Dados: Onde os grandes não tem vez

Dados: Onde os grandes não tem vez

No mercado de análise de dados, pequenas empresas de tecnologia competem de igual para igual com gigantes do setor ao oferecer serviços variados.

Segundo levantamento efetuado por Thiago Lavado, repórter de tecnologia, a análise de dados é a grande estratégia que ajudará as empresas a retirar valor de uma commodity (produtos de baixo valor agregado) pouco valiosa até então. Assim como se faz com o petróleo, é preciso refinar os dados, entender quais informações são úteis para quais finalidades e, então, definir como os dados serão aplicados.

Apesar do interesse recente sobre o assunto, temos como “ciência de dados” ou “big data” não são novos: matemáticos falam sobre esse tema desde os anos 60. Algoritmos e modelos de análise são usados há décadas por programadores de software.

As empresas começaram a perceber a importância de trabalhar com algum tipo de análise de dados. Hoje é mais fácil ter acesso os dados, já que aplicações de computação em nuvem reduziram a necessidade de uma empresa manter um data center próprio e fizeram cair os custos de armazenamento. Com ´processadores mais rápidos, o preço de armazenar um gigabyte caiu de 277 dólares em 1995 para 0,02 centavos de dólar em 2018. 

A redução de custos e a facilidade de acesso permitiram que pequenas empresas, de tecnologia entrassem no setor, oferecendo serviços de análise de dados e modelos preditivos (aplicado ao comportamento dos clientes) como soluções para diversos tipos de negócio.

O mercado global de análise de dados, está em franco crescimento e o aspecto mais interessante dessa indústria é que não há um grande nome dominante no mercado. A IBM,uma das líderes do setor, tem 8% de participação; a Oracle e a Amazon, 3% cada uma. Já as empresas pequenas e médias detêm 68%, de maneira pulverizada. Outra particularidade é que as linguagens de programação utilizados por cientistas de dados são de código aberto, e isso acaba facilitando a criação de pequenas concorrentes que, por sua vez, conseguem se dedicar a atender nichos de mercado. Os custos para trabalhar com dados caem ano após ano, e cada vez mais startups surgem na área.

De 2016 para cá, foram gerados mais dados do que em toda a história da humanidade. E o poder de processamento aumentou 40 vezes. (Segundo a empresa de consultoria de gestão McKinsey).

Para as companhias, é cada vez mais óbvia a importância dos dados. Elas sabem que devem abraçar esse tipo de inovação, pois caso contrário, correm o risco de desaparecer. Mas, para isso, não basta apenas coletar os dados e processá-los. É preciso saber de fato como aplicá-los na prática. Nesse mar de dados, ainda não é possível encontrar os que tomem as decisões sozinhos.

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