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Um pouco da história dos deuses gregos

Na criação do mundo, nada tinha forma no universo. Tudo se confundia, e não era possível
distinguir a terra do céu nem do mar. Esse abismo nebuloso se chamava Caos. Quanto tempo
durou? Até hoje não se sabe. Uma força misteriosa, resolveu pôr ordem nisso. Assim, foram
criadas as partes essenciais de nosso mundo.
Era necessário um casal de divindades para gerar novos deuses. Foram Urano, o Céu, e Gaia,
a Terra, que puseram no mundo uma porção de seres estranhos. Da união deles nasceram os
Titãs e as Titânides, todos de natureza divina, como seus pais. O mais moço dos Titãs, Crono,
logo, logo ia dar o que falar.
A descendência de Urano e Gaia não parou nesses filhos. Conceberam ainda seres
monstruosos como os Ciclopes, que só tinham um olho no meio da testa, e os Cem-Braços,
monstros gigantescos e violentos que viviam no Tártaro, uma região escondida nas
profundezas da terra. Gaia, a mãe, quis libertá-los. Ela apelou para seus primeiros filhos, os
Titãs, mas todos se recusaram a ajudá-la, exceto Crono. Os dois arquitetaram juntos um plano
que deveria acabar com o poder tirânico de Urano.
Certa noite, guiado pela mãe, Crono entrou no quarto dos pais. Com um golpe de foice, Crono
cortou os testículos de Urano. Porém, algumas gotas de sangue da ferida caíram na terra e a
fecundaram, dando origem a demônios, as Erínias, a outros monstros, os Gigantes, e às ninfas,
as Melíades.
Crono, então, se tornou o senhor todo-poderoso do universo. Em vez de beneficiar seus
parentes, libertando os irmãos, preferiu reinar sozinho e os deixou encerrados nas
profundezas da terra. Sua mãe, furiosa, predisse seu fim: "Você também, filho meu, será
deposto do trono por um dos seus filhos!"
Temendo a realização dessa profecia, Crono fez como o pai: arranjou um jeito de eliminar
os filhos que lhe dava sua esposa Réia. Cada vez que nascia um, ele o devorava.
A mãe deles, desesperada, foi ver Gaia: "Querida avó, preciso da sua ajuda. Seu filho faz
desaparecer todos os filhos que concebo. Acaba de nascer mais um menino. Ajude-me a salvá-
lo!"
"Você precisa ser mais astuciosa do que ele, minha filha", respondeu-lhe maliciosamente
Gaia. "Enrole uma pedra numa coberta e entregue a Crono, no lugar do bebê. Ele nem vai
desconfiar e vai engolir a pedra, como engoliu os outros filhos!"
A profecia de Gaia não tardaria a se realizar: o bebê que elas acabavam de salvar era Zeus.
O menino foi criado às escondidas numa gruta da ilha de Creta. Cercado pelas ninfas do lugar,
o menino cresceu alimentado com o leite da cabra Amaltéia e com o mel que as abelhas do
monte Ida forneciam. Essa infância secreta transcorreu harmoniosamente, sem que Crono
descobrisse a existência de seu sexto filho.
Já crescido, Zeus sonhava em destronar o pai, mas não conseguiria fazer isso sozinho. Teve
então a idéia de lhe dar uma bebida que o obrigasse a vomitar os filhos que engolira. O efeito
foi fulminante. Libertados seus irmãos, Zeus pôde se lançar com eles num duro combate
contra Crono e os Titãs.
Porém, só com a ajuda dos Ciclopes, dos Cem-Braços e dos Gigantes, Zeus conseguiu
derrotar o pai. Como tinha também pela ajudados irmãos Hades e Posêidon, Zeus partilhou
com eles o domínio do mundo.
Zeus recebeu a parte luminosa e terrestre, o céu e a terra. Suas armas, em especial os
raios e os relâmpagos, simbolizavam as forças celestes.
Coube a Hades a parte subterrânea, para onde iam os mortos. O mundo subterrâneo era
rodeado de todos os lados por pântanos e rios, que as sombras dos defuntos tinham que
passar. O barqueiro Caronte aguardava na margem e levava os mortos até seu destino. Aqueles
que embarcavam tinham que pagar a Caronte; por isso os gregos punham uma moeda entre os
dentes dos mortos durante o funeral. Uma vez na barca, os defuntos deixavam
definitivamente o mundo dos vivos. Quem fazia a viagem num sentido, jamais podia retornar
nem ver de novo a luz. Cérbero, o cão de três cabeças, tratava de impedir os que tentassem
fazê-lo. Que lugar sinistro! Os mortos eram julgados de acordo com sua vida passada e,
conforme seus erros, eram postos em diferentes lugares. Aqueles que não cometeram nenhum
crime mas também não realizaram nenhuma ação virtuosa, ficavam na planície dos Asfódelos
por toda a eternidade. Aos heróis e aos homens virtuosos, eram reservados os Campos Elísios.
Já os maus, ou culpados de algum erro, recebiam punição eterna, sendo encaminhados para o
Tártaro, e lá sofriam suplícios proporcionais a suas faltas.
Posêidon, enfim, fixou seu poder sobre todos os elementos líquidos, os mares e os rios que
percorrem a terra. O deus era muito irritadiço. Quando sua raiva chegava ao auge, ele surgia
das águas brandindo seu tridente. Podia desencadear tempestades e promover a subida da
água dos rios, que transbordavam. Também sabia fazer o chão tremer, provocando os
terremotos. Por isso, os homens o temiam e tomavam a precaução de lhe oferecer esplêndidos
sacrifícios antes de iniciar uma viagem no mar.

Texto adaptado de:


POUZADOUX, Claude. Contos e lendas da mitologia grega. São Paulo: Cia das Letras, 2001.

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