Cemitério dos Prazeres em Lisboa
Programa cultural apresentado por Paula Moura Pinheiro dedicado ao Cemitério dos Prazeres em Lisboa, inspirado no Cemitério Père-Lachaise, em Paris, construído em meados do séc. XIX e expoente do Romantismo em Portugal, é o cemitério das famílias dominantes da cidade, que com os seus gostos e meios materiais, acabam por dar-lhe uma certa monumentalidade com os seus jazigos particulares conforme no explica o convidado Francisco Queiroz, Historiador de Arte.
Resumo Analítico
Vistas aéreas do Cemitério dos Prazeres, construído em 1833, Lisboa, estatuária do seu interior, pormenores de alguns jazigos, apresentadora, faz resumo da temática do programa, é uma cidade dos mortos com 54 ruas, zonas centrais e periferias e pequenos bairros ao estilo de urbanização com jazigos que se assemelham a capelas e até a casas, interior do mesmo, destaque para os exteriores de alguns jazigos, entrada no jazigo monumental dos Duques de Palmela, túmulos em pedra e urnas no seu interior. Conversa com Francisco Queiroz, sobre o Jazigo da Família dos Duques de Palmela, ou Mausoléu de D. Pedro de Sousa Holstein, 1º Duque de Palmela (1781-1850), o maior mausoléu particular da Europa, com cerca de 200 corpos e restos mortais pertencentes à mesma família, à exceção de dois padres, o seu espaço exterior recria a simbólica de um templo maçon e na capela, no interior da construção, várias estátuas de escultores de renome, como Canova, Teixeira Lopes e Calmels embelezam os túmulos, no exteriores do mesmo que constitui um cemitério à parte, com o seu próprio portão, escadarias e capela, campas dos criados da família que se dispõem no exterior junto aos ciprestes, gravura retratando D. Pedro de Sousa Holstein, relato da sua biografia, destaque para a escultura em baixo relevo de Canova, única em Portugal, lápide tumular do cenotáfio, monumento sepulcral erigido em memória de um morto sepultado noutra parte, do seu pai, Alexandre de Sousa Holstein, que veio de Roma. Destaque para peça de arte neorromânica dos irmãos Teixeira Lopes encimada por anjos e cruz e com figura feminina da lavra de Calmels, pormenores de túmulo de D. Eugénia da Gama, Duquesa de Palmela, da autoria de Germano José de Salles, com flores esculpidas em mármore italiano e baixo relevo representando a Caridade, exterior do mausoléu da autoria do cenógrafo Giuseppe Cinatti, um projeto com pórtico dórico numa pirâmide de base quadrada encimada pela escultura da Religião, uma mulher com uma cruz e um livro, pequeno jazigo onde se encontra sepultado este artista também no Cemitério dos Prazeres, gravura do Teatro de São Carlos, Lisboa, onde trabalhou Giuseppe Cinatti, passeio pelas ruas do cemitério. Interior do Mausoléu de D. Pedro de Sousa Holstein com destaque para baixo relevo de Francisco Cerqueira, autor também da estátua da Religião, estátua representando a Saudade da autoria de Calmels. Exterior do túmulo do Conde das Antas, gravura do próprio, Francisco Xavier da Silva Pereira, 1º Conde das Antas (1793-1852), escultura em pedra da figura do Conde das Antas da autoria de Vítor Bastos. Exteriores do jazigo-capela em mármore de Sebastião Pinto Leite e família de estilo neomanuelino em pedra lioz da oficina de António Moreira Rato, nome do autor esculpido no exterior, gravura do Convento da Penha Longa, em Sintra, exterior do jazigo do Duque de Saldanha mandado construir em Paris, plano contrapicado de ciprestes que adornam o cemitério. Flores esculpidas em túmulos, exterior do túmulo de José Félix Henriques Nogueira, tipicamente clássico com busto do próprio da autoria de Manuel Maria Bordalo Pinheiro, epitáfio ladeado por 2 anjos, em cima uma cruz de pedra e um coração com flores que simbolizam a saudade perpétua. Exteriores dos túmulos da família Carvalho Monteiro e do Conde de Farrobo, pormenores do túmulo dos Carvalho Monteiro, exterior do túmulo da família dos Condes de Burnay, pormenores do exterior do túmulo da família Carvalho Monteiro, mais conhecido pelo Monteiro dos Milhões da Quinta da Regaleira da autoria de Luigi Manini, arquiteto, exterior do túmulo de José da Costa Sequeira. Exterior da Capela Mortuária, panorâmica aérea do cemitério, passeio pelas suas ruas, relato da epidemia de cólera de 1833 que levou à construção deste cemitério e do Cemitério do Alto de S. João explicação da lógica do cemitério romântico e das suas implicações, exterior do jazigo-capela de Manuel Moreira Garcia, da Cervejaria Trindade. Interior da Igreja de S. Francisco, no Porto, com os túmulos no chão e nas paredes, passeio pelo cemitério com os jazigos perfilados, exteriores do jazigo do Tenente Pedro Folque que representa um castelo rodeado de pedregulhos que é único no país, fotografia do Palácio da Pena, em Sintra.