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Manual de Concepção de Automatismos

O documento descreve os principais componentes e estrutura de um automatismo. Resume os objetivos de um automatismo como reduzir a intervenção humana, eliminar falhas e aumentar a produtividade. Explica que um automatismo tem duas partes principais: a parte de comando que controla a entrada e saída de dados e a parte operativa que aciona e monitora o processo.

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O documento descreve os principais componentes e estrutura de um automatismo. Resume os objetivos de um automatismo como reduzir a intervenção humana, eliminar falhas e aumentar a produtividade. Explica que um automatismo tem duas partes principais: a parte de comando que controla a entrada e saída de dados e a parte operativa que aciona e monitora o processo.

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ELABORADO POR: Engº Benvindo L.

Queque

ANO LECTIVO 2014


CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

1.0 Introdução ao Automatismo

A necessidade de tornar sistemas ou processos automáticos o que facilita


o trabalho do operador afastando-o de realizar tarefas complexas e
perigosas levou o homem a criar automatismos.

1.1 Conceito de Automatismo

Um automatismo é um dispositivo ou circuito que permite que


determinado sistema funcione de forma autónoma sendo a intervenção
do operador reduzida ao mínimo.

1.2 Objectivo de um automatismo

 Reduzir a intervenção do operador num processo;


 Eliminar falhas resultantes do cansaço humano num processo;
 Aumentar a produtividade no caso de um processo industrial.

1.3 Partes de um automatismo

O automatismo tem duas partes principais, CONFORME ILUSTRA


A FIGURA QUE SE SEGUE:

1. A parte de comando ou controle: parte destinada a entrada e


tratamento de dados;
2. A parte operativa: parte destinada a acionar o processo e informar
a parte de comando sobre o estado da parte operativa.

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Elaborado por: Engº Benvindo L. Queque
CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

1.3.1 Constituição da parte de controlo de um automatismo

3. Parte de ENTRADA DE DADOS: parte destinada a


4. Parte de TRATAMENTO DE DADOS

1.3.2 Constituição da parte operativa de um automatismo

5. Parte de ACCIONAMENTO
6. Parte do PROCESSO
7. Parte de INFORMAÇÃO DO ESTADO DO PROCESSO

1.4 Estrutura de um automatismo

Um automatismo é estruturado em três blocos:

- Bloco de Entrada

Bloco que recebe informações do sistema ou para o sistema a


controlar. É constituído por Interruptores que podem ser Manuais
(Comutadores, Pulsadores, Fins-de-curso, etc) ou automáticos
(Sensores).

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Elaborado por: Engº Benvindo L. Queque
CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

-Bloco de Lógica

Bloco onde se define como funcionará o automatismo.

É constituído por relés auxiliares, relés temporizados, contactores,


contadores, temporizadores, comparadores, etc que permitirão
actuar o bloco de saídas em função dos dados recebidos pelo bloco
de entradas.

- Bloco de Saída

Bloco que recebe informações da lógica e actua sobre o processo


modificando o estado do processo a controlar. Este bloco é também
responsável pela sinalização do processo permitindo ao operador
identificar facilmente o estado dos actuadores. É constituído por
motores, electroválvulas, lâmpadas, displays, etc…

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Elaborado por: Engº Benvindo L. Queque
CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

2 Concepção de automatismos

PROCEDIMENTOS PARA A CONCEPÇÃO DE CIRCUITOS DE


COMANDO DE LÓGICA CABLADA

Todo o circuito de comando com a lógica desenha-se traçando um ou


mais ramos em função da lógica deste circuito partindo cada ramo,
conforme ilustra a figura abaixo, de uma mesma linha horizontal
superior que representa uma das polaridades (polaridade 1) da fonte de
alimentação do circuito de comando em causa que pode ser polaridade
positiva no caso de uma fonte DC ou Fase no caso de uma fonte AC
passando por um ou mais contactos e por uma carga ou mais cargas
neste caso ligadas em paralelo que pode ser bobines de relés auxiliares,
bobines de relés temporizados, bobines de contactores ou lâmpadas de
sinalização e termina numa outra linha horizontal que representa a
outra polaridade (polaridade 2) da mesma fonte de alimentação que pode
negativo, neutro ou uma outra fase diferente da primeira.

Porém, um mesmo circuito de comando pode possuir mais de uma fonte


de alimentação. Neste caso, traça-se outras duas linhas horizontais
separadas que representam a outra fonte de nível de tensão ou de
natureza da corrente diferente.

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Elaborado por: Engº Benvindo L. Queque
CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

Em suma cada ramo deve obedecer o diagrama abaixo:

De salientar que não se pode traçar um ramo que não contenha carga, já
que no instante em que o contacto entre as duas polaridades estiver
fechado estando a fonte de alimentação ligada dar-se-á um curto-
circuito.

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Elaborado por: Engº Benvindo L. Queque
CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

Exemplo 1:

Desenhar um circuito de comando que permite energizar e desenergizar


duas bobines de dois relés auxiliares (bobine 1 e bobine 2) usando UMA
CHAVE COMUTADORA DE DUAS POSIÇÕES para energizar e
desenergizar a BOBINE 1 e usando PULSADORES para energizar e
desenergizar a bobine 2.

Solução:

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Elaborado por: Engº Benvindo L. Queque
CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

NOTA 1:

Quando se utiliza pulsadores para energizar e desenergizar um relé


auxiliar ou contactor deve-se utilizar dois pulsadores (um com Contacto
Normalmente Aberto NA ou NO – pulsador LIGA e outro com Contacto
Normalmente Fechado NF ou NC – pulsador DESLIGA) e colocar um
contacto normalmente aberto da bobine a alimentar com os pulsadores
em paralelo com o pulsador LIGA para permitir que apos a retirada da
pressão sobre o pulsador LIGA o circuito permanecer alimentado e este
contacto é designado por contacto de retenção, realimentação ou de selo.

NOTA 2:

Quando se utiliza COMUTADORES para energizar e desenergizar um relé


auxiliar ou contactor não se utiliza o contacto de contacto de retenção,
realimentação ou de selo já que posicionado o comutador numa posição
o contacto não muda de estado ao largarmos o comutador.

NOMENCLATURA DOS ELEMENTOS DOS CIRCUITOS DE


AUTOMATISMOS
1. Contactores

Nomenclatura das bobines


As bobines dos contactores são nomeadas usando a sigla KM seguido de
um número ou letra particular de identificação daquele contactor entre
vários e os terminais das bobines são identificados com A1 e A2 sendo
A1 para a polaridade activa (fase ou positivo) e A2 para passiva (neutro,

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Elaborado por: Engº Benvindo L. Queque
CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

negativo ou uma outra fase diferente da aplicada no terminal A1 quando


a tensão de operação for 380Vac).
Por exemplo:
KM1, KM2, KM3, …, ou KMa, KMb, KMc, ….

Nomenclatura dos contactos principais


Os contactos principais dos contactores são nomeados usando a letra L
seguido do número impar 1, 3, 5 e 7 para os terminais dos extremos
superiores dos contactos e usando a letra T seguido do número par 2, 4,
6 e 8 para os terminais dos extremos inferiores.

Por exemplo:
 Terminais superiores dos contactos: L1, L3, L5 e L7;
 Terminais inferiores dos contactos: T2, T4, T6 e T8.

Numenclatura dos contactos auxiliares

Os contactos auxiliares dos contactores são nomeados atribuindo


números únicos com dois dígitos sendo o primeiro digito qualquer mas o
mesmo para os dois terminais do mesmo contacto e o segundo digito
varia em função do estado do contacto:
 Se os contactos forem normalmente fechados designados por NF
(Normalmente Fechados) ou NC (Normally Closed) o segundo dígito
do terminal superior deve ser 1 e do terminal inferior 2;

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Elaborado por: Engº Benvindo L. Queque
CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

 Se os contactos forem normalmente abertos designados por


NA(Normalmente Aberto) ou NO (Normally Open) o segundo dígito
do terminal superior deve ser 3 e do terminal inferior 4.

Numeração dos contactos NC:


11-12, 21-22, 31-32, 41-42, 51-52, 61-62, 71-72, 81-82 e 91-92.

Numeração dos contactos NO:


13-14, 23-24, 33-34, 43-44, 53-54, 63-64, 73-74, 83-84 e 93-94.

2. Relés auxiliares

Nomenclatura das bobines

Os relés auxiliares são nomeadas usando a letra R ou K seguido de um


número ou letra particular de identificação daquele relé entre vários e os
terminais das bobines são identificados com A1 e A2 sendo A1 para a
polaridade activa (fase ou positivo) e A2 para passiva (neutro, negativo).
Por exemplo,
R1, R2, R3, …, ou Ra, Rb, Rc, ….
K1, K2, K3, …, ou Ka, Kb, Kc, …

Numenclatura dos contactos dos relés auxiliares


Os contactos dos relés auxiliares são nomeados da mesma forma como
os contactos auxiliares dos contactores.

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Elaborado por: Engº Benvindo L. Queque
CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

3. Relés temporizados

Nomenclatura das bobines

Os relés temporizados são nomeadas usando a letra T seguido de um


número ou letra particular de identificação daquele relé entre vários e os
terminais das bobines são identificados com A1 e A2 sendo A1 para a
polaridade activa (fase ou positivo) e A2 para passiva (neutro, negativo).
Por exemplo,
T1, T2, T3, …, ou Ta, Tb, Tc, ….

Numenclatura dos contactos auxiliares


Os contactos auxiliares dos relés temporizados são nomeados da mesma
forma como os contactos auxiliares dos contactores.

4. Relés Térmicos

Nomenclatura dos relés

Os relés térmicos são nomeados usando a sigla RT seguido de um


número ou letra particular de identificação daquele relé entre vários.
Por exemplo,
RT1, RT2, RT3, …, ou RTa, RTb, RTc, ….

Numenclatura dos contactos dos relés térmicos


Contacto fechado: 95-96
Contacto Aberto: 97-98

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CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

Identificação das lâmpadas de sinalização


Identificam-se atribuindo-as a sigla H seguido de um número ou letra
particular de identificação daquela lâmpada entre várias.
Por exemplo,
H1, H2, H3, …, ou Ha, Hb, Hc, ….

Identificação dos comutadores


Identificam-se atribuindo-os a sigla C seguido de um número ou letra
particular de identificação daquele comutador entre vários.
Por exemplo,
C1, C2, C3, …, ou Ca, Cb, Cc, ….

Identificação das Chaves comutadoras


Identificam-se atribuindo-as a sigla CH seguido de um número ou letra
particular de identificação daquela chave comutadora entre várias.
Por exemplo,
CH1, CH2, CH3, …, ou CHa, CHb, CHc, ….

Identificação dos Pulsadores


Identificam-se atribuindo-os a letra P seguido de um número ou letra
particular de identificação daquele pulsador entre vários.
Por exemplo,
P1, P2, P3, …, ou Pa, Pb, Pc, ….

Numenclatura dos contactos dos pulsadores


Contacto fechado: 1-2
Contacto Aberto: 3-4

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Elaborado por: Engº Benvindo L. Queque
CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

Exemplo 2:

Desenhar um circuito de comando que permite energizar e desenergizar


duas bobines de dois relés auxiliares (bobine 1 e bobine 2) usando UMA
CHAVE COMUTADORA DE DUAS POSIÇÕES para energizar e
desenergizar a BOBINE 1 e PULSADORES para energizar e desenergizar
a bobine 2. O estado da bobine 1 energizado e desenergizado deve ser
sinalizado usando duas lâmpadas de sinalização H1 e H2 e o estado de
bobine 2 é sinalizado pelas lâmpadas de sinalização H3 e H4.

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Elaborado por: Engº Benvindo L. Queque
CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

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CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

Exemplo 2:

Desenhar dois circuitos de comandos em que um dos circuitos permite


ligar uma lâmpada de sinalização de forma manual e apos 10 segundos
desliga de forma automática e o outro circuito liga a lâmpada de forma
automática por detectores de movimento e desliga de forma automática
apos 10 segundos.

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CONCEPÇÃO GERAL DE UM AUTOMATISMO

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