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Osteichthyes

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaOsteichthyes
Ocorrência: Siluriano - Recente
Melanochromis auratus
Melanochromis auratus
Classificação científica
Domínio: Eukariota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Superclasse: Peixes
Classe: Osteichthyes
Subclasses

Os Osteichthyes, ou peixes ósseos, representam o maior grupo de vertebrados, tanto em número de espécies (mais de 23.600) como em número de indivíduos. Através a radiação adaptativa, eles desenvolveram uma enorme variação de formas e estruturas. Esses animais são abundantes em águas doces ou salgadas, em águas rasas ou profundas. Suas características mais marcantes são escamas dermais, opérculo cobrindo a câmara branquial em cada lado, esqueleto ósseo, boca terminal, vesícula gasosa, nadadeira caudal homocerca e dois pares de nadadeiras medianas.[1]

Classificação

De acordo com a classificação científica tradicional, a classe Osteichthyes (do grego osteos = osso, e ichthyos = peixe) agrupava os peixes ósseos, em contraposição com Chondrichthyes, os peixes cartilagíneos.

No entanto, de acordo com as descobertas mais recentes sobre a filogenia dos animais, o clado Osteichthyes agrupa todos os animais com tecido ósseo endocôndrico e com dentes implantados nas maxilas.

Este clado inclui os táxons:

História evolutiva

Os primeiros fósseis de peixes ósseos (Osteichthyes) ocorrem no Siluriano Superior. Os Osteichthyes são bem representados a partir do Devoniano Inferior. Sua radiação se deu em uma grande explosão, no meio do Devoniano, com dois grandes grupos divergindo: os peixes com nadadeiras raiadas (Actinopterygii) e os peixes com nadadeiras lobadas (Sarcopterygii). Especialização dos mecanismos de alimentação é uma característica chave para a evolução destes grandes grupos de Vertebrata. Um aumento da mobilidade dos ossos do crânio e das maxilas permitiu aos peixes de nadadeiras raiadas explorar uma ampla gama de tipos de presas e de modos predatórios. Especializações na locomoção, habitats, comportamentos e hábitos de vida acompanharam as especializações dos mecanismos alimentares.[2]

cartilagíneos.

táxons:

  • terrestres;

Características Gerais

A designação de peixes (lat. pisces) é extensiva a nada menos que 4 classes de vertebrados, cada qual possuindo características próprias.

Isso significa que os peixes possuem coluna vertebral, vivem na água e sua temperatura sanguínea se equilibra com o ambiente. A maioria dos peixes respira por brânquias ou guelras, se locomove por meio de nadadeiras, se reproduz pondo ovos e é coberta por escamas protetoras (peixes atuais). Certos grupos extintos foram dotados de um escudo ósseo protetor, além do esqueleto interno.

Sua pele possui duas camadas: por fora a epiderme e sob ela, a derme. As glândulas da epiderme secretam um muco protetor contra fungos e bactérias.

As escamas, que formam um escudo mais resistente, são feitas de ossos transparentes enraizados na derme. Como os anéis das árvores, elas registram a idade e o crescimento do peixe.

As nadadeiras são classificadas em ímpares (dorsal, caudal e retal) e pares (peitorais e pélvicas).[3]

Osso endocôndrico

Uma das inovações mais importantes dos Osteichthyes é o osso endocôndrico ou osso esponjoso, ou seja, tecido ossificado internamente por substituição da cartilagem. O sistema circulatório invade a matriz cartilaginosa, o que permite aos osteoblastos uma melhor alimentação e também o recrutamento de osteoblastos adicionais; outras células do sangue vão "comendo" a cartilagem resultando num órgão rígido mas pouco pesado, formado por tecido esponjoso no interior, rodeado por lamelas densas de tecido desenvolvido pelo periósteo - o osso pericôndrico.

Escamas

As escamas são finas, arredondadas e implantadas em fileiras longitudinais e diagonais, imbricadas como as telhas de um telhado. As extremidades livres das escamas estão cobertas por uma fina camada de pele que protege de parasitas e doenças. Em algumas espécies, esta camada de pele ajuda a manter a umidade quando o animal está emerso.[4]

Os principais tipos de escamas são:

Escamas placóides: ocorre nos peixes cartilaginosos e apresenta estrutura similar à dos dentes; são placas pequenas em geral rômbicas;

Escamas ganóides: são maiores; tem geralmente, forma rômbica ou arredondada; a superfície esposta é coberta por uma camada de esmalte (ganoína);

Escamas ciclóides: são delgadas, elásticas e de forma variável;

Escamas ctenóides: diferem em relação às ciclóides, apenas na ocorrência de denticulação na parte posterior.[5]

Sistema digestório

O sistema digestório é completo, inicia-se na boca e finaliza-se no ânus. A boca localiza-se na região anterior do corpo, diferentemente dos cartilaginosos, que apresentam boca ventral. Nesse grupo, não há presença de cloaca.

Hábitos alimentares

Tanto podem ser herbívoros como comedores de lamas. Sua resistência devido a sua estrutura é a maior entre todos os peixes.

Reprodução

Nos peixes ósseos, os sexos são separados, ou seja, existem machos e fêmeas. A fecundação normalmente é externa com desenvolvimento indireto, ou seja, como formação de larvas. O estágio larval dos peixes é seguido de uma fase denominada alevino.[6]

Referências

  1. Portella, Portella. «Osteichthyes» (PDF). Departamento de Biologia UNESP 
  2. Pough, F. H.; Heiser, J. B.; Janis, C. M. (2008). A vida dos vertebrados. São Paulo: Atheneu. 118 páginas 
  3. «Classe Osteichthyes, Peixes Ósseos, Características Classe Osteichthyes». www.portalsaofrancisco.com.br. Consultado em 10 de setembro de 2018 
  4. «Peixes Ósseos». Só Biologia. Consultado em 10 de setembro de 2018 
  5. «Figura 5. Tipos de escamas dos peixes: escamas ganóides de pirarucu...». ResearchGate (em inglês). Consultado em 10 de setembro de 2018 
  6. «Osteíctes. Osteíctes: Peixes ósseos - Brasil Escola». Brasil Escola. Consultado em 10 de setembro de 2018 

Ligações externas