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Fatores de produção

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Terra, trabalho e capital, os três recursos fundamentais.

Em economia, fatores de produção, ou recursos são elementos indispensáveis ao processo produtivo de bens materiais. Tradicionalmente, consideram-se como fatores de produção, a terra, o trabalho e o capital.[1][2]

Fatores naturais, trabalho e capital

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Tradicionalmente, os economistas, e particularmente desde Jean Baptiste Say, os fatores de produção têm sido apontados em todo o processo produtivo como sendo: a terra (terras cultiváveis, floresta, minas, recursos naturais), trabalho (o homem) e o capital (máquinas, equipamentos, instalações).[1]

Mas aqueles economistas, já incluíam no conceito económico de terra, não apenas o solo, o que era arável, mas todos os fatores naturais de produção. Assim, para além do solo, incluíam o subsolo, a capacidade energética do mar, os cursos de água, do vento, da luz solar, etc. Por esta razão, alguns autores preferem referir-se aos fatores naturais de produção, abrangendo nesta noção a terra, o solo e também outras forças naturais.

O homem tem de empregar trabalho, com maior ou menor esforço, para aproveitamento dos fatores naturais, ou seja, é necessário revolver a terra, semeando, plantando, fertilizando, colhendo, e também caçando, pescando, domesticando animais, etc. Deste modo, o trabalho insere-se entre os fatores produtivos.

Para melhor aproveitar a natureza, o homem, tem de construir instrumentos, que embora não lhe ofereçam satisfações diretas, irão a breve trecho, facilitar o aproveitamento. Os instrumentos usados para um melhor aproveitamento da natureza constituem o capital. Assim, também este capital, verdadeiramente fundamental, se inclui entre os fatores produtivos.[3] O Capital pode ser material, financeiro, humano e intelectual. Esta separação do capital intelectual e humano visa esclarecer a diferença entre a pessoa física e a capacidade racional do homem.

O número e definição dos fatores variam, dependendo do propósito teórico, ênfase empírica, ou escola econômica.[4][5]

Fatores da organização, das instituições sociais e dos riscos

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Aos três fatores apontados: terra, trabalho e capital o economista inglês Alfred Marshall, acrescentou um fator que designou por organização.[3] A organização é uma realização social através da qual se agrupam meios variados para atingir os objetivos, podendo ser imaginados como insumos necessários para produzir o serviço ou o produto final.[6]

No princípio, não se mostraram os economistas muito favoráveis a admitir entre os fatores produtivos as instituições sociais. No entanto, é incontestável a importância destas instituições, tendo em conta que o nível moral das populações se reflete na produtividade do trabalho, na formação do capital e nos hábitos de consumo. Também, no domínio do risco e o domínio da incerteza a dificuldade em entender que estes são fatores produtivos, aos quais corresponderão, o prémio de seguro e o lucro, duas formas de remuneração bem particulares.[3]

Referências

  1. a b SANDRONI, Paulo (org.) Novíssimo Dicionário de Economia. "Fatores de produção". Best Seller, 1999; p. 235.
  2. Sullivan, Arthur; Steven M. Sheffrin (2003). Economics: Principles in action. Upper Saddle River, New Jersey 07458: Prentice Hall. p. 4. ISBN 978-0-13-063085-8 
  3. a b c Martínez, Soares, Economia Política, 8ª ed., Coimbra:Almedina, 1998, pp 407-410 ISBN 972-40-1146-1
  4. Milton Friedman (2007). Price Theory. [S.l.]: Transaction Publishers. p. 201. ISBN 978-0-202-30969-9 
  5. Parkin, Michael; Esquivel, Gerardo (1999). Macroeconomía (em espanhol) Fifth ed. Mexico: Addison Wesley. p. 160. ISBN 968-444-441-9 
  6. Marques, Wagner Luiz, Recursos Humanos, 2ª ed., Brasil, p. 75
  • Castañeda, José, Lecciones de Teoria Economica, 5ª reimpr., Madrid, 1982, pp.241-392.
  • Samuelson, Paul Anthony e Nordhaus, William, Economia, 12ª ed.,trad, port., Lisboa,1992, pp.126 e s.
  • Salozábal, José Maria, Curso de Economia, 4ª ed.,Bilbau, 1985, pp.77 e s., 197 e s.
  • Weber, Adolfo, Tratado de Economia Política, trad. esp., 4 vols., Barcelona, 1935-1941, II, pp. 9-20 e 61-72