Nicolás Maduro: diferenças entre revisões

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|imagem_tamanho =
|legenda = Maduro em 2023.
|título = [[Lista de presidentes da Venezuela|57.º]] [[Presidente da Venezuela]]<br />
|mandato = 5 de março de 2013 <br />até ''atualidade''
|vice-presidente = [[Jorge Arreaza]] {{small|(2013-2016)}}<br />Aristóbulo Istúriz {{small|(2016-2017)}}<br /> [[Tareck El Aissami]] {{small|(2017-2018)}}<br />[[Delcy Rodríguez]] {{small|(''desde'' 2018)}}
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'''Nicolás Maduro Moros''' ([[Caracas]], {{dtlink|lang=br|23|11|1962}}) é um [[político]] [[venezuela]]no e atual presidente da [[Venezuela|República Bolivariana da Venezuela]]. Como vice-presidente, assumiu interinamente a presidência da República em 2012, logo após a vitória eleitoral de [[Hugo Chávez]], em razão da grave enfermidade do presidente eleito. Chávez faleceu em 5 de março de 2013, e novas eleições foram convocadas. Em 14 de abril de 2013, Maduro foi eleito 57.º [[presidente da Venezuela]], para cumprir um mandato integral. Acabou reeleito em 2018, num pleito controverso e não reconhecido pela oposição e pela [[comunidade internacional]], com muitos países e órgãos supranacionais não admitindo mais sua legitimidade como presidente.<ref>{{citar web|URL=https://www.nytimes.com/2019/02/04/world/americas/venezuela-maduro-guaido-legitimate.html|título=Who Is Venezuela's Legitimate President? A Messy Dispute, Explained|publicado=The New York Times|acessodata=25 de fevereiro de 2019}}</ref> Maduro havia servido anteriormente como Ministro dos Negócios Estrangeiros de 2006 a 2013.
 
Maduro governa a Venezuela por decreto, com poderes especiais, desde novembro de 2013.<ref name=WPdecree>{{citar jornal|último1 =Diaz-Struck|primeiro1 =Emilia|último2 =Forero|primeiro2 =Juan|título=Venezuelan president Maduro given power to rule by decree|url=https://www.washingtonpost.com/world/the_americas/venezuelan-president-maduro-given-power-to-rule-by-decree/2013/11/19/af304c3c-516b-11e3-9ee6-2580086d8254_story.html|acessodata=22 de maio de 2018|obra=[[The Washington Post]]|data=19 de novembro de 2013}}</ref><ref name=BBCdecree>{{citar jornal|título=Venezuela: President Maduro granted power to govern by decree|url=http://www.bbc.com/news/world-latin-america-31899510|acessodata=27 de abril de 2015|publicado=[[BBC News]]|data=16 de março de 2015}}</ref><ref name=GUARDdecree>{{citar jornal|título= Venezuela president declares economic emergency as inflation hits 141%|url = https://www.theguardian.com/world/2016/jan/16/venezuela-president-declares-economic-emergency-as-inflation-hits-141|jornal= The Guardian|data= 15 de janeiro de 2016|acessodata= 24 de fevereiro de 2016|issn = 0261-3077|língua= inglês|primeiro = Sibylla|último = Brodzinsky}}</ref><ref name=INDdecree>{{citar jornal|último1 =Worely|primeiro1 =Will|título=Venezuela is going to shut down for a whole week because of an energy crisis|url=https://www.independent.co.uk/news/world/americas/venezuela-is-going-to-shut-down-for-a-whole-week-because-of-an-energy-crisis-a6939246.html|acessodata=12 de maio de 2016|obra=[[The Independent]]|data=18 de março de 2016}}</ref> Sua presidência foi marcada pelo declínio socioeconômico venezuelano, com acentuado crescimento da pobreza, inflação, criminalidade e fome; seus críticos dizem que a crise que o país enfrentou na [[década de 2010]] é resultado direto das políticas de Chávez e Maduro, e a oposição constantemente taxa o presidente de ditador.<ref>{{citar web|url= http://edition.cnn.com/2017/02/21/americas/venezuelan-food-crisis-weight-loss/|título= Venezuelan food crisis reflected in skipped meals and weight loss|autor = Osmary Hernandez, Mariano Castillo and Deborah Bloom|data= 2 de fevereiro de 2017|publicado= CNN|acessodata=28 de maio de 2017}}</ref><ref>{{citar web|url= https://foreignpolicy.com/2017/05/02/the-maduro-regime-is-heading-for-a-soviet-style-collapse-venezuela/|título= Venezuela Is Heading for a Soviet-Style Collapse|autor = Anders Aslund|data= 2 de maio de 2017|obra= Foreign Policy|acessodata=28 de maio de 2017}}</ref><ref>{{citar web|url= http://www.lanacion.com.ar/2028442-cuando-el-barco-se-hunde|título= Cuando el barco se hunde|títulotrad= When the ship sinks|língua= Spanishes|autor = Loris Zanatta|data= 30 de maio de 2017|obra= La Nación|acessodata=28 de maio de 2017}}</ref><ref name=ELPAISfeb2015>{{citar jornal|último1 =Scharfenberg|primeiro1 =Ewald|título=Volver a ser pobre en Venezuela|url=http://internacional.elpais.com/internacional/2015/01/30/actualidad/1422646346_475356.html|acessodata=22 de maio de 2018|agência=El Pais|data=1 de fevereiro de 2015}}</ref> Maduro, por outro lado, culpa a especulação e uma "guerra econômica" imposta à nação pelos seus oponentes, internos e externos.<ref name="NYTjan20152">{{citar jornal|url=https://www.nytimes.com/2015/01/26/opinion/mr-maduro-in-his-labyrinth.html|título=Mr. Maduro in His Labyrinth|data=26 de janeiro de 2015|obra=[[The New York Times]]}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.bbc.com/news/world-latin-america-24883849|título=Venezuela's government seizes electronic goods shops|acessodata=19 de fevereiro de 2014|publicado=BBC}}</ref><ref name="econOFF2">{{citar jornal|url=http://www.lapatilla.com/site/2014/04/21/maduro-anuncia-que-el-martes-arranca-nueva-ofensiva-economica/|título=Maduro anuncia que el martes arranca nueva "ofensiva económica"|data=22 de abril de 2014|jornal=La Patilla|acessodata=23 de abril de 2014}}</ref><ref name="LNecon2">{{citar jornal|url=http://www.lanacion.com.ar/1684248-maduro-insiste-con-una-nueva-ofensiva-economica|título=Maduro insiste con una nueva "ofensiva económica"|jornal=La Nacion|acessodata=1 de maio de 2014}}</ref><ref name="Edition.cnn.com2">{{citar web|url=http://edition.cnn.com/2013/11/20/world/americas/venezuela-economy-decree-powers/|título=Decree powers widen Venezuelan president's economic war|data=20 de novembro de 2013|publicado=CNN|acessodata=21 de fevereiro de 2014}}</ref><ref name="ENeconoffense2">{{citar jornal|url=http://www.el-nacional.com/economia/Primera-ofensiva-economica-inflacion-escasez_0_396560574.html|título=Primera ofensiva económica trajo más inflación y escasez|último =Yapur|primeiro =Nicolle|data=24 de abril de 2014|jornal=El Nacional|acessodata=25 de abril de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140424172557/http://www.el-nacional.com/economia/Primera-ofensiva-economica-inflacion-escasez_0_396560574.html|arquivodata=24 de abril de 2014|urlmorta= sim}}</ref> A [[Escassez na Venezuela|escassez de produtos de subsistência]] na Venezuela e uma queda considerável no índice de qualidade de vida no país, resultou numa [[Protestos na Venezuela (2014–presente)|série de protestos populares]] a partir de 2014 que foram aumentando de intensidade com o tempo, instigando uma resposta violenta das forças de segurança do governo, causando dezenas de mortes, ajudando a puxar ainda mais para baixo a popularidade de Maduro.<ref name="CNBCanalysts">{{citar jornal|último1 =Washington|primeiro1 =Richard|título='The Maduro approach' to Venezuelan crisis deemed unsustainable by analysts|url=https://www.cnbc.com/2016/06/22/analysts-deem-venezuelas-situation-unsustainable.html|acessodata=23 de junho de 2016|publicado=[[CNBC]]|data=22 de junho de 2016}}</ref><ref name="BInightmare">{{citar jornal|último1 =Lopez|primeiro1 =Linette|título=Why Venezuela is a nightmare right now|url=http://www.businessinsider.com/how-venezuela-went-bad-2016-6|acessodata=23 de junho de 2016|agência=[[Business Insider]]}}</ref><ref name="Faria">{{citar web|url=https://www.reuters.com/article/2015/02/25/us-venezuela-protests-idUSKBN0LS29K20150225|título=Venezuelan teen dies after being shot at anti-Maduro protest|último1 =Faria|primeiro1 =Javier|website=Reuters|acessodata=26 de fevereiro de 2015}}</ref><ref name="Usborne">{{citar jornal|url=https://www.independent.co.uk/news/world/americas/dissent-in-venezuela-maduro-regime-looks-on-borrowed-time-as-rising-public-anger-meets-political-repression-10070607.html|título=Dissent in Venezuela: Maduro regime looks on borrowed time as rising public anger meets political repression|último1 =Usborne|primeiro1 =David|acessodata=26 de fevereiro de 2015|website=The Independent}}</ref> Essa impopularidade levou a oposição a vencer as [[Eleições parlamentares na Venezuela em 2015|eleições parlamentares de 2015]] e dominar a [[Assembleia Nacional da Venezuela|Assembleia Nacional]], porém Maduro conseguiu contornar a autoridade do legislativo e manter seu poder total através da Suprema Corte e os Tribunais Eleitorais, junto com outros corpos políticos, todos dominados por seus apoiadores, contando também com apoio dos [[Forças Armadas da Venezuela|militares]].<ref name="CNBCanalysts"/><ref name="BInightmare"/><ref>{{citar web|título=A 2016 Presidential Recall Seems Less and Less Likely|url=https://www.stratfor.com/analysis/2016-presidential-recall-seems-less-and-less-likely|website=[[Stratfor]]|acessodata=23 de junho de 2016|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160609123128/https://www.stratfor.com/analysis/2016-presidential-recall-seems-less-and-less-likely|arquivodata=9 de junho de 2016}}</ref> Em 2017, o presidente conclamou [[Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela de 2017|uma constituinte]], não sancionada ou apoiada pelo parlamento, enchendo-a com seus partidários, efetivamente removendo os poderes da Assembleia Nacional (dominada pela oposição).<ref name="BBCwhat2">{{citar jornal|url=http://www.bbc.com/news/world-latin-america-40704184|título=What are Venezuelans voting for and why is it so divisive?|data=30 de julho de 2017|obra=[[BBC News]]|acessodata=22 de maio de 2018}}</ref> Esses movimentos antidemocráticos levaram a condenações dentro e fora da Venezuela, com várias nações (como os [[Estados Unidos]]) impondo [[Sanções internacionais|sanções]] contra o país.<ref>{{citar web|URL=https://www.treasury.gov/resource-center/sanctions/Programs/pages/venezuela.aspx|título=Venezuela-related Sanctions|publicado=U.S. Department of the Treasury|acessodata=22 de maio de 2018}}</ref>
 
Em maio de 2018, foi reeleito para um mandato de seis anos em uma polêmica eleição, não reconhecida pela oposição,<ref name="iG_reeleicao"/> pela [[Organização dos Estados Americanos]]<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/01/10/oea-aprova-declaracao-que-nao-reconhece-legitimidade-do-novo-mandato-de-maduro-na-venezuela.ghtml|titulo=OEA não reconhece legitimidade do novo mandato de Maduro na Venezuela|acessodata=2019-01-11|obra=G1}}</ref> e [[União Europeia]],<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/01/10/grupo-de-lima-e-uniao-europeia-nao-reconhecem-legitimidade-do-2o-mandato-de-maduro.ghtml|titulo=Grupo de Lima e União Europeia não reconhecem legitimidade do segundo mandato de Maduro|acessodata=2019-01-11|obra=G1}}</ref> além de países como [[Estados Unidos]]<ref>{{citar web|url=https://oglobo.globo.com/mundo/eleicao-de-maduro-na-venezuela-sofre-rejeicao-internacional-22701244|publicado=Globo.com|obra=O Globo|título=Eleição de Maduro na Venezuela sofre rejeição internacional|data=21 de maio de 2018|acessodata=21 de maio de 2018}}</ref> e [[Brasil]].<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/05/21/brasil-nao-reconhece-vitoria-de-maduro-bloco-de-14-paises-reduzira-relacoes-com-a-venezuela.htm|publicado=Uol|título=Brasil não reconhece vitória de Maduro; grupo de 14 países reduzirá relações com o país|data=21 de maio de 2018|acessodata=21 de maio de 2018|autor=Talita Marchao}}</ref> Em janeiro de 2019, Maduro foi empossado para um segundo mandato. Isso acabou gerando uma grave [[Crise presidencial na Venezuela em 2019|crise política interna]], com a Assembleia Nacional não reconhecendo a posse do presidente e várias nações do mundo removendo seus embaixadores de Caracas, como protesto. Para a oposição, Nicolás Maduro estava, efetivamente, transformando a Venezuela numa ditadura sob seu comando.<ref>{{citar web|URL=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/01/12/do-golpe-contra-chavez-a-reeleicao-contestada-de-maduro-veja-como-a-venezuela-chegou-ao-estado-atual.ghtml|título=Do golpe contra Chávez à reeleição contestada de Maduro, veja como a Venezuela chegou ao estado atual|publicado=[[G1]]|acessodata=12 de janeiro de 2019}}</ref>
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== Presidente da Venezuela ==
{{AP|Presidente da Venezuela}}
[[Ficheiro:Nicolás Maduro in meeting with Iranian President Hassan Rouhani in Saadabad Palace.jpg|250px|miniaturadaimagem|Nicolás Maduro em 2015, como presidente]]
No final de março de 2013, Maduro propôs uma lei sobre o [[desarmamento]] que entrou em discussão na [[Assembleia Nacional da Venezuela|Assembleia Nacional]] visando regular e limitar a posse, compra e venda de armas e munições pelos indivíduos.<ref>{{Citar periódico|titulo=Venezuela busca una sociedad sin armas con la Ley de Desarme - RT|jornal=RT en Español|url=https://actualidad.rt.com/actualidad/view/89831-venezuela-ley-desarme-arma-venta|idioma=es}}</ref> Em Junho, durante discurso num encontro com movimentos sociais, declarou que "o comandante Chávez foi um grande [[Gramscismo|gramsciano]]".<ref>[[Telesur]] (17 de junho de 2013) [https://www.youtube.com/watch?v=p9ELhc1BQO4 «Hugo Chávez abrazó ideas de Gramsci desde joven: presidente Maduro»]. [[YouTube]], aos 2m:56s: <br />"(...) ''el comandante Chávez fue un gran gramsciano''" <br />{{es}} Consultado em 11 de agosto de 2019.</ref> No mesmo ano, decretou o dia 8 de dezembro como o dia da Lealdade e do Amor ao Comandante Supremo Hugo Cháves.<ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20131112143939/http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/mundo/maduro-decreta-dia-da-lealdade-e-do-amor-a-chavez|titulo=Maduro decreta dia da lealdade e do amor a Chávez - Mundo - Correio da Manhã|data=2013-11-12|acessodata=2017-01-26}}</ref>
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Em janeiro de 2017, a Assembleia Nacional venezuelana, controlada pela oposição, declarou o "abandono de cargo" pelo presidente Maduro, intensificando o embate político em meio à grave [[crise econômica]] em curso no país. A declaração foi acompanhada de uma petição por novas eleições. Os deputados recorreram ao artigo 233 da [[Constituição da Venezuela]], que caracteriza como "ausência absoluta" do [[chefe de Estado]] os casos de morte, renúncia, destituição por ordem do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) e abandono de cargo. Logo após a declaração, o TSJ publicou um comunicado afirmando que a "Assembleia Nacional não tem poder para destituir o presidente da República". Héctor Rodríguez, líder da bancada do governo, chamou a declaração dos parlamentares de "uma tentativa fracassada de [[golpe de Estado]]". Segundo o professor de [[Direito Constitucional]] Pedro Afonso del Pino, da [[Universidad Central de Venezuela]], a tese de abandono de cargo não procede nesse caso. "Abandono é quando o presidente deixa de exercer sua função. Se ele a exerce mal ou inconstitucionalmente, não é abandono de cargo," concluiu o professor.<ref>[http://www.bbc.com/portuguese/internacional-38568377 Assembleia da Venezuela declara 'abandono de cargo' de Maduro: que efeito prático isso pode ter?]. Por Daniel García Marco. [[BBC]], 10 de janeiro de 2017</ref> Na altura, o mandato de Maduro tinha término previsto para 2019.
 
Em 29 de março, o Supremo Tribunal de Justiça decidiu assumir as funções da Assembleia Nacional, em decorrência do descumprimento, pelo Legislativo, de vários atos judiciais, o que caracteriza [[desacato]] desde 5 de janeiro de 2016. Segundo o Tribunal, a Assembleia deu posse a três deputados do [[Amazonas (Venezuela)|Estado do Amazonas]], cuja eleição, em 6 de dezembro de 2015, foi impugnada em razão de indícios de [[fraude eleitoral]], tais como gravações nas quais a então secretária de governo do Amazonas, Victoria Franchi, oferecia dinheiro a grupos de pessoas para votar em candidatos da oposição. Por isso, a Corte havia suspendido os efeitos da eleição naquele Estado até a conclusão das investigações. Para a oposição, manter os três deputados significava garantir a maioria de dois terços - necessária para revogar ou modificar leis orgânicas, como a Lei do Trabalho ou a Lei da Educação.<ref>[http://www.telesurtv.net/news/Claves-para-entender-la-sentencia-del-TSJ-en-Venezuela-20170330-0043.html Claves para entender la sentencia del TSJ en Venezuela]. [[Telesur]], 30 de março de 2017.</ref> Enquanto o desacato for mantido, o TSJ assume as competências do Legislativo. “Adverte-se que, enquanto persista a situação de desacato e de invalidez das atuações da Assembleia Nacional, esta Sala Constitucional garantirá que as competências parlamentares sejam exercidas diretamente por esta Sala ou pelo órgão que ela disponha, para velar pelo [[Estado de Direito]]”, diz a sentença do Tribunal.<ref>[http://www.iela.ufsc.br/noticia/venezuela-o-golpe-e-de-quem Venezuela: o golpe é de quem?] Por Elaine Tavares. Instituto de Estudos Latino-Americanos. [[Universidade Federal de Santa Catarina]]</ref>
 
Apesar da oposição interna e da pressão internacional para que renunciasse, Maduro foi empossado para um segundo mandato como presidente, em 10 de janeiro de 2019. Desencadeou-se uma grave crise política, o que fez com que a Assembleia Nacional do país decretasse [[estado de emergência]]. Poucos países reconheceram a posse de Maduro e muitos reconvocaram seus embaixadores de [[Caracas]]. Para a oposição e para políticos e analistas de várias nações, o resultado da eleição do ano anterior era ilegítimo, e Nicolás Maduro estaria convertendo a Venezuela numa [[ditadura]] ''[[de facto]]''.<ref>{{citar web|url=https://www.reuters.com/article/us-venezuela-politics/venezuelas-maduro-starts-new-term-as-u-s-decries-him-as-usurper-idUSKCN1P40DH?il=0|website=Reuters|título=Venezuela's Maduro starts new term, as US describes him as "usurper"|acessodata=10 de janeiro de 2019}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.el-nacional.com/noticias/mundo/alemania-apoya-para-que-asuma-poder_265634|título=Alemania apoya para que asuma poder|títulotrad=Germany supports Assembly taking power off Maduro|website=El Nacional|acessodata=10 de janeiro de 2019}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.aljazeera.com/news/2019/01/peru-paraguay-recall-diplomats-maduro-inauguration-190110180310100.html|título=Peru, Paraguay, etc. recall diplomats after Maduro inauguration|website=Al Jazeera|acessodata=10 de janeiro de 2019}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.asambleanacional.gob.ve/noticias/_an-se-declara-en-emergencia-ante-la-usurpacion-de-nicolas-maduro-en-el-cargo-de-la-presidencia-de-la|título=National Assembly declares State of Emergency with the usurpation of Maduro as President|website=Asamblea Nacional|acessodata=10 de janeiro de 2019}}</ref>
 
Em 30 de julho de 2024, após a [[eleição presidencial na Venezuela em 2024]], os resultados anunciados pela [[Plataforma Unitária Democrática]] (PUD), que cobrem 81,85% das atas eleitorais apuradas, indicam que [[Edmundo González Urrutia]] foi matematicamente eleito com 67% dos votos (7.173.152), derrotando Nicolás Maduro, que obteve 30% dos votos, totalizando 3.250.424.<ref name=":3" />
 
No entanto, o [[Conselho Nacional Eleitoral (Venezuela)|Conselho Nacional Eleitoral]] (CNE) declarou Maduro reeleito com 51,20% dos votos, contra 44,2% de Edmundo, com 80% das urnas apuradas.<ref name=":4" /><ref>{{Citar web|url=https://exame.com/mundo/resultado-na-venezuela-maduro-declara-vitoria-paises-nao-reconhecem-o-que-acontece-agora/|titulo=Resultado na Venezuela: Maduro declara vitória, países não reconhecem; o que acontece agora? {{!}} Exame|acessodata=2024-08-06|website=exame.com|lingua=pt-br}}</ref> Muitos países consideraram o resultado das eleições de Maduro como fraudulento. O governo do [[Peru]], juntamente com outros países como [[Argentina]], [[Costa Rica]], [[Equador]], [[Panamá]] e [[Uruguai]], reconheceram Edmundo como [[Lista de presidentes da Venezuela|presidente eleito]] da Venezuela.<ref>{{Citar web|url=https://www.cartacapital.com.br/mundo/peru-reconhece-edmundo-gonzalez-como-presidente-eleito-da-venezuela/|titulo=Peru reconhece Edmundo González como 'presidente eleito' da Venezuela|data=2024-07-31|acessodata=2024-08-06|website=CartaCapital|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Reuters|url=https://www.infomoney.com.br/mundo/argentina-reconhece-edmundo-gonzalez-como-presidente-eleito-da-venezuela/|titulo=Argentina reconhece Edmundo González como presidente eleito da Venezuela|data=2024-08-02|acessodata=2024-08-06|website=InfoMoney|lingua=pt-BR}}</ref> O chefe da diplomacia dos [[Estados Unidos]], [[Antony Blinken]], também declarou que González venceu as eleições, afirmando que havia uma esmagadora evidência de que Edmundo González Urrutia ganhou a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho.<ref name=":5" />
 
=== Protestos na Venezuela ===
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===Política Econômica===
Desde [[2003]], a Venezuela tem um regulamento sobre transações em moeda estrangeira. O governo [[Chávez]] justificou a medida argumentando que protegia o nível de reservas internacionais, em 2015 há três taxas de câmbio ([[CENCOEX]], [[SICAD]], [[Simadi]]) também uma citação paralelo chamado "dólar preto" que era ilegal até que as reformas de 2014. Desde o final de 2013 e em relação a esta distorção no câmbio, alguns bens de consumo começaram a ficar escassos enquanto a inflação aumentou. Devido a diferentes desvantagens na alocação de moeda estrangeira necessária para a importação, algumas indústrias foram forçadas a interromper sua operação, devido à ausência de matéria-prima.<ref>{{Citar web|url=http://www.noticias24.com/venezuela/noticia/245745/planta-superenvases-de-empresas-polar-reinicia-operaciones-este-miercoles/|titulo=Planta Superenvases de empresas Polar reinicia operaciones este miércoles - Venezuela|acessodata=2018-08-06|obra=www.noticias24.com|lingua=es-VE}}</ref>
 
Na época de sua eleição em [[2013]], Nicolás Maduro seguiu a mesma linha das políticas econômicas existentes de seu antecessor, Hugo Chávez. Ao assumir a presidência da Venezuela, Maduro enfrentou uma alta taxa de [[inflação]] e problemas de escassez de bens.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Editorial|primeiro=Reuters|titulo=Venezuela's April inflation jumps to 5.7 percent: report|url=https://www.reuters.com/article/us-venezuela-economy/venezuelas-april-inflation-jumps-to-5-7-percent-report-idUSBREA4G05O20140517|jornal=U.S.|lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar periódico|titulo=Venezuela’s black market rate for US dollars just jumped by almost 40%|url=https://qz.com/192395/venezuelas-black-market-rate-for-us-dollars-just-jumped-by-almost-40/#/h/56869,3/|jornal=Quartz|lingua=en-US}}</ref> Estas novas dificuldades econômicas que a Venezuela enfrentava foram algumas das principais razões pelos protestos em 2014.<ref>{{Citar periódico|titulo=Slum Dwellers in Caracas Ask, What Protests?|url=https://www.nytimes.com/2014/03/01/world/americas/slum-dwellers-in-caracas-ask-what-protests.html|lingua=en}}</ref> O Presidente Maduro disse em várias ocasiões que estava lutando uma "guerra econômica" contra o [[capitalismo]] e por isto promulgou uma série de medidas chamadas de "ofensivas econômicas".<ref>{{Citar periódico|data=2014-04-21|titulo=Maduro anuncia que el martes arranca nueva "ofensiva económica" - LaPatilla.com|url=https://www.lapatilla.com/2014/04/21/maduro-anuncia-que-el-martes-arranca-nueva-ofensiva-economica/|jornal=LaPatilla.com|lingua=es-ES}}</ref><ref>{{Citar periódico|titulo=Maduro insiste con una nueva "ofensiva económica"|url=https://www.lanacion.com.ar/1684248-maduro-insiste-con-una-nueva-ofensiva-economica|lingua=es}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=CNN|primeiro=By Mariano Castillo and Osmary Hernandez,|titulo=Decree powers widen Venezuelan president's economic war - CNN|url=https://edition.cnn.com/2013/11/20/world/americas/venezuela-economy-decree-powers/|jornal=CNN}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20140424172557/http://www.el-nacional.com/economia/Primera-ofensiva-economica-inflacion-escasez_0_396560574.html|titulo=Primera ofensiva económica trajo más inflación y escasez|data=2014-04-24|acessodata=2018-08-06}}</ref> No entanto, de acordo com ''[[The New Yorker]]'', Maduro concentrou-se apenas em seu apoio político, em vez de abordar questões prioritárias, para as quais os economistas vinham alertando o governo venezuelano.<ref>{{Citar periódico|titulo=Could Low Oil Prices End Venezuela’s Revolution?|url=https://www.newyorker.com/business/currency/will-low-oil-prices-end-venezuelas-revolution|jornal=[[The New Yorker]]|lingua=en-US}}</ref>
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==Nota==
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[[Categoria:Venezuelanos de ascendência espanhola]]
[[Categoria:Líderes nacionais atuais]]
[[Categoria:Condenados por corrupção]]