A nova era dos Data Centers
Publicado na Datacenter Dynamics em 5/6/2018
Com marcas superando os US$3,6 trilhões em investimentos mundiais em Tecnologia da Informação, 2018 promete uma alta de 4,5% sobre 2017, segundo o Gartner. Isso tudo, como podemos imaginar, vindo de um crescimento cada vez mais movido pela expansão de áreas como Internet das Coisas, Big Data e software corporativo, especialmente no modelo Software como Serviço (SaaS).
Compreendendo esse cenário, fica evidente o tamanho da demanda que surgirá das infraestruturas para TI. Os conhecidos data centers precisarão não apenas considerar os aspectos de infraestrutura, mas corresponder ao crescimento do uso das aplicações, além de focar em escolher o serviço correto, no momento correto e do provedor correto.
De acordo com uma pesquisa realizada pela DatacenterDynamics, o investimento do mercado brasileiro em data center está longe de frear. Segundo os 800 líderes de TI entrevistados, projetos de infraestrutura digital são prioridade, além da contratação de serviços de data center e cloud, como planos em curto prazo. Segundo a Frost & Sullivan, só na América Latina, o investimento nesse mercado movimentou US$2,87 bilhões só em 2016, sendo o Brasil responsável por 47,6%. Ainda segundo a Frost & Sullivan, até 2021 esta receita deve chegar a US$4,37 bilhões.
Ou seja, não há surpresa afirmar que veremos cada vez mais as abordagens tradicionais de infraestrutura de TI lutando para acompanhar a Transformação Digital das organizações, visto que seus fornecedores novos e disruptivos concentram seu foco de negócio em modelos e tecnologias que alteram o que até então se conhecia como as “regras” dos data centers.
Dito isso, acredito, ainda mais considerando a atual situação econômica da América Latina, que os CIOs da região serão confrontados com a importante decisão de abrir mão do tradicional, para explorar alternativas mais criativas, inovadoras e que abram oportunidades de otimização de custos do negócio, como o caso das tecnologias baseadas 100% em flash.
Com equipamentos densos e capacidades cada vez maiores e, no contraponto, cada vez menores em espaço, os produtos são oferecidos com um consumo de energia e refrigeração menor, uma qualidade atualmente muito valorizada, assim como um produto que atende a todas as funcionalidades de mercado mais atuais.
Somando a isso, com uma capacidade produtiva rápida, que evita atrasos e problemas na prestação de serviços, o negócio consegue diminuir ainda mais eventuais prejuízos, consequentemente mais atrativo para o atual cenário latino-americano.
O que se pode prever, analisando essa breve compilação de dados e ideias, é que ao longo dos próximos anos, o mercado de data centers no Brasil ganhará ainda mais força, com uma gama ainda maior de serviços, esses mais inteligentes e integrados. Restará, por fim, que as empresas se preparem adequadamente para lidar com essa estrutura que é o data center.
*Wilson Grava é Vice-Presidente e Gerente Geral para a América Latina na Pure Storage.