. Somente assim, conseguiria passar normas que os favorecessem. No entanto,
o Primeiro e o Segundo Estado recusaram esta proposta e as votações continuaram a ser realiza-
das por Estado. Desta forma, o Terceiro Estado e parte do Primeiro Estado (baixo clero) se separa
da Assembleia e se declaram legítimos representantes da nação. Então, formam a Assembleia Na-
cional Constituinte e juram permanecer reunidos até a finalização da Constituição.

RECURSOS: 
Aulas expositivas. Utilizar de todos recursos disponíveis como livros didáticos, textos, imagens, ví-
deos, documentários e mapas. Trabalhos individuais e em grupos, seminários, pesquisas, debates
podem fortalecer a consciência crítica dos estudantes.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliação contínua e progressiva, buscando as capacidades individuais e coletivas da turma. Tra-
balhos, pesquisas, exercícios e atividades avaliativas. Atitudes comportamentais do estudante.
A avaliação é processual, contínua e de forma diagnóstica, considerando o nível conceitual em que
o estudante se encontra, acompanhando o mesmo em suas especificidades e o grupo como todo.
Para isto deve-se levar em conta que o estudante é o sujeito da aprendizagem, construindo o seu
conhecimento, através de suas descobertas e competências.

ATIVIDADES
1 – A partir da prática desenvolvida em sala, elabore um texto defendendo cada um dos Estados
estudados e escolha aquele que melhor te representar.

2º Ano
2 – (Enem 2007) Em 4 de julho de 1776, as treze colônias que vieram inicialmente a constituir os
Estados Unidos da América (EUA) declaravam sua independência e justificavam a ruptura do Pacto
Colonial. Em palavras profundamente subversivas para a época, afirmavam a igualdade dos ho-
mens e apregoavam como seus direitos inalienáveis: o direito à vida, à liberdade e à busca da felici-
dade. Afirmavam que o poder dos governantes, aos quais cabia a defesa daqueles direitos, deriva-
va dos governados. Esses conceitos revolucionários que ecoavam o Iluminismo foram retomados
com maior vigor e amplitude treze anos mais tarde, em 1789, na França. Ensino Médio
(Emília Viotti da Costa. Apresentação da coleção. In: Wladimir Pomar. Revolução Chinesa. São Paulo: UNESP, 2003-com
adaptações).

Considerando o texto acima, acerca da independência dos EUA e da Revolução Francesa, assinale

Ciências da Natureza
a opção correta.

e suas Tecnologias
VOLUME 1

26
a) A independência dos EUA e a Revolução Francesa integravam o mesmo contexto histórico,
mas se baseavam em princípios e ideais opostos.
b) O processo revolucionário francês identificou-se com o movimento de independência norte-
americana no apoio ao absolutismo esclarecido.
c) Tanto nos EUA quanto na França, as teses iluministas sustentavam a luta pelo reconheci-
mento dos direitos considerados essenciais à dignidade humana.
d) Por ter sido pioneira, a Revolução Francesa exerceu forte influência no desencadeamento
da independência norte- americana.
e) Ao romper o Pacto Colonial, a Revolução Francesa abriu o caminho para as independências
das colônias ibéricas situadas na América.

REFERÊNCIAS
BEZERRA, Juliana. Revolução Francesa. Toda Matéria, 2021. Disponível em: <https://www.todama-
teria.com.br/revolucao-francesa-resumo/>. Acesso em: 21 mar. 2022.
CBC de História. Disponível em: <https://www2.educacao.mg.gov.br/images/Progr._Hist%-
C3%B3ria_M%C3%A9dio_2018.pdf>. Acesso em: 25 fev. 2022.
Plano de Curso. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1vTdhXx5m7dZvlYvnBNhbHPyHK-
fp4xerY/view>. Acesso em: 25 fev. 2022. 

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

27
TÓPICO
Manifestações populares e Conjuração Baiana; elites coloniais e Inconfidência Mineira.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Compreender e analisar a crise do sistema colonial em seus proces-
sos internos e em suas conexões com o ideário liberal. 
Estabelecer relações entre a Conjuração Baiana e a Revolução Fran-
Crise do sistema colonial. cesa. 
Inconfidência Mineira.  Caracterizar as inconfidências: mineira e baiana. 
Conjuração Baiana.  Comparar os movimentos de resistência contra a colonização portu-
Tratados comerciais fei- guesa, identificando suas especificidades. 
tos pela Coroa Portugue- Compreender e analisar o processo de ruptura dos pactos coloniais,
sa e nações europeias. dinamização econômica e social e mudanças políticas; o anfiteatro
da Independência. 
Analisar os novos tratados comerciais firmados entre a Coroa portu-
guesa e as potências europeias.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Manifestações populares e Conjuração Baiana; elites coloniais e Inconfidência
Mineira
DURAÇÃO: 4 aulas de 50 minutos
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: 
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: 
O objetivo desta sequência didática, é compreender e analisar a crise do sistema colonial em seus

2º Ano
processos internos e em suas conexões com o ideário liberal. Estabelecer relações entre a Conju-
ração Baiana e a Revolução Francesa. Caracterizar as inconfidências: mineira e baiana. Comparar
os movimentos de resistência contra a colonização portuguesa, identificando suas especificida-
des. Compreender e analisar o processo de ruptura dos pactos coloniais, dinamização econômica
e social e mudanças políticas; o anfiteatro da Independência.

B) DESENVOLVIMENTO: 
1º momento: Inconfidência Mineira. Ensino Médio
Trabalhar “A Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira” demanda uma pesquisa, feita indivi-
dualmente, e com alguns dias para ser realizada, devido à sua grande importância em nossa His-
tória. Foi um movimento de caráter separatista que ocorreu na então capitania de Minas Gerais

Ciências da Natureza
em 1789. O objetivo era proclamar uma República independente, criar uma universidade e abolir
dívidas junto à Fazenda Real. O movimento, porém, foi descoberto antes do dia marcado para a

e suas Tecnologias
eclosão por conta de uma delação e seus líderes foram presos e condenados. Comparar os im-
postos atuais com os cobrados na época. A partir de 1760, a produção começa a cair anualmente.
Mesmo com a diminuição da extração do ouro, o sistema e o valor de cobrança dos quintos devi-
VOLUME 1

28
dos à coroa, mantinha-se o mesmo. Quando o ouro entregue não alcançava 100 arrobas (cerca de
1500 kg) anuais, era decretada a “derrama”. Esta consistia em cobrar da população, pela força das
armas, a quantidade que faltava. Trazer para a atualidade a inflação e comparar com as condições
dos mineiros na época. O custo de vida em toda a região aumentava, pois tudo era comprado a
prazo e com ouro. Desta maneira, os funcionários que detinham o monopólio do metal começaram
a se endividar. Com isso, deixaram de fazer pagamentos aos comerciantes, agricultores e trafi-
cantes de escravos que também foram arrastados para a crise. Novamente fazer um paralelo com
as empresas que acabam fechando em momentos de crise. Igualmente, o “Alvará de 1785”, agravou
a situação. Esta lei determinava o fechamento de manufaturas locais, proibindo a existência do
fabrico de tecidos de qualquer natureza. Isto obrigava a população a consumir apenas produtos
importados e de alto preço.

2º momento: As reações. 
Frente a todos os momentos de crise, as populações de maneira geral demandam reagir. As ideias
do Iluminismo que apregoavam temas como a liberdade para os povos e questionavam a ordem
política vigente, circulavam pela capitania de Minas Gerais apesar da censura. Estas ideias foram
trazidas por estudantes brasileiros que tinham realizado cursos superiores na Europa e através
de livros. Não se pode esquecer que os envolvidos nessa conspiração tomavam como exemplo a
Independência dos Estados Unidos. Ali, os colonos, revoltados contra o sistema fiscal de sua me-
trópole, tinham conseguido a independência da Inglaterra. Isto animou a elite mineradora a cons-
pirar contra a metrópole. Estimular através de slides, imagens das diversas revoltas acontecidas
ao longo da história, pode usar também o livro didático. A partir disso estimular a participação dos
estudantes em compartilhar “revoltas” conhecidas pessoalmente por ele.

3º momento: Os Inconfidentes.
Já quase concluindo essa etapa, explicar que os inconfidentes eram, em sua maioria, grandes pro-
prietários, mineradores, padres e letrados, como Cláudio Manuel da Costa. Oriundo de família enri-
quecida na mineração, havia estudado em Coimbra e foi alto funcionário da administração colonial.
Por sua parte, Alvarenga Peixoto era minerador e latifundiário. Tomás Antônio Gonzaga, escritor e

2º Ano
poeta, depois de estudos jurídicos na Europa, tornou-se ouvidor (juiz) em Vila Rica. Francisco de
Paula Freire, tenente coronel e comandante do Regimento dos Dragões (tropa militar de Minas Ge-
rais), estava hierarquicamente logo abaixo do governador. Joaquim José da Silva Xavier, chamado
de Tiradentes, era filho de um pequeno fazendeiro e ganhou a vida como militar, dentista, tropeiro
e comerciante. Foi o mais popular entre os conspiradores e, embora não tenha sido o idealizador
do movimento, teve papel importante na propagação das ideias revolucionárias junto à popula-
ção. A revolta deveria ter início no dia do derrama, que o governo programara para 1788 e acabou
suspendendo quando soube da conjuração. Os planos dos inconfidentes foram frustrados porque
Ensino Médio
três participantes da conspiração procuraram o governador, Visconde de Barbacena, para delatar
o movimento. Foram eles: o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o tenente coronel Basílio de Brito
Malheiro do Lago e o mestre de campo (militar) Inácio Correia Pamplona. Tiradentes, que viajava
para o Rio de Janeiro a fim de adquirir armas, foi preso naquela cidade, no dia 10 de maio de 1789.
Após três anos sendo processados, todos os participantes foram perdoados ou condenados ao de-
Ciências da Natureza
gredo. Somente Tiradentes foi condenado à morte e executado no dia 21 de abril de 1792, no campo

e suas Tecnologias
de São Domingos, no Rio de Janeiro. Após o cumprimento da sentença, o corpo foi esquartejado e
ficou exposto à execração pública. Contudo, a figura de Tiradentes seria recuperada pelo regime
republicano que o transformou num mártir da liberdade. Inclusive, dia 21 de abril, data da morte de
VOLUME 1
Tiradentes, é feriado nacional, o Dia de Tiradentes, a fim de lembrar a Inconfidência Mineira.

29
Jornalistas.
Proponha aos estudantes que eles se imaginem jornalistas e que tenham que noticiar a ocorrên-
cia da Inconfidência Mineira. Diga que a matéria deverá conter os seguintes elementos:
Manchete.
Texto explicando o movimento (máximo de 10 linhas).
Desenho (para representar a insatisfação da elite).

4º momento: Conjuração Baiana.


Nessa aula, é importante salientar que a Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates foi um mo-
vimento ocorrido em Salvador (BA) com o intuito de proclamar a independência desta província.
Relembrando a primeira aula, também foi influenciada pelo Iluminismo e também pela Revolução
Francesa e pela Revolução Haitiana, a Conjuração Baiana foi fortemente reprimida. Seus mem-
bros foram presos e, em 1799, os líderes do movimento foram condenados à morte ou ao degredo
e seus membros foram delatados ao governador que prendeu os participantes antes dos planos
serem postos em prática. Por isso, vemos que ambas revoltas têm o mesmo contexto histórico e
possuem objetivos semelhantes. Durante a explicação, entreter os estudantes quanto à diferença
dos participantes desse movimento, que foi composto em sua maioria, por escravizados, negros
livres, brancos pobres e mestiços, que exerciam as mais diferentes profissões, como sapateiros,
pedreiros, soldados, etc.
Fomentar nos estudantes a busca por palavras desconhecidas, como degredo, província, etc. Mas
sempre utilizar os recursos disponíveis para aumentar o conhecimento.
Conceito de Degredo - Disponível em: <https://www.dicio.com.br/degredo/>.
Conceito de Província - Disponível em: <https://www.dicio.com.br/provincia/>.

RECURSOS: 
Aulas expositivas. Utilizar de todos recursos disponíveis como livros didáticos, textos, imagens, ví-
deos, documentários e mapas. Trabalhos individuais e em grupos, seminários, pesquisas, debates

2º Ano
podem fortalecer a consciência crítica dos estudantes.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliação contínua e progressiva, buscando as capacidades individuais e coletivas da turma. Tra-
balhos, pesquisas, exercícios e atividades avaliativas. Atitudes comportamentais do estudante.
A avaliação é processual, contínua e de forma diagnóstica, considerando o nível conceitual em que
o estudante se encontra, acompanhando o mesmo em suas especificidades e o grupo como todo.
Ensino Médio
Para isto deve-se levar em conta que o estudante é o sujeito da aprendizagem, construindo o seu
conhecimento, através de suas descobertas e competências.

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

30
ATIVIDADES
1 – (Fuvest-SP) – Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana:
“O ideário da Revolução Francesa, que entre outras coisas defendia o governo representativo,
a liberdade de expressão, a liberdade de produção e de comércio, influenciou no Brasil a Inconfi-
dência Mineira e a Inconfidência Baiana”, porque:

a) Cedia às pressões de intelectuais estrangeiros que queriam divulgar suas obras no Brasil.
b) Servia aos interesses de comerciantes holandeses aqui estabelecidos que desejavam influir
no governo colonial.
c) Satisfazia aos brasileiros e aos portugueses, que desta forma conseguiram conciliar suas
diferenças econômicas e políticas.
d) Apesar de expressar as aspirações de uma minoria da sociedade francesa, aqui foi adaptado
pelos positivistas aos objetivos dos militares.
e) Foi adotado por proprietários, comerciantes, profissionais liberais, padres, pequenos lavra-
dores, libertos e escravos como justificativa para sua oposição ao absolutismo e ao sistema
colonial.

2 – (FCC-SP) – A Conjuração Baiana (1798) caracterizou-se por ser um movimento que:

a) Teve participação popular, com vista à concretização de reivindicações sociais.


b) Atraiu a burguesia conservadora, que não desejava a continuação do pacto colonial.
c) Envolveu, predominantemente, grupos militares influenciados pela Revolução Norte-
-Americana.
d) Visava a impedir a crescente influência da maçonaria na política de Portugal em relação ao
Brasil.
e) Criou condições favoráveis à concretização da “inversão brasileira” (1808-21).

REFERÊNCIAS

2º Ano
BEZERRA, Juliana. Inconfidência Mineira. Toda Matéria, 2021. Disponível em: <https://www.to-
damateria.com.br/inconfidencia-mineira/>. Acesso em: 21 mar. 2022.
CBC de História. Disponível em: <https://www2.educacao.mg.gov.br/images/Progr._Hist%-
C3%B3ria_M%C3%A9dio_2018.pdf>. Acesso em: 25 fev. 2022.
Plano de Curso. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1vTdhXx5m7dZvlYvnBNhbHPyHK-
fp4xerY/view >. Acesso em: 25 fev. 2022. 
Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

31
TÓPICO
Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Analisar os impactos da transferência da Corte Portuguesa sobre os
Impactos causados pela hábitos e costumes da vida colonial. 
transferência da Corte
portuguesa para o Brasil. Analisar as imagens produzidas pelos europeus no Brasil Joanino e I
Império.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil
DURAÇÃO: 2 aulas de 50 minutos
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: 
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: 
O objetivo desta sequência didática, é saber sobre a vinda da família real portuguesa para o Brasil,
ocorrida em 29 de novembro de 1807 e a comitiva aportou em Salvador (BA), em 22 de janeiro de
1808. O refúgio no Brasil foi uma manobra do príncipe regente, D. João, para garantir que Portugal
continuasse independente quando foi ameaçado de invasão por Napoleão Bonaparte.

B) DESENVOLVIMENTO: 
1º momento: A Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil.
Começar a aula instigando os estudantes sobre o real motivo da vida da família real para o Brasil.
Argumentar, levantar questões acerca do real motivo. Então, iniciando a explicação, para garantir
o êxito da transferência, o reino de Portugal teve apoio da Inglaterra, que também auxiliou na ex-

2º Ano
pulsão das tropas napoleônicas. Em 1806, Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental
determinando que os países europeus fechassem os portos para os navios da Inglaterra. Portugal
não aderiu ao bloqueio continental devido à longa aliança política e comercial com os ingleses e,
por este motivo, Napoleão ordenou a invasão do território português, ocorrida em novembro de
1807. Explorando o livro didático, ao longo dessa aula, o professor pode dividir a turma em duplas,
e os estudantes aprofundarem sobre o Bloqueio Continental e Napoleão Bonaparte. 

2º momento: A chegada da Família Real. Ensino Médio


A viagem ocorreu em condições insalubres e durou 54 dias até Salvador (BA), onde desembarcou
no dia 22 de janeiro de 1808. Na capital baiana foram recebidos com festas e ali permaneceram por
mais de um mês. No dia 26 de fevereiro, a corte partiu para o Rio de Janeiro, que seria declarada a
capital do Império. As casas que eram escolhidas pelos nobres recebiam em sua fachada a inscri-
Ciências da Natureza
ção P.R., que significava “Príncipe Regente” e indicava a saída dos moradores para disponibilizar o

e suas Tecnologias
imóvel. No entanto, a população interpretou a sigla, ironicamente, como “Ponha-se na Rua”. Nesse
momento abrir espaço para a interação dos estudantes e as diversas interpretações errôneas, em
letras de músicas, a geração de memes.
VOLUME 1

32
Para finalizar o conhecimento dessa aula e ampliar o debate, organize um seminário entre os estu-
dantes.

SEMINÁRIO
Os 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil: a cobertura do tema na mídia
nacional, em 2008
O objetivo desse seminário é fortalecer o papel de cada integrante nesse processo, inserindo
os alunos nos aspectos relevantes de cada lado da história. Professor (a) divida a sala em 04
grupos:
01º Grupo vai representar e defender os objetivos da Corte Portuguesa.
02º Grupo vai representar e defender os objetivos da Napoleão Bonaparte e sua comitiva.
03º Grupo vai representar e defender os objetivos da população brasileira.
04º Grupo vai representar e defender os objetivos da Inglaterra.
Fundamental que os grupos tenham no mínimo uma aula de 50 minutos para se organizarem.
• Na apresentação dos grupos cada um vai escolher um representante que irá expor os
seus argumentos.
• Cada grupo terá estipulado 5 minutos para a apresentação.
• Ao final o (a) professor concluirá a temática já sabendo do resultado, mas exaltando o
processo.
Toda base de orientação de conteúdo disponível em:
BEZERRA, Juliana. Vinda da Família Real para o Brasil. Toda Matéria, 2021. Disponível em: <https://www.todamateria.com.
br/a-vinda-da-familia-real-para-o-brasil/>. Acesso em: 21 mar. 2022.

3º momento: Consequências da vinda da Família Real.


Antes de concluir essa sequência didática, escreva no quadro as seguintes palavras:

2º Ano
Banco do Brasil. Jardim Botânico. Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.
Em seguida, explore que a transferência da Família Real e sua comitiva contribuiu para significativas
mudanças no Brasil e no Rio de Janeiro. Com a abertura dos portos, todas as nações amigas de Por-
tugal puderam comercializar com o Brasil. Num primeiro momento, isto significava o comércio com
a Inglaterra. Por sua vez, o Rio de Janeiro se tornou a capital do reino de Portugal e foram realizados
melhoramentos e levantados novos edifícios públicos na cidade, dentre os quais os acima citados. 

RECURSOS:  Ensino Médio


Aulas expositivas. Utilizar de todos recursos disponíveis como livros didáticos, textos, imagens, ví-
deos, documentários e mapas. Trabalhos individuais e em grupos, seminários, pesquisas, debates
podem fortalecer a consciência crítica dos estudantes.

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

33
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliação contínua e progressiva, buscando as capacidades individuais e coletivas da turma. Tra-
balhos, pesquisas, exercícios e atividades avaliativas. Atitudes comportamentais do estudante.
A avaliação é processual, contínua e de forma diagnóstica, considerando o nível conceitual em que
o estudante se encontra, acompanhando o mesmo em suas especificidades e o grupo como todo.
Para isto deve-se levar em conta que o estudante é o sujeito da aprendizagem, construindo o seu
conhecimento, através de suas descobertas e competências.

ATIVIDADES
1 – (Enem 2014) A transferência da corte trouxe para a América Portuguesa a família real e o governo
da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Perso-
nalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos
seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808.
(NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997).

Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América Portuguesa por


terem:

a) Incentivado o clamor popular por liberdade.


b) Enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
c) Motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
d) Obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
e) Provocado os movimentos separatistas das províncias.

2 – (Enem 2010) Em 2008 foram comemorados os 200 anos da mudança da família real portuguesa
para o Brasil, onde foi instalada a sede do reino. Uma sequência de eventos importantes ocorreu no
período 1808-1821, durante os 13 anos em que D. João VI e a família real portuguesa permaneceram
no Brasil.

2º Ano
Entre esses eventos, destacam-se os seguintes:
• Bahia - 1808: Parada do navio que trazia a família real portuguesa para o Brasil, sob a prote-
ção da marinha britânica, fugindo de um possível ataque de Napoleão.
• Rio de Janeiro - 1808: desembarque da família real portuguesa na cidade onde residiriam
durante sua permanência no Brasil.
• Salvador - 1810: D. João VI assina a carta régia de abertura dos portos ao comércio de todas
as nações amigas, ato antecipadamente negociado com a Inglaterra em troca da escolta
dada à esquadra portuguesa. Ensino Médio
• Rio de Janeiro - 1816: D. João VI torna-se rei do Brasil e de Portugal, devido à morte de sua
mãe, D. Maria I.
• Pernambuco - 1817: As tropas de D. João VI sufocam a revolução republicana.

Ciências da Natureza
GOMES. L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram
a história de Portugal e do Brasil. São Paulo: Editora Planeta, 2007 (adaptado).

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Uma das consequências desses eventos foi:

a) Decadência do império britânico, em razão do contrabando de produtos ingleses através


dos portos brasileiros.
b) O fim do comércio de escravos no Brasil, porque a Inglaterra decretara, em 1806, a proibição
do tráfico de escravos em seus domínios.
c) A conquista da região do rio da Prata em represália à aliança entre a Espanha e a França de
Napoleão.
d) A abertura de estradas, que permitiu o rompimento do isolamento que vigorava entre as
províncias do país, o que dificultava a comunicação antes de 1808.
e) O grande desenvolvimento econômico de Portugal após a vinda de D. João VI para o Brasil,
uma vez que cessaram as despesas de manutenção do rei e de sua família.

REFERÊNCIAS
BEZERRA, Juliana. Vinda da Família Real para o Brasil. Toda Matéria, 2021. Disponível em: <https://
www.todamateria.com.br/a-vinda-da-familia-real-para-o-brasil/>. Acesso em: 21 mar. 2022.
CBC de História. Disponível em: <https://www2.educacao.mg.gov.br/images/Progr._Hist%-
C3%B3ria_M%C3%A9dio_2018.pdf>. Acesso em: 25 fev. 2022.
Plano de Curso. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1vTdhXx5m7dZvlYvnBNhbHPyHK-
fp4xerY/view>. Acesso em: 25 fev. 2022.

2º Ano Ensino Médio

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