Forte de Bragança: diferenças entre revisões
m manutenção |
m clean up e ajustes utilizando AWB |
||
Linha 1: | Linha 1: | ||
{{geocoordenadas|12_24_46_S_064_26_15_W|12º 24' 46" S 064º 26' 15" W}} |
{{geocoordenadas|12_24_46_S_064_26_15_W|12º 24' 46" S 064º 26' 15" W}} |
||
{{Info/ |
{{Info/Fortificação-BR| |
||
|nome = <!-- Nome do castelo como consta no título --> |
|nome = <!-- Nome do castelo como consta no título --> |
||
|imagem = <!-- Apenas o nome da imagem. Ex: Nt-castelo-belmonte0.jpg --> |
|imagem = <!-- Apenas o nome da imagem. Ex: Nt-castelo-belmonte0.jpg --> |
||
|legenda = <!-- Legenda para a imagem. Ex: Fachada da torre de menagem, etc.. --> |
|legenda = <!-- Legenda para a imagem. Ex: Fachada da torre de menagem, etc.. --> |
||
|construído_por = <!-- Monarca que mandou erigir o castelo. Ex |
|construído_por = <!-- Monarca que mandou erigir o castelo. Ex-[[Afonso I de Portugal|D. Afonso Henriques]] --> |
||
|construído_em = <!-- Data da construção. Ex: [[2005]] --> |
|construído_em = <!-- Data da construção. Ex: [[2005]] --> |
||
|estilo = <!-- Estilo do castelo. Ex: [[Estilo gótico|gótico]] --> |
|estilo = <!-- Estilo do castelo. Ex: [[Estilo gótico|gótico]] --> |
||
Linha 13: | Linha 13: | ||
}} |
}} |
||
O '''Forte de Bragança''' localizava-se na margem direita do [[rio Guaporé]], a cerca de dois quilômetros a jusante do local do atual [[Real Forte Príncipe da Beira]], no |
O '''Forte de Bragança''' localizava-se na margem direita do [[rio Guaporé]], a cerca de dois quilômetros a jusante do local do atual [[Real Forte Príncipe da Beira]], no município de [[Costa Marques]], estado de [[Rondônia]], no [[Brasil]]. |
||
== História == |
== História == |
||
Linha 28: | Linha 28: | ||
:''(...) [De acordo com o médico Dr. João] [[João Severiano da Fonseca|Severiano da Fonseca]] [(autor da "''Viagem ao Redor do Brasil''")], que esteve no local das ruínas, quando por ali passou [em 1876] a comissão chefiada pelo [[Barão de Maracaju]] [Comissão Demarcadora dos Limites do Brasil com a Bolívia], diz que a cortina do lado de terra media 88 metros [de comprimento] e a muralha tinha de espessura 22 decímetros; as dos flancos conquanto menores, eram mais grossas dois decímetros.''" (op. cit., p. 5-6) |
:''(...) [De acordo com o médico Dr. João] [[João Severiano da Fonseca|Severiano da Fonseca]] [(autor da "''Viagem ao Redor do Brasil''")], que esteve no local das ruínas, quando por ali passou [em 1876] a comissão chefiada pelo [[Barão de Maracaju]] [Comissão Demarcadora dos Limites do Brasil com a Bolívia], diz que a cortina do lado de terra media 88 metros [de comprimento] e a muralha tinha de espessura 22 decímetros; as dos flancos conquanto menores, eram mais grossas dois decímetros.''" (op. cit., p. 5-6) |
||
O mesmo autor prossegue, referindo que, em [[1768]], o Sargento- |
O mesmo autor prossegue, referindo que, em [[1768]], o Sargento-mor do [[Real Corpo de Engenheiros]] [[José Matias de Oliveira]], condenou, em Relatório, o local em que fora erguido o forte, pela falta de material adequado próximo à construção. O Governador Sousa Coutinho, entretanto, determinou o prosseguimento dos trabalhos, tendo-se gasto 82:803$200 reis no período entre [[1769]] e [[1771]], ano em que uma grande enchente do rio Guaporé, causou-lhe estragos consideráveis (op. cit., p. 6). |
||
Em ruínas devido às enchentes regulares na região, o Governador e Capitão-general [[Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres]], determinou a sua substituição, a partir de [[1776]], por uma estrutura permanente: o [[Real Forte Príncipe da Beira]] (SOUZA, 1885:137). |
Em ruínas devido às enchentes regulares na região, o Governador e Capitão-general [[Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres]], determinou a sua substituição, a partir de [[1776]], por uma estrutura permanente: o [[Real Forte Príncipe da Beira]] (SOUZA, 1885:137). |
||
Linha 35: | Linha 35: | ||
* BARBOSA, Francisco de Assis; NUNES, José Maria de Sousa. ''Real Forte Príncipe da Beira''. Rio de Janeiro: Spala Editora/Fundação Emílio Odebrecht, 1985. |
* BARBOSA, Francisco de Assis; NUNES, José Maria de Sousa. ''Real Forte Príncipe da Beira''. Rio de Janeiro: Spala Editora/Fundação Emílio Odebrecht, 1985. |
||
* BARRETO, Aníbal (Cel.). ''Fortificações no Brasil (Resumo Histórico).'' Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368p. |
* BARRETO, Aníbal (Cel.). ''Fortificações no Brasil (Resumo Histórico).'' Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368p. |
||
* BORZACOV, Yêdda Maria Pinheiro. Forte Príncipe da Beira. apud: Governo de Rondônia/Secretaria de Educação e Cultura. ''Calendário Cultural 1981/85''. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1981. p. |
* BORZACOV, Yêdda Maria Pinheiro. Forte Príncipe da Beira. apud: Governo de Rondônia/Secretaria de Educação e Cultura. ''Calendário Cultural 1981/85''. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1981. p. 65-72. |
||
* GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. ''Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil.'' Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940. |
* GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. ''Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil.'' Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940. |
||
* [[Augusto Leverger|LEVERGER, Augusto]] (Almte.). Apontamentos para o Diccionário Chorografico da Província do Mato Grosso. ''RIHGB''. Rio de Janeiro: Tomo XLVII, Partes I e II, 1884. p. |
* [[Augusto Leverger|LEVERGER, Augusto]] (Almte.). Apontamentos para o Diccionário Chorografico da Província do Mato Grosso. ''RIHGB''. Rio de Janeiro: Tomo XLVII, Partes I e II, 1884. p. 307-504. |
||
* OLIVEIRA, José Lopes de (Cel.). "Fortificações da Amazônia". in: ROCQUE, Carlos (org.). ''Grande Enciclopédia da Amazônia (6 v.).'' Belém do Pará, Amazônia Editora Ltda, 1968. |
* OLIVEIRA, José Lopes de (Cel.). "Fortificações da Amazônia". in: ROCQUE, Carlos (org.). ''Grande Enciclopédia da Amazônia (6 v.).'' Belém do Pará, Amazônia Editora Ltda, 1968. |
||
* s.a. ''Histórico do Real Forte Príncipe da Beira (2ª ed.)''. Porto Velho (Brasil): Governo do Estado de Rondônia; Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Turismo; Departamento de Cultura, 1983. 22 p. il. |
* s.a. ''Histórico do Real Forte Príncipe da Beira (2ª ed.)''. Porto Velho (Brasil): Governo do Estado de Rondônia; Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Turismo; Departamento de Cultura, 1983. 22 p. il. |
||
* [[Augusto Fausto de Sousa|SOUSA, Augusto Fausto de]]. Fortificações no Brazil. ''RIHGB.'' Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. |
* [[Augusto Fausto de Sousa|SOUSA, Augusto Fausto de]]. Fortificações no Brazil. ''RIHGB.'' Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140. |
||
== {{Ver também}} == |
== {{Ver também}} == |
Revisão das 20h01min de 24 de janeiro de 2012
O Forte de Bragança localizava-se na margem direita do rio Guaporé, a cerca de dois quilômetros a jusante do local do atual Real Forte Príncipe da Beira, no município de Costa Marques, estado de Rondônia, no Brasil.
História
Antecedentes
O Forte de Bragança
Ante a ruína do Forte de Nossa Senhora da Conceição, devido ao rigor do clima equatorial e às investidas espanholas, a estrutura foi reconstruída a partir de 26 de setembro de 1767 (1768 cf. LEVERGER, 1884:360), e rebatizada, em 1769, pelo governador e Capitão-general da Capitania do Mato Grosso, Luís Pinto de Sousa Coutinho (1769-1772), como Forte de Bragança (SOUZA, 1885:137).
GARRIDO (1940) cita Antônio Leôncio Pereira Ferraz (Memória sobre as fortificações em Mato Grosso), para complementar-nos as informações sobre o Forte de Bragança:
- "(...) a elevou [a fortificação de Nossa Senhora da Conceição, o governador e Capitão General] Antônio Rolim [de Moura Tavares] no mesmo local onde ele destruíra cinco anos antes [1759-5=1754] a missão espanhola de Santa Rosa, situada à margem direita do [rio] Guaporé, em frente à boca do [rio] Itonamas, onde teria havido um entrincheiramento e palissada [Guarda de Santa Rosa], procurando já em 1756 assegurar a posse daquele ponto conquistado com a criação de um distrito militar. Foi construída e armada com material de guerra vindo do Pará pela via fluvial do [rio] Madeira, nada se sabendo quanto a seu primitivo traçado, pois que a primeira noticia que a seu respeito se tem data da época em que nela introduziu modificações um outro Capitão General, João Pedro da Câmara, que lhe deu a forma abaluartada, de sistema Vauban, medindo o corpo principal do forte 40 braças de frente por oitenta de profundidade.
- (...) [De acordo com o médico Dr. João] Severiano da Fonseca [(autor da "Viagem ao Redor do Brasil")], que esteve no local das ruínas, quando por ali passou [em 1876] a comissão chefiada pelo Barão de Maracaju [Comissão Demarcadora dos Limites do Brasil com a Bolívia], diz que a cortina do lado de terra media 88 metros [de comprimento] e a muralha tinha de espessura 22 decímetros; as dos flancos conquanto menores, eram mais grossas dois decímetros." (op. cit., p. 5-6)
O mesmo autor prossegue, referindo que, em 1768, o Sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros José Matias de Oliveira, condenou, em Relatório, o local em que fora erguido o forte, pela falta de material adequado próximo à construção. O Governador Sousa Coutinho, entretanto, determinou o prosseguimento dos trabalhos, tendo-se gasto 82:803$200 reis no período entre 1769 e 1771, ano em que uma grande enchente do rio Guaporé, causou-lhe estragos consideráveis (op. cit., p. 6).
Em ruínas devido às enchentes regulares na região, o Governador e Capitão-general Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, determinou a sua substituição, a partir de 1776, por uma estrutura permanente: o Real Forte Príncipe da Beira (SOUZA, 1885:137).
- BARBOSA, Francisco de Assis; NUNES, José Maria de Sousa. Real Forte Príncipe da Beira. Rio de Janeiro: Spala Editora/Fundação Emílio Odebrecht, 1985.
- BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368p.
- BORZACOV, Yêdda Maria Pinheiro. Forte Príncipe da Beira. apud: Governo de Rondônia/Secretaria de Educação e Cultura. Calendário Cultural 1981/85. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1981. p. 65-72.
- GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
- LEVERGER, Augusto (Almte.). Apontamentos para o Diccionário Chorografico da Província do Mato Grosso. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVII, Partes I e II, 1884. p. 307-504.
- OLIVEIRA, José Lopes de (Cel.). "Fortificações da Amazônia". in: ROCQUE, Carlos (org.). Grande Enciclopédia da Amazônia (6 v.). Belém do Pará, Amazônia Editora Ltda, 1968.
- s.a. Histórico do Real Forte Príncipe da Beira (2ª ed.). Porto Velho (Brasil): Governo do Estado de Rondônia; Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Turismo; Departamento de Cultura, 1983. 22 p. il.
- SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.
Ver também
Ligações externas
- Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição (Bragança) in Fortalezas.org