PROGRAMA DE GERENCIAMANTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE – PGRSS
CLÍNICA VETERINÁRIA VILA DOS BICHOS –MAIO DE 2020
PLANO DE
GERENCIAMANTO
DE RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE
SAÚDE
“PGRSS”
MAIO DE 2021 A ABRIL DE 2022
Índice
Sumário
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................3
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CLÍNICA VETERINÁRIA VILA DOS BICHOS –MAIO DE 2020
2. OBJETIVOS..................................................................................................................4
3. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA............................................................................4
4. METODOLOGIA.........................................................................................................6
5. DESCRIÇÃO / DEFINIÇÃO.......................................................................................7
6. CLASSIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE
SAÚDE...........................................................................................................................8
7. IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS.......................................................................10
8. IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS POR SETOR...........................11
9. SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO.........................................................12
10. TABELA SIMPLIFICADA DO PGRSS VILA DOS BICHOS..............................15
11. HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL.........................................17
12. UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)..17
13. COLETA E TRANSPORTE DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE........18
14. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................19
15. ANEXOS......................................................................................................................63
16. BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................64
17. RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA............65
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1. Introdução
Os Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) são aqueles gerados por estabelecimentos
que atendem à saúde humana ou animal, abrangendo o lixo comum e os resíduos
potencialmente infectantes ou perigosos para a saúde e para o meio ambiente.
A legislação brasileira prevê que os estabelecimentos são responsáveis pelo manejo,
tratamento e destinação final adequados destes RSS, descritos em um Plano de
Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde.
As clínicas veterinárias fazem parte deste grupo de geradores de RSS de saúde, e,
portanto, segue a mesma legislação aplicada ao serviço de saúde conforme resolução
ANVISA RDC Nº 222 de 28 de março de 2018 demonstrado em seu Artigo 2º § 1º:
§ 1º Para efeito desta resolução, definem-se como geradores de RSS todos os
serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou
animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar; laboratórios analíticos de
produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades
de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal;
drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e
pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de
produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores de materiais e controles para
diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de
acupuntura; serviços de piercing e tatuagem, salões de beleza e estética, dentre
outros afins.
Entre esses RSS encontram-se materiais biológicos, produtos químicos, restos de
medicamentos, seringas, agulhas, restos de alimentos, carcaças, entre outros. Alguns desses
resíduos possuem potencial infectante ou são perigosos tanto para a saúde quanto para o
meio ambiente.
Para minimizar os riscos de contaminação é necessário que os RSS sejam segregados e
descartados de forma correta, e para tanto foram criadas leis e resoluções que normatizam o
manejo dos resíduos desde sua geração até a disposição final, após o devido tratamento.
Essas normas estabelecem que os estabelecimentos geradores são responsáveis pelo
correto manejo, tratamento e destinação final dos RSS gerados por suas atividades.
O manejo dos RSS envolve várias etapas, entre elas a segregação, que visa diminuir a
quantidade de resíduos e oferecer o correto tratamento para cada tipo. A segregação é
utilizada de modo a separar os resíduos segundo o seu tipo (biológico, químico, radioativo,
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perfurocortantes e comum) e seu grau de risco, sendo que cada grupo deve ser devidamente
identificado de acordo com a norma RDC Nº 222 da ANVISA.
Da geração até o tratamento e disposição final dos RSS, todas as etapas são
importantes na prevenção de acidentes com pessoal ou contaminação do ambiente. Para
tanto, a legislação prevê a obrigatoriedade da elaboração de uma Plano de Gerenciamento
dos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (PGRSS) por parte de cada estabelecimento,
onde deverá estar descrito o manejo dos resíduos ali gerados.
O objetivo do presente trabalho é o de descrever as ações no manejo dos RSS e
analisar o PGRSS, de acordo com a legislação vigente da clínica veterinária Vila dos Bichos
– ME, para atendimento de animais de pequeno e médio porte situada no município de
Aguaí, São Paulo.
2. Objetivos
Estabelecer um plano de segregação, controle e destinação final de Resíduos de
Serviço de Saúde (RSS) gerados na Clínica Veterinária Vila dos Bichos - ME. Ainda,
objetiva-se estabelecer rotinas para o correto acondicionamento dos mesmos para transporte
e destinação final, obedecendo às normas de biossegurança e às legislações ambientais
vigentes, bem como, identificação e quantificação dos RSS gerados, visando a quantificação
e redução da geração dos mesmos.
3. Apresentação da Empresa
Empresa: Márcia Maria Cabrelon Oberer
Nome Fantasia: Vila dos Bichos
Endereço: Rua Barão do Rio Branco, 128
Bairro: Centro
CNPJ: 08.739.988/0001-17 Inscr. Estad.: 152087836117
Telefone: (19) 3652-1548
Cidade: Aguaí - SP CEP: 13860-000
CNAE Principal: 47.89-0-04. Grupo: G47 Grau de Risco: 1
CNAE Secundário: 47.71-7-04. Grupo: G47 Grau de Risco: 1
CNAE Secundário: 75.00-1-00. Grupo: M75 Grau de Risco: 3
CNAE Secundário: 96.09-2-08. Grupo: S96 Grau de Risco: 2
Horário de Trabalho: Segunda a Sexta das 08:00 as 17:30. Aos sábados das 08:00 as 12:00
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Atividade - Sua principal atividade é o atendimento veterinário de animais de pequeno
e médio porte, como gatos e cachorros, banho e tosa e estética animal, venda de produtos
farmacêuticos veterinários, produtos de beleza e alimentação para animais de estimação.
Responsável Técnico – Márcia Maria Cabrelon Oberer – Médica Veterinária
CRMV/SP Nº 14411
Responsável pela elaboração do PGRSS – Luis Fernando do Nascimento –
Engenheiro Ambiental e de Segurança do Trabalho – CREA/SP 5062287600
Empresa Responsável pelo transporte
Razão Social – Biotrans Soluções Ambientais Eirelli – EPP
Cnpj – 20.289.535/0001-31
Endereço – Av. do Algodão, 500
Bairro – Loteamento Industrial Salto Grande I
Cidade – Americana – SP
Telefone – (19)3405-3020
Representante – Allan Jonas Duarte
CPF – 226.583.248-04
RG – 40.872.558-8
E-mail –
[email protected]Empresa Responsável pela Destinação Final dos Resíduos ( Até Outubro
de 2020)
Razão Social – Silcon Ambiental Ltda
Cnpj - 50.856.251/0003-02
Endereço – Avenida Orlando Vedovelo, S/N - Estrada Entroncamento PLN 190 e PLN 040,
S/N, Km 05
Cidade – Paulínia – SP
Telefone – (19)3884-1771 / (19)3884-1201
Representante – Julio Campos / Johnny Alves da Silva
E-mail –
[email protected]E-mail –
[email protected]Licença de Operação – N° 37003105
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Empresa Responsável pela Destinação Final dos Resíduos (A partir de
novembro de 2020)
Razão Social – Silcon Ambiental Ltda
CNPJ - 50.856.251/0002-02
Endereço – Rua Ruzzi - Sertãozinho
Cidade – Mauá – SP
Telefone – (11)3682-1883
Representante – Julio Campos / Johnny Alves da Silva
E-mail –
[email protected]Licença de Operação – N° 16009684
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4. Metodologia
Foi realizado pesquisa descritiva da empresa VILA DOS BICHOS – ME,
descrevendo-se o manejo dos RSS, por meio de uma análise de natureza compreensiva e
explicativa no período de 11/05/2020 a 15/05/2020.
Neste mesmo período, determinou se os volumes segundo os tipos de resíduos
gerados, bem como seu modo de segregação, armazenamento e descarte.
A clínica consiste em um prédio de alvenaria, contendo uma área total construída de
197,06 m2 e área total do terreno 319,27 m2. A clínica está dividida da seguinte forma:
Loja, Almoxarifado, Vestiário, Banheiro, Cozinha, Lavanderia, Almoxarifado
Externo, Canil, Sala de Internação, Laboratório, Centro Cirúrgico, Consultório e Banho e
Tosa.
A clínica opera de segunda a sexta das 08:00 as 17:30 e aos sábados das 08:00 as
12:00, atuam no estabelecimento uma médica veterinária, um atendente, uma funcionária no
setor de estética e uma funcionária para limpeza. A média diária de atendimento é de 20 a 25
consultas, com atendimentos de emergência, aplicação de vacinas e medicamentos e
atendimentos agendados, e uma média de 3 a 4 cirurgias por semana. A quantidade de
animais atendidos pelo setor de estética é de 10 a 12 por dia.
O setor de internação possui capacidade para 13 animais internados. No setor de
estética contam com 3 boxes para hóspedes aguardando serviços estéticos ou serem
entregues aos clientes.
Quadro de funcionários:
Márcia Maria Cabrelon Oberer – Médica Veterinária 01
Jaciara Santos da Silva – Tosadora, Banhista e Esteticista de Animais
01
Domésticos.
Rita de Cássia do Couto – Auxiliar de Veterinária, A 01
José Adriano Martins – Atendente de Clínica Veterinária 01
Total 04
5. Descrição / Definição
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Para efeitos deste plano são adotadas as definições de:
Abrigo de resíduo. Área destinada ao armazenamento temporário de resíduos de
serviços de saúde, no aguardo da coleta externa.
Acondicionamento: Ato de embalar os resíduos de serviços de saúde, em recipiente,
para protegê-los de risco e facilitar o seu transporte, de acordo com os procedimentos
adotados pela NBR 12809.
Armazenamento interno: Guarda temporária dos recipientes, em instalações
apropriadas, localizadas na própria unidade geradora, de onde devem ser
encaminhados, através da coleta interna para o armazenamento externo.
Armazenamento externo: Guarda temporária adequada, no aguardo da coleta externa.
Coleta externa: Operação de remoção e transporte de recipientes do abrigo de resíduo,
através do veículo coletor, para tratamento e/ou destino final.
Identificação: Conjunto de medidas executadas, que expõe o tipo de resíduo de serviço
de saúde contido em um recipiente, fornecendo informações complementares, quando
necessário.
Limpeza: Processo de remoção de sujidade.
Manuseio: Operação de identificação e fechamento do recipiente.
Recipiente: Objeto capaz de acondicionar resíduos sólidos e líquidos, tais como: saco
plástico, galão e caixas.
Recipientes rígidos: Invólucro resistente e estanque, empregado no acondicionamento
de resíduos perfuro cortantes.
Resíduo: material desprovido de utilidade para o estabelecimento gerador.
Comum: Resíduo de serviço de saúde que não apresenta risco adicional à saúde
pública.
Resíduo especial: Resíduo de serviço de saúde do tipo farmacêutico, químico perigoso
e radioativo.
Resíduo farmacêutico: Produto medicamentoso com prazo de validade vencido,
contaminado, interditado ou não utilizado.
Resíduo Infectante: Resíduo de serviço de saúde que, pôr suas características de maior
virulência, infectividade e concentração de patógenos, apresentar risco potencial
adicional a saúde pública.
Resíduo químico perigoso: resíduo químico que, de acordo com os parâmetros da
NBR 10004, possa provocar danos à saúde ou ao meio ambiente.
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Resíduos de serviços de saúde: Resíduos resultantes de atividades exercidas por
estabelecimento gerador, de acordo com a classificação adotada pela NBR 12808.
Segregação: Operação de separação dos resíduos no momento da geração, de acordo
com a classificação adotada pela NBR 12808.
Veículo coletor: veículo utilizado para a coleta externa e o transporte de resíduos de
serviços de saúde.
Unidade geradora: Áreas funcionalmente agrupadas, onde são gerados,
acondicionados e armazenados os resíduos de serviços de saúde.
6. Classificação e Quantificação de Resíduos de Serviços de Saúde
As Classificações dos resíduos de serviços de saúde conforme CONAMA 358/05 e RDC
222 de 28/03/2018.
GRUPO A - INFECTANTES
A1 - Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos
biológicos, exceto os Hemoderivados; descarte de vacinas de micro-organismos vivos ou
atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou
mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. Resíduos resultantes
da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação
biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e
risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente
importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido. Bolsas transfusionais
contendo sangue ou Hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação,
ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta. Sobras de
amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais
resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na
forma livre.
A2 - Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
submetidos a processos de experimentação com inoculação de micro-organismos, bem como
suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos
de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a
estudo anátomo patológico ou confirmação diagnóstica.
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A3 - Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais
vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade
gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha
havido requisição pelos pacientes ou familiares.
A4 - Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados. Filtros
de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-
hospitalar e de pesquisa, entre outros similares. Sobras de amostras de laboratório e seus
recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham
e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância
epidemiológica e risco de disseminação, ou micro-organismos causador de doença
emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão
seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons. Resíduos de tecido adiposo
proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que
gere este tipo de resíduo. Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à
saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. Peças anatômicas
(órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos
anátomo patológicos ou de confirmação diagnóstica. Carcaças, peças anatômicas, vísceras e
outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com
inoculação de micro-organismos, bem como suas forrações. Bolsas transfusionais vazias ou
com volumes residuais pós-transfusão.
A5 - Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e
demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou
certeza de contaminação com príons.
GRUPO B – PRODUTOS QUÍMICOS
Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública
ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade. Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos;
antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando
descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou
apreendidos os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela
Portaria MS 344/98 e suas atualizações. Medicamentos vencidos, não mais necessários,
interditados ou não utilizados. Resíduos de saneantes, desinfetantes; resíduos contendo
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metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.
Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores). Efluentes dos
equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas. Demais produtos considerados
perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos,
inflamáveis e reativos).
GRUPO C – PRODUTOS RADIOATIVOS
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos
em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para
os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. Enquadram-se neste grupo os rejeitos
radioativos ou contaminados com radionuclídeos, proveniente de laboratórios de análises
clínica, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a resolução CNEN-6.05.
GRUPO D – RESÍDUO COMUM
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao
meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Papel de uso sanitário e
fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente,
material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros
similares não classificados como A1; sobras de alimentos e do preparo de alimentos; resto
alimentar de refeitório; resíduos provenientes das áreas administrativas; resíduos de
varrição, flores, podas de jardins, vidros quebrados, cerâmicas e resíduos de gesso
provenientes de assistência à saúde.
GRUPO D – RESÍDUO COMUM/ RECICLÁVEL
Resíduo comum reciclável (papéis, papelão, plásticos, vidros e metais).
GRUPO E – PERFUROCORTANTE
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: Lâminas de barbear, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de
bisturi, lancetas; tubos capilares; micro pipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os
utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de
Petri), outros similares e vidros quebrados em geral.
7. Identificações dos Resíduos
Grupo A
A identificação dos resíduos infectantes é impressa nos sacos de acondicionamento e nas
lixeiras de coleta interna e externa, nos locais de armazenamento, em local de fácil
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visualização, de forma indelével, referenciados na norma NBR 7.500 da ABNT, além de
outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de cada
grupo de resíduos. A identificação dos sacos de armazenamento e dos recipientes de
transporte é feita por adesivos com os símbolos referentes ao tipo de resíduo.
Grupo B
É identificado através do símbolo de risco químico com fundo laranja, de acordo com
a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substância química impressa no saco.
Grupo C
Não é gerado nas dependências da clínica.
Grupo D
É identificado através da cor saco preto, não podendo ser usados nem os de cor Branco
Leitoso, Vermelho e Laranja.
Grupo E
É identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da
ABNT, sendo que todo material perfuro cortante é acondicionado em caixas próprias,
amarelas, NBR 13853, e embalado em sacos na cor branca com o símbolo de infectante.
8. Identificação dos Resíduos Gerados por Setor
GRUPO A GRUPO GRUPO
GRUPO C
Resíduo B D GRUPO E
FONTE GERADORA Rejeito
potencialment Resíduo Resíduo Perfurocortantes
Radioativo
e infectante Químico Comum
LOJA X
ALMOXARIFADO X
ALMOXARIFADO
X
EXTERNO
BANHEIRO X
CANIL X
COZINHA X
LAVANDERIA X
INTERNAÇÃO X X X X
LABORATÓRIO X X X
BANHO E TOSA X X
CENTRO CIRÚRGICO X X X X
CONSULTÓRIO X X X X
9. Segregação e Acondicionamento
Os resíduos da Clínica são separados no local de sua geração, seguindo uma
padronização de lixeiras e sacos de lixo para o seu acondicionamento.
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Os resíduos são separados na origem, pois não se admite separação posterior.
Após seu acondicionamento os resíduos são armazenados no Almoxarifado Externo
até que ocorra a coleta externa pela empresa BIOTRANS SOLUÇÕES AMBIENTAIS, que
ocorre uma vez por semana.
O acondicionamento consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou
recipientes que evitem vazamentos e resistam à ruptura. A capacidade dos recipientes de
acondicionamento é compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo por setor.
O uso dos sacos deve ser limitado em até dois terços da sua capacidade e das caixas
para perfurocortantes, até o limite indicado;
Lixeiras Infectantes - são dotadas de tampa articulada, acionada por pedal, adequada,
em capacidade, à geração;
Materiais perfuro cortantes são descartados diretamente em recipiente apropriado e
identificado adequadamente. Posicionamento adequado das caixas para perfurocortantes e
das lixeiras;
Fechamento seguro dos sacos com vistas a impedir vazamentos;
Uso de sacos duplos ou triplos para resíduos mais densos, ex. restos de resíduos de
alimentação e peças anatômicas;
As caixas de perfuro cortantes, pós-uso, são acondicionadas em sacos brancos com
símbolo de infectante;
Os resíduos são acondicionados de acordo com sua classificação: Os sacos são
contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura e vazamento, com
tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e
resistentes ao tombamento;
Os resíduos líquidos são acondicionados em recipientes constituídos de material
compatível com o líquido armazenado, contidos em garrafas ou frascos, preferencialmente
inquebráveis, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante. Caso o
recipiente tenha que ser de vidro, este será protegido dentro de outra pré-embalagem
resistente.
Grupo A – É identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-
7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos, são contidos em lixeiras
na cor branca, tendo volume de 15 a 30 litros. Os resíduos sólidos são acondicionados em
Sacos plásticos diferenciados para resíduos grupo A (classe II, NBR 9191 da ABNT),
contidos em recipientes (lixeiras), dotados de tampa com dispositivo de acionamento
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mecânico; Devem-se respeitar os limites de peso de cada saco e de 2/3 de sua capacidade,
sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
As lixeiras são instaladas estrategicamente nos pontos de geração.
Sólidos ou semissólidos são embalados em sacos plásticos. Perfuro cortantes ou
líquidos, devem ser acondicionados em sacos plástico branco leitoso, com símbolo de
infectante, para facilitar o transporte e a identificação.
Todo resíduo infectante a ser transportado deve ser acondicionado em saco plástico
branco e impermeável. Recomenda-se a utilização de dupla embalagem para resíduos de
áreas altamente infectadas (como unidades de isolamento ou de laboratório), desta forma, os
sacos coletados nestas unidades são colocados dentro de um saco maior, evitando-se o
contato com o lado externo do primeiro saco e garantindo-se maior segurança contra
vazamento.
Os resíduos especiais têm de ser embalados de forma segura, compatível com suas
características físico-químicas.
Os resíduos comuns são embalados em sacos plásticos para lixo domicilia nas cores
em preto, vermelho e verde.
Os sacos são totalmente fechados, de modo a não permitir o derramamento do
conteúdo, mesmo que virados com a boca para baixo. Uma vez fechados, precisam ser
mantidos íntegros até a destinação final do resíduo. Caso ocorram rompimentos frequentes
dos sacos, deve-se verificar a qualidade do produto ou métodos de transporte utilizados. Não
se admite abertura ou rompimento de saco contendo lixo infectante.
Uma vez que a identificação do tipo e lixo se faz através da cor do saco, é fundamental
que se utilize sempre a embalagem adequada, evitando-se a falta de sacos por falha no
fornecimento. Assim, há de se manter sempre um estoque de segurança compatível com a
oferta do mercado e com o sistema de compras da Clínica.
Classe dos sacos para acondicionamento do lixo: Cor do Saco (NBR-9190 e 9191).
Sacos Classe I - para acondicionamento de resíduos domiciliares, podem apresentar
qualquer cor, exceto branca, vermelho e laranja.
Sacos Classe II – para acondicionamento de resíduos infectantes, fica reservada aos
sacos classe II na cor branco leitosa, com símbolo de infectante;
Os resíduos de classe A quando não reconhecíveis, podem ser embaladas e tratadas em
conjunto com os resíduos sólidos classificados como infectantes;
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10.TABELA SIMPLICADA DO PGRSS VILA DOS BICHOS
Quantidade Forma de acondicionamento Empresa
Local de Frequência Empresa de
Grupo Tipo Descrição (kg/semana ou – Norma ANVISA RDC responsável pela
geração de Coleta coleta
l/semana) 222/2018 destinação final
Consultório São acondicionados em sacos
-Centro plásticos impermeáveis,
Culturas e estoques de micro- resistentes, na cor branco 1x por Biotrans Soluções
A1 organismo, entre outros.
Cirúrgico –
semana Ambientais
Silcon Ambiental
Laboratório - leitosa com simbologia de
Internação resíduo infectante.
São acondicionados em sacos
plásticos impermeáveis,
resistentes, na cor branco
Resíduo Carcaças, peças anatômicas, Centro leitosa com simbologia de 1x por Biotrans Soluções
A2 vísceras, entre outros. Cirúrgico resíduo infectante e semana Ambientais
Silcon Ambiental
Infctante ou
identificado com a inscrição
Biológico “PEÇAS ANTÔMICAS DE
6,5Kg
ANIMAIS”
São acondicionados em sacos
Consultório plásticos impermeáveis,
Kits de linhas arteriais,
-Centro resistentes, na cor branco 1x por Biotrans Soluções
A4 endovenosas e deslizadores
Cirúrgico – semana Ambientais
Silcon Ambiental
quando descartados, e outros. leitosa com simbologia de
Internação
resíduo infectante.
São acondicionados em sacos
Órgãos, tecidos, fluidos Consultório plásticos impermeáveis,
1x por Biotrans Soluções
A5 orgânicos, entre outros -Centro resistentes, na cor vermelha
semana Ambientais
Silcon Ambiental
contaminados por príons. Cirúrgico com simbologia de resíduo
infectante.
B Resíduo Resíduos contendo Consultório 0,2Kg 1x por Biotrans Soluções Silcon Ambiental
Químico ou substâncias químicas que -Centro Em sacos plásticos, semana Ambientais
podem apresentar risco a Cirúrgico – impermeáveis, resistentes, de
Farmacêutico saúde pública ou ao meio Laboratório - cor laranja, com simbologia
ambiente, dependendo de Internação de resíduo químico e dos
suas características de riscos (ABNT), ou
inflamabilidade, acondicionado em recipiente
corrosividade, reatividade e rígido e estanque, compatível
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com as características físico
químicas do resíduo ou
produto a ser descartado, com
identificação visível, contendo
toxicidade, entre outros.
princípio ativo do produto,
principais características,
quantidade e data do descarte
(ABNT).
Resíduos que não apresentem
Resíduo
risco biológico, químico ou
Comum (lixo
radiológico à saúde ou ao Todos os São acondicionados em sacos
D doméstico) departamentos 20Kg plásticos impermeáveis,
3x por Empresa de coleta
Não se aplica
meio ambiente, podendo ser semana de lixo urbano
da clínica. resistente e na cor preta.
equiparados aos resíduos
domiciliares.
Materiais Os materiais perfurocortantes
Perfurocortante Consultório devem ser descartados em
s Materiais perfurocortantes ou -Centro recipientes identificados, 1x por Biotrans Soluções
E escarificantes, entre outros. Cirúrgico –
0,5Kg rígidos, providos com tampa, semana Ambientais
Silcon Ambiental
Internação resistentes à punctura, ruptura
e vazamento
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11. Higiene, Saúde e Segurança Ocupacional
Treinamento
O treinamento é uma ferramenta usada para conscientizar o colaborador, tendo como
objetivo despertar o interesse na melhoria do ambiente de trabalho através de atitudes
ambientalmente corretas. Esses treinamentos são realizados pela Engenheiro de Segurança
do Trabalho responsável programa de saúde ocupacional da Clínica.
Os colaboradores são orientados sobre:
Separação dos resíduos conforme os Grupos A (risco biológico), Grupo B (risco
químico), grupo D (comuns) e Grupo E (perfuro cortantes);
Uso de embalagens adequadas para cada grupo: sacos classe II para A (Infectante), B
(químicos), sacos classe I para D (comum) e para E (perfuro cortantes) caixas (NBR 13853);
Uso de lixeiras devidamente identificadas (NBR 7500), conforme o tipo de resíduo,
para conter cada tipo de saco e resíduo;
O programa de capacitação e desenvolvimento dos colaboradores segue um
cronograma estabelecido pelos setores de Segurança do Trabalho, SCIH e Higiene e
Limpeza, que em conjunto elaboram o conteúdo a ser abordado de acordo com a
necessidade, sendo que pelo menos uma vez por ano todos os colaboradores passam por
reciclagem. Está em anexo o Cronograma de capacitações a serem desenvolvidas para os
profissionais da Clínica.
12. Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
Os equipamentos são fornecidos para os colaboradores de acordo com o tipo de risco a
que estão expostos na sua atividade laboral. Todos os colaboradores que manuseiam os
resíduos perigosos e ou infectantes, utilizam equipamentos de proteção individual indicados
pela NR 6 e NBR 12810, óculos, avental, luvas, sapatos de segurança e botas. No manuseio
de resíduo especial do Grupo B, deve-se usar o EPI de acordo com as normas de segurança
constante nas FISPQs de cada produto. Na coleta Interna os EPI especificados devem ser os
mais adequados para lidarem com resíduo de serviços de saúde e devem ser utilizados de
acordo com as recomendações da norma NBR 12810.
Nota: Todos os EPIs utilizados por colaboradores que lidam com resíduos de serviços
de saúde tem que ser lavados e desinfetados diariamente.
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13. Coleta e Transporte dos Resíduos do Serviço de Saúde
Coleta Interna - É aquela realizada dentro da Clínica, consiste no traslado dos
resíduos dos pontos de geração até a sala de resíduo (abrigo externo), local destinado ao
armazenamento temporário. O colaborador da empresa coleta os resíduos nos locias onde
são gerados e encaminha-os para o abrigo de resíduo externo. Os sacos são acondicionados
dentro do almoxarifado externo exclusivo para resíduos infectante, químico, comum e
perfurocortantes. Consiste no recolhimento do resíduo das lixeiras, fechamento do saco e no
seu transporte. Os sacos e as lixeiras têm capacidade de acordo com a quantidade de
resíduos produzidos e o número previsto de coletas.
Coleta Externa - Consiste no recolhimento e transporte do lixo armazenado no abrigo
de resíduo externo, até a destinação final. O Resíduo Infectante é recolhido pela Empresa
Biotrans Soluções Ambientais EIRELLI – EPP, da cidade de Americana - SP e levado para
a Unidade de Tratamento de Resíduos (UTR) da empresa Silcon Ambiental Ltda situada na
cidade de Paulínia - SP. O resíduo comum (orgânico) é retirado pela empresa de coleta de
lixo doméstico da cidade de Aguaí. Durante a coleta externa, o lixo infectante, químico e
comum é transportado isoladamente em carros específicos.
É realizada a remoção dos RSS do abrigo de resíduo externo até as unidades de
tratamento ou disposição final, atendendo a legislação do Conselho Nacional de Meio
Ambiente, CONAMA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA.
Armazenamento Temporário - O termo “armazenagem” se refere à guarda
temporária dos resíduos, que precede a remoção da coleta externa, realizada pela empresa
responsável.
As instalações para armazenagem são os abrigos externos, de lixo comum e lixo
infectante. O armazenamento temporário é realizado nos abrigos em lixeiras contendo os
resíduos já acondicionados em sacos identificados. Não poderá ser feito armazenamento
temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação
dos sacos nos recipientes de acondicionamento.
A sala de resíduo (abrigo) - Possuem pisos de cerâmica e paredes azulejadas, laváveis,
pontos de iluminação artificial e área suficiente para armazenar os recipientes coletores, para
o posterior traslado até a retirada final dos resíduos. Abrigo de armazenamento de resíduo
externo é o local onde o resíduo é armazenado até que seja coletado pelo serviço de coleta
por empresa contratada. As lixeiras são lavadas após a coleta, que se dá uma vez por
semana. O Abrigo externo de resíduo está localizado no Almoxarifado Externo, e é dividido
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em áreas exclusivas para cada grupo de resíduo: resíduo biológico (comum) e o resíduo
infectante.
Não se admite a permanência de resíduos que não estejam devidamente
acondicionados em sacos plásticos.
O abrigo do resíduo não poderá ser utilizado para guarda ou permanência de utensílios
de outros materiais.
No caso de derramamento de resíduos infectantes no interior do abrigo de resíduo, será
feito de imediato a limpeza e desinfecção simultânea.
Atribuições de Responsabilidades - As atribuições de responsabilidades acham-se
formuladas a partir de recomendações da Organização Mundial de Saúde e de normas
contidas na legislação vigente RDC e CONAMA. A recuperação e a reciclagem de materiais
são regulamentadas, de forma a reduzir os riscos para a saúde e são controlados com
segurança.
Materiais e Instalações - As caixas de perfuro cortantes estão instaladas em local
apropriado para o descarte, e sustentadas por suporte, a fim de abrigá-las fora do contato
com superfícies úmidas e oferecendo visibilidade a quem descarta. Uso de lixeiras para
contenção dos sacos destinados ao descarte de resíduos, identificadas conforme NBR 7500 e
com características de constituição conforme NBR 12809;
Tratamento e Disposição Final - Consiste na aplicação de método, técnica ou
processo que modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou
eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio
ambiente.
14. Revisão Bibliográfica
O capítulo III da Resolução Nº 1275, de 25 de junho de 2019 do Conselho Federal de
Medicina Veterinária (CFMV), em seu Artigo 8º, conceitua:
Art. 8º. Clínicas Veterinárias são estabelecimentos destinados ao atendimento
de animais para consultas, tratamentos clínico-ambulatoriais, podendo ou não
realizar cirurgia e internação, sob a responsabilidade técnica, supervisão e presença
de médico-veterinário durante todo o período previsto para o atendimento ao público
e/ou internação.
§1º O serviço do setor cirúrgico e de internação pode ou não estar disponível
durante 24 horas por dia, devendo a informação estar expressa nas placas indicativas
do estabelecimento, nos anúncios e nos materiais impressos.
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§2º As opções de internação em período diurno ou integral e de atendimento
cirúrgico, ou não, deverão ser expressamente declaradas por ocasião de seu registro
no Sistema CFMV/CRMVs.
Art. 9º. São condições obrigatórias para funcionamento das Clínicas
Veterinárias que essas possuam:
I - Ambiente de recepção e espera;
II - Arquivo médico físico ou informatizado;
III - recinto sanitário para uso do público, podendo ser considerados aqueles
que integram um Condomínio ou Centro Comercial onde já existam banheiros
públicos compartilhados, ou, ainda, quando integrar uma mesma estrutura física
compartilhada com estabelecimentos médico-veterinários;
IV - Balança para pesagem dos animais;
V - Sala de atendimento contendo:
a) mesa impermeável para atendimento;
b) pia de higienização;
c) unidade de refrigeração exclusiva de vacinas, antígenos, medicamentos e
outros materiais biológicos;
d) armário próprio para equipamentos e medicamentos.
VI - Setor de sustentação contendo:
a) lavanderia, que pode ser suprimida quando o estabelecimento terceirizar
este serviço, o que deve ser comprovado por meio de contrato/convênio com
empresa prestadora do serviço;
b) depósito de material de limpeza ou almoxarifado;
c) ambiente para descanso e alimentação do médico-veterinário e dos
funcionários, caso o estabelecimento opte por internação ou atendimento 24 horas;
d) sanitários/vestiários compatíveis com o número dos usuários;
e) local de estocagem de medicamentos e materiais de consumo;
f) unidade refrigerada exclusiva para conservação de animais mortos e resíduos
biológicos, quando o estabelecimento optar por internação ou atendimento 24 horas.
VII - no caso de o estabelecimento optar pelo atendimento cirúrgico, deverá
dispor de:
a) ambiente para preparo do paciente contendo mesa impermeável;
b) ambiente de recuperação do paciente contendo:
1. provisão de oxigênio;
2. sistema de aquecimento para o paciente.
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c) ambiente de antissepsia e paramentação imediatamente adjacente à sala de
cirurgia, com pia e dispositivo dispensador de detergente e torneiras acionáveis por
foto sensor, ou através do cotovelo, joelho ou pé;
d) sala de lavagem e esterilização de materiais contendo equipamentos para
lavagem, secagem e esterilização de materiais por autoclavagem, com as devidas
barreiras físicas;
e) sala de cirurgia contendo:
1. mesa cirúrgica impermeável;
2. equipamentos para anestesia;
3. sistema de iluminação emergencial própria;
4. foco cirúrgico;
5. instrumental para cirurgia em qualidade e quantidade adequadas à rotina;
6. mesa auxiliar;
7. paredes e pisos de fácil higienização, observada a legislação sanitária
pertinente;
8. provisão de oxigênio;
9. sistema de aquecimento para o paciente;
10. equipamentos para intubação e suporte ventilatório;
11. equipamentos de monitoração que forneçam, no mínimo, os seguintes
parâmetros: temperatura, oximetria, pressão arterial e frequência cardíaca;
VIII - no caso de o estabelecimento optar por serviço de internação, a sala
deverá dispor de:
a) mesa impermeável;
b) pia de higienização;
c) ambiente para higienização do paciente com disponibilização de água
corrente;
d) baias, boxes ou outras acomodações individuais compatíveis com os
pacientes a serem internados e de fácil higienização, obedecidas as normas sanitárias
vigentes;
e) armário para guarda de medicamentos e materiais descartáveis necessários
ao seu funcionamento;
f) sistema de aquecimento para o paciente.
§1º A recuperação dos pacientes pode ocorrer, também, no ambiente cirúrgico
ou na sala de internação.
§2º A sala de lavagem e esterilização de materiais pode ser suprimida quando o
estabelecimento terceirizar estes serviços, comprovada pela apresentação de
contrato/convênio com a empresa prestadora dos serviços terceirizados;
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§3º No caso de o estabelecimento optar por internação de pacientes com
doenças infectocontagiosas, será obrigado a dispor de sala exclusiva para
isolamento.
Segundo a Resolução CONAMA Nº 358, de 29 de Abril de 2005, em seu Artigo 3º,
cabe aos geradores de resíduos de serviço de saúde e ao responsável legal, referidos no art.
1o desta Resolução, o gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final, de
forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública e saúde ocupacional, sem
prejuízo de responsabilização solidária de todos aqueles, pessoas físicas e jurídicas que,
direta ou indiretamente, causem ou possam causar degradação ambiental, em especial os
transportadores e operadores das instalações de tratamento e disposição final, nos termos da
Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
Ainda em seu Artigo 4º estabelece que todos os geradores de resíduos de serviços de
saúde constantes do Artigo 1º desta Resolução, em operação ou a serem implantados, devem
elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde-PGRSS,
de acordo com a legislação vigente, especialmente as normas da vigilância sanitária.
A Resolução ANVISA RDC Nº222, de 28 de Março de 2018 determina que o PGRSS
deve contemplar:
DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE SERVIÇO DE SAÚDE
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Objetivo
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os requisitos de Boas Práticas de Gerenciamento
dos Resíduos de Serviços de Saúde.
Seção II
Abrangência
Art. 2º Esta Resolução se aplica aos geradores de resíduos de serviços de saúde- RSS
cujas atividades envolvam qualquer etapa do gerenciamento dos RSS, sejam eles públicos e
privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e
pesquisa.
§ 1º Para efeito desta resolução, definem-se como geradores de RSS todos os serviços
cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou animal, inclusive os
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serviços de assistência domiciliar; laboratórios analíticos de produtos para saúde;
necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento
(tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias,
inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde;
centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores,
distribuidores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de
atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de piercing e tatuagem, salões de
beleza e estética, dentre outros afins.
§ 2º Esta Resolução não se aplica a fontes radioativas seladas, que devem seguir as
determinações da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e às indústrias de
produtos sob vigilância sanitária, que devem observar as condições específicas do seu
licenciamento ambiental.
Seção III
Definições
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I. abrigo externo: ambiente no qual ocorre o armazenamento externo dos coletores de
resíduos;
II. abrigo temporário: ambiente no qual ocorre o armazenamento temporário dos
coletores de resíduos;
III. acondicionamento: ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes
que evitem vazamentos, e quando couber, sejam resistentes às ações de punctura, ruptura e
tombamento, e que sejam adequados física e quimicamente ao conteúdo acondicionado;
IV. agentes biológicos: microrganismos capazes ou não de originar algum tipo de
infecção, alergia ou toxicidade no corpo humano, tais como: bactérias, fungos, vírus,
clamídias, riquétsias, micoplasmas, parasitas e outros agentes, linhagens celulares, príons e
toxinas;
V. armazenamento externo: guarda dos coletores de resíduos em ambiente exclusivo,
com acesso facilitado para a coleta externa;
VI. armazenamento interno: guarda do resíduo contendo produto químico ou rejeito
radioativo na área de trabalho, em condições definidas pela legislação e normas aplicáveis a
essa atividade;
VII. armazenamento temporário: guarda temporária dos coletores de resíduos de
serviços de saúde, em ambiente próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta no
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interior das instalações e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto
destinado à apresentação para coleta externa;
VIII. aterro de resíduos perigosos - Classe I: local de disposição final de resíduos
perigosos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública, minimizando os impactos
ambientais e utilizando procedimentos específicos de engenharia para o confinamento
destes;
IX. carcaça de animal: produto de retalhação de animal;
X. cadáver de animal: corpo animal após a morte;
XI. classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): agentes biológicos
conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos sadios;
XII. classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade):
inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo
potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e
para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes;
XIII. classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade):
inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e
que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para as quais existem
usualmente medidas de tratamento ou de prevenção. Representam risco se disseminados na
comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa;
XIV. classe de risco 4 (elevado risco individual e elevado risco para a comunidade):
classificação do Ministério da Saúde que inclui agentes biológicos que representam grande
ameaça para o ser humano e para os animais, implicando grande risco a quem os manipula,
com grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro, não existindo medidas
preventivas e de tratamento para esses agentes;
XV. coleta e transporte externos: remoção dos resíduos de serviços de saúde do abrigo
externo até a unidade de tratamento ou outra destinação, ou disposição final ambientalmente
adequada, utilizando-se de técnicas que garantam a preservação das condições de
acondicionamento;
XVI. coletor: recipiente utilizado para acondicionar os sacos com resíduos;
XVII. coletor com rodas ou carro de coleta: recipiente com rodas utilizado para
acondicionar e transportar internamente os sacos com resíduos;
XVIII. compostagem: processo biológico que acelera a decomposição do material
orgânico, tendo como produto final o composto orgânico;
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XIX. decaimento radioativo: desintegração natural de um núcleo atômico por meio da
emissão de energia em forma de radiação;
XX. destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a
reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou
outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio
Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), entre elas a disposição final
ambientalmente adequada, observando normas operacionais específicas de modo a evitar
danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos;
XXI. disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em
aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à
saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
XXII. equipamento de proteção individual (EPI): dispositivo ou produto de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho;
XXIII. equipamento de proteção coletiva (EPC): dispositivos ou produtos de uso
coletivo utilizados pelo trabalhador, destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho e de terceiros;
XXIV. ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ): ficha que
contém informações essenciais detalhadas dos produtos químicos, especialmente sua
identificação, seu fornecedor, sua classificação, sua periculosidade, as medidas de precaução
e os procedimentos em caso de emergência;
XXV. fonte radioativa selada: fonte radioativa encerrada hermeticamente em uma
cápsula, ou ligada totalmente a material inativo envolvente, de forma que não possa haver
dispersão de substância radioativa em condições normais e severas de uso;
XXVI. forma livre: saturação de um líquido em um resíduo que o absorva ou o
contenha, de forma que possa produzir gotejamento, vazamento ou derramamento
espontaneamente ou sob compressão mínima;
XXVII. gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: conjunto de procedimentos
de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas, técnicas, normativas e
legais, com o objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar um
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encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores e a
preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente;
XXVIII. hemoderivados: produtos oriundos do sangue total ou do plasma, obtidos por
meio de processamento físico-químico ou biotecnológico;
XXIX. identificação dos resíduos de serviços de saúde: conjunto de medidas que
permite o reconhecimento dos riscos presentes nos resíduos acondicionados, de forma clara
e legível em tamanho proporcional aos sacos, coletores e seus ambientes de armazenamento,
conforme disposto no Anexo II desta Resolução;
XXX. instalação radiativa: unidade ou serviço no qual se produzam, processam,
manuseiam, utilizam, transportam ou armazenam fontes de radiação, excetuando-se as
Instalações Nucleares definidas em norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN);
XXXI. licença ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que devem ser
obedecidas para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimento ou atividades
utilizadores dos recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidoras ou
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental;
XXXII. licença sanitária: documento emitido pelo órgão sanitário competente dos
Estados, Distrito Federal ou dos Municípios, contendo permissão para o funcionamento dos
estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária;
XXXIII. líquidos corpóreos: líquidos originados no corpo humano, limitados para fins
desta resolução, em líquidos cefalorraquidiano, pericárdico, pleural, articular, ascítico e
amniótico;
XXXIV. logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a
coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em
seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
adequada;
XXXV. Manejo dos resíduos de serviços de saúde: atividade de manuseio dos resíduos
de serviços de saúde, cujas etapas são a segregação, acondicionamento, identificação,
transporte interno, armazenamento temporário, armazenamento externo, coleta interna,
transporte externo, destinação e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos de
serviços de saúde;
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XXXVI. metal pesado: qualquer substância ou composto contendo antimônio, cádmio,
cromo (IV), chumbo, estanho, mercúrio, níquel, prata, selênio, telúrio e tálio;
XXXVII. nível de dispensa: valor estabelecido por norma da Comissão Nacional de
Energia Nuclear (CNEN), tal que fontes de radiação com concentração de atividade ou
atividade total igual ou inferior a esse valor podem ser dispensadas de controle regulatório e
ser liberado pelas vias convencionais, sob os aspectos de proteção radiológica;
XXXVIII. nível III de inativação microbiana: processo físico ou outros processos para
a redução ou eliminação da carga microbiana, tendo como resultado a inativação de
bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e micobactérias com
redução igual ou maior que 6Log10, e inativação de esporos do B. stearothermophilus ou de
esporos do B. subtilis com redução igual ou maior que 4Log10;
XXXIX. patogenicidade: é a capacidade que tem o agente infeccioso de, uma vez
instalado no organismo do homem e dos animais, produzir sintomas em maior ou menor
proporção dentre os hospedeiros infectados;
XL. periculosidade: qualidade ou estado de ser perigoso;
XLI. plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (PGRSS): documento
que aponta e descreve todas as ações relativas ao gerenciamento dos resíduos de serviços de
saúde, observadas suas características e riscos, contemplando os aspectos referentes à
geração, identificação, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,
destinação e disposição final ambientalmente adequada, bem como as ações de proteção à
saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente;
XLII. plano de proteção radiológica (PPR): documento exigido para fins de
licenciamento de instalações radiativas, pela Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN);
XLIII. príon: estrutura proteica alterada relacionada como agente etiológico das
diversas formas de encefalite espongiforme;
XLIV. produto para diagnóstico de uso in vitro: reagentes, padrões, calibradores,
controles, materiais, artigos e instrumentos, junto com as instruções para seu uso, que
contribuem para realizar uma determinação qualitativa, quantitativa ou semiquantitativa de
uma amostra biológica e que não estejam destinados a cumprir função anatômica, física ou
terapêutica alguma, que não sejam ingeridos, injetados ou inoculados em seres humanos e
que são utilizados unicamente para provar informação sobre amostras obtidas do organismo
humano;
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XLV. quimioterápicos antineoplásicos: produtos químicos que atuam ao nível celular
com potencial de produzirem genotoxicidade, citotoxicidade, mutagenicidade,
carcinogenicidade e teratogenicidade;
XLVI. reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a
alteração de suas propriedades físicas, físicoquímicas ou biológicas, com vistas à
transformação em insumos ou novos produtos;
XLVII. recipiente vazio de medicamento: embalagem primária de medicamentos
usada em sua preparação ou administração, que tenha sido esvaziado em decorrência da total
utilização ou transferência de seu conteúdo deste para outro recipiente;
XLVIII. redução de carga microbiana: aplicação de processo que visa à inativação
microbiana das cargas biológicas contidas nos resíduos;
XLIX. rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de
tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis,
não apresente outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;
L. rejeito radioativo: material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos
limites de dispensa especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN), para o qual a reutilização é imprópria ou não prevista; LI. resíduos de serviços de
saúde (RSS): todos os resíduos resultantes das atividades exercidas pelos geradores de
resíduos de serviços de saúde, definidos nesta Resolução;
LII. resíduo perigoso: aquele que, em razão de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e
mutagenicidade, apresenta significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental ou à
saúde do trabalhador, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
LIII. resíduo sólido: material, substância, objeto ou bem descartado, resultante de
atividades humanas em sociedade, a cuja destinação se propõe proceder ou se está obrigado
a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e
líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos
ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em
face da melhor tecnologia disponível;
LIV. resíduos de serviços de saúde do Grupo A: resíduos com a possível presença de
agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção,
elencados no Anexo I desta Resolução;
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LV. resíduos de serviços de saúde do Grupo B: resíduos contendo produtos químicos
que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade, elencados no
Anexo I desta Resolução;
LVI. resíduos de serviços de saúde do Grupo C: rejeitos radioativos, elencados no
Anexo I desta Resolução;
LVII. resíduos de serviços de saúde do Grupo D: resíduos que não apresentam risco
biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados
aos resíduos domiciliares, elencados no Anexo I desta Resolução;
LVIII. resíduos de serviços de saúde do Grupo E: resíduos perfurocortantes ou
escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas,
limas endodônticas, fios ortodônticos cortados, próteses bucais metálicas inutilizadas, pontas
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas,
espátulas e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta
sanguínea e placas de Petri), elencados no Anexo I desta Resolução;
LIX. reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua
transformação biológica, física ou físico-química;
LX. sala de utilidades: ambiente destinado à limpeza, desinfecção e guarda dos
materiais e roupas utilizados na assistência ao usuário do serviço e guarda temporária de
resíduos;
LXI. segregação: separação dos resíduos, conforme a classificação dos Grupos
estabelecida no Anexo I desta Resolução, no momento e local de sua geração, de acordo
com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos
envolvidos;
LXII. transporte interno: traslado dos resíduos dos pontos de geração até o abrigo
temporário ou o abrigo externo.
LXIII. tratamento: Etapa da destinação que consiste na aplicação de processo que
modifique as características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos, reduzindo ou
eliminando o risco de dano ao meio ambiente ou à saúde pública;
LXIV. unidade geradora de resíduos de serviço de saúde: unidade funcional dentro do
serviço no qual é gerado o resíduo.
CAPÍTULO II
31
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DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Art. 4º O gerenciamento dos RSS deve abranger todas as etapas de planejamento dos
recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos.
Art. 5º Todo serviço gerador deve dispor de um Plano de Gerenciamento de RSS
(PGRSS), observando as regulamentações federais, estaduais, municipais ou do Distrito
Federal.
§ 1º Para obtenção da licença sanitária, caso o serviço gere exclusivamente resíduos do
Grupo D, o PGRSS pode ser substituído por uma notificação desta condição ao órgão de
vigilância sanitária competente, seguindo as orientações locais.
§ 2º Caso o serviço gerador possua instalação radiativa, adicionalmente, deve atender
às regulamentações específicas da CNEN
§ 3º Os novos geradores de resíduos terão prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir
do início do funcionamento, para apresentar o PGRSS.
Art. 6º No PGRSS, o gerador de RSS deve:
I - Estimar a quantidade dos RSS gerados por grupos, conforme a classificação do
Anexo I desta resolução;
II - Descrever os procedimentos relacionados ao gerenciamento dos RSS quanto à
geração, à segregação, ao acondicionamento, à identificação, à coleta, ao armazenamento, ao
transporte, ao tratamento e à disposição final ambientalmente adequada;
III - Estar em conformidade com as ações de proteção à saúde pública, do trabalhador
e do meio ambiente;
IV - Estar em conformidade com a regulamentação sanitária e ambiental, bem como
com as normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana;
V - Quando aplicável, contemplar os procedimentos locais definidos pelo processo de
logística reversa para os diversos RSS;
VI - Estar em conformidade com as rotinas e processos de higienização e limpeza
vigentes no serviço gerador de RSS;
VII - Descrever as ações a serem adotadas em situações de emergência e acidentes
decorrentes do gerenciamento dos RSS;
VIII - Descrever as medidas preventivas e corretivas de controle integrado de vetores e
pragas urbanas, incluindo a tecnologia utilizada e a periodicidade de sua implantação;
IX - Descrever os programas de capacitação desenvolvidos e implantados pelo serviço
gerador abrangendo todas as unidades geradoras de RSS e o setor de limpeza e conservação;
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X - Apresentar documento comprobatório da capacitação e treinamento dos
funcionários envolvidos na prestação de serviço de limpeza e conservação que atuem no
serviço, próprios ou terceiros de todas as unidades geradoras;
XI - Apresentar cópia do contrato de prestação de serviços e da licença ambiental das
empresas prestadoras de serviços para a destinação dos RSS; e
XII - Apresentar documento comprobatório de operação de venda ou de doação dos
RSS destinados à recuperação, à reciclagem, à compostagem e à logística reversa.
Parágrafo único. Os documentos referidos nos incisos X e XII devem ser mantidos
arquivados, em meio físico ou eletrônico, por no mínimo cinco anos, para fins de inspeção
sanitária, a critério da autoridade sanitária competente.
Art. 7º O PGRSS deve ser monitorado e mantido atualizado, conforme periodicidade
definida pelo responsável por sua elaboração e implantação.
Art. 8º O estabelecimento que possua serviços geradores de RSS com licenças
sanitárias individualizadas deve ter PGRSS único que contemple todos os serviços
existentes.
Parágrafo único. Nas edificações não hospitalares nas quais houver serviços
individualizados, os respectivos RSS dos Grupos A e E podem ter o armazenamento externo
de forma compartilhada.
Art. 9º O serviço gerador de RSS deve manter cópia do PGRSS disponível para
consulta dos órgãos de vigilância sanitária ou ambientais, dos funcionários, dos pacientes ou
do público em geral.
Art. 10º O serviço gerador de RSS é responsável pela elaboração, implantação,
implementação e monitoramento do PGRSS.
Parágrafo único. A elaboração, a implantação e o monitoramento do PGRSS pode ser
terceirizada.
DAS ETAPAS DO MANEJO
Seção I
Segregação, acondicionamento e identificação
Art. 11 Os RSS devem ser segregados no momento de sua geração, conforme
classificação por Grupos constante no Anexo I desta Resolução, em função do risco
presente.
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Art. 12 Quando, no momento da geração de RSS, não for possível a segregação de
acordo com os diferentes grupos, os coletores e os sacos devem ter seu manejo com
observância das regras relativas à classificação do Anexo I desta Resolução.
Art. 13 Os RSS no estado sólido, quando não houver orientação específica, devem ser
acondicionados em saco constituído de material resistente a ruptura, vazamento e
impermeável.
§ 1º Devem ser respeitados os limites de peso de cada saco, assim como o limite de
2/3 (dois terços) de sua capacidade, garantindo-se sua integridade e fechamento.
§ 2º É proibido o esvaziamento ou reaproveitamento dos sacos.
Art. 14 Os sacos para acondicionamento de RSS do grupo A devem ser
substituídos ao atingirem o limite de 2/3 (dois terços) de sua capacidade ou então a cada 48
(quarenta e oito) horas, independentemente do volume, visando o conforto ambiental e a
segurança dos usuários e profissionais.
Parágrafo único. Os sacos contendo RSS do grupo A de fácil putrefação devem ser
substituídos no máximo a cada 24 (vinte e quatro) horas, independentemente do volume.
Art. 15 Os RSS do Grupo A que não precisam ser obrigatoriamente tratados e os RSS
após o tratamento são considerados rejeitos e devem ser acondicionados em saco branco
leitoso.
Parágrafo único. Os rejeitos, tratados ou não, acondicionados em sacos brancos
leitosos devem ser encaminhados para disposição final ambientalmente adequada.
Art. 16 Quando houver a obrigação do tratamento dos RSS do Grupo A, estes devem
ser acondicionados em sacos vermelhos.
Parágrafo único. O saco vermelho pode ser substituído pelo saco branco leitoso
sempre que as regulamentações estaduais, municipais ou do Distrito Federal exigirem o
tratamento indiscriminado de todos os RSS do Grupo A, exceto para acondicionamento dos
RSS do subgrupo A5.
Art. 17 O coletor do saco para acondicionamento dos RSS deve ser de material liso,
lavável, resistente à punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com tampa provida de
sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados.
§ 1º O coletor não necessitará de tampa para fechamento sempre que ocorrer a
substituição imediata do saco para acondicionamento após a realização de cada
procedimento.
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§ 2ºApós sua substituição, o saco para acondicionamento usados devem ser fechado e
transferidos para o carro de coleta.
Art. 18 Os RSS líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de
material compatível com o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa
que garanta a contenção do RSS e identificação conforme o Anexo II desta resolução.
Art. 19 Os recipientes de acondicionamento para RSS químicos no estado sólido
devem ser constituídos de material rígido, resistente, compatível com as características do
produto químico acondicionado e identificados conforme o Anexo II desta Resolução.
Art. 20 Os rejeitos radioativos devem ser acondicionados conforme procedimentos
definidos pelo supervisor de proteção radiológica, com certificado de qualificação emitido
pela CNEN, ou equivalente de acordo com normas da CNEN, na área de atuação
correspondente.
Art. 21 Os RSS do Grupo D devem ser acondicionados de acordo com as orientações
dos órgãos locais responsáveis pelo serviço de limpeza urbana.
Art. 22 A identificação dos RSS deve estar afixada nos carros de coleta, nos locais de
armazenamento e nos sacos que acondicionam os resíduos.
§ 1º Os sacos que acondicionam os RSS do Grupo D não precisam ser
identificados.
§ 2º A identificação de que trata este artigo deve estar afixada em local de fácil
visualização, de forma clara e legível, utilizando-se símbolos e expressões descritos no
Anexo II, cores e frases, e outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e à
periculosidade específica de cada grupo de RSS.
§ 3º A identificação dos sacos para acondicionamento deve estar impressa, sendo
vedado o uso de adesivo.
Art. 23 Os RSS gerados pelos serviços de atenção domiciliar, devem ser
acondicionados e recolhidos pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa treinada
para a atividade e encaminhados à destinação final ambientalmente adequada.
Parágrafo único. O transporte destes RSS pode ser feito no próprio veículo utilizado
para o atendimento e deve ser realizado em coletores de material resistente, rígido,
identificados e com sistema de fechamento dotado de dispositivo de vedação, garantindo a
estanqueidade e o não tombamento.
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Art. 24 O descarte de produtos para saúde oriundos de explante deve seguir o
disposto na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 15, de 2012, ou outra que vier a
substitui-la.
Seção II
Coleta e transporte interno
Art. 25 O transporte interno dos RSS deve ser realizado atendendo a rota e a horários
previamente definidos, em coletor identificado de acordo com o Anexo II desta Resolução.
Art. 26 O coletor utilizado para transporte interno deve ser constituído de material liso,
rígido, lavável, impermeável, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento,
cantos e bordas arredondados.
Parágrafo Único. Os coletores com mais de quatrocentos litros de capacidade devem
possuir válvula de dreno no fundo.
Seção III
Armazenamento interno, temporário e externo
Art. 27 No armazenamento temporário e externo de RSS é obrigatório manter os sacos
acondicionados dentro de coletores com a tampa fechada.
Art. 28 Os procedimentos para o armazenamento interno devem ser descritos e
incorporados ao PGRSS do serviço.
Parágrafo único. A coleta e o transporte externo dos RSS devem ser compatíveis com
os Planos Municipais e do Distrito Federal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e com
as demais normativas aplicáveis.
Art. 29 O abrigo temporário de RSS deve:
I - ser provido de pisos e paredes revestidos de material resistente, lavável e
impermeável;
II - possuir ponto de iluminação artificial e de água, tomada elétrica alta e ralo
sifonado com tampa;
III - quando provido de área de ventilação, esta deve ser dotada de tela de proteção
contra roedores e vetores;
IV - ter porta de largura compatível com as dimensões dos coletores; e
V - estar identificado como "ABRIGO TEMPORÁRIO DE RESÍDUOS".
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Art. 30 O armazenamento temporário pode ser dispensado no caso em que o fluxo de
recolhimento e transporte justifique.
Art. 31 A sala de utilidades ou expurgo pode ser compartilhada para o armazenamento
temporário dos RSS dos Grupos A, E e D, devendo ser compatível com a área a ser ocupada
pelos coletores em uso.
Parágrafo único. Na hipótese descrita no caput, a sala de utilidades ou expurgo deve
conter também a identificação com a inscrição "ABRIGO TEMPORÁRIO DE
RESÍDUOS".
Art. 32 RSS de fácil putrefação devem ser submetidos a método de conservação em
caso de armazenamento por período superior a vinte e quatro horas.
Art. 33 O gerenciamento de rejeitos radioativos, grupo C, deve obedecer ao Plano de
Proteção Radiológica do Serviço, as Normas da CNEN e demais normas aplicáveis.
Art. 34 O abrigo externo deve ter, no mínimo, um ambiente para armazenar os
coletores dos RSS do Grupo A, podendo também conter os RSS do grupo E, e outro
ambiente exclusivo para armazenar os coletores de RSS do grupo D.
Art. 35 O abrigo externo deve:
I - permitir fácil acesso às operações do transporte interno;
II - permitir fácil acesso aos veículos de coleta externa;
III - ser dimensionado com capacidade de armazenagem mínima equivalente à
ausência de uma coleta regular, obedecendo à frequência de coleta de cada grupo de RSS;
IV - ser construído com piso, paredes e teto de material resistente, lavável e de fácil
higienização, com aberturas para ventilação e com tela de proteção contra acesso de vetores;
V - ser identificado conforme os Grupos de RSS armazenados;
VI - ser de acesso restrito às pessoas envolvidas no manejo de RSS;
VII - possuir porta com abertura para fora, provida de proteção inferior contra
roedores e vetores, com dimensões compatíveis com as dos coletores utilizados;
VIII - ter ponto de iluminação;
IX - possuir canaletas para o escoamento dos efluentes de lavagem, direcionadas para
a rede de esgoto, com ralo sifonado com tampa;
X - possuir área coberta para pesagem dos RSS, quando couber;
XI - possuir área coberta, com ponto de saída de água, para higienização e limpeza dos
coletores utilizados.
Art. 36 O abrigo externo dos RSS do Grupo B deve, ainda:
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I - respeitar a segregação das categorias de RSS químicos e incompatibilidade
química, conforme os Anexos III e IV desta Resolução;
II - estar identificado com a simbologia de risco associado à periculosidade do RSS
químico, conforme Anexo II desta Resolução;
III - possuir caixa de retenção a montante das canaletas para o armazenamento de RSS
líquidos ou outra forma de contenção validada;
IV - possuir sistema elétrico e de combate a incêndio, que atendam os requisitos de
proteção estabelecidos pelos órgãos competentes.
Art. 37 É proibido o armazenamento dos coletores em uso fora de abrigos.
Parágrafo Único. O armazenamento interno de RSS químico ou rejeito radioativo pode
ser feito no local de trabalho onde foram gerados. Seção IV Coleta e transporte externos
Art. 38 Os veículos de transporte externo dos RSS não podem ser dotados de sistema
de compactação ou outro sistema que danifique os sacos contendo os RSS, exceto para os
RSS do Grupo D.
Art. 39 O transporte externo de rejeitos radioativos, deve seguir normas específicas,
caso existam e as normas da CNEN.
Seção V
Destinação
Art. 40 Os RSS que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico podem
ser encaminhados para reciclagem, recuperação, reutilização, compostagem, aproveitamento
energético ou logística reversa.
Art. 41 Os rejeitos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico devem
ser encaminhados para disposição final ambientalmente adequada.
Art. 42 As embalagens primárias vazias de medicamentos cujas classes farmacêuticas
constem no Art. 59 desta Resolução devem ser descartadas como rejeitos e não precisam de
tratamento prévio à sua destinação.
Art. 43 Sempre que não houver indicação específica, o tratamento do RSS pode ser
realizado dentro ou fora da unidade geradora. Parágrafo único. Os RSS tratados devem ser
considerados como rejeitos.
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Art. 44 O tratamento dos RSS que apresentem múltiplos riscos deve obedecer à
seguinte sequência:
I - na presença de risco radiológico associado, armazenar para decaimento da atividade
do radionuclídeo até que o nível de dispensa seja atingido;
II - na presença de risco biológico associado contendo agente biológico classe de risco
4, encaminhar para tratamento; e
III - na presença de riscos químico e biológico, o tratamento deve ser compatível com
ambos os riscos associados.
Parágrafo único. Após o tratamento, o símbolo de identificação relativo ao risco do
resíduo tratado deve ser retirado.
Art. 45 A destinação dos medicamentos recolhidos ou apreendidos, objetos de ações
de fiscalização sanitária, deve seguir a determinação prevista no art. 59 desta Resolução.
Parágrafo Único. É responsabilidade do serviço providenciar o tratamento previsto no
Art. 59 desta resolução.
CAPÍTULO IV
DO GERENCIAMENTO DOS GRUPOS DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Seção I
Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A - Subgrupo A1
Art. 46 As culturas e os estoques de microrganismos; os resíduos de fabricação de
produtos biológicos, exceto os de medicamentos hemoderivados; os meios de cultura e os
instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; e os resíduos
de laboratórios de manipulação genética devem ser tratados.
§ 1º Devem ser submetidos a tratamento, utilizando processos que vierem a ser
validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento
compatível com Nível III de inativação microbiana.
§ 2º As culturas e os estoques de microrganismos, bem como os meios de cultura e os
instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas contendo
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microrganismos das classes de risco 1 e 2 podem ser tratados fora da unidade geradora,
desde que este tratamento ocorra nas dependências do serviço de saúde.
§ 3º As culturas e os estoques de microrganismos, bem como os meios de cultura e os
instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas contendo
microrganismos das classes de risco 3 e 4 devem ser tratados na unidade geradora.
§ 4º Estes RSS devem ser acondicionados de maneira compatível com o processo de
tratamento.
§ 5º Após o tratamento, os rejeitos devem ser encaminhados para disposição final
ambientalmente adequada.
Art. 47 Os RSS resultantes de atividades de vacinação com microrganismos vivos,
atenuados ou inativados incluindo frascos de vacinas com expiração do prazo de validade,
com conteúdo inutilizado ou com restos do produto e seringas, quando desconectadas,
devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada.
Parágrafo Único. As agulhas e o conjunto seringa-agulha utilizadas na aplicação de
vacinas, quando não desconectadas, devem atender às regras de manejo dos resíduos
perfurocortantes.
Art. 48 Os RSS resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais com suspeita
ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, por microrganismos com
relevância epidemiológica e risco de disseminação, causadores de doença emergente que se
tornem epidemiologicamente importantes, ou cujos mecanismos de transmissão sejam
desconhecidos, devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada.
Art. 49 As bolsas de sangue e de hemocomponentes rejeitadas por contaminação, por
má conservação, com prazo de validade vencido e oriundas de coleta incompleta; as sobras
de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos; bem como os recipientes
e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre, devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente
adequada.
§ 1º As sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos
podem ser descartadas diretamente no sistema de coleta de esgotos, desde que atendam
respectivamente as regras estabelecidas pelos órgãos ambientais e pelos serviços de
saneamento competentes.
§ 2º Caso o tratamento venha a ser realizado fora da unidade geradora ou do serviço,
estes RSS devem ser acondicionados em saco vermelho e transportados em recipiente rígido,
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impermeável, resistente à punctura, ruptura, vazamento, com tampa provida de controle de
fechamento e identificado.
Seção II
Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A - Subgrupo A2
Art. 50 Os RSS do Subgrupo A2 devem ser tratados antes da disposição final
ambientalmente adequada.
§ 1º Os RSS referidos no caput devem ser acondicionados de maneira compatível com
o processo de tratamento.
§ 2º O tratamento pode ser realizado fora da unidade geradora, desde que ocorra nas
dependências do serviço.
§ 3º Quando houver necessidade de outra solução, em função do porte do animal, deve
haver autorização prévia dos órgãos de saúde e ambiental competentes.
§ 4º Após o tratamento, os rejeitos devem ser acondicionados em saco branco leitoso e
identificados com a inscrição "PEÇAS ANATÔMICAS DE ANIMAIS".
Art. 51 Os RSS do Subgrupo A2 contendo microrganismos com alto risco de
transmissibilidade, alto potencial de letalidade ou que representem risco caso sejam
disseminados no meio ambiente, devem ser submetidos, na unidade geradora, a tratamento
que atenda ao Nível III de Inativação Microbiana.
Parágrafo único. Quando houver necessidade de outra solução, em função do porte do
animal, deve haver autorização prévia dos órgãos de saúde e ambiental competentes.
Seção III
Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A
Subgrupo A3
Art. 52 Os RSS do Subgrupo A3 devem ser destinados para sepultamento, cremação,
incineração ou outra destinação licenciada pelo órgão ambiental competente.
Parágrafo único. Quando forem encaminhados para incineração, os RSS devem ser
acondicionados em sacos vermelhos e identificados com a inscrição "PEÇAS
ANATÔMICAS".
Seção IV
Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A
Subgrupo A4
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Art. 53 Os RSS do Subgrupo A4 não necessitam de tratamento prévio.
Parágrafo único. Os RSS do Subgrupo A4 devem ser acondicionados em saco branco
leitoso e encaminhados para a disposição final ambientalmente adequada.
Art. 54 Os cadáveres e as carcaças de animais podem ter acondicionamento e
transporte diferenciados, conforme o porte do animal, de acordo com a regulamentação
definida pelos órgãos ambientais e sanitários.
Seção V
Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A
Subgrupo A5
Art. 55 Os RSS do Subgrupo A5 devem ser encaminhados para tratamento por
incineração.
Parágrafo único. Os RSS referidos no caput devem ser segregados e acondicionados em saco
vermelho duplo, como barreira de proteção, e contidos em recipiente exclusivo devidamente
identificado.
Seção VI
Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo B
Art. 56 O gerenciamento dos RSS do Grupo B deve observar a periculosidade das
substâncias presentes, decorrentes das características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade.
Parágrafo único. As características dos produtos químicos estão identificadas nas
Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), não se aplicando aos
produtos farmacêuticos e cosméticos.
Art. 57 Os RSS do Grupo B, no estado sólido e com características de periculosidade,
sempre que considerados rejeitos, devem ser dispostos em aterro de resíduos perigosos -
Classe I.
Art. 58 Os RSS do Grupo B com características de periculosidade, no estado líquido,
devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final ambientalmente adequada.
§ 1º Quando submetidos a processo de solidificação devem ser destinados conforme o
risco presente.
§ 2º É vedado o encaminhamento de RSS na forma líquida para disposição final em
aterros sanitários.
Art. 59 Os resíduos de medicamentos contendo produtos hormonais e produtos
antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos,
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imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços assistenciais de saúde,
farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos, devem ser
submetidos a tratamento ou dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I.
Art. 60 Para o acondicionamento dos RSS do Grupo B devem ser observadas as
incompatibilidades químicas descritas no Anexos IV e V desta Resolução.
Parágrafo único. Os RSS do Grupo B destinados à recuperação ou reutilização devem
ser acondicionados em recipientes individualizados, observados os requisitos de segurança e
compatibilidade.
Art. 61 As embalagens e os materiais contaminados por produtos químicos, exceto as
embalagens primárias vazias de medicamentos cujas classes farmacêuticas constem no Art.
59 desta Resolução, devem ser submetidos ao mesmo manejo do produto químico que os
contaminou.
§ 1º As embalagens primárias vazias podem ser utilizadas para acondicionamento de
RSS do Grupo B, observada a compatibilidade química, conforme Anexo IV desta
Resolução.
§ 2º As embalagens primárias vazias de produtos químicos com algum tipo de
periculosidade, submetidas à limpeza com técnicas validadas ou reconhecidas, são
consideradas rejeitos e devem ser encaminhadas para disposição final ambientalmente
adequada.
§ 3º Somente as embalagens vazias de produtos químicos sem periculosidade podem
ser encaminhadas para processos de reciclagem.
Art. 62 As embalagens secundárias de medicamentos não contaminadas devem ser
descaracterizadas quanto às informações de rotulagem, podendo ser encaminhadas para
reciclagem.
Art. 63 As excretas de pacientes tratados com quimioterápicos antineoplásicos podem
ser lançadas em rede coletora de esgotos sanitários, conectada à estação de tratamento, desde
que atendam às normas e diretrizes da concessionária do sistema de coleta e tratamento de
esgotos sanitários ou lançadas diretamente em corpos hídricos após tratamento próprio no
serviço.
Art. 64 Os medicamentos hemoderivados devem ter seu manejo como resíduo do
Grupo B sem periculosidade.
Art. 65 Os resíduos de produtos e insumos farmacêuticos sujeitos a controle especial
devem atender à regulamentação sanitária em vigor.
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Art. 66 Os reveladores utilizados em radiologia devem ser tratados, podendo ser
submetidos a processo de neutralização para alcançarem pH entre 7 e 9 e serem
posteriormente lançados na rede coletora de esgoto com tratamento, atendendo às
determinações dos órgãos de meio ambiente e do serviço de saneamento.
Art. 67 Os fixadores usados em radiologia, quando não submetidos a processo de
recuperação da prata, devem ser encaminhados para tratamento antes da disposição final
ambientalmente adequada.
Art. 68 Os RSS sólidos contendo metais pesados, quando não submetidos a tratamento
devem ser dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I, conforme orientação do
órgão ambiental competente.
Parágrafo único. O descarte de pilhas, baterias, acumuladores de carga e lâmpadas
fluorescentes deve ser feito de acordo com as normas ambientais vigentes.
Art. 69 A destinação dos RSS líquidos contendo metais pesados acima dos limites de
descarte deve obedecer as orientações dos órgãos ambientais competentes.
Parágrafo único. Os RSS contendo mercúrio (Hg) na forma líquida devem ser
acondicionados em recipientes sob selo d'água e encaminhados para recuperação ou para
outra destinação que esteja de acordo com as regras definidas pelo órgão ambiental
competente.
Art. 70 Os RSS do Grupo B que não apresentem periculosidade à saúde pública ou ao
meio ambiente não necessitam de tratamento, podendo ser submetidos a processo de
recuperação ou reutilização.
Art. 71 A destinação dos resíduos dos equipamentos automatizados e dos reagentes de
laboratórios clínicos, incluindo os produtos para diagnóstico de uso in vitro deve considerar
todos os riscos presentes, conforme normas ambientais vigentes.
Seção VII
Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo C
Rejeitos Radioativos
Art. 72 Os rejeitos radioativos devem ser segregados de acordo com o radionuclídeo
ou natureza da radiação, estado físico, concentração e taxa de exposição.
Art. 73 Os recipientes de acondicionamento de rejeitos radioativos devem ser
adequados às características físicas, químicas, biológicas e radiológicas dos rejeitos, possuir
vedação e ter o seu conteúdo identificado, conforme especificado nas normas vigentes.
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Art. 74 Os RSS químicos radioativos devem ser acondicionados em coletores próprios,
identificados quanto aos riscos radiológico e químico presentes, e armazenados no local de
decaimento até atingir o limite de dispensa.
Art. 75 Os RSS perfurocortantes radioativos devem ser transportados do local de
geração até o local de armazenamento para decaimento em recipiente blindado.
Parágrafo único. É vedada a separação do conjunto seringa agulha contendo
radionuclídeos, assim como reencape manual de agulhas.
Art. 76 Os rejeitos radioativos devem ser armazenados em condições adequadas, para
o decaimento do elemento radioativo, podendo ser realizado na própria sala de manipulação
ou em sala específica, identificada como "SALA DE DECAIMENTO".
Parágrafo único. O armazenamento de rejeitos radioativos líquidos deve ser feito sobre
bacia de contenção, bandeja, recipiente ou material absorvente com capacidade de conter ou
absorver o dobro do volume do líquido presente na embalagem.
Art. 77 Os RSS de fácil putrefação contaminados com radionuclídeos, depois de
acondicionados e identificados como rejeito radioativo, devem ser mantidos sob refrigeração
ou por outro processo que evite a decomposição, durante o período de armazenamento para
decaimento.
Art. 78 As sobras de alimentos provenientes de pacientes submetidos à terapia com
iodo 131, depois de acondicionadas, devem ter seu nível de radiação medido.
§1º Quando os valores de atividade ou de concentração de atividade forem superiores
aos níveis de dispensa, o RSS deve ser considerado como rejeito radioativo e deve observar
as condições de conservação de RSS de fácil putrefação.
§2ºComo alternativa ao disposto no §1º, as sobras destes alimentos podem ser
trituradas na sala de decaimento ou nas instalações sanitárias do quarto terapêutico, e
posteriormente direcionadas para a rede coletora de esgotos com tratamento.
§ 3º Quando os valores de atividade ou de concentração de atividade forem inferiores
ou iguais aos níveis de dispensa, os resíduos sólidos podem ser descartados como resíduos
do Grupo D e os resíduos líquidos na rede coletora de esgotos com tratamento.
Art. 79 Quando o processo de decaimento do elemento radioativo atingir o nível do
limite de dispensa estabelecido pelas normas vigentes, o rótulo de "REJEITO
RADIOATIVO" deve ser retirado, permanecendo a identificação dos demais riscos
presentes.
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Parágrafo único. A retirada da identificação de risco radiológico deve ser precedida de
medição da radiação.
Seção VIII
Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo D
Art. 80 Os RSS do Grupo D, quando não encaminhados para reutilização, recuperação,
reciclagem, compostagem, logística reversa ou aproveitamento energético, devem ser
classificados como rejeitos.
§ 1º Os rejeitos sólidos devem ser dispostos conforme as normas ambientais vigentes.
§ 2º Os efluentes líquidos podem ser lançados em rede coletora de esgotos.
Art. 81 O lançamento de rejeitos líquidos em rede coletora de esgotos, conectada à
estação de tratamento, deve atender às normas ambientais e às diretrizes do serviço de
saneamento.
Parágrafo único. Quando não houver acesso à sistema de coleta e tratamento de esgoto
por empresa de saneamento, estes efluentes devem ser tratados em sistema ambientalmente
licenciado antes do lançamento em corpo receptor.
Art. 82 Artigos e materiais utilizados na área de trabalho, incluindo vestimentas e
Equipamento de Proteção Individual (EPI), desde que não apresentem sinais ou suspeita de
contaminação química, biológica ou radiológica, podem ter seu manejo realizado como RSS
do Grupo D.
Art. 83 Os procedimentos de segregação, acondicionamento e identificação dos
coletores dos resíduos do Grupo D, para fins de reciclagem, devem estar descritos no
PGRSS.
Art. 84 Só podem ser destinados para compostagem forrações de animais de biotérios
que não tenham risco biológico associado, os resíduos de flores, podas de árvores,
jardinagem, sobras de alimentos e de seu pré-preparo, restos alimentares de refeitórios e
restos alimentares de pacientes que não estejam em isolamento.
Art. 85 Os restos e sobras de alimentos só podem ser utilizados como ração animal, se
forem submetidos a processo que garanta a inocuidade do composto, com a concordância do
órgão competente do Ministério da Agricultura e de Vigilância Sanitária.
Seção IX
Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo E
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Art. 86 Os materiais perfurocortantes devem ser descartados em recipientes
identificados, rígidos, providos com tampa, resistentes à punctura, ruptura e vazamento.
Art. 87 Os recipientes de acondicionamento dos RSS do Grupo E devem ser
substituídos de acordo com a demanda ou quando o nível de preenchimento atingir 3/4 (três
quartos) da capacidade ou de acordo com as instruções do fabricante, sendo proibidos seu
esvaziamento manual e seu reaproveitamento.
Parágrafo único. Admite-se o emprego de tecnologia que promova o esvaziamento
automatizado de recipientes plásticos específicos com posterior descontaminação,
possibilitando sua reutilização.
Art. 88 Os RSS do Grupo E, quando contaminados por agentes biológicos, químicos e
substâncias radioativas, devem ter seu manejo de acordo com cada classe de risco associada.
Parágrafo único. O recipiente de acondicionamento deve conter a identificação de
todos os riscos presentes.
Art. 89 As seringas e agulhas, inclusive as usadas na coleta laboratorial de amostra de
doadores e de pacientes, e os demais materiais perfurocortantes que não apresentem risco
químico, biológico ou radiológico não necessitam de tratamento prévio à disposição final
ambientalmente adequada.
Parágrafo único. É permitida a separação do conjunto seringa agulha com auxílio de
dispositivos de segurança, sendo vedada a desconexão e o reencape manual de agulhas.
CAPÍTULO V
DA SEGURANÇA OCUPACIONAL
Art. 90 O serviço deve garantir que os trabalhadores sejam avaliados periodicamente,
seguindo a legislação específica, em relação à saúde ocupacional, mantendo registros desta
avaliação.
Art. 91 O serviço deve manter um programa de educação continuada para os
trabalhadores e todos os envolvidos nas atividades de gerenciamento de resíduos, mesmo os
que atuam temporariamente, que contemplem os seguintes temas:
I - sistema adotado para o gerenciamento dos RSS;
II - prática de segregação dos RSS;
III - símbolos, expressões, padrões de cores adotadas para o gerenciamento de RSS;
IV - localização dos ambientes de armazenamento e dos abrigos de RSS;
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V - ciclo de vida dos materiais;
VI - regulamentação ambiental, de limpeza pública e de vigilância sanitária, relativas
aos RSS;
VII - definições, tipo, classificação e risco no manejo dos RSS;
VIII - formas de reduzir a geração de RSS e reutilização de materiais;
IX - responsabilidades e tarefas;
X - identificação dos grupos de RSS;
XI - utilização dos coletores dos RSS;
XII - uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Coletiva (EPC);
XIII - biossegurança;
XIV - orientações quanto à higiene pessoal e dos ambientes;
XV - orientações especiais e treinamento em proteção radiológica quando houver
rejeitos radioativos;
XVI - providências a serem tomadas em caso de acidentes e de situações
emergenciais;
XVII - visão básica do gerenciamento dos resíduos sólidos no município ou Distrito
Federal;
XVIII - noções básicas de controle de infecção e de contaminação química; e
XIX - conhecimento dos instrumentos de avaliação e controle do PGRSS.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 92 Fica revogada a Resolução da Diretoria Colegiada RDC Anvisa nº 306, de 7 de
dezembro de 2004, a partir da entrada em vigor desta Resolução.
Art. 93 Fica revogado o item 7 do Anexo 2 da Resolução da Diretoria Colegiada -
RDC nº 305, de 14 de novembro de 2002.
Art. 94 O descumprimento das disposições contidas nesta Resolução constitui infração
sanitária, nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das
responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Art. 95 Esta Resolução entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias a partir da data da sua
publicação.
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ANEXO I
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
GRUPO A
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características,
podem apresentar risco de infecção.
Subgrupo A1
- Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos
biológicos, exceto os medicamentos hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos
vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e instrumentais utilizados para
transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação
genética.
- Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de
indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes
classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou
causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo
mecanismo de transmissão seja desconhecido.
- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas
de coleta incompleta.
- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes
e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre.
Subgrupo A2
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem como
suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos
de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a
estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.
Subgrupo A3
- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais
vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade
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gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha
havido requisição pelo paciente ou seus familiares.
Subgrupo A4
- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de
equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e
secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter
agentes classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de
disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou
com suspeita de contaminação com príons.
- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro
procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.
- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não
contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
- Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos
provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de
confirmação diagnóstica.
- Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de
animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos.
- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós transfusão.
Subgrupo A5
- Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos
suspeitos ou confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de
indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram contato com órgãos, tecidos
e fluidos de alta infectividade para príons.
- Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos
oficiais pelos órgãos sanitários competentes.
Referência: World Health Organization, 2010. WHO Tables on Tissue Infectivity
Distribution in Transmissible Spongiform Encephalopathies.
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GRUPO B
Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde pública
ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade.
- Produtos farmacêuticos
- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais
pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.
- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas
- Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos.
GRUPO C
Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de
dispensa especificados em norma da CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não
prevista.
- Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de pesquisa
e ensino na área da saúde, laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear e
radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de Proteção Radiológica aprovado para a
instalação radiativa.
GRUPO D
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao
meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de
vestuário, gorros e máscaras descartáveis, resto alimentar de paciente, material utilizado em
antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que não entraram em contato
com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores de língua e outros similares
não classificados como A1.
- Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
- Resto alimentar de refeitório.
- Resíduos provenientes das áreas administrativas.
- Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
- Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
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- Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado.
- Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada.
- Pelos de animais.
GRUPO E
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de
bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas;
e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e
placas de Petri) e outros similares.
ANEXO II
IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE
SAÚDE
O grupo A é identificado, no mínimo, pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de
fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da expressão RESÍDUO
INFECTANTE.
O grupo B é identificado por meio de símbolo e frase de risco associado à periculosidade de
resíduo químico. Observação – outros símbolos e frases do GHS também podem ser
utilizados.
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O grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante
(trifólio de cor magenta ou púrpura) em rótulo de fundo amarelo, acrescido da expressão
MATERIAL RADIOTIVO, REJEITO RADIOATIVO ou RADIOATIVO.
O grupo D deve ser identificado conforme definido pelo órgão de limpeza urbana.
O grupo E é identificado pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco,
desenho e contorno preto, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE
OU PERFUROCORTANTE.
RESÍDUO PERFUROCORTANTE
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ANEXO III
SUBSTÂNCIAS QUE DEVEM SER SEGREGADAS, ACONDICIONADAS E
IDENTIFICADAS SEPARADAMENTE
- Ácidos
- Asfixiantes
- Bases
- Brometo de etídio
- Carcinogênicas, mutagênicas e teratogênicas
- Compostos orgânicos halogenados
- Compostos orgânicos não halogenados
- Corrosivas
- Criogênicas
- De combustão espontânea
- Ecotóxicas
- Explosivas
- Formalina ou formaldeído
- Gases comprimidos
- Líquidos inflamáveis
- Materiais reativos com a água
- Materiais reativos com o ar
- Mercúrio e compostos de mercúrio
- Metais pesados
- Mistura sulfocrômica
- Óleos
- Oxidantes
- Resíduo fotográfico
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- Sensíveis ao choque
- Soluções aquosas
- Venenos
Fonte: Chemical Waste Management Guide. University of Florida - Division of
Environmental Health & Safety - abril de 2001.
ANEXO IV
INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA ENTRE AS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS
UTILIZADAS PELOS GERADORES DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Substância Incompatibilidade Química
Acetileno Cloro, bromo, flúor, prata, Mercúrio.
Ácido crômico, ácido perclórico, peróxidos,
Ácido Acético
permanganatos, ácido nítrico, etilenoglicol.
Misturas de ácidos sulfúrico e nítrico concentrados,
Acetona
peróxido de hidrogênio.
Ácido acético, naftaleno, cânfora, glicerol, turpentine,
Ácido crômico
álcool, outros líquidos inflamáveis.
Ácido hidrociânico Ácido nítrico, álcalis.
Ácido fluorídrico anidro,
Amônia (aquosa ou anidra)
fluoreto de hidrogênio
Ácido cianídrico, anilinas, óxidos de cromo VI, sulfeto de
Ácido nítrico concentrado hidrogênio, líquidos e gases combustíveis, ácido acético,
ácido crômico.
Ácido Oxálico Prata e Mercúrio
Anidrido acético, álcoois, bismuto e suas ligas, papel,
Ácido perclórico
madeira.
Ácido sulfúrico Cloratos, percloratos, permanganatos e água.
Alquil alumínio Água
Mercúrio, Cloro, Hipoclorito de cálcio, Iodo, Bromo,
Amônia anidra
Acido fluorídrico
Compostos contendo hidroxil tais como etilenoglicol,
Anidrido acético
Acido perclórico
Anilina Ácido nítrico, Peróxido de hidrogênio
Azida sódica Chumbo, Cobre e outros metais
Benzeno, Hidróxido de amônio, benzina de petróleo,
Bromo e cloro Hidrogênio, acetileno, etano, propano, butadienos, pós-
metálicos
Dicromatos, permanganatos, Acido nítrico, Acido
Carvão ativo
sulfúrico, Hipoclorito de sódio
Amônia, acetileno, butadieno, butano, outros gases de
petróleo, Hidrogênio, Carbeto de sódio, turpentine,
Cloro
benzeno, metais finamente divididos, benzinas e outras
frações do petróleo
Cianetos Ácidos e álcalis
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Cloratos, percloratos, Sais de amônio, ácidos, metais em pó, matérias orgânicas
clorato de potássio particuladas, substâncias combustíveis
Cobre metálico Acetileno, peróxido de hidrogênio, azidas
Dióxido de cloro Amônia, metano, fósforo, sulfeto de hidrogênio
Flúor Manter isolado de outros produtos químicos.
Enxofre, compostos oxigenados, cloratos, percloratos,
Fósforo
nitratos, permanganatos
Halogênios (flúor, cloro,
Amoníaco, acetileno e hidrocarbonetos
bromo e iodo)
Hidrazida Peróxido de hidrogênio, ácido nítrico e outros oxidantes
Hidrocarbonetos (butano,
Ácido crômico, flúor, cloro, bromo, peróxidos
propano, tolueno)
Iodo Acetileno, hidróxido de amônio, hidrogênio
Ácido nítrico, nitrato de amônio, óxido de cromo VI,
Líquidos inflamáveis
peróxidos, flúor, cloro, bromo, hidrogênio
Mercúrio Acetileno, ácido fulmínico, amônia
Dióxido de carbono, tetracloreto de carbono, outros
Metais alcalinos
hidrocarbonetos clorados
Ácidos, pós-metálicos, líquidos inflamáveis, cloretos,
Nitrato de amônio
enxofre, compostos orgânicos em pó
Nitrato de sódio Nitrato de amônio e outros sais de amônio
Óxido de cálcio Água
Ácido acético, glicerina, benzina de petróleo, líquidos
Óxido de cromo VI
inflamáveis, naftaleno
Óleos, graxas, hidrogênio, líquidos, sólidos e gases
Oxigênio
inflamáveis
Perclorato de potássio Ácidos
Permanganato de potássio Glicerina, etilenoglicol, ácido sulfúrico
Cobre, cromo, ferro, álcoois, acetonas, substâncias
Peróxido de hidrogênio
combustíveis
Ácido acético, Anidrido acético, benzaldeído, etanol,
Peróxido de sódio
metanol, etilenoglicol, acetatos de metila e etila, furfural
Acetileno, ácido tartárico, ácido oxálico, compostos de
Prata e sais de prata
amônio
Dióxido de carbono, tetracloreto de carbono, outros
Sódio
hidrocarbonetos clorados
Sulfeto de hidrogênio Ácido nítrico fumegante, gases oxidantes
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ANEXO V
LISTA DAS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS EM SERVIÇO DE SAÚDE
QUE REAGEM COM EMBALAGENS DE POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE
(PEAD)
Ácido butírico Dietil benzeno
Ácido nítrico Dissulfeto de carbono
Ácidos concentrados Éter
Bromo Fenol / Clorofórmio
Bromofórmio Nitrobenzeno
Álcool benzílico o-diclorobenzeno
Anilina Óleo de canela
Butadieno Óleo de cedro
Ciclohexano p-diclorobenzeno
Cloreto de etila, forma líquida Percloroetileno
Cloreto de tionila Solventes bromados e fluorados
Bromobenzeno Solventes clorados
Cloreto de Amila Tolueno
Cloreto de vinidileno Tricloroetano
Cresol Xileno
Fonte: Chemical Waste Management Guide – University of Florida – Division of
Environmental Health & Safety – abril de 2001.
CONTRATO Nº. 017/2019 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº. SEC
ADM/LICIT 287/2018 PREGÃO PRESENCIAL Nº 073/2018
CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
DE COLETA, TRANSPORTE, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO
FINAL DOS RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO.
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Termo de contrato, que entre si celebram a Prefeitura Municipal de Aguaí, Estado de São
Paulo, com o CNPJ sob o nº. 46.425.229/0001-79, neste ato representada pelo Secretário
Municipal de Planejamento, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, nos termos do artigo 1º, §
5º, do Decreto Municipal nº 3.568/2017, o Sr. DANIEL GARCIA COBRA MONTEIRO,
portador do RG n. 295.519.429-7 SSP/SP, CPF/MF sob o n. 324.771.008-66, domiciliado
neste município, à Av. Olinda Silveira Cruz Braga, nº 215 – Parque Interlagos, de agora em
diante denominado simplesmente CONTRATANTE, e de outro lado, a empresa
BIOTRANS SOLUÇÕES AMBIENTAIS EIRELI EPP, com o CNPJ sob o nº
20.289.535/0001-31, estabelecida na Avenida do Algodão, nº 504, Loteamento Industrial
Salto Grande I, Americana/SP, CEP: 13.474-780, representada pelo Sr. ALLAN JONAS
DUARTE, brasileiro, casado, portador do RG: nº 40.872.558-8 e CPF nº 226.583.248-04,
residente à Rua Belo Horizonte, nº 89, Bairro Werner Plaas, Americana/SP, daqui por diante
denominada simplesmente CONTRATADA, tem por justo e contratado o seguinte:
CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO E DO VALOR:
1.1. – Constitui-se objeto do presente contrato a PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE
COLETA, TRANSPORTE, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
DO SERVIÇO DE SAÚDE DOS GRUPOS “A”, “A1”, “A2”, “A3”, “A4”, “A5” “B” e “E”,
CONFORME RESOLUÇÕES SMA 33, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2005, RDC Nº 222
DE 28 DE MARÇO DE 2018, RDC 306/2004 E RESOLUÇÃO CONAMA Nº 358 DE 29
DE ABRIL DE 2005, A SEREM PRESTADOS NAS UNIDADES GERADORAS DE
RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE AGUAÍ/SP, COM
DISPONIBILIZAÇÃO DE 2 BALANÇA APROPRIADA E DEVIDAMENTE AFERIDA
CONFORME LEGISLAÇÃO EM VIGOR, PARA PESAGEM NO LOCAL DA COLETA,
PARA POSTERIOR APRESENTAÇÃO DOS TICKETS À PREFEITURA MUNICIPAL
PARA EMISSÃO DE NOTA FISCAL E FATURAMENTO, observadas as especificações
constantes do Termo de referência (Anexo I), com emissão de Certificado de Tratamento e
Disposição final dos resíduos tratados, em conformidade com o Processo Administrativo nº.
287/2018 – Pregão Presencial nº 073/2018 e a proposta apresentada pela empresa, que
integram este contrato, independentemente de transcrição, para todos os fins e efeitos legais.
1.2.- A CONTRATADA declara estar ciente de que, em razão da responsabilidade
dos geradores pelo gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, desde a coleta até a
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destinação final, haverá pesagem nos diversos pontos geradores, onde realizadas as coletas,
identificando e classificando os resíduos para apresentação, à Secretaria Municipal de
Saúde, de relatório discriminado dos quantitativos apurados segundo a classificação (Grupo)
em cada ponto de coleta devidamente identificado.
1.3 – No(s) referido(s) preço(s) estão inclusos todos os custos de responsabilidade da
CONTRATADA, sem qualquer exceção, entre eles: Custos de produção ou aquisição, taxas,
impostos devidos aos órgãos federal, estadual e municipal, fretes, seguros, salários e
encargos trabalhistas/sociais/previdenciários, carregamento, transportes e descarregamento
no(s) local(ais) indicado(s), combustíveis, lubrificantes e outros correlatos, constituindo-se
os referidos preços nas únicas contra prestações da CONTRATANTE pela efetiva e correta
entrega do(s) produto(s) pela CONTRATADA;
1.4.- Atribui-se ao presente contrato o valor global de R$ 86.400,00 (oitenta e seis mil
e quatrocentos reais), obtido da multiplicação da quantidade total contratada, pelo preço
unitário, sendo este de R$ 3,60 (três reais e sessenta centavos).
1.5.- O preço contratado será fixo e irreajustável pelo prazo de 12 meses. Após o
período de 12 (doze) meses, em caso de renovação, os preços serão reajustados com base no
IGPM/FGV, ou outro índice que vier em sua substituição.
1.6.- A CONTRATADA fica obrigada a aceitar nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem necessárias no fornecimento, até o limite de 25%
(vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado deste contrato.
CLAUSULA SEGUNDA – DO TRATAMENTO DOS RESÍDUOS:
2.1 – Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as
características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de
contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente.
2.2 – Os sistemas de tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto de
licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA nº 237/1997 e são
passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio
ambiente.
2.3 – O município opta pelo tratamento por autoclave para resíduos dos Grupos “A” e
“E”, com os subgrupos “A1” (biológicos), “A4” (biológicos) e grupo “E” (perfurocortantes),
que representam até 95% (noventa e cinco por cento) da quantidade gerada. Esta tecnologia
promove a redução da carga biológica dos resíduos, de acordo com os padrões exigidos, ou
seja, eliminação do bacillusstearothermophilus, no caso de esterilização, e do
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bacillussubtyllis, no caso de desinfecção; também permite que sejam descaracterizados os
resíduos, no mínimo impedindo o seu reconhecimento como resíduo classe I, para os
resíduos cuja tratabilidade é permitida pela legislação.
2.4 – Em conformidade com a legislação vigente, e em obediência ao princípio da
prevenção, a adoção da tecnologia de incineração deve ser adstrita ao tratamento dos
resíduos dos subgrupos ”A2” (peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de
animais), “A3” (peças anatômicas), “A5” (resíduos contaminados com príons) e do grupo
“B” (químicos e fármacos) aos quais a incineração é a tecnologia recomendada, e que
representam até 5% (cinco por cento) da quantidade total de resíduos prevista neste processo
licitatório.
2.5 – DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS TRATADOS DOS GRUPOS A,
A1, A4 e E: Os resíduos destes grupos previamente tratados podem ser depositados em
Aterro Sanitário devidamente licenciado pelos órgãos competentes, conforme documentação
comprobatória a ser apresentada pela CONTRATADA, sem custo adicional para a
CONTRATANTE. 4 2.6 – DESTINAÇÃO FINAL DAS CINZAS DOS RESÍDUOS DOS
GRUPOS B, A2, A3 e A5: Devido a possibilidade de contaminações ambientais pelos
componentes químicos presentes nas cinzas dos RSS tratados por incineração, estas deverão
ser dispostas em aterro industrial classe I, devidamente licenciado pelos órgãos competentes,
conforme documentação comprobatória a ser apresentada pela CONTRATADA, sem custo
adicional para a CONTRATANTE.
CLAUSULA TERCEIRA – DA FORMA E CONDIÇÕES DE PAGAMENTO:
3.1 – O pagamento dos serviços ora contratados será efetuado mensalmente, com base
nas medições mensais da quantidade em quilogramas dos resíduos tratados e certificados,
devidamente circunstanciados em relatório detalhado apresentado pela CONTRATADA,
com as quantidades e classificação de resíduos e identificação individualizada de cada
gerador.
3.2 - O pagamento será efetuado em até 15 (quinze) dias, contados do aceite da nota
fiscal/fatura no protocolo do Almoxarifado Central, à vista do respectivo Termo de
Recebimento Definitivo do objeto.
3.3 - As notas fiscais/faturas que apresentarem incorreções serão devolvidas à
Contratada e seu vencimento começara a fluir da data de sua reapresentação. 3.4 - Não será
efetuado em hipótese algum pagamento através de boleto bancário.
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3.5 - Havendo atraso nos pagamentos, sobre a quantia devida incidirá correção
monetária nos termos do artigo 74 da Lei estadual nº 6.544/1989, bem como juros
moratórios, à razão de 0,5 % (meio por cento) ao mês, calculados "pro rata tempore " em
relação ao atraso verificado.
CLAUSULA QUARTA - DOS LOCAIS DE COLETA:
4.1.- Será executado em cada ponto gerador no município conforme o local
determinado pela administração pública e secretaria Municipal de Planejamento, serviços
Urbanos e Meio Ambiente , nos termos do item 11 do Anexo I (Termo de Referência) do
Edital do Pregão Presencial nº 073/2018, podendo vir a haver mudanças no endereço
conforme novo cadastro e mudanças de endereço dos estabelecimentos e ou comércios,
obedecendo às normas técnicas NBR 10.004, NBR 12.810 e NBR 14.652 da ABNT -
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
4.2. A equipe de funcionários envolvidos diretamente nos serviços de coleta deverá
sempre ser composta por 02 (dois) funcionários sendo eles 01 (um) Motorista Condutor do
Veículo e 01(um) ajudante coletor, sendo eles totalmente treinados e equipados com
Equipamentos de Proteção Individual – EPI’S.
CLAUSULA QUINTA - DAS MODIFICAÇÕES, ADITAMENTOS e
SUBCONTRATAÇÃO:
5.1.- Qualquer modificação de forma, qualidade ou quantidade (supressão ou
acréscimo), bem como prorrogação de prazo, poderá ser determinada pelo Contratante,
através de termo aditivo, atendido o disposto na Lei Federal nº 8.666/93 e alterações
posteriores, bem como no ordenamento jurídico vigente, no que couber. 5.2.- Fica vedada a
subcontratação, cuja exceção somente será permitida para a disposição final dos resíduos
tratados, mantendo-se a responsabilidade da empresa CONTRATADA.
CLÁUSULA SEXTA - DA VIGÊNCIA:
6.1-O presente contrato vigorará por um período de 12 (doze) meses, contados da data
de sua assinatura, podendo ser prorrogado conforme necessidade da Administração até o
limite de 60 (sessenta) meses, nos termos da lei.
CLÁUSULA SÉTIMA - DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS:
7.1 - As despesas oriundas do presente contrato correrão por conta da seguinte dotação
orçamentária: 07.06 15.4520022.2059 3.3.90.39.00 564 01 (SECRETARIA DE
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PLANEJAMENTO, SERVIÇOS URBANOS E MEIO AMBIENTE – SERVIÇOS
URBANOS – LIMPEZA PÚBLICA – OUTROS SERVIÇOS DE TERCEIRO – PESSOA
JURÍDICA).
CLÁUSULA NONA - DA RESCISÃO
9.1 - O presente contrato poderá ser rescindido nas seguintes hipóteses:
9.1.1 - UNILATERALMENTE, pela CONTRATANTE, quando ocorrer os motivos
previstos nos incisos I ao XII e XVII do artigo 78 da Lei Federal n.º 8.666/93 e suas
alterações;
9.1.2 - BILATERALMENTE, por acordo entre as partes, prevalecendo a conveniência
da CONTRATANTE;
9.1.3 - JUDICIALMENTE, nos termos da legislação de regência. 9.2.-Na hipótese de
rescisão deste contrato, a CONTRATANTE poderá reter créditos e promover a cobrança
judicial ou extrajudicial de perdas e danos, a fim de se ressarcir de prejuízos que advierem
do rompimento.
CLAUSULA DÉCIMA – DAS OBRIGAÇÕES DAS PARTES:
10.1. São obrigações da CONTRATADA:
10.1.1. Fornecer pessoal devidamente qualificado para os serviços objeto deste Edital,
devendo arcar com a remuneração e os encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais,
comerciais e outros decorrentes da execução do Contrato, inclusive seguros cobrindo "riscos
diversos", além de impostos e taxas devidas sobre os bens e serviços objeto da contratação
sem nenhum ônus para o Contratante;
10.1.2. Reparar, corrigir, às suas expensas, no todo ou em parte o objeto do contrato
em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução;
10.1.3. A Contratada fica obrigada a emitir Laudos Técnicos mensais sobre a redução
ou eliminação da carga microbiana ou inativação química, quando for o caso;
10.1.4.- Fornecer uniformes e equipamentos de proteção individual, necessários à
segurança dos empregados envolvidos nos serviços objeto deste edital;
10.1.5.- Responder civil e criminalmente por todos os danos que venha, direta ou
indiretamente, na execução deste contrato, provocar ou causar para a CONTRATANTE e/ou
para terceiros, devendo prestar os serviços objeto deste 7 contrato de acordo com os termos
pactuados, em estrita obediência à legislação vigente.
10.1.6.- Manter, durante toda a execução deste contrato, em compatibilidade com as
obrigações assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação;
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10.1.7.- Executar, imediatamente, os reparos que se fizerem necessários nos serviços
de sua responsabilidade, apontados pela fiscalização, inclusive substituir, no prazo máximo
de 02 (duas) horas, o veículo coletor que ficar impedido de ser utilizado;
10.1.8.- Manter à frente do serviço, Técnico qualificado, para representá-la junta à
fiscalização; 10.1.9.- Adotar todas as medidas de precaução, para garantia de qualidade e
procedência do produto em objeto, assegurando seu registro no Ministério da Agricultura e
Saúde, conforme o caso, garantindo-se com seus fornecedores, pelos fornecimentos junto a
CONTRATANTE.
10.1.10.-Adotar todas as medidas de precauções para a manutenção do padrão de
qualidade dos serviços ao longo do prazo de vigência do contrato decorrente deste pregão.
10.1.11.- Além da apresentação dos documentos e relatórios previstos no Edital e seus
Anexos, prestar as informações e os esclarecimentos que venham a ser solicitados pela
CONTRATANTE, atendendo as reclamações nos prazos previstos, durante todo o período
de vigência contratual.
10.1.12.-Responsabilizar-se por todos os custos diretos e indiretos relativos à execução
do objeto deste contrato.
10.2.-São obrigações da CONTRATANTE:
10.2.1.-Empenhar, para o cumprimento deste contrato, os recursos orçamentários
necessários ao pagamento, observadas as previsões estabelecidas, e pagar a(s) nota(s)
fiscal(ais) emitida(s), nos termos da clausula sexta.
10.2.2.-Comunicar à CONTRATADA todo e qualquer problema de qualidade dos
serviços prestados.
10.2.3. – Fornecer à CONTRATADA relação nominal com a qualificação, número de
documentos de identificação e/ou cadastro municipal, para possibilitar a apresentação de
relatório detalhado de pesagem dos resíduos.
10.2.4.- Comunicar à CONTRATADA, com antecedência mínima de 48 (quarenta e
oito) horas, qualquer alteração na relação dos pontos de coleta,
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DAS PENALIDADES:
10.1. - Ficará impedida de licitar e contratar com a Administração, pelo prazo de até 5
(cinco) anos, ou enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição, a pessoa, física
ou jurídica, que praticar quaisquer atos previstos no artigo 7º da Lei federal nº 10.520, de 17
de julho de 2002.
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10.2. - A sanção de que trata o subitem anterior poderá ser aplicada juntamente com as
multas previstas no art, 87 da Lei Federal 8.666/93, garantido o exercício de prévia e ampla
defesa, e deverá ser registrada no CADASTRO DE FORNECEDORES.
10.3. – O atraso injustificado na entrega de materiais, sem prejuízo do disposto no
parágrafo primeiro do artigo 86 da Lei 8.666/93 e artigo 7º da Lei 10.520/02, sujeitará a
contratada à multa de mora sobre o valor da obrigação não cumprida, a partir do primeiro
dia útil seguinte ao término do prazo estipulado, na seguinte proporção:
10.3.1 – Advertência por escrito;
10.3.2 – Multa equivalente a 10% (dez por cento), calculado sobre o valor da
obrigação, por atraso na entrega até o limite de 30 (trinta) dias;
10.3.3 – Multa equivalente a 15% (quinze por cento), calculado sobre o valor da
obrigação, por atraso na entrega a partir do 31º (trigésimo primeiro) dia, até o limite máximo
de 45 (quarenta e cinco) dias, quando será declarada a inexecução contratual;
10.3.4 - Pela inexecução total ou parcial do serviço, compra ou obra poderão ser
aplicadas à contratada as seguintes penalidades: II - Multa correspondente à diferença de
preço decorrente de nova licitação para o mesmo fim.
10.3.5 – Suspensão temporária de participação da CONTRATADA em licitação e
impedimento de contratar com a CONTRATANTE, por prazo não superior a 5 (cinco) anos;
10.3.6 – Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração
Pública enquanto perdurarem os motivos determinados na punição ou até que seja
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será
concedida sempre que a CONTRATADA ressarcir a CONTRATATE pelos 9 prejuízos
resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no subitem anterior;
CLAUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DA TOLERÂNCIA E CASOS OMISSOS:
12.1.- Os casos omissos assim como as dúvidas serão resolvidos com base na Lei
8.666/93.
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - DO FORO
13.1 - Fica eleito o FORO da COMARCA DE AGUAÍ - SP, com renúncia de qualquer
outro, por mais privilegiado que seja, para dirimir as questões relativas ou resultante deste
contrato, que não tenham sido resolvidas administrativamente.
CLAUSULA DÉCIMA QUARTA – DO (S) DOCUMENTO(S):
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14.1.-Integram o presente contrato, independentemente da transcrição de seus termos,
a proposta da contratada, o edital e todos os seus anexos, devendo ser rigorosamente
observados durante sua execução.
E, por assim haverem acordado, declaram as partes aceitarem todas as disposições
estabelecidas nas cláusulas deste contrato, firmado em 03 (três) vias de igual teor e forma,
na presença de 02 (duas) testemunhas legalmente capazes.
Aguaí, 18 de março de 2019.
Contratante
PREFEITURA MUNICIPAL DE AGUAÍ
DANIEL GARCIA COBRA MONTEIRO
Secretário Municipal de Planejamento, Serviços Urbanos e Meio Ambiente
BIOTRANS SOLUÇÕES AMBIENTAIS EIRELI EPP
ALLAN JONAS DUARTE
Contratada
TESTEMUNHAS: Janaina Albuquerque Alves - RG: 48.516.815-7
Leonam Custódio Costa RG: 28.927.953-7
15.Anexos
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ART – Anotação de Responsabilidade Técnica
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16.Bibliografia
Resolução da Diretoria Colegiada, RDC 222, ANVISA, de 28 de Março de 2018.
Norma Regulamentadora, NR-32 e NR-06 da Portaria 3214/78 do Ministério do
Trabalho e do Emprego.
Resolução CONAMA N° 358 de 29/04/05. · Decreto nº 8468 de 8/9/1976, Lei 997
de 31/05/1976.
Lei Nº 6514, Portaria Nº3214.
NBR 7500, símbolos de risco e manuseio para transporte e armazenamento de
materiais.
NBR 9195, sacos plásticos para acondicionamento de lixo.
Norma IPT NEA-55, recipiente para resíduos de serviços de saúde perfuro
cortantes.
NBR 12807: 1993 – Resíduos de serviços de saúde – Terminologia.
NBR 12808: 1993 – Resíduos de serviços de saúde – Classificação.
NBR 12809: 1993 – Resíduos de serviços de saúde – Manuseio.
NBR 12810: 1993 – Resíduos de serviços de saúde – Coleta.
NBR 9190 Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – classificação.
NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
NBR 9191 Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – especificação.
CONTRATO Nº. 017/2019 da Prefeitura Municipal de Aguaí - CONTRATAÇÃO
DE EMPRESA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE COLETA,
TRANSPORTE, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DO
SERVIÇO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO.
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17.Responsáveis Técnicos pela Elaboração do Programa
São João da Boa Vista – SP, 13 de January de 2022
________________________________ __________________________________
Luis Fernando do Nascimento Marcia Maria Cabrelon Oberer
Eng. Ambiental e de Segurança do Trabalho Representante Legal da Empresa
CREA - 5062287600
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