Papers by Mariarosaria Fabris

Janeiro,oqual,aoaposentar-se,conduzosespectadoresparaobairroondemora-que seiniciaChuvasdeverão (1... more Janeiro,oqual,aoaposentar-se,conduzosespectadoresparaobairroondemora-que seiniciaChuvasdeverão (1977),deCarlosDiegues.Éinteressantenotar,desdeoinício, que a câmera permanecerá quase o tempo inteiro colada no protagonista e que será atravésdele,seguindoseuolharouseuperambular,queelaadentrarájanelaseportas, levando-nosadescobriraspectosdavidanosubúrbiocarioca,numprocedimentomuito próximo ao pedinamento apregoado por Cesare Zavattini 2 , roteirista de Umberto D (Umberto D, 1951). Esse filme, dirigido por Vittorio De Sica, um dos mais conhecidos a abordar as agruras de um aposentado, é a provável fonte de inspiração para Diegues, embora sua leitura da velhice seja em chave diferente. Em Chuvas de verão, a câmera fica no encalço do protagonista e das demais personagens e, às vezes, parece 1 ProfessoradoutoraaposentadadoDepartamentodeLetrasModernasdaFaculdadedeFilosofia,Letrase CiênciasHumanasdaUniversidadedeSãoPaulo(SãoPaulo,Brasil).

ITINERÁRIOS – Revista de Literatura, 2003
RESUMO: Comentário sobre a tradução de poesias de Cesare Ruffato para o português. PALAVRAS-CHAVE... more RESUMO: Comentário sobre a tradução de poesias de Cesare Ruffato para o português. PALAVRAS-CHAVE: Cesare Ruffato; poesia; tradução. A tarefa do tradutor é sempre ingrata, uma vez que ele põe sua destreza em manejar palavras a serviço da expressão de outro. O tradutor, assim como o autor, participa de um ato de criação, mas tem que ter a humildade de saber abafar a própria voz para que o eco do canto original possa ser escutado. Se traduzir é um desafio perene, esse desafio torna-se ainda maior quando se trata de lidar com composições poéticas. Desde 1998, tenho-me dedicado a divulgar entre nós a obra de Cesare Ruffato, poeta italiano contemporâneo, seja em congressos de tradutores ou de italianistas, seja em publicações (Cult-Revista Brasileira de Literatura e Cadernos de Literatura em Tradução). Cesare Ruffato estreou como poeta em 1960 com Tempo senza nome, ao qual se seguiram numerosas publicações, dentre as quais as recentes Etica declive (1996) e Saccade (1999). Natural de San Michele delle Badesse (Pádua, Vêneto), onde nasceu em 1924, escreveu também poesias na língua local (dialeto), a maior parte delas reunidas no volume Scribendi licentia (1998). Médico e docente de Radiologia e Radiobiologia, Ruffato traz em sua poética a marca do próprio ofício, pois não são raras as vezes em que suas composições trazem palavras emprestadas da anatomia, da fisiologia, da medicina. Por exemplo, nas poesias aqui apresentadas, há termos como [gamba] acquosa = [perna] aquosa, em que o adjetivo nos remete imediatamente a humor aquoso [texto 4]; discromie = discromias, ou seja, perturbações pigmentares da pele ou dos pêlos; chila = quilifica, neologismo verbal ligado à digestão intestinal, que, na tradução, por motivos fonéticos e rítmicos, foi transformado em "arrota" [texto 7]. Se o emprego desses termos causa estranheza no leitor e traz algumas dificuldades para o tradutor, não menos difícil se revela a tentativa de respeitar certos princípios de versificação. Nas composições de Ruffato, em geral, há mais ecos do que rimas, como no texto 2: atemporale = atemporal (verso 4) , floreale = floral (verso 5). Por
La breve stagione di una nuova società e la sua rappresentazione cinematografica
Revista de Italianística, Dec 30, 1994

Sinopse (São Paulo), Jun 8, 1999
Gaviões e Passarinhos Pasolini no rumo de Brecht "O te m p o de B recht e de R ossellini a ca b o... more Gaviões e Passarinhos Pasolini no rumo de Brecht "O te m p o de B recht e de R ossellini a ca b o u . " P ier Paolo P asolini, Uccellacci e Uccellini. Em G aviões e P a ssa rin h o s (Uccellacci e Uccellini, 1966), a p e sar d e re ferên cias explícitas a B recht, a crítica n ã o t e m se d e tid o n e sse a sp e c to . No e n ta n to , é a p a rtir d o id eário b re c h tia n o q u e Pier Paolo Pasolini c o n stró i e ssa o b ra. C o m o n o te a tro épico, o film e te m a e s tru tu ra a b e rta d e u m a fábula, e m q u e a n a rra ç ão se e sp a lh a (d e sce n traliza n d o a ação) e a p ro g re s s ã o d ra m á tic a fica su b ja ce n te : a o rd e m linear é s u b s titu íd a p o r u m siste m a d e en caix es d e vários e p is ó d io s q u e p o d e r ia m s e r re o rg a n iz a d o s n u m a o r d e m d ife re n te s e m m u d a r d e significado. O s ep isó d io s n ã o só fra g m e n ta m a u n id ad e d e ação, c o m o p e rm ite m a m ultiplicação espacial e te m p o ra l, e m b o ra a u n id ad e d e lu g ar e a d e te m p o p a reç am a sseg u rad as. De fato, e m G aviões e P assarinh os, v o lta-se s e m p re p a ra a lo n g a e s tr a d a "circu lar" e e s ta m o s s e m p re n o p re sen te , m e s m o n o ep isó d io d e S ã o Francisco, e m q u e o p a s s a d o é t o r n a d o p r e s e n t e p e la n a rra ç ã o . A e strad a d a periferia ro m an a, p o ré m , é u m n ão -lu g ar p o rq u e n ã o c o m eça, n ã o term in a, n ão se sa b e a o n d e leva; e, e m b o ra c ro n o lo g ica m en te e s te ja m o s n o s an o s 60, as p e rso n ag e n s, m ais d o q u e viver u m a te m p o ra lid a d e , p a re c e m viver u m a co n d iç ão ate m p o ra l.
We don't need another hero! Temos o capitão Nascimento
Revista Científica/FAP
Em Chuvas de verão (1977), Carlos Diegues, ao retratar os primeiros dias deaposentadoria de um pe... more Em Chuvas de verão (1977), Carlos Diegues, ao retratar os primeiros dias deaposentadoria de um pequeno funcionário, oferece uma visão positiva do subúrbiocarioca. O filme é perpassado por um tom poético, que representa, ao mesmo tempo,sua virtude e seus limites.Palavras"chave: cinema brasileiro; Carlos Diegues; cenas da vida suburbana.

Sinopse (São Paulo)
Gaviões e Passarinhos Pasolini no rumo de Brecht "O te m p o de B recht e de R ossellini a ca b o... more Gaviões e Passarinhos Pasolini no rumo de Brecht "O te m p o de B recht e de R ossellini a ca b o u . " P ier Paolo P asolini, Uccellacci e Uccellini. Em G aviões e P a ssa rin h o s (Uccellacci e Uccellini, 1966), a p e sar d e re ferên cias explícitas a B recht, a crítica n ã o t e m se d e tid o n e sse a sp e c to . No e n ta n to , é a p a rtir d o id eário b re c h tia n o q u e Pier Paolo Pasolini c o n stró i e ssa o b ra. C o m o n o te a tro épico, o film e te m a e s tru tu ra a b e rta d e u m a fábula, e m q u e a n a rra ç ão se e sp a lh a (d e sce n traliza n d o a ação) e a p ro g re s s ã o d ra m á tic a fica su b ja ce n te : a o rd e m linear é s u b s titu íd a p o r u m siste m a d e en caix es d e vários e p is ó d io s q u e p o d e r ia m s e r re o rg a n iz a d o s n u m a o r d e m d ife re n te s e m m u d a r d e significado. O s ep isó d io s n ã o só fra g m e n ta m a u n id ad e d e ação, c o m o p e rm ite m a m ultiplicação espacial e te m p o ra l, e m b o ra a u n id ad e d e lu g ar e a d e te m p o p a reç am a sseg u rad as. De fato, e m G aviões e P assarinh os, v o lta-se s e m p re p a ra a lo n g a e s tr a d a "circu lar" e e s ta m o s s e m p re n o p re sen te , m e s m o n o ep isó d io d e S ã o Francisco, e m q u e o p a s s a d o é t o r n a d o p r e s e n t e p e la n a rra ç ã o . A e strad a d a periferia ro m an a, p o ré m , é u m n ão -lu g ar p o rq u e n ã o c o m eça, n ã o term in a, n ão se sa b e a o n d e leva; e, e m b o ra c ro n o lo g ica m en te e s te ja m o s n o s an o s 60, as p e rso n ag e n s, m ais d o q u e viver u m a te m p o ra lid a d e , p a re c e m viver u m a co n d iç ão ate m p o ra l.
Lo sguardo amico : Pasolini negli scritti di Moravia sul cinema
Lo sguardo amico : Pasolini negli scritti di Moravia sul cinema, 2017
Artcultura, 2021
Um guindaste, em primeiro plano, simboliza a cidade em construção, onde presenças verticais mais ... more Um guindaste, em primeiro plano, simboliza a cidade em construção, onde presenças verticais mais modernas começam a despontar e a disputar o espaço com cúpulas e agulhas. Ao fundo, um horizonte infinito, cuja amplitude é ainda mais acentuada por uma massa de água, a qual, ao confundir-se com o céu, forma uma grande faixa luminosa.
O Pescador Que Virou Tenor. Cavalleria Rusticana: Dos Antecedentes Da Novela À Ópera
O jovem pescador ‘Ntoni Toscano, personagem do romance I Malavoglia (1881), de Giovanni Verga, tr... more O jovem pescador ‘Ntoni Toscano, personagem do romance I Malavoglia (1881), de Giovanni Verga, transforma-se no campones Turiddu Macca na novela Cavalleria rusticana (1881). Levada com sucesso para os palcos como peca (1884), pelo proprio autor, e como opera (1890), pelo maestro Pietro Mascagni, Cavalleria rusticana , alem de ser uma das obras mais representativas do Verismo, e um bom exemplo para refletir sobre transposicoes de genero nas artes.
La lingua e oltre: riflessioni su Cesare Ruffato
PORTO ARTE: Revista de Artes Visuais, 2012
Revista de Italianística, 1994
Quatro diários de viagem, tão cheios de detalhes que fazem pensar no carnet de bord de um capitão... more Quatro diários de viagem, tão cheios de detalhes que fazem pensar no carnet de bord de um capitão, constituem a matéria deste romance de Gianni Celati, publicado em 1989.
Revista de Italianística, 1995
Breve panorama da emigração italiana para o Brasil.
Uploads
Papers by Mariarosaria Fabris