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'''''Pax Romana''''' ([[latim]] para "Paz Romana") é um período de aproximadamente 200 anos da [[história romana]] que é identificado como um período e uma era de ouro de [[Culto imperial|imperialismo romano]] crescente e sustentado, ordem, estabilidade próspera, [[Hegemonia regional|poder hegemônico]] e expansão, apesar de [[Guerras civis romanas|várias revoltas e guerras]], e [[Guerras romano-persas|contínua competição com a Pártia]]. É tradicionalmente datada a partir da ascensão de [[César Augusto]], fundador do [[principado romano]], em 27 a.C., e concluida em 180 d.C., com a morte de [[Marco Aurélio]], o último dos "[[Cinco Bons Imperadores]]".<ref name=EncBrit>{{cite web |url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/447447/Pax-Romana |title=Pax Romana |publisher=Britannica Online Encyclopedia}}</ref>
Como foi inaugurada por [[Augusto]] com o fim da [[Guerra Final da República Romana]], às vezes é chamado de '''''Pax Augusta'''''. Durante este período de cerca de dois séculos,<ref>{{Cite book|last=Head|first=Tom|url=https://books.google.com/books?id=rlU3DwAAQBAJ&q=%22pax+romana%22+%22206+years%22&pg=PA85|title=World History 101: From Ancient Mesopotamia and the Viking Conquests to NATO and WikiLeaks, an Essential Primer on World History|date=2017-10-03|publisher=Simon and Schuster|isbn=978-1-5072-0454-2|language=en|page=85}}</ref> o Império Romano alcançou sua maior extensão territorial e sua população atingiu um máximo de até 70 milhões de pessoas.<ref name=ushistory>{{Cite web |url=http://www.ushistory.org/civ/6c.asp |title=The Pax Romana |website=www.ushistory.org |access-date=2017-02-10}}</ref> De acordo com [[Dião Cássio]], o reinado ditatorial de [[Cômodo]], mais tarde seguido pelo [[Ano dos Cinco Imperadores]] e a [[Crise do Terceiro Século]], marcou a descida "de um reino de ouro para um de ferro e ferrugem".<ref>Dio Cassius [https://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Cassius_Dio/72*.html#36 72.36.4], Loeb edition translated E. Cary</ref>
De fato, a aventura conquistadora dos Romanos nasce com o fim das [[Guerras Púnicas]] ([[264 a.C.]]-[[146 a.C.]]), eliminado que estava o maior inimigo e potencial entrave para o domínio romano em torno do [[mar Mediterrâneo]]. As conquistas sucedem-se, da [[península Ibérica]] à [[Anatólia]]. Entre [[58 a.C.]] e [[51 a.C.]], a [[Gália]] é submetida por [[Júlio César]], que submete também a [[Germânia]] [[Renânia|renana]]. ▼
== Histórico ==
À data da morte de Júlio César([[44 a.C.]]), Roma domina quase toda a bacia mediterrânica, que foi completamente conquistada até ao [[século II|século II d.C.]], o mesmo acontecendo à [[província romana]] da [[Britânia (província romana)|Britânia]] (actual [[Inglaterra]]), no tempo de [[Cláudio]], em [[71]], e às regiões [[Rio Danúbio|danubianas]] - [[Récia]], [[Panónia]], [[Dácia]], [[Nórica]], e principalmente na época de [[Trajano]], que chega mesmo à [[Mesopotâmia]]. Assim, Roma passa a dominar um vasto império, desde a fronteira da actual [[Escócia]] até ao [[Médio Oriente]] e do [[Danúbio]] ao [[Egipto|Egito]] e a [[Marrocos]].▼
{{Sem fontes|Esta seção|data=outubro de 2019}}
▲De fato, a aventura conquistadora dos Romanos nasce com o fim das [[Guerras Púnicas]] ([[264 a.C.]]-[[146 a.C.]]), eliminado que estava o maior inimigo e potencial entrave para o domínio romano em torno do [[mar Mediterrâneo]]. As conquistas sucedem-se, da [[
▲À data da [[morte de Júlio César]] ([[44 a.C.]]), Roma domina quase toda a bacia mediterrânica, que foi completamente conquistada até ao [[século II|século II d.C.]], o mesmo acontecendo à [[província romana]] da [[Britânia (província romana)|Britânia]] (actual [[Inglaterra]]), no tempo de [[Cláudio]], em [[71]], e às regiões [[Rio Danúbio|danubianas]] - [[Récia]], [[Panónia]], [[Dácia]], [[Nórica]], e principalmente na época de [[Trajano]], que chega mesmo à [[Mesopotâmia]]. Assim, Roma passa a dominar um vasto império, desde a fronteira da actual [[Escócia]] até ao [[Médio Oriente]] e do [[Danúbio]] ao [[Egipto|Egito]] e a [[Marrocos]].
Os povos, línguas e costumes eram díspares, as tensões, focos de revolta e ameaças germânicas no limes eram frequentes. Tornava-se necessário, para além de [[Romanização|romanizar]], estabelecer e manter condições de tranquilidade e paz, para além de segurança e ordem pública. Para isso, o Império servir-se-ia do seu exército, cada vez mais profissional e formado a partir de recrutamentos um pouco por todo o território, regido por códigos e normas extremamente rígidos e dotado de uma organização, armamento e disciplina táctica nunca antes vistos, resultantes das influências dos povos submetidos (como os [[Macedónia (história)|Macedónios]], [[Cartago|Cartagineses]] e [[Gregos]]).
A instituição militar vê-se assim orientada para vários objectivos: para além da defesa fronteiriça - 9000 quilómetros de limes - contra incursões e pilhagens dos bárbaros, da fortificação de pontos estratégicos, construção de estradas e segurança pessoal das mais altas magistraturas imperiais, a manutenção da paz e da estabilidade no mundo romano cabiam-lhe como tarefa primordial e de grande importância em termos civilizacionais.
Para além de transmitir elementos da cultura, religião e [[latim|língua latina]] às regiões onde se fixavam as guarnições militares, bem como a criação de condições favoráveis para o desenvolvimento das economias locais, a sua presença impunha o respeito e a aceitação incondicional da soberania de Roma: a paz romana. Era uma paz armada e atingível apenas com a presença das [[Legião romana|legiões]]. Todavia, essa era a única forma de assegurar uma harmonia mínima e a articulação entre o poder imperial e as vastas regiões a governar, servindo de instrumento de apoio à execução de medidas de carácter administrativo, fiscal e judicial. O apoio e estímulo à colonização latina do império deve-se também, em grande parte, à presença militar romana, procurando construir-se as quintas, ''villae'' ou povoações junto aos aquartelamentos ou próximo de vias militares. As legiões eram assim a garantia de uma conjuntura necessária para o desenvolvimento material e a difusão da civilização romana.
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Bem treinado e equipado, o [[exército romano]] era composto por um conjunto de legiões - cerca de 50 no tempo de [[Augusto]], que depois as reduz para metade -, cada qual com cerca de 6000 homens, que eram colocadas estrategicamente nas regiões onde mais se impunha a sua presença.
Assim, o império protegia e governava as províncias, permitindo que cada uma elaborasse e administrasse as suas leis e estatutos, à luz do [[direito romano]] e aprovadas pelo imperador, tendo em contrapartida de aceitar a fiscalidade romana e o seu controle militar. As províncias da [[
A paz romana foi um dos pilares da civilização romana e da sua difusão e implantação no mundo antigo, responsável pela ordem, tranquilidade, cumprimento da lei e, acima de tudo, da obediência e culto ao imperador.
== Ver também ==
*[[Lista de períodos de paz regional]]
{{referências}}
=== Bibliografia ===
[[Categoria:Império Romano]]▼
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* Burton, Paul. 2011. "Pax Romana/Pax Americana: Perceptions of Rome in American Political Culture, 2000–2010." ''International Journal of Classical Tradition'' 18.1:66–104.
* Cornwell, Hannah. 2017. ''Pax and the Politics of Peace: Republic to Principate.'' Oxford Classical Monographs. Oxford; New York: Oxford University Press.
* Galinsky, Karl. 2012. ''Augustus: Introduction to the Life of an Emperor.'' Cambridge; New York: Cambridge University Press.
* Goldsworthy, Adrian. 2016. ''Pax Romana: War, Peace and Conquest in the Roman World.'' New Haven: Yale University Press.
* Hardwick, Lorna. 2000. “Concepts of Peace.” In ''Experiencing Rome: Culture, Identity and Power in the Roman Empire'', Edited by Janet Huskinson, 335–368. London: Routledge.
* Lopez, Gennaro. 2002. “Pax Romana/Pax Augusta.” ''Invigilata Lucernis'' 24: 97–110.
* Stern, Gaius. 2015. “The New Cult of Pax Augusta 13 BC–AD 14.” ''Acta Antiqua Academiae Scientiarum Hungaricae'' 55.1–4: 1–16.
* Yannakopulos, Nikos. 2003. “Preserving the Pax Romana: The Peace Functionaries in Roman East.” ''Mediterraneo Antico'' 6.2: 825–905.
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== Ligações externas ==
* [http://www.unrv.com/early-empire/pax-romana.php United Nations of Roma Victrix History: Pax Romana]
* [https://web.archive.org/web/20070203082948/http://www.ancientworlds.net/aw/Group/139585 Pax Romana Discussion group]
{{Paxes}}
{{controle de autoridade}}
{{Portal3|Roma Antiga|História}}
{{Título em itálico}}
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[[Categoria:Períodos relativos de paz|Romana]]
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[[Categoria:Relações exteriores da Roma Antiga]]
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