Apostila Elétrica PDF
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e Vagões II – Módulo de
Eletricidade da Locomotiva
Trilha Técnica: Ferrovia | Pátio/Tração
Colaboradores
•• Eustáquio Andrade
•• José Luiz Borba
Mensagem Valer
Você está participando da ação de desenvolvimento Sistema
de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da
Locomotiva de sua Trilha Técnica.
Vamos Trilhar!
Introdução 6
Sumário
1. Eletricidade na Locomotiva 7
1.1 Locomotivas Diesel-Elétricas 8
1.2 Conceitos Básicos de Eletricidade 10
2. Geradores e Alternadores 16
2.1 Geradores 17
2.2 Locomotiva Diesel-Elétrica do Tipo DC-DC – Gerador Principal 22
2.3 Locomotiva Diesel-Elétrica do Tipo DC-DC – Excitatriz + Gerador 28
2.4 Locomotiva Diesel-Elétrica do Tipo AC-DC – Excitatriz + Alternador 34
2.5 Locomotiva Diesel-Elétrica do Tipo AC-DC – Alternador + Alternador 44
2.6 Locomotiva Diesel-Elétrica do Tipo AC-DC Microprocessada 50
2.7 Locomotiva Diesel-Elétrica do Tipo AC-DC-AC 58
4. Engrenamento 97
4.1 Engrenagem 98
4.2 Pinhão, Caixa de Engrenagem, Mancais e Dutos de Ar do Motor de Tração 100
6. Bateria 114
6.1 Bateria 115
9. Sensores 136
9.1 Tipos de Sensores 137
10. Contatores e Relés 145
10.1 Funções e Características 146
10.2 Relé Terra 147
10.3 Relé de Sobrecarga 148
Introdução
elementos que, num esforço conjunto, de produzem uma
máquina em seu estado final.
1
Locomotiva
Eletricidade na
Nesta unidade, serão apresentadas as seguintes lições:
•• Locomotivas Diesel-Elétricas
•• Conceitos Básicos de Eletricidade
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 8
1.1 Locomotivas
Diesel-Elétricas
Locomotiva com motores de tração de corrente contínua Locomotiva com motores de tração de corrente alternada
Locomotiva diesel-elétrica
0-126-122
Antes de passarmos adiante, veremos Podemos comparar a pressão do campo
alguns conceitos e princípios básicos magnético do imã (voltagem) à pressão de
da eletricidade, o que certamente nos uma bomba d’água. Assim, quanto mais
ajudará a entender o funcionamento
Atenção! dos rápido a bomba girar, maior será a pressão
circuitos e equipamentos que constituem dentro da tubulação.
a locomotiva. Importante!
Já a amperagem é a quantidade de corrente que passa pelo fio condutor durante 1 segundo,
0-126-122
sendo definida também como movimento ordenado dos elétrons livres nos fios.
Sua unidade de medida é o ampere – A.
o!
nte!
Importante!
•• corrente alternada é aquela que varia com o tempo, geralmente de forma senoidal,
repetindo 60 ciclos/s ou 60 Hz (motores, geradores, transformadores, retificadores,
instalações elétricas industriais e prediais).
Resistência elétrica
o!
nte!
Importante!
V
I=
R
Resistência
Para calcular a resistência de um circuito elétrico, basta dividir a voltagem do circuito pela
corrente (amperagem), e o resultado é em ohm: (R= V/I).
Amperagem
Para calcular a corrente de um circuito elétrico, basta dividir a voltagem do circuito pela
resistência, e o resultado é em amperes: (I=V/R).
Voltagem
Potência watts
•• P = V.I;
•• P = V.I²;
•• P = V²/R.
Exemplo
Qual a corrente que passa em uma lâmpada de 60 W em uma cidade onde a tensão na rede
elétrica é de 220 V? 0-126-122
•• P=V.I;
•• I = P/V = 60/220 = 0,27 A ou 270 mA.
o!
nte!
Importante!
ndo!
A potência de 1 watt é desenvolvida quando se realiza o trabalho de
1 joule, em cada segundo, contínua e uniformemente.
O joule é a unidade de energia. Assim, para uma potência de 500 W, significa que foi
realizado um trabalho de 500 joules em 1 segundo.
Nos circuitos de corrente alternada, o joule toma o nome de:
•• 1 watt-hora = (1 joule/segundo)
0-126-122
hora;
•• 1 hora = 3600 s.
Substituindo:
ais!
•• Wh = 3600 J.
ndo! Relembrando!
2
Alternadores
Geradores e
Nesta unidade, serão apresentadas as seguintes lições:
•• 2.1 Geradores;
•• 2.2 Locomotiva Diesel-Elétrica do Tipo DC-DC –
Gerador Principal;
2.1 Geradores
Alternador de tração
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 18
•• arrancar o trem;
•• acelerar o trem;
•• manter a velocidade do trem;
•• fazer a frenagem dinâmica do trem.
Nessas condições, o sistema de controle de excitação e potência de qualquer locomotiva
diesel-elétrica deve proporcionar uma regulação suave, exata, estável e de boa resposta às
demandas do operador, seja para serviço de linha ou de manobra.
Portanto, o sistema de controle de excitação e potência é o elemento principal do sistema de
produção de energia de uma locomotiva diesel-elétrica, pois é ele que controla e comanda a
capacidade do motor diesel, do gerador de tração e dos motores de tração, visando obter o
melhor desempenho.
Enquanto estiver desempenhando essa função primária, ele deverá também limitar a
corrente e a tensão do gerador de tração e, ainda, regular a saída de potência dentro dos
limites do projeto.
Na figura, vemos a característica tensão-corrente de um gerador de tração, em que a
capacidade de saída do gerador varia em qualquer ponto da curva.
Volts
Amperes
Volts
Amperes
Esta curva difere da do gerador, porque reflete a mesma potência em qualquer ponto, isto é,
em qualquer ponto da curva, o produto volts-amperes é sempre o mesmo, desprezando-se
pequenas variações na eficiência do gerador dentro daquela faixa.
O relacionamento entre as duas curvas apresentadas acima é mostrado na figura.
Volts
Região de tensão excessiva
Se o motor diesel for solicitado além desses valores, a sua rotação diminuirá.
O mesmo ocorrerá com a sua potência de saída.
Uma sobrecarga poderá fazer com que o motor apague.
O gerador de tração, uma vez acionado diretamente pelo motor diesel, não pode gerar mais
energia do que aquela que recebe.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 20
Volts
Amperes
1.400
1.200
#1
1.000 #2
#3
Tensão do gerador de tração [V]
800
#4
#5
600
#6
400 #7
#8
200
0
0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000
Corrente do gerador de tração [A]
50.000
45.000
550 hp
40.000
900 hp
35.000
1.250 hp
30.000
Esforço de tração [kgf]
1.600 hp
25.000 1.950 hp
2.300 hp
20.000
2.650 hp
15.000
3.000 hp
10.000
5.000
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Velocidade [km/h]
Regulador de Carga
Circuito de
Controle de Excitação e Potência
V I
Acelerador Governador
- +
Pedestal
+
Motor Diesel
-
Motores de Tração
Gerador Principal
Gerador de Tração
Gerador principal
•• bateria;
•• derivação;
•• diferencial;
•• compensação;
•• comutação;
•• partida.
Esse processo tem limitações elétricas e mecânicas, que se mostram mais acentuadas com
o aumento das potências geradas. Por esse motivo, nas locomotivas mais modernas, ele foi
substituído pelo alternador de tração.
Seu eixo é suspenso por um único rolamento, localizado na extremidade do lado do
comutador da armadura, enquanto o lado oposto é diretamente acoplado ao próprio eixo
do motor diesel.
R der
Campo
Armadura
derivação
Interpolo
Campo de
comutação
Armadura
Campo de
+ Bateria
compensação
Campo
Regulador
de carga
Campo de
partida
Gerador principal
Os geradores de tração em corrente contínua podem ser compostos por duas máquinas de
corrente contínua em cascata, isto é, um gerador de menor porte, denominado excitatriz,
que produz a excitação de um segundo gerador, denominado gerador principal.
Regulador de Carga
Circuito de
Controle de Excitação e Potência
V I
Acelerador Governador
- +
+ -
- +
Pedestal
Motor Diesel
Motores de Tração
Excitatriz
Gerador Principal
Gerador de Tração
Como resultado, temos respostas mais rápidas, fazendo com que o nível de aderência
apresentado por esse tipo de locomotiva atinja em torno de 21%.
Excitatriz
A excitatriz é uma máquina de corrente contínua independente, que possui três campos:
•• de bateria;
•• diferencial;
•• derivação (shunt).
O circuito elétrico da excitatriz está representado no diagrama a seguir.
o! Atenção!
Gerador auxiliar
O gerador auxiliar é acionado pelo motor diesel por meio das engrenagens.
Ele produz corrente contínua de baixa tensão, que é utilizada para recarregar as baterias e
alimentar todo o circuito de baixa tensão da locomotiva. Esses geradores são autoexcitados,
empregando o magnetismo residual para excitação inicial.
Gerador auxiliar
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 31
Gerador principal
Gerador principal
Possui refrigeração própria produzida por um ventilador acoplado diretamente ao seu eixo.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 32
R der
Interpolo
Campo Campo
derivação principal
Armadura
Armadura
Armadura
R dif
Campo Campo de
diferencial comutação Campo
+ Bateria
Regulador
de carga
Motor de tração
Campo de Campo de
-
bateria partida
Excitatriz Gerador principal
A corrente de saída do gerador principal é limitada, pelo campo diferencial, para cada
posição da alavanca de aceleração, reduzindo a saída da excitatriz em resposta à tensão
gerada no campo de comutação do gerador principal.
Essa tensão aumenta na proporção em que aumenta a corrente que passa pelo campo.
A saída de potência é regulada por um reostato de controle de carga ou potenciômetro
existente no governador de controle do motor diesel, que combina a demanda total com a
capacidade do motor diesel sob todas as condições.
Esse potenciômetro varia a corrente do campo de bateria da excitatriz.
A corrente da excitatriz é controlada por um painel de resistores e um regulador de carga
acoplado e controlado pelo governador do motor diesel.
Um terceiro campo da excitatriz é ligado em paralelo na armadura da excitatriz e serve como
reforço para ajudar a conformar as características de alta tensão do gerador principal.
Os componentes são ligados no circuito elétrico de tal forma que, ao serem sensibilizados,
proporcionam saída de potência controlada no gerador principal em ampla faixa de carga.
A excitatriz possui excitação separada pelo campo de bateria e é também autoexcitada por
meio do campo derivação.
O campo diferencial é ligado inversamente aos demais campos para impedir que a tensão
de saída do gerador principal seja elevada em altas correntes.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 33
Regulador de Carga
Circuito de
Controle de Excitação e Potência
V I
Acelerador Governador
- +
- +
- +
Pedestal
Motor Diesel
Motores de Tração
Excitatriz Retificador
Alternador Principal
Alternador de Tração
Alternador principal
Campo Armadura
Campo (estator)
(rotor)
As bobinas de campo são ligadas eletricamente a anéis coletores, que estão montados na
extremidade livre do eixo do rotor.
Excitatriz
Alternador principal
As linhas de força do campo magnético desenvolvido pelo campo rotativo induzem uma
tensão nos enrolamentos estacionários da armadura à medida que o rotor gira.
O princípio de funcionamento do alternador de tração está ilustrado na figura.
Saída de potência
Supressores Retificador
de transientes
Tensão de
excitação
S
C 1a5
C’ 1 a 5
Rotação
B 1a5
360º elétricos N
B’ 1 a 5
A 1a5
A’ 1 a 5
Anéis coletores
S
Grupo de
bobinas de estator
Rotor
A refrigeração do alternador de tração é feita por meio de ventilação forçada produzida por
um soprador independente.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 38
Retificador
A
B
C
Retificador
Cada fusível é equipado com um indicador pressionado por uma mola, que se torna saliente
quando o fusível se funde devido à avaria do diodo.
Fusíveis
A
B
C
+
Circuito Supressor
de Transientes
Fusíveis
A
B
C
Para suprir a corrente demandada pelos motores de tração, cada braço do retificador pode
ser constituído por um conjunto de diodos em paralelo, devido à baixa capacidade de
corrente dos diodos.
A
B
C
Bancada retificadora
Com o mesmo objetivo, são produzidos alternadores com vários enrolamentos de armadura,
os quais alimentam igual número de retificadores que têm suas saídas ligadas em paralelo.
A1
A2
A3
A4
A5
B1
B2
B3
B4
B5
C1
C2
C3
C4
C5
Para aumentar a capacidade de potência, são produzidos alternadores de tração com dois
grupos de enrolamentos de armadura, ligados a dois retificadores que têm suas saídas
ligadas em paralelo para produção de corrente de saída mais elevada, possibilitando que a
locomotiva produza torque bastante elevado a baixas velocidades.
A
B
C
A`
B`
C`
Ligação em paralelo
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 42
Bancadas retificadoras
A
B
C
A`
B`
C`
-
Ligação em série
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 43
As duas situações podem ser obtidas numa mesma locomotiva pela utilização do
circuito da figura.
A
B
C
S1 S2
A`
B`
C`
A transição da ligação série para a paralela, e vice-versa, é obtida pelo chaveamento das
chaves S.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 44
Regulador de Carga
Circuito de
Controle de Excitação e Potência
V I
Acelerador Governador
- +
- +
Pedestal
Motor Diesel
Motores de Tração
Alternador
Auxiliar Retificador
Alternador Principal
Alternador de Tração
Alternador auxiliar
A amplitude e a frequência de sua tensão de saída variam com a rotação do motor diesel.
Ele também possui campo rotativo e armadura estacionária com três enrolamentos ligados
em estrela.
Campo Armadura
Campo (estator)
(rotor)
Seu arrefecimento ocorre por meio da mesma ventilação forçada do alternador principal.
O campo rotativo do alternador auxiliar é formado por bobinas ligadas em série e enroladas
em polos laminados.
As bobinas de campo do alternador auxiliar são ligadas eletricamente a dois anéis coletores,
que estão montados na extremidade livre do eixo do rotor.
Retificador semicontrolado
Campo Campo
o!
nte!
A
B
C
Relé de
terra
A`
B`
Circuito de proteção C`
por relé de terra
A ocorrência de pelo menos uma das condições de falha citadas resultará na energização da
bobina do relé de terra, que por meio do fechamento dos seus contatos:
Relé de terra
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 50
V I
Acelerador Governador
- +
- +
Pedestal
Motor Diesel
nte!
Importante!
•• microcomputadores principais:
•• controlador de interface Cab – CAB;
•• controlador de excitação – EXC;
•• controlador auxiliar – AUX;
•• controlador de funções integradas – IFC;
Cada controlador tem tarefas específicas que executam em conjunto, entre si, e com o
sistema de controle da locomotiva.
Alertor CAB
Controle de
sobrevelocidade
EXC
Controle de Funções
Caixa Áudio/Visual Integrado – IFC
– AVB
AUX
Controle de
velocidade baixa
DID
Indicador auxiliar
de velocidade
PTU
Microcomputadores principais
•• Ler a posição das chaves controladas •• campo do alternador de tração; •• módulo operacional da locomotiva
pela fiação da MU e pelo operador, (tração, freio dinâmico, autocarga);
•• sopradores dos motores de tração;
para determinar o modo em
que a locomotiva está operando •• ventilador do radiador de •• diagnóstico de informação;
(motoração, frenagem dinâmica). resfriamento; •• histórico de falhas;
•• Estabelecer a comunicação com o •• bobinas dos contatores e relés; •• pacote de dados.
CAB e o AUX.
•• sinais de realimentação de tensão e
•• Estabelecer a comunicação com
o DID. corrente dos painéis AFR, EBP e RFP.
•• Estabelecer a comunicação com o
AUX para intercambiar dados de
controle referentes ao ventilador
do radiador de resfriamento e aos
sopradores dos motores de tração.
•• Estabelecer a comunicação com o
IFC para intercâmbio das condições
da locomotiva.
•• Controlar e coletar sinais de
realimentação de tensão e corrente
dos painéis regulador de campo do
alternador, EBP e RFP.
•• Monitorar os sistemas da
locomotiva e verificar os dados.
•• Ler sinais do sistema analógico •• campo do alternador auxiliar; •• excitação do alternador auxiliar e
(corrente e tensão da propulsão, de tração;
•• carga de bateria;
sinais do motor diesel, sinais de
realimentação do regulador de •• sinais do motor diesel; •• carga do motor diesel;
excitação, fuga para terra no •• controle de patinação das rodas;
•• amperímetro de carga;
circuito de alta tensão, corrente de
carga da bateria). •• motor do compressor de ar; •• sensores de rotação.
CONTROLA REGISTRA
O painel DID destina-se a reduzir o tempo necessário para localizar um componente com
problema e substituí-lo. Com o uso desse painel, o tempo de rodízio da locomotiva pode ser
bastante encurtado, diminuindo os custos de imobilização do veículo.
Ele pode ser utilizado em várias condições, entre elas:
•• O computador usa o painel DID para alertar o operador sobre uma falha ocorrida,
descrevendo-a, em alguns casos, fazendo soar a campainha de alarme.
•• Algumas falhas podem ser esclarecidas e corrigidas pelo operador, enquanto outras
requerem conhecimento mais profundo para eliminar o problema ou esclarecer e
rearmar o sistema. Estas últimas devem ser resolvidas pela manutenção.
•• A falha fica gravada no registro de falhas para ser revista posteriormente pela manutenção.
•• As informações sobre falhas podem ser chamadas da memória do CAB por meio
da digitação do teclado do painel DID, o qual pode mostrar até 1.000 mensagens
de falha.
•• O operador pode usar o painel DID para rever todas as falhas ativas e suas
respectivas restrições.
•• A manutenção também pode utilizar o painel DID para monitorar várias condições de
operação, assim como executar autotestes de diagnose nas locomotivas.
Circuito Microprocessado de
Controle de Excitação e Potência
V I
Acelerador Injeção Eletrônica
- +
- +
Pedestal
Motor Diesel
Motores de Tração
Alternador
Auxiliar Retificador
Alternador Principal
Alternador de Tração
Diagrama de uma locomotiva diesel-elétrica do tipo AC-DC microprocessada com injeção eletrônica
Circuito
Circuito Microprocessado de
Microprocessado de
Controle de Excitação e Potência
Controle do Inversor
V I
Acelerador Injeção Eletrônica
- +
- +
Pedestal
Motor Diesel
nte!
ais!
ndo! Relembrando!
Pode-se destacar:
•• O princípio básico de funcionamento de uma locomotiva diesel-
elétrica encontra-se no grupo motor-gerador.
•• Os geradores podem ser de dois tipos: gerador de tração de
corrente contínua e gerador de tração de corrente alternada.
•• As locomotivas podem ser do tipo diesel-elétrica DC-DC, com
gerador principal; diesel-elétrica do tipo DC-DC, com excitatriz
+ gerador; diesel-elétrica do tipo AC-DC, com excitatriz +
alternador; diesel-elétrica do tipo AC-DC, com alternador +
alternador; diesel-elétrica do tipo AC-DC microprocessada e
diesel-elétrica do tipo AC-DC-AC.
•• O gerador principal é uma máquina de corrente contínua de
excitação separada com circuitos de campo principal e de campo
de comutação.
•• O gerador auxiliar produz corrente contínua de baixa tensão, que é
utilizada para recarregar as baterias e alimentar todo o circuito de
baixa tensão da locomotiva.
•• Os microcomputadores e seus periféricos monitoram e regulam
continuamente a operação da locomotiva, fazendo ajustes
automáticos com base nas demandas operacionais e nas condições
da locomotiva.
•• O painel de display de diagnóstico – DID é um meio de comunicação
rápido e preciso entre os computadores da locomotiva e o pessoal
de manutenção ou o operador.
•• O alertor proporciona uma operação segura na operação do trem,
por meio do monitoramento dos vários movimentos do operador
para comprovar a vigilância.
Inserir Imagem
3
de Tração
Motores Elétricos
Nesta unidade, serão apresentadas as seguintes lições:
3.1 Princípio de
Funcionamento
O motor elétrico é uma máquina que Quando se aplica uma tensão em uma
transforma energia elétrica em energia bobina, dois polos magnéticos que
mecânica por meio do efeito eletromagnético. se opõem são formados no sentido
Sabe-se que um campo atrai seu perpendicular ao eixo construtivo.
oposto e repele o seu semelhante. Esse De acordo com a posição, será formado, na
embasamento permitiu montar uma parte superior, um polo norte e, na parte
máquina que transforma energia elétrica inferior, um polo sul. Esses polos serão
em energia mecânica. atraídos pelos opostos do ímã permanente,
e essa atração fará a espira mudar de
acordo com a posição do caso “b”.
Motor elementar
Se o giro for muito lento, a espira irá parar
O motor elementar é um motor de um ímã na posição “b”, mas, como existe uma
permanente, situado entre o polo norte e inércia para essa parada, na realidade, a
o polo sul. Contém uma espira de forma espira irá girar até encontrar a posição “c”.
retangular e dois semianéis, que recebem Nesse ponto, volta a repelir, repetindo
tensão pelas escovas e estão ligados nos o que houve na posição “a”, e assim
seus extremos. sucessivamente, até que a alimentação da
espira seja interrompida. Nas posições em
que não há alimentação na espira, esses
pontos são chamados de pontos neutros.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 63
Características
Os motores elétricos de tração, normalmente um em cada eixo, devem ser do tipo blindado
e são caracterizados pela construção compacta e pelo volume reduzido, pois o espaço
disponível para eles é sempre muito limitado.
Como já mencionado, eles são máquinas que convertem a energia elétrica em energia mecânica
para movimentar a locomotiva. A energia elétrica é fornecida ao motor por meio dos cabos de
alimentação, que acessam o interior do mesmo por intermédio de dispositivos especialmente
vedados. Já a energia mecânica é disponibilizada pelo motor na ponta de seu eixo.
Devido às características do serviço de tração das locomotivas diesel-elétricas de baixa
velocidade, há um regime variável de funcionamento, e sua velocidade normal está
compreendida entre 500 rpm e 3000 rpm.
A transmissão do movimento do motor para as rodas é efetuada por meio de um par de
engrenagens cilíndricas, denominadas de pinhão e engrenagem.
Pinhão e engrenagem
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 64
Rodeiro completo
A montagem direta do motor sobre o eixo das rodas teria a vantagem de evitar a perda de
energia nas engrenagens, mas obrigaria o uso de motores lentos e, por conseguinte, de
grande volume e de custo elevado.
O resfriamento dos motores de tração se dá pela passagem forçada pelo seu interior de
certa quantidade de ar, que é produzida por um soprador acionado diretamente pelo eixo
do motor diesel ou por um motor elétrico.
nte!
Importante!
•• estator;
•• rotor.
•• duto de ar;
•• cabos de saída;
•• porta-escovas;
•• braço de apoio da caixa de graxa;
•• comutador;
•• armadura;
•• rolamento;
•• interpolo;
•• mancal;
•• campo;
•• capa do mancal;
•• bandagem;
•• reservatório de óleo de lubrificação do mancal.
Estator
•• carcaça;
•• polos de excitação;
•• polos de comutação;
•• porta-escovas e escovas.
Fique atento, pois você irá aprender, logo a seguir, como funciona cada uma das estruturas
do estator!
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 68
Carcaça
A carcaça é uma estrutura de ferro fundido que tem a finalidade de suportar o conjunto e
conduzir o fluxo magnético.
Carcaça do motor
Podemos observar, na figura, que seu contorno é octogonal, o que possibilita melhor
aproveitamento dos espaços, levando à redução do seu volume.
Polos de excitação
Polo de excitação
Polos de comutação
Polo de comutação
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 70
Porta-escovas e escovas
Escovas e porta-escovas
Os porta-escovas são montados sobre pinos de sustentação, que são fixados à carcaça por
meio do suporte de porta-escovas, de modo a permitir que as escovas, pressionadas por
molas, deslizem sobre o comutador quando este gira, proporcionando a ligação elétrica
entre a armadura e o exterior.
Na figura, vemos a montagem dos polos, dos interpolos e dos porta-escovas no interior da carcaça.
Percebe-se que os porta-escovas são fixados à carcaça de modo que as escovas sejam
posicionadas em correspondência com a zona de inversão polar, permitindo, assim, o
funcionamento em marcha a ré do veículo.
Rotor
Armadura
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 72
•• eixo;
•• rotor com enrolamento;
•• comutador.
Eixo
O eixo é o elemento que transmite a potência mecânica desenvolvida pelo motor. Ele é
moldado em aço carbono e suporta o pinhão em uma de suas extremidades.
Comutador
Comutadores
Superfície de
contato com Condutores
as escovas das bobinas
Bandeiras da armadura
Isolamento de
lâminas de mica Isolamento do
cone de mica
Pré-cinta
de teflon
Barra Carcaça
Tampas
Isolamento de
mica da carcaça
Isolamento do
cone de mica
Detalhes do comutador
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 74
•• Atuam como chave de reversão – as pontas das bobinas de armadura passam pelas
escovas, e o comutador transfere-as de um circuito para outro. Isso faz com que todas as
bobinas sejam atravessadas por corrente elétrica, fluindo sempre na direção correta.
•• pela alteração da ligação em paralelo para uma ligação em série-paralelo dos motores
de tração;
•• pela alteração da ligação em série-paralelo para uma ligação em paralelo dos motores
de tração.
Nesse tipo de ligação, todos os motores são ligados diretamente aos terminais do alternador
de tração.
+ I
/6 +
V V
- -
Alternador de tração Motores de tração
Do circuito da figura, podemos observar que a tensão sobre os motores de tração é igual à
tensão na saída do alternador de tração. Logo:
VGT = VMT
1
Isso significa que cada um dos motores demanda 6 da corrente total produzida pelo
alternador de tração. Portanto:
IGT = 6 . IMT
Nesse tipo de ligação, cada associação de dois motores em série é ligada diretamente aos
terminais do alternador de tração.
I
/3 +
I
V
/2
+
-
V I
/3 +
- V
/2
Alternador de tração
-
Motores de tração
Do circuito da figura anterior, podemos observar que a tensão desenvolvida sobre cada um
dos motores de tração é igual à metade da tensão do alternador de tração. Logo:
VGT = 2 . VMT
Assim, cada um dos motores demanda ⅓ da corrente total produzida pelo alternador de
tração. Portanto:
IGT = 3 . IMT
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 76
3.3 Transição,
Classificação e Inversão
do Sentido de Rotação
dos Motores de Corrente
Contínua
Tensão
V2
V1
Corrente
I2 I1
40.000
30.000
3P-2S (100%)
Esforço de tração [ kgf ]
3P-2S (83,33%)
3P-2S (66,67%)
20.000 6P (100%)
6P (83,33%)
10.000
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Velocidade [ km/h ]
Primeiro estágio
Segundo estágio
É aplicada redução na corrente de campo dos motores de tração para 83,33%, mantendo a
ligação dos motores em três paralelos de duas séries.
Terceiro estágio
É aplicada nova redução na corrente de campo dos motores de tração para 66,66%,
mantendo a ligação dos motores em três paralelos de duas séries.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 79
Quarto estágio
Como a tensão de saída do gerador de tração atinge seu valor máximo no final do terceiro
estágio, faz-se necessário alterar a ligação para seis motores de tração em paralelo, com
corrente de campo de 100%.
O gerador de tração volta a fornecer a máxima corrente.
Quinto estágio
É aplicada novamente redução na corrente campo dos motores de tração para 83,33%,
mantendo a ligação dos motores em seis paralelos.
O enfraquecimento da corrente de campo é realizado por meio da ligação de um resistor em
paralelo com o circuito de campo do motor, com o objetivo de fazer o motor alcançar neste
estágio uma velocidade final maior.
Durante o tempo de passagem do terceiro para o quarto estágio, quando a ligação dos
motores de tração é alterada de três paralelos de duas séries para seis paralelos, a corrente
de excitação de campo do gerador de tração é retirada e, por conseguinte, dos motores de
tração, para que o conjunto de chaves e contatores de acionamento sejam operados com
segurança.
O mesmo acontece quando da passagem inversa, isto é, do quarto para o terceiro estágio.
É introduzida uma histerese na velocidade de saída e retorno de cada estágio, ou seja, a
velocidade em que ocorre a saída de um estágio para outro é diferente da velocidade de
retorno de cada estágio para o anterior.
A função da histerese de velocidade é a de garantir que, durante a transição de um estágio
para outro, a variação de velocidade da locomotiva não provoque o retorno à condição
anterior, o que pode causar patinações e choques internos no trem.
Locomotivas EMAQ
A locomotiva parte com três grupos de dois motores de tração ligados em série entre si e em
paralelo com o gerador de tração (principal).
1ª transferência
24 km/h
Série campo reduzido
2ª transferência
31 km/h
Série campo reduzido
3ª transferência
38 km/h
Paralelo em GP
4ª transferência
66,4 km/h
Paralelo em campo reduzido
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 80
MT MT MT MT
GP
MT MT MT MT
MT MT MT MT
R
MT MT
MT MT
MT MT
Campo Armadura
Locomotivas GMs
Essas locomotivas não possuem transferência. Elas partem com os seis motores em paralelo
com o gerador de tração (principal).
GP
MT MT
MT MT
MT MT
MT MT
MT MT
MT MT
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 81
Outras locomotivas GMs partem com dois grupos de motores de tração em série entre si e
em paralelo com o gerador principal.
Aos 20 Wh, faz-se a transferência, colocando os quatro motores em paralelo com o gerador
principal. Aos 60 km/h, faz-se o campo reduzido.
MT MT MT MT
GP
MT MT MT MT
MT MT
R
MT MT
Campo Armadura
Locomotivas GEs
MT MT MT MT
GP
MT MT MT MT
MT MT MT MT
R
MT MT MT MT
MT MT
MT MT
Campo Armadura
Outras locomotivas partem com três grupos de dois motores de tração ligados em série
entre si e em paralelo com o gerador de tração (principal).
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 82
1ª transferência
25,7 km/h
1º campo reduzido
2ª transferência
29,7 km/h
2º campo reduzido
3ª transferência
37,8 km/h
Seis motores em paralelo com o gerador de tração (principal)
4ª transferência
67,5 km/h
Paralelo em campo reduzido
MT MT MT MT
GP
MT MT MT MT
MT MT
R
MT MT
Campo Armadura
Nas locomotivas que utilizam alternadores, o efeito da transição pode ser obtido pela
alteração do modo de ligação dos retificadores na saída do alternador, em série ou paralelo.
+ +
A A
B B
C C
A` A`
B` B`
C` C`
Nesse tipo de transição, é necessário que a corrente de campo da excitatriz seja retirada e,
por conseguinte a dos motores de tração, para que o conjunto de chaves e contatores de
acionamento sejam operados.
Somente depois de concluída a nova ligação é que os motores voltarão a ser alimentados
pelo gerador de tração.
Durante esse período de tempo, a locomotiva deixará de tracionar, podendo provocar
choques no trem quando do restabelecimento da tração.
Quando acopladas com 0-126-122
locomotivas sem transição ou com transição em velocidades
diferentes, poderão provocar deslizamento de rodas e perda de tração.
o! Atenção!
60.000
50.000
Esforço de tração [ kgf ]
40.000
30.000
20.000
10.000
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Velocidade [ km/h ]
Vamos a um exemplo?
V = 10 = 10 ampères
R 1
•• motor série;
•• motor do tipo derivação ou paralelo.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 86
Motor série
São motores nos quais o campo estator está ligado em série à armadura, conforme a
imagem a seguir.
+ _
Campo Armadura
A bobina de campo dos motores do tipo série é formada por poucas espiras de fio grosso,
pois toda corrente que passa na armadura é a mesma que passa no campo.
Nos motores do tipo série, se a carga aumenta, a velocidade diminui. Isso faz com que a
corrente aumente, possibilitando um torque maior, necessário para cargas maiores. Esses
motores giram lentamente com cargas pesadas e rapidamente com cargas leves.
Convém destacar, ainda, que os motores de série apresentam velocidade variável de acordo
com a variação da carga.
Esses motores não são usados quando a carga é intermitente, aplicada ou retirada durante
o funcionamento.
Apresentam como características:
Nesse tipo de motor, o campo é ligado em paralelo com a armadura, como pode ser
observado na imagem.
+ _
Campo
Armadura
O motor derivação tem rotação de arranque baixa. Esses motores são muito usados quando
0-126-122
se requer uma velocidade constante, pois sua velocidade não varia, mesmo quando a carga
é retirada.
o! Atenção!
ndo!
Inversão do sentido de rotação dos motores de corrente contínua
Em geral, um motor é instalado para efetuar determinado trabalho que requer sentido
constante de rotação. No entanto, há ocasiões em que é necessário mudar o sentido. Para
essas mudanças, é muito comum utilizar a chave ou os contatores.
Chave reversora
Nas locomotivas GMs GT 26-CU-2, a reversão é selecionada fazendo o arranjo dos contatores.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 89
St Sf St Sf
I Rf I Rf
fluxo de fluxo de
G energia V M G V G energia
V V
Cm Cm
Cf
O motor de tração desenvolve tração O motor de tração desenvolve frenagem dinâmica
O calor gerado é transferido ao ambiente por meio de sopradores acionados por motores
DC série, alimentados pela própria energia a ser dissipada, ligados em paralelo com parte de
um dos resistores do banco.
Vários fatores influenciam a eficiência do jato de resfriamento:
Portanto, todos os campos dos motores de tração são conectados juntos em uma longa
série, e esse circuito série é conectado aos terminais de saída do gerador de tração.
Da mesma forma, as armaduras dos motores de tração são ligadas em série, em conjunto de
duas armaduras, e esses conjuntos são conectados às resistências do banco de resistências
do freio dinâmico. 0-126-122
As resistências de freio dinâmico formam a carga a ser aplicada sobre os motores de tração,
que estão atuando como geradores.
o!
nte!
Importante!
O resfriamento das grades de freio dinâmico é realizado por sopradores, que são
alimentados pela tensão existente sobre a parte da resistência a que estão ligados.
À proporção que a corrente aplicada sobre a grade sobe, também sobe a tensão de
alimentação dos sopradores, que passam a girar mais rapidamente.
À proporção que a corrente decresce, a tensão também cai, e os sopradores giram mais lentamente.
Na figura, tem-se um exemplo que mostra a ligação dos seis motores de tração de uma
locomotiva durante a frenagem dinâmica, em que os circuitos de campo dos seis motores
são ligados em série e excitados pelo alternador de tração, enquanto seus circuitos de
armadura são ligados em série dois a dois.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 92
Ar aquecido Ar aquecido
Sopradores do
freio dinâmico
Banco de
resistências do
freio dinâmico
Conjugado
Alternador de tração de frenagem
I
+
V Circuito de campo dos motores de tração
-
A passagem da ligação dos motores de tração em tração para a ligação dos motores de
tração em freio dinâmico é realizada pelo acionamento de um conjunto de chaves do tipo
“P” ou do tipo “BKT”, similar à chave reversora.
A chave de frenagem dinâmica BKT é uma chave de força controlada eletricamente, cuja
finalidade é estabelecer circuitos entre os resistores de frenagem dinâmica e as armaduras
dos motores de tração.
Ela estabelece também os circuitos entre os campos dos motores de tração e o gerador principal.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 93
Funcionamento
35.000
30.000
Esforço de frenagem [ kgf ]
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Velocidade [ km/h ]
Esta característica é obtida por meio dos contatores de faixa estendida, que colocam em
curto-circuito setores dos resistores do banco de resistências de freio dinâmico.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 94
Banco de Ar aquecido
resistências do
freio dinâmico
Ventilador do
freio dinâmico
Circuito de armadura
nte!
Importante!
35.000
Esforço de frenagem [ kgf ]
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Velocidade [ km/h ]
35.000
30.000
Esforço de frenagem [ kgf ]
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Velocidade [ km/h ]
nte!
ais!
ndo! Relembrando!
Pode-se destacar:
•• O motor elétrico é uma máquina que transforma
energia elétrica em energia mecânica por meio do efeito
eletromagnético.
•• Os motores elétricos de tração são caracterizados pela
construção compacta e pelo volume reduzido, pois o espaço
disponível para eles é sempre muito limitado.
•• Os motores em corrente contínua são compostos pelo estator
e pelo rotor.
•• Eletricamente, os motores de tração de uma locomotiva
podem ser associados em série, paralelo e série-paralelo,
sendo mais comuns as duas últimas.
•• Para cada tipo de locomotiva, há uma sequência distinta
de partida.
•• Os motores de corrente contínua são classificados em motor
série e motor do tipo derivação ou paralelo.
•• Na frenagem dinâmica, ou frenagem reostática, os motores
de tração comportam-se como geradores de energia para
controlar a velocidade do trem.
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4
Engrenamento
Nesta unidade, serão apresentadas as seguintes lições:
•• 4.1 Engrenagem
•• 4.2 Pinhão, Caixa de Engrenagem, Mancais e Dutos de Ar do
Motor de Tração
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 98
4.1 Engrenagem
Pinhão e engrenagem
Engrenagem
Ela ainda possui furo cilíndrico não chavetado e é montada por prensagem a frio no eixo do
rodeiro, sendo fixada ao eixo apenas pela interferência entre ambos.
Se engrenagens e pinhões com desgaste excessivo forem reutilizados, poderão vir a ocorrer
altas cargas entre estes e as engrenagens que com eles se acasalarem.
Pinhão
O pinhão também tem forma cilíndrica e é fabricado em aço médiocarbono tratado termicamente.
Pinhões de 18 e de 13 dentes
Fabricado com furo cônico sem chaveta, o pinhão é montado a quente no eixo do motor de
tração, ou seja, o pinhão é fixado ao eixo unicamente pela interferência eixo-pinhão.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 101
Pelo fato de o pinhão estar montado numa ponta de eixo em balanço e sujeito a altos
torques, seu acoplamento com o eixo do motor torna-se um ponto fraco, pois é recorrente a
ocorrência de defeitos como:
•• pinhão solto;
•• pinhão trincado;
•• pinhão avariado;
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 103
Como pode ser observado, existe a tendência de separação entre o pinhão e a engrenagem,
com a carga se concentrando na parte do dente mais próxima do motor.
Para evitar que esse excesso de concentração de carga possa causar ruptura por fadiga,
a espessura do dente é ligeiramente mais larga na parte mais próxima do motor (dentes
ligeiramente cônicos).
Em função desses muitos defeitos, foi desenvolvido um pinhão integrado, que é fabricado
de forma solidária ao eixo.
Portanto, é extremamente importante o maquinista evitar patinações excessivas
ou elevado esforço trator na arrancada, pois isso pode contribuir para alguma das
anomalias mencionadas.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 104
Pinhão integrado
Caixa de engrenagens
Caixa de graxa
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 105
A altura da caixa de graxa em relação ao topo do trilho deverá ser superior a 108 mm com
rodas novas.
O motor de tração é preso ao eixo das rodas pelos mancais de apoio, que podem ser de dois
tipos:
•• de fricção;
•• de rolamentos.
De fricção
A lubrificação dos casquilhos e do eixo das rodas é garantida pela escova ou mecha.
Reservatório de óleo
De rolamentos
O fechamento dos mancais de apoio de rolamentos é feito por uma peça denominada de
tubo U, onde são montados os rolamentos.
Tubo “U”
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 108
Duto de ar
0-126-122
nte!
ais!
ndo! Relembrando!
Pode-se destacar:
•• Nas locomotivas diesel-elétricas de baixa velocidade, a
transmissão do torque do motor de tração para as rodas é
feita pelo contato dos dentes de um pinhão com os dentes
de uma engrenagem.
•• Fabricado com furo cônico sem chaveta, o pinhão é montado a
quente no eixo do motor de tração, ou seja, o pinhão é fixado
ao eixo unicamente pela interferência eixo-pinhão.
•• A caixa de engrenagens aloja o pinhão do motor de tração,
a engrenagem correspondente do eixo de rodeiro e o
lubrificante, protegendo-os de danos e da sujeira.
•• O motor de tração é preso ao eixo das rodas pelos mancais de
apoio, que podem ser de dois tipos: de fricção e de rolamentos.
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5
Partida do Motor Diesel
Nesta unidade, será apresentada a seguinte lição:
Gerador Motor
Bateria principal diesel
Motor
elétrico
Bomba
Gerador
auxiliar
Motor
Bateria diesel
Excitatriz
Motor
elétrico
Bomba
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 112
Motor de
arranque
Motor
Bateria diesel
Motor de
arranque
Motor
elétrico
Bomba 0-126-122
o! Atenção!
ais!
O tempo máximo que os motores de arranque podem ficar ligados
ndo! durante a partida do motor diesel é de 20 segundos.
0-126-122
nte!
ais!
ndo! Relembrando!
Pode-se destacar:
•• Nas locomotivas GEs-U-22-C, C30-7, BB36-7 e U23CA, o gerador
auxiliar e a excitatriz funcionam como motores de arranque
durante a partida do motor diesel.
•• As locomotivas GM GT26CU-2 e DDM-45 possuem dois
motores de arranque para dar partida no motor diesel.
•• O tempo máximo que esses motores podem ficar ligados
durante a partida é de 20 segundos.
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6
Bateria
Nesta unidade, será apresentada a seguinte lição:
•• 6.1 Bateria
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 115
6.1 Bateria
0-126-122
o!
Elas são carregadas pelo gerador auxiliar ou pelo alternador auxiliar. Fornecem 64 volts para
nte!
alimentar os circuitos auxiliares ou para dar a partida do motor diesel.
ais!
ndo! Relembrando!
Pode-se destacar:
•• A bateria é um acumulador de cargas elétricas, responsável
pela alimentação dos circuitos de baixa tensão durante a
partida do motor diesel.
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7
Regulador de Voltagem
Nesta unidade, será apresentada a seguinte lição:
7.1 Regulador de
Voltagem
nte!
ais!
ndo! Relembrando!
Pode-se destacar:
•• O regulador de voltagem tem um módulo regulador de tensão
como componente básico para manter a saída do gerador
auxiliar a uma tensão constante.
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8
Acionamentos Diversos
Motores Elétricos de
Nesta unidade, serão apresentadas as seguintes lições:
São usados normalmente em locomotivas GMs, DDMs e GTs e são alimentados pelo
alternador companheiro, auxiliando o sistema de arrefecimento do motor diesel.
Existem três tipos de ventiladores de resfriamento (quanto ao número de paletas nas hélices):
•• seis;
•• oito;
•• nove.
Conjunto:
pás + rotor
(hélice)
Conjunto:
carcaça + estator
Gaiola invertida
(montada na
estrutura da hélice)
A água de resfriamento é forçada a circular por uma bomba d’água pelo motor diesel,
pelo turboalimentador e pelo resfriador de óleo, a fim de dissipar o calor. Após
completar o curso de resfriamento, a água vai para os radiadores, onde é resfriada pelos
ventiladores de resfriamento.
Os ventiladores, com operação independente, são controlados automaticamente por
termostatos e contatores, os quais operam de acordo com as variações de temperatura do
sistema de resfriamento.
Bomba
o! Atenção!
Você sabia que a bomba de combustível trabalha com um motor elétrico? Então, siga adiante!
Escovas e mola
•• motor CA;
•• tensão de alimentação: 74 Vcc;
•• particularidade: possui um inversor interno que transforma a tensão CC da bateria em
CA, para alimentar o motor;
Motor do compressor
Utilizado nas locomotivas Dash, este motor está montado no cárter do compressor de ar.
Ele possui dois grupos de enrolamentos que permitem a operação em 6 ou 12 polos. A rotação
correta do conjunto motor/compressor é no sentido horário, olhando pelo lado do motor.
A rotação desse motor elétrico é controlada pelos contatores CDC1, CDC2 e CDC2A que
ajustam a sua rpm conforme segue:
•• Entre marcha lenta baixa (324-352 rpm) e ponto 1 (437-444 rpm), CDC2 e CDC2A
fecham, colocando o motor na condição de 6 polos. Nessa configuração, o motor gira
com o dobro da rotação
0-126-122do motor diesel.
•• Entre o ponto 2 (567-594 rpm) e o ponto 8 (1047-1054 rpm), CDC1 fecha, colocando o
motor na condição de 12 polos. O motor, então, gira na mesma rotação do motor diesel.
o!
nte!
Importante!
As locomotivas Dash são equipadas por dois sopradores das grades do freio dinâmico.
Os sopradores de resfriamento das grades dos resistores de freio dinâmico são acionados
por dois motores de corrente contínua. Cada soprador resfria uma coluna de resistores.
Os motores são alimentados por meio da derivação de parte da corrente que circula pelos
resistores quando operando em freio dinâmico ou autocarga.
Os dois sensores de rotação do motor soprador são os BMS e enviam sinais para o
computador EXC, sendo que cada motor do soprador possui um sensor.
Cada sensor fornece um sinal que é usado para determinar a vazão de ar nas grades de
resistores e para proteger contra excesso de rotação.
Nas outras locomotivas, as grades do freio dinâmico são sopradas por um único motor, que
também é alimentado pela própria corrente produzida pelos motores de tração quando em
freio dinâmico.
o! Atenção!
ndo!
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 131
Os motores são controlados por um regulador do tipo “controlador de ciclo”, que regula a
rotação de EB1 e EB2 com base nos comandos de CAB. A rotação dos sopradores pode ser
meia ou alta velocidade. A alimentação em corrente alternada trifásica para os sopradores é
controlada por meio das pontes de SCRs do EBP. Duas das três fases de entrada do EBP são
protegidas contra sobrecarga por fusíveis.
Este tipo de motor é responsável pelo acionamento de ventilação com ação de sucção, a fim
de remover partículas pesadas do ar que abastecerá as câmaras de combustão dos motores
GM (SD40, SD45, D5, DDM, GT).
Nas locomotivas Dash, podemos localizá-lo na parte traseira. Além de remover poeira e
sujeiras dos filtros de inércia do motor diesel, ele também limpa o soprador traseiro.
O disjuntor EMB protege o motor EM contra sobrecarga.
Disjuntor de proteção
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 133
O relé térmico de sobrecarga do soprador do alternador conecta cada uma das fases de
saída do alternador auxiliar a um correspondente terminal de entrada no motor do soprador
do alternador (ABM). Assim, o relé ABOL abrirá, ou atuará, caso a corrente de qualquer uma
das fases se torne excessiva por um período prolongado de tempo.
0-126-122
nte!
ais!
ndo! Relembrando!
Pode-se destacar:
•• Os ventiladores são usados normalmente em locomotivas GMs,
DDMs e GTs e são alimentados pelo alternador companheiro,
auxiliando o sistema de arrefecimento do motor diesel.
•• A rotação do ventilador é diretamente proporcional à frequência
da corrente alternada.
•• Os motores de potência fracionária são usados em várias
aplicações diferentes, incluindo sistemas de lubrificação e
sistemas de bombeamento de combustível.
•• O motor elétrico da bomba de lubrificação do turbo é uma
bomba acionada por motor elétrico, cuja função é manter a
lubrificação dos mancais antes mesmo da partida e logo após a
parada do motor diesel.
•• Outros motores: motor elétrico da bomba de combustível,
motor do compressor, motores sopradores das grades do freio
dinâmico, motores sopradores dos motores de tração e motor
dos filtros de inércia.
Inserir Imagem
9
Sensores
Nesta unidade, será apresentada a seguinte lição:
Você certamente já conhece alguns tipos Esses sensores são divididos em dois
de sensores, mas como eles contribuem grupos, a saber:
para uma boa operação nas locomotivas?
•• grupo de sensores que enviam sinais
Os sensores têm funções específicas, para EGU e são monitorados pelo
mas o objetivo principal é manter o software IDS;
sistema informado de toda e qualquer
alteração. Dessa forma, permitem um
•• grupo de sensores que enviam sinais
para os computadores EXC e AUX e
monitoramento contínuo de temperatura, são monitorados pelo painel DID.
pressões etc. Com tudo isso, toda a
Os que enviam sinais para o EGU são:
locomotiva fica mais protegida.
Por exemplo, na locomotiva Dash, os •• FIOP1;
principais sensores são: •• FIWPS;
•• FIOP1; •• FIMAP;
•• FIWPS; •• FIMAT;
•• FIMAP; •• FIEWT;
•• FIMAT; •• CNK1 e CNK2;
•• FIEWT; •• EPS.
•• CNK1 e CNK2; E os que enviam para o EXC e o AUX são:
•• EPS; •• DSS;
•• DSS; •• MAPS;
•• MAPS; •• COP;
•• COP; •• LOT;
•• LOT; •• EWT.
•• EWT.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 138
Sensor de
arranque #1 Conector Bombas
(CNK1) sistema de injetoras
Caixa de injeção
conexão (FILP1-8)
Sensor de
injeção (FIP) (FIRP1-8)
arranque #2
(CNK2)
(FIPB)
Unidade
Sensor Governador
posição eixo Eletrônico
comando
(EPS) (EGU)
Caixa
de sensores Conectores
sensores Sinal de realimentação
- FIOP1 de injeção para painel
- FIWPS combustível CAB/EXC/AUX
- FIMAP
- FIMAT (FIS)
- FIEWT
CHAVE DO “TESTE POP”
74 V
Fique atento porque, a partir de agora, vamos detalhar cada um dos sensores descritos!
FIOP1
O FIOP1 (sensor de pressão de óleo lubrificante para injeção de combustível) fornece à EGU
um sinal de pressão do óleo lubrificante do motor diesel. Esse sinal é usado pela EGU para
reduzir a potência e/ou desligar o motor diesel caso, em marcha lenta, essa pressão seja
inferior a 7 psi ou, em ponto 8, seja inferior a 55 psi.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 139
FIWPS
O sensor FIWPS (sensor de pressão da água para injeção de combustível) fornece à EGU uma
indicação de pressão da água de resfriamento do motor diesel. Esse sinal é usado pela EGU
para reduzir a potência e/ou para desligar o motor diesel, caso, em marcha lenta, a pressão
seja inferior a 3 psi, ou, em ponto 8, a pressão seja inferior a 12 psi.
FIMAP
FIEWT
O sensor FIEWT (sensor de temperatura de água para injeção do combustível) proporciona para a
EGU uma indicação sobre a temperatura da água do motor diesel (coletor da bancada esquerda).
FIMAT
CNK
EPS
O EPS é um sensor magnético de posição que envia pulsos para a EGU a cada volta do eixo
do comando de válvulas, tendo como referência o ponto de injeção do cilindro 1R. A EGU
usa essa informação para determinar a posição rotacional do motor diesel.
DSS
O sensor DSS envia o sinal de rotação do motor diesel para o computador EXC. Esse sinal
pode ser monitorado no parâmetro 2005 do painel DID.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 142
MAPS
O sensor MAPS envia o sinal de pressão do coletor de admissão do motor diesel para o
computador AUX. Esse sinal pode ser monitorado no parâmetro 3001 do painel DID.
COP
O sensor COP envia o sinal de pressão positiva no cárter do motor diesel para o computador
AUX. Esse sinal pode ser monitorado no parâmetro 3007 do painel DID.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 143
LOT
O sensor LOT envia o sinal de temperatura do óleo lubrificante do motor diesel para o
computador AUX. Esse sinal pode ser monitorado no parâmetro 3004 do painel DID.
EWT
O sensor EWT envia o sinal de temperatura da água de resfriamento do motor diesel para o
computador AUX. Esse sinal pode ser monitorado no parâmetro 3003 do painel DID.
0-126-122
nte!
ais!
ndo! Relembrando!
Pode-se destacar:
•• O objetivo principal dos sensores é manter o sistema
informado de toda e qualquer alteração. Assim, permitem um
monitoramento contínuo de temperatura, pressão etc.
•• O FIOP1 é o sensor de pressão de óleo lubrificante para injeção
de combustível.
•• O FIWPS é o sensor de pressão da água para injeção de
combustível.
•• O FIMAP é o sensor de pressão de ar do coletor de admissão da
injeção de combustível.
•• O FIEWT é o sensor de temperatura de água para injeção
do combustível.
•• O FIMAT é o sensor de temperatura de ar do coletor de
admissão da injeção de combustível.
•• Os CNK fornecem à EGU indicação da rotação e da posição do
eixo virabrequim.
•• O EPS é um sensor magnético de posição que envia pulsos
para a EGU a cada volta do eixo do comando de válvulas.
•• O sensor DSS envia o sinal de rotação do motor diesel para o
computador EXC.
•• O sensor MAPS envia o sinal de pressão do coletor de
admissão do motor diesel para o computador AUX.
•• O sensor COP envia o sinal de pressão positiva no cárter do
motor diesel para o computador AUX.
•• O sensor LOT envia o sinal de temperatura do óleo lubrificante
do motor diesel para o computador AUX.
•• O sensor EWT envia o sinal de temperatura da água de
resfriamento do motor diesel para o computador AUX.
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10
Contatores e Relés
Nesta unidade, serão apresentadas as seguintes lições:
10.1 Funções e
Características
Os relés possuem funções semelhantes. Você Alguns pontos de diferenciação desses dois
saberia descrever cada uma delas? dispositivos elétricos: “basicamente um
contator tem a função de chaveamento de
Os relés eletromagnéticos e contatores
cargas importantes, já os relés são destinados
têm funções semelhantes, mas, com
em geral à multiplicação de sinais”.
características próprias, diferem-se em
comportamento e aplicação.
Tanto relés quanto contatores são
dispositivos de manobra de cargas,
construídos e certificados a partir de
normas específicas para cada um deles.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 147
0-126-122
Atenção!
O relé terra pode detectar uma terra
Importante!
(fuga para massa) nos circuitos de baixa
Importante!
voltagem ao dar partida no motor diesel, Após o terceiro disparo do relé terra
Saiba Mais!
ou ainda nos circuitos de alta voltagem ao com a locomotiva trabalhando,
operar com energia. Recordando! isole a unidade afetada e a envie,
Em ambos os casos, ele será disparado, fará rebocada, para a oficina.
tocar a campainha de alarme e acenderá
a lâmpada relativa ao relé terra no painel
de comando do motor diesel. Em seguida,
a velocidade do motor diesel cairá para
marcha lenta na unidade afetada.
Para fazer a reposição do relé terra e
restabelecer a energia da locomotiva, deve-se
encostar na alavanca de aceleração.
O botão de reposição do relé terra
pode ser acionado para repor o relé e
restabelecer os circuitos da locomotiva
para operação normal.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 148
nte!
ais!
ndo! Relembrando!
Pode-se destacar:
•• Os contatores têm a função de chaveamento de cargas
importantes.
•• Os relés são destinados, em geral, à multiplicação de sinais.
•• O relé de sobrecarga protege a excitatriz contra um possível
excesso de corrente de excitação do gerador de tração.
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11
Proteção
Equipamentos de
Nesta unidade, serão apresentadas as seguintes lições:
GM GE
As informações sobre a indicação do regulador de carga, referente à sua posição, devem ser
fornecidas em horas.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 152
11.2 Disjuntores
•• Se o operador executar os
Disjuntor da bomba de combustível procedimentos de partida do motor
diesel, este não entrará em operação.
Protege o circuito e o motor elétrico da bomba. •• Em caso de comando múltiplo, se
apenas uma das unidades estiver com
o disjuntor ligado, todas as unidades
Disjuntor de comando ou controle de funcionarão normalmente (somente
locomotivas GMs em tração).
O gerador principal recebe sua excitação por intermédio de um par de anéis deslizantes
ligados à saída do alternador companheiro, por meio de um retificador controlado.
O disjuntor é instalado para proteger o retificador controlado e as bobinas de campo do gerador.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 155
Se houver sobrecarga no circuito, o disjuntor se desligará até mais ou menos 2/3 da posição
desligado. Ele deverá ser retornado totalmente para a posição desligado e não poderá ser
rearmado até que esfrie.
11.3 Chaves e
Interruptores
acelerará normalmente; + + +
•• interruptor de comando e bomba
de combustível: se desligado, em
locomotiva escoteira, o motor diesel
não obedecerá ao comando da
alavanca de aceleração e não haverá
nenhuma indicação de corrente no
amperímetro de tração.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 157
Nas locomotivas GMs, o interruptor DBCO está localizado no painel de controle do motor
diesel, no lado esquerdo.
Já nas locomotivas GEs, encontra-se próximo à chave faca da bateria, em sua parte superior.
Esse interruptor é desligado quando há anomalias no freio dinâmico.
Cabe destacar que algumas locomotivas GEs possuem um disjuntor especial para tal
operação, chamado disjuntor chave de corte do freio dinâmico.
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 158
11.4 Fusíveis
Circuito de
baixa tensão
Protege os motores de arranque no
momento da partida do motor diesel, no +
GA
caso das locomotivas GMs – DDM 45.
-
Fusível de 15 ampères
Diodo de bloqueio
Fus. 15 A
+
Circuito de
baixa tensão
+
GA
Fusível de 30 ampères
Fusível de 80 ampères
Controle do
maquinista
Fus. 30 A
Fus. 80 A
Fus. 150 A
MT MT
GA GP
MT MT
0-126-122
nte!
ais!
ndo! Relembrando!
Pode-se destacar:
•• O regulador de carga evita que o motor diesel seja
sobrecarregado ou subcarregado.
•• Os disjuntores são dispositivos de proteção para circuitos elétricos
que desarmam quando há excesso de corrente no circuito.
•• Tipos de disjuntores: disjuntor da bomba de combustível,
disjuntor de comando ou controle de locomotivas GMs,
disjuntor de controle local ou comando local, disjuntor do
campo do gerador auxiliar, disjuntor de carga de bateria em
locomotivas GEs, disjuntor da bomba do turboalimentador
em locomotivas GMs, disjuntor FPCB combustível em
locomotivas GEs, disjuntor de comando AC em locomotivas
GMs, disjuntor de campo do gerador principal em locomotivas
GMs e disjuntor de controle de excitação do freio dinâmico em
locomotivas GMs.
•• Os fusíveis são dispositivos de proteção para circuitos elétricos.
Quando há excesso de corrente, o fusível é interrompido.
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12
Tração
Nesta unidade, serão apresentadas as seguintes lições:
O sistema de tração é constituído essencialmente por cabos e contatores de alta tensão, que
conduzem a forte corrente produzida no gerador principal aos motores de tração.
Ele tem por finalidade fazer com que a corrente elétrica produzida pelo gerador principal
circule pelos campos e pelas armaduras dos motores de tração, movimentando a sua
engrenagem motora. 0-126-122
Para que a corrente possa ser aplicada – ou interrompida –, nos motores de tração, existem
dispositivos leves e pesados que operam obedecendo aos comandos do maquinista.
o!
nte!
Importante!
Contatos da
alavanca do acelerador
3 7 12 15
GA
3 7 12 15
Dv Cv Bv Av
Solenoides
do governador
Circuito de excitação
Controle do
Fus. 150 A maquinista
Fus. 80 A
Fus. 150 A
R
V
Reostato
de carga MT MT
GA GP
MT MT
Sistema de Locomotivas e Vagões II – Módulo de Eletricidade da Locomotiva 164
o! Atenção!
ais!
ndo! No caso de algumas locomotivas GEs, o gerador auxiliar se autoexcita e, por meio do
controle do maquinista, excita o campo da excitatriz.
Com a excitatriz excitada, a sua saída excita o campo do gerador principal.
Controle do
maquinista
R
V
MT MT MT
GA EX GP
MT MT MT
12.2 Amperímetro de
Carga
O amperímetro de carga é um instrumento que indica a leitura da corrente que circula nos
motores de tração. Ele é ligado em um único motor, de modo que retrata o valor de corrente
dos demais. Assim, a corrente total será obtida pela multiplicação da corrente lida no
amperímetro pelo número de motores de tração.
O operador de trem deve manter constante monitoramento do amperímetro, porque nele
estão indicados as faixas de amperagem e o tempo permitido de permanência em cada
ponto de carga que esteja fora da faixa de operação contínua.
O maquinista tomará decisões operacionais acertadas se, durante a operação, realizar fiel
monitoramento do amperímetro. Um importante resultado disso é a preservação dos
motores de tração, dos rodeiros e da via permanente contra danos por excesso de tração ou
patinação de rodas.
Patinação de rodas
Toda vez que se imprime aos motores de tração força superior àquela do limite de aderência,
os rodeiros tendem a girar sem aderência sobre os trilhos, podendo causar covas nos trilhos
e desgaste na bandagem das rodas, entre outros problemas para as locomotivas.
Essa situação é denominada de patinação de rodas.
Nesse caso, o desempenho do equipamento está relacionado com a habilidade e a
sensibilidade do maquinista. Por meio do contínuo acompanhamento, ele decidirá, em
alguns casos, se aplica areia nos trilhos e/ou reduz o acelerador.
Determinadas locomotivas possuem um sistema corretivo automático, que atua
efetuando a redução instantânea da potência, ao mesmo tempo em que realiza a
injeção automática de areia.
Após a aderência ser restabelecida, ocorre o retardamento da aplicação da areia contínua,
enquanto a potência é suavemente restaurada.
Esse sistema funciona automaticamente, e nenhuma ação é necessária por parte do
operador. Dependendo da seriedade da condição de patinação, a lâmpada de indicação de
patinação poderá ou não piscar, enquanto o sistema funciona para corrigir as patinações.
A ação corretiva da patinação é geralmente percebida no amperímetro de carga como
uma redução constante da corrente abaixo do valor esperado em aceleração total para
tal velocidade.
As condições de patinação são tais, que podem causar choques bruscos nos engates da
composição, acarretando, inclusive, o fracionamento da composição.
Essas condições severas podem indicar a necessidade de auxílio ou do recuo da posição da
alavanca de aceleração.
Quando houver tais indicações, a locomotiva deverá ser parada imediatamente, para ser
feita uma investigação, a fim de encontrar a causa.
As rodas podem deslizar (percorrer espaço sem giro) devido a um freio travado ou por
danos nos rolamentos do motor de tração. A quebra de dentes do pinhão ou da coroa, ou
simplesmente devido à falta de areia, causará patinação.
A lâmpada de indicação de patinação de rodas se acenderá nas cabinas de todas as
locomotivas que estiverem operando em tração múltipla, não importando em qual unidade
ocorreu o deslizamento, visto que o circuito é interligado em todas as unidades do conjunto.
Se a lâmpada de patinação das rodas piscar lenta e persistentemente ou ficar continuamente
acesa durante a operação da locomotiva, um par de rodas pode estar patinando ou pode
estar havendo alguma anormalidade no circuito.
0-126-122
nte!
ais!
ndo! Relembrando!
Pode-se destacar:
•• O sistema de tração é constituído essencialmente por cabos
e contatores de alta tensão, que conduzem a forte corrente
produzida no gerador principal aos motores de tração.
•• O amperímetro de carga é um instrumento que indica a leitura
da corrente que circula nos motores de tração.
•• Em algumas locomotivas GEs, a medição da corrente se dá no
motor número um, enquanto nos modelos GE U8/U10/U12/U15
isso acontece no motor número dois.
•• A patinação de rodas acontece quando os rodeiros giram
sem aderência sobre os trilhos, causando covas nos trilhos e
desgaste na bandagem das rodas.